O poder dos boatos
Tentativas de desmentir boatos trazem um risco alto de apenas reforçá-los. Pelo menos no caso dos boatos políticos. Esta é a conclusão de um estudo realizado pelo cientista político Adam Berinsky, pesquisador do MIT (EUA).
Berinsky entrevistou cerca de 2.000 eleitores sobre o boato de que o plano nacional de saúde criado pelo governo do presidente norte-americano Barack Obama estabeleceria “comitês da morte”.
Esses grupos, diziam os boatos, teriam o poder de decidir quais cidadãos deveriam ter acesso a tratamentos médicos.
Oposição ao boato e verdade da oposição
Berinsky testou três modelos de desmentir os boatos – um neutro, um atribuído ao Partido Democrata, do governo, e um ao Partido Republicano, da oposição.
Em todos os casos a tentativa de desmentir o boato levou a um aumento tanto na taxa de rejeição quanto na de aceitação do rumor, dependendo do perfil dos eleitores entrevistados.
Ou seja, com o desmentido os eleitores que apoiam o governo passaram a duvidar mais do boato, enquanto os eleitores contrários ao governo passaram a acreditar mais no boato.
O único modelo que obteve efeito considerável para minar a credibilidade do boato, em todos os perfis, foi o atribuído à oposição. O modelo menos eficaz foi o que atribui o desmentido às fontes oficiais do partido do governo.
O estudo será publicado no periódico British Journal of Political Science.
.
●●● Gostou? Então Curta nossa página no Facebook.
●●● Seja amigo do autor do site no Facebook, e esteja sempre antenado em assuntos interessantes.
Filed under: Marketing e propaganda: sugestão hipnótica em massa |
Deixe um comentário