Brasileiro come menos arroz e bebe mais ‘refri’

17.12.2010

Denise Menchen

Brasileiros de todas as faixas de renda estão trocando comida fresca por produtos industrializados e, com isso, piorando a qualidade de sua alimentação básica.

Ingredientes típicos do cardápio nacional, o feijão e o arroz são comprados em quantidades cada vez menores, enquanto o consumo per capita de açúcar – embutido em refrigerantes, massas prontas etc.- excede o nível nutricional recomendado.

É o que mostram as pesquisas divulgadas ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos comprados para consumo em casa.

No caso do arroz polido, por exemplo, a queda no consumo per capita foi de 40,5% de 2003 a 2009. No do feijão, de 26,4%.

Com isso, esses alimentos passaram a responder por apenas 16,2% e 5,4% das calorias ingeridas nos lares do país, ante 17,4% e 6,6% na pesquisa anterior.

Já comidas processadas, como pães, embutidos, biscoitos, refrigerantes e refeições prontas, ganharam importância e, juntos, já respondem por 18,4% das fontes de energia consumidas.

AÇÚCAR LIVRE

Os estudos revelam também o consumo excessivo de açúcar, que pode contribuir para o desenvolvimento de obesidade, diabetes e câncer.

Hoje, do total de calorias presentes na despensa dos brasileiros, 16,4% vêm dos chamados açúcares livres, que são aqueles adicionados aos alimentos no seu processamento ou no momento do consumo. A recomendação nutricional é que essa parcela não ultrapasse os 10%.

A presença do açúcar refinado nos carrinhos, porém, tem diminuído – em 2009, um brasileiro comprava, em média, 3,2 kg do produto por ano, quase a metade dos 6,1 kg registrados em 2003.

Isso significa que as pessoas estão consumindo mais alimentos que já têm açúcar na sua formulação.

“Caiu a quantidade de açúcar de mesa, não o açúcar da dieta. As pessoas não adoçam mais suco em casa, compram já adoçado”, diz Renata Levy, pesquisadora em medicina preventiva da USP.

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/13727

Atividades físicas alteram sensação de fome diretamente no cérebro, 27-08-2009

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Corpo e cérebro

A atividade física é capaz de restaurar a sensibilidade dos neurônios envolvidos no controle da saciedade, o que pode contribuir para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso corporal.

Essa é uma das conclusões de um estudo coordenado por Eduardo Rochete Ropelle, pesquisador da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Obesidade e Diabetes.

Benefício duplo

O trabalho aponta evidências de que mamíferos obesos apresentam falhas na transmissão de sinais em neurônios que controlam a saciedade. Essas falhas podem ser determinantes para a prevalência da obesidade. Até então se achava que o exercício físico aumentaria o gasto energético e que, apenas por isso, provocaria a diminuição do peso.

“O papel do exercício pode ir além da simples queima de calorias. Pode causar uma melhora no sistema nervoso, controlando a saciedade e diminuindo o apetite. Em outras palavras, é possível que a atividade física controle o outro lado da balança”, disse Ropelle.

“O estudo sobre a atividade física está dentro da discussão da minha pesquisa – que trata do controle da ingestão alimentar -, mas no caminho inverso porque no doutorado abordo a anorexia promovida por pacientes com câncer”, explicou, ao destacar a contribuição do seu orientador José Barreto Campello Carvalheira, também da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Ação de hormônios

A base do trabalho envolve dados sobre a ação de certos hormônios, como a insulina e a leptina, sobre o cérebro. O sistema nervoso central é considerado a “caixa preta” do controle energético.

O hipotálamo (que entre outras funções controla a temperatura corporal) é a principal estrutura do cérebro responsável pelo controle da ingestão alimentar. Segundo Ropelle, várias evidências indicam que dietas ricas em ácidos graxos saturados causam problemas na transmissão de alguns hormônios, como insulina e leptina, no sistema nervoso central.

“Esses hormônios controlam a saciedade e, à medida que a pessoa ingere gordura em excesso, essa sinalização é perdida. Assim, alguns fenômenos intracelulares acontecem impedindo a ação hormonal”, explicou.

Até agora se estimava que o gasto energético provocado pela atividade física seria a principal arma para combater e tratar a obesidade. “O que propomos é que, além de promover o gasto energético, o exercício físico também é capaz de modular esses hormônios no sistema nervoso central”, disse. A atividade física seria capaz de reverter esse fenômeno, possibilitando que o paciente volte a ter a transmissão do sinal para a saciedade.

Comer mais aumenta a fome

Nos testes feitos com animais obesos, submetidos a uma dieta rica em gordura, os hormônios perderam a capacidade de regular o apetite, ou seja, a obesidade envolveria um círculo vicioso comportamental: quanto mais se come, mais se quer comer.

