Cidades habilitam benzedeiras como agentes de saúde pública

Cidades habilitam benzedeiras como agentes de saúde pública - Evinha

Desde fevereiro vigora em São João do Triunfo (PR) uma lei que reconhece as benzedeiras, rezadeiras, curandeiras e costureiras de rendiduras (dores musculares) como agentes de saúde pública. Na prática, a cidade legalizou o acesso e manipulação de ervas medicinais por essas “profissionais”, de modo a facilitar o atendimento delas à população.

A cidade tem 14 mil habitantes e fica a 106 km de Curitiba. Ela seguiu o exemplo de Rebouças, município também do Paraná com igual número de habitantes. Lá, as atividades das benzedeiras se encontram legalizadas desde 2009.

A ong Masa (Movimento Aprendizes da Sabedoria) cadastrou em Triunfo 161 benzedeiras e em Rebouças, 133.

Taísa Lewitzki, uma das coordenadoras da ong, comentou que essas leis ajudam a combater o preconceito contra as benzedeiras. “Existem leis semelhantes que reconhecem a atividade das parteiras, mas as leis das benzedeiras são inéditas”, disse.

A psiquiatra Maria Lúcia Maranhão Bezerra, coordenadora regional da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, afirmou que, de forma geral, os médicos respeitam essas práticas, mas ela teme que a procura por uma benzedeira venha substituir ou retardar o tratamento médico, o que poderá ser fatal para alguns pacientes.

O oncologista Cícero Urban, vice-presidente do Instituto Ciência e Fé, tem a mesma opinião. Ele disse que “a segurança cientifica não pode ser deixada de lado” e que o paciente não pode substituir a curandeira pelo médico.

Eva Pinto Rebello (na foto acima), 75, a dona Evinha, é uma das benzedeiras de Triunfo. Em sua casa ela tem um pequeno altar onde faz as orações com um rosário e galho de arruda. No quintal, tem 16 tipos de ervas. “Eu dou um ramo para a pessoa que precisa e ensino como fazer o remédio”, disse.

Evinha afirmou que, com a ajuda do toque de suas mãos, já curou centenas de crianças e adultos das mais variadas doenças.

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Como o magnetismo pode melhorar sua saúde

Como o magnetismo pode melhorar sua saúdePesquisadores americanos estão estudando como utilizar um campo magnético para “afinar” o sangue humano para melhorar a circulação. Nosso sangue, quando “engrossa”, pode prejudicar os vasos sanguíneos e, assim, aumentar o risco de ataques cardíacos.

O professor de física Rongjia Tao é pioneiro em utilizar campos elétricos ou magnéticos para diminuir a viscosidade de óleos em motores e tubulações. Agora, ele decidiu aplicar o mesmo método no sistema circulatório.

Como as células do sangue contêm ferro, Tao conseguiu reduzir a viscosidade do sangue em até 30%, submetendo a pessoa a um campo magnético de 1,3 Tesla por cerca de um minuto. O pesquisador e sua equipe testaram diversas amostras de sangue no laboratório da universidade e descobriram que o campo polarizava as células fazendo com que elas se ligassem em pequenas correntes, deixando o movimento do sangue mais linear.

Como as correntes de sangue são maiores que uma célula sozinha, elas fluem pelo centro, reduzindo a fricção contra a parede dos vasos. Esse efeito combinado reduziu a viscosidade do sangue, fazendo com que ele corresse mais livremente.

Quando o campo foi afastado, a viscosidade original do sangue voltou lentamente a como era antes, mas em um período de muitas horas. “Se selecionarmos um campo magnético ideal e uma duração para a pulsação, nós poderemos controlar o tamanho do agregado de células e, assim, controlar a viscosidade do sangue”, disse Tao. “Esse método nos oferece um meio efetivo de controlