A Tecnologia Social criada pela Rede Aurora é testada em Irati.
No dia 21 de setembro, o Instituto Santos-Dumont de Tecnologia e Desenho Industrial (ISAORG), com sede em Irati/PR, apresentará publicamente o Tufão. Trata-se de um protótipo de cata-vento não convencional. Tecnicamente, é denominado como um rotor eólico não convencional, de eixo vertical e giro horizontal, planejado para múltiplos usos e voltado para pequenos usuários rurais, populações nativas em risco e povoações isoladas.
A apresentação acontecerá nas instalações do Centro Estadual de Educação Profissional Presidente Costa e Silva – Colégio Florestal de Irati, entidade que está participando da implementação dos testes e ensaios programados para uma avaliação do Tufão nessa etapa de seu desenvolvimento.
À frente desta Tecnologia Social está a Rede Aurora, que faz parte do Instituto Projeto Aurora (IPTA), situada na cidade de Irati. A rede é formada por estações agroecológicas previstas para regiões interioranas acima de 720 ou 840 metros em relação ao nível do mar, de linha holística, ou seja, que incorpore ciências, paraciências, tecnologias e perspectivas não contempladas pelo interesse acadêmico, e que se multipliquem em rede, abrigando moradores que também viverão em rede, sem vínculos patrimoniais, já que a Rede Aurora é uma infra-estrutura ecológica, sem jurisdição territorial, aberta em escala global.
Em torno de suas unidades, a rede visa a cooperar com agricultores isolados, vilas, vilarejos, povoações, povoados e assentamentos rurais em geral, contextos em que as Tecnologias Sociais são fortemente demandadas. “A orientação é para que se responda às necessidades manifestadas pelos habitantes dessas áreas com os quais os integrantes da rede interagem com exemplos que são parte do receituário ecotecnológico das próprias estações ou ecovilas”, explica o arquiteto Luiz Gonzaga de Paula, mentor da Rede Aurora.
O rotor (ou tracionador) eólico Tufão é o primeiro de uma série de 28 produtos já elencados pela Rede Aurora. Entre as suas possibilidades de utilização, estão geração de energia elétrica, bombeamento de água, aeração de tanques em aquicultura, ventilação de criadouros, exaustão em hangares, depósitos e oficinas, moagem e trituração, movimentação de cargas em biodigestores, tracionamento de baladeiras (cabos içadores de ação intermitente), movimentação de letreiros, painéis e vitrines em faixas de domínio rodoviário, mostras e exposições.
Luiz Gonzaga de Paula comenta que a apresentação pública do Tufão está entre os eventos mais representativos do momento pelo qual passa o processo da Rede Aurora. “Independente da nossa perspectiva de realidade, ou seja, do universo dos paradigmas que nos orientam enquanto comunidade, estamos viabilizando um melhor diálogo com todo o Terceiro Setor e, em particular, com todos os agentes que têm reconhecido o extraordinário potencial das Tecnologias Sociais como instrumento de promoção sociocultural participativa e altamente questionadora dos valores que têm privilegiado soluções para demandas que podem ser resolvidas de modo descentralizado e de forma cooperativa”.
Fonte: http://www.rts.org.br
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Filed under: Energia dos ventos | Tagged: cata-vento, energia, paraná, renovável |
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