A atividade fez com que a sinalização do apetite no cérebro dos animais voltasse a níveis normais. Esse efeito durou de 12 a 16 horas. “Observamos que animais obesos submetidos à atividade física voltam a comer na mesma proporção que o animal magro. À medida que ele faz o exercício, parece que ele volta a entender a hora de parar, voltando a comer nos níveis considerados normais”, destacou.

Testes em humanos

A pesquisa é inteiramente experimental e não foi testada em humanos. Algumas evidências, de acordo com o autor, mostram que em seres humanos o exercício físico é capaz de alterar o comportamento alimentar, mas a avaliação é mais complexa.

“É muito difícil acompanhar e colocar um valor numérico no caso de testes em humanos, porque, ao colocar alguém para fazer atividade física e dizer a ele que vai controlar a ingestão alimentar, tira-se a condição natural. No animal, fica mais fácil e é um bom modelo metabólico de obesidade induzida por dieta”, disse.

Interleucina

A explicação para a redução da ingestão alimentar e do peso corporal nos roedores submetidos à atividade física pode ser atribuída à interleucina-6, uma molécula produzida no hipotálamo em resposta ao exercício.

De acordo com o estudo, o animal que faz exercício tem o nível de interleucina-6 aumentado no tecido hipotalâmico, sendo ela responsável por melhorar a sensibilidade de insulina e leptina.

“Sabe-se que o prejuízo causado pela dieta na sinalização desses hormônios é mediado por um processo inflamatório. E a interleucina-6 é capaz de aumentar a expressão de uma outra proteína, a interleucina-10, sendo que, essa sim, tem uma atividade antiinflamatória”, disse Ropelle.

Segundo o pesquisador, a atividade física pode ser benéfica para o “apetite dos obesos”. Haveria uma espécie de equilíbrio dinâmico para evitar tanto o acúmulo excessivo de energia quanto o gasto excessivo.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividades-fisicas-alteram-sensacao-fome-diretamente-cerebro&id=4481&nl=sit

Orgânicos mais seguros, convencionais menos nutritivos

Por Sueli Mello

Duas novas pesquisas, uma realizada nos Estados Unidos e outra na Grã Bretanha, comprovaram o que os adeptos da agricultura orgânica sempre defenderam: que os alimentos orgânicos protegem os consumidores dos pesticidas (afinal, eles quase não são empregados nesse tipo de cultivo) e que os alimentos produzidos pela agricultura intensiva moderna estão se tornando menos nutritivos do que os produzidos há 60 anos.

Para comprovar isso, pesquisadores da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, analisaram a urina de crianças de três a 11 anos de idade durante um período em que foram alimentadas apenas com produtos orgânicos. Não encontraram metabólitos de malation e clorpirifos, dois pesticidas bastante empregados na agricultura convencional. Quando as crianças voltaram a se alimentar normalmente, eles rapidamente foram encontrados nas amostras.

No estudo britânico, realizado pela organização não-governamental The Food Comission (Comissão Alimentar), que defende o uso de alimentos mais saudáveis e seguros, foram comparadas estatísticas oficiais sobre alimentos à base de carnes e lácteos da década de 1930 e de 2002, e uma das constatações foi que o conteúdo mineral do leite, do queijo e da carne produzida pela agricultura intensiva caiu, durante esse período, para 70% do valor nutricional que tinham.

Na opinião do engenheiro agrônomo, difusor de tecnologia da Embrapa Hortaliças, Assis Marinho Carvalho, esses resultados parecem óbvios para quem já atua na área de produção orgânica e acredita nesse sistema. Mas os estudos são importantes para esclarecimento, até mesmo de profissionais da área agronômica.

Carvalho lembra que na década de 1960, pesquisadores franceses já mostravam que o DDT (pesticida) passava do leite para os fetos humanos, provocando mortes, abortos e deficiências. E o mesmo foi evidenciado na Baía de Minamata, no Japão. Ele próprio desenvolveu uma tese comparando cenouras produzidas pelo sistema orgânico com similares do sistema convencional e concluiu que as orgânicas seriam mais produtivas e apresentavam menor custo, além de serem mais saborosas e mais nutritivas que as produzidas pelo sistema convencional. Defendida na Universidade de Brasília (UnB), em janeiro de 2004, a tese de Carvalho foi premiada durante o 45° Congresso Brasileiro de Olericultura, realizado em Fortaleza, em agosto de 2005.

Em seu estudo, ele comparou oito espécies de cenouras produzidas no verão em sistema orgânico e convencional no período de novembro de 2002 a fevereiro de 2003. As análises de laboratório e pesquisas de campo estenderam-se durante todo o ano de 2003. “As principais vantagens da cenoura orgânica, além da textura e sabor, foram o maior teor de sólidos solúveis (que produzem um suco com mais polpa, além de diminuir o gasto com energia durante o processamento) e matéria seca (que contribui para uma maior conservação após a colheita e está relacionada às fibras, que ajudam a melhorar o funcionamento do intestino)”, relata. “Para resíduos minerais (que aparecem nas cinzas, em função do uso de fertilizantes) e açúcares (relacionados à doçura e carboidratos), as cenouras provenientes do sistema convencional apresentaram maiores teores. Quanto à fibra bruta e carotenóides (precursor da pró vitamina A), os índices foram indiferentes”, completa.

Para comparação do sabor, foram realizados 137 testes em Taguatinga, no campus da UnB, na feira de orgânicos do Ceasa-DF e no restaurante da Embrapa. As pessoas não sabiam que tipo de cenoura estavam provando. A maioria preferiu as orgânicas, especialmente as cozidas no vapor.

A pesquisadora Renata Galhardo Borguini, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), órgão ligado à Secretaria de Agricultura, em Pindamonhangaba, também estudou em seu mestrado na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) o conteúdo nutricional de um alimento orgânico: o tomate. Segundo ela, ainda não foi possível detectar diferenças em relação ao alimento convencional, mas tentará comprovar sua superioridade nutricional em sua tese de doutorado, também sobre tomates, em fase de finalização.

Ponderada, afirma que embora tenha visto vários estudos sobre o tema, acredita que as afirmações sobre melhor qualidade dos orgânicos podem ser exageradas, e não devem ser generalizadas, pois existem estudos mal controlados que não levam em conta vários fatores que podem interferir nos resultados, como a variedade dos alimentos, a região de produção e a qualidade das sementes. Ela diz ainda que avaliar a qualidade nutricional dos alimentos convencionais fundamentando-se apenas em estatísticas pode não ser a melhor estratégia.

Tendência

Embora apresentem preços de 30 a 500% superiores aos alimentos convencionais, muito caros para o padrão do povo brasileiro, pode-se afirmar que o consumo dos alimentos orgânicos no país é uma tendência para uma parcela da população. “A produção cresce 30% ao ano”, diz Carvalho. Além disso, relata, uma pesquisa recente feita pelo Sebrae e pela Federação da Agricultura em Brasília (DF) apontou que mais de 2000 produtores mostraram interesse em migrar para esse sistema.

O pesquisador Enrique Ortega, do Laboratório de Engenharia Ecológica da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, afirma que os preços dos orgânicos até que são baixos quando se considera quanto tempo e quanto trabalho tem a natureza para formar uma reserva de petróleo, base dos fertilizantes, dos pesticidas e do transporte empregados pela agricultura convencional. Exploradas com maior ênfase a partir da década de 30, as reservas petrolíferas, segundo o professor, devem durar no máximo até 2030, quando será necessário buscar novas alternativas. “Melhor buscar antes”, alerta. Entre as opções, acredita, está a agricultura orgânica, por não necessitar de petróleo para o seu desenvolvimento.

Fonte: http://www.comciencia.br

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Cada vez se come mais! (11-09-2006)

As porções de comida, ingeridas por adultos jovens, não são apenas maiores do que aquelas atualmente estabelecidas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; elas são significativamente maiores do que as ingeridas pelos adultos jovens, de duas décadas atrás. Isto é o que indica um estudo realizado por investigadores da Rutgers University dos Estados Unidos.

Os investigadores determinaram os tamanhos das porções de alimentos ingeridos nos dias de hoje, e estes foram comparados com as porções de referência descritas em um estudo de 1984. Os participantes no estudo foram universitários entre 16 a 26 anos; três quartos dos 177 participantes eram do sexo feminino. Os participantes se serviram de porções de tamanhos habituais no café da manhã, almoço ou jantar, e a seguir as porções foram pesadas.

Nos resultados encontrados, as porções de certos alimentos, tais como geléia, leite e cereais tiveram uma tendência a exceder o tamanho de referência em mais de 25%.

De acordo com os pesquisadores, os tamanhos das porções de virtualmente todos os alimentos e bebidas, preparadas para consumo imediato, aumentaram durante as duas últimas décadas. A partir desta modificação, as pessoas passaram a encarar as porções maiores como sendo as de tamanho adequado para ingerirem, e assim passaram a se servir de porções cada vez maiores, gerando uma distorção alimentar.

A pesquisa será publicada no número de setembro de 2006, da revista Journal of the American Dietetic Association, sendo que as informações preliminares referentes ela foram divulgadas pela Associação, em seu website.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=6537&mode=browse&fromhome=y

Dieta de risco (18-03-2008)

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Uma pesquisa feita na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) põe em evidência importantes mudanças no padrão de consumo alimentar paulistano. Os resultados atestam que, nas últimas três décadas do século 20, houve um declínio no consumo de alimentos básicos, como cereais e derivados, e de frutas e hortaliças, ao passo que se verificou um aumento da participação de alimentos de baixo teor nutricional, como biscoitos e refrigerantes.

O estudo analisou a disponibilidade de alimentos em domicílios da cidade de São Paulo, e não o consumo propriamente dito. Foram utilizados dados das Pesquisas de Orçamento Familiar (POF), realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe) em dois períodos distintos: de 1971 a 1972 e de 1998 a 1999. Ambas as pesquisas mapearam a região urbana do município. As amostras das POF se referem a um universo de 2.380 domicílios (10.418 indivíduos) e de 2.351 domicílios (7.980 indivíduos), respectivamente.

“As mudanças verificadas na disponibilidade domiciliar de alimentos em São Paulo entre as décadas de 1970 e 1990 têm aspectos positivos – como um melhor acesso aos alimentos e seu barateamento em relação ao salário das famílias – e negativos – como o consumo excessivo e desbalanceado de calorias”, disse à Agência FAPESP Rafael Moreira Claro, doutorando na Faculdade de Saúde Pública da USP e um dos autores do estudo, cujos resultados foram publicados em artigo na Revista de Nutrição.

De acordo com o pesquisador, na prática se pode fazer uma associação entre o padrão de alimentação e as doenças de determinada população. “O que se viu, desde a última metade do século 20, foi uma gradativa substituição dos problemas associados ao consumo insuficiente de alimentos, como a desnutrição, por aqueles associados ao consumo excessivo e desbalanceado, como a obesidade e as doenças cardiovasculares”, explicou.

O amplo período compreendido entre as POF possibilitou confirmar tendências de alimentação, como a substituição do consumo de manteiga por margarina, bem como a expansão na disponibilidade de alimentos processados, que registraram aumento de 500% para doces, 300% para refrigerantes e de 400% para biscoitos, itens muito menos comuns nos mercados na década de 1970.

O estudo constatou ainda um aumento na disponibilidade de alimentos de origem animal, como carnes e leite. “Apesar de a tendência apresentar características positivas devido ao aumento no consumo de proteínas e de cálcio, tais alimentos também constituem fontes de gordura animal e de colesterol, nutrientes danosos à saúde quando consumidos em quantidade excessiva”, disse Moreira Claro.

O resultado é semelhante ao encontrado em diferentes áreas metropolitanas no Brasil, mas São Paulo apresentou, segundo o estudo, maior participação de gorduras totais e menor percentual energético de carboidratos. O fenômeno, contudo, não ocorre somente em metrópoles como São Paulo e Nova York, onde os índices de obesidade provocados pelo excesso de alimentos se tornaram um grave problema de saúde pública.

“A grande confusão se dá pelo fato de esse fenômeno se iniciar nas grandes cidades, onde há necessidade de alimentos mais convenientes (de preparo e consumo fáceis e rápidos) e o marketing de consumo sobre alimentos processados é maior. Além disso, as oportunidades para prática de atividade física são cada vez mais limitadas. No entanto, a tendência é que, com o tempo, essas mudanças afetem também o estilo de vida em cidades menores e elas passem a apresentar altas taxas de obesidade”, indicou o pesquisador.

Informação nutricional

De acordo com os resultados, a participação do ferro se manteve estável devido, em grande parte, ao aumento do consumo de alimentos de origem animal, como a carne bovina. Contudo, o estudo aponta um decréscimo na quantidade de vitaminas, principalmente a vitamina C, e folato, ausência atribuída à diminuição na participação de frutas, verduras e legumes na dieta.

Para Moreira Claro, a análise da evolução dos padrões alimentares da população propicia subsídios para melhor compreender o assunto e implementar políticas públicas mais eficazes. Segundo ele, ações individualizadas para combater as doenças geradas pela obesidade parecem surtir pequeno efeito. Imposição de taxas a alimentos não saudáveis ou ainda isenções fiscais que barateiem alimentos saudáveis são algumas das opções discutidas.

“Medidas como a proibição da venda de alimentos não saudáveis em creches e escolas, avanços quanto à rotulagem de alimentos e a inserção de temas relacionados à educação nutricional nas escolas têm se mostrado satisfatórios. Iniciativas como a Lei nº 4508, aprovada em 2005 e que proíbe a comercialização de produtos que colaborem para obesidade infantil em cantinas de escolas do Estado do Rio de Janeiro, e a Resolução RDC nº 360, de 2003, que aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados tornando obrigatória a rotulagem nutricional, são bons exemplos de ações que afetam um grande número de indivíduos”, destacou.

Para ler o artigo Evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no município de São Paulo no período de 1971 a 1999, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.

Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=8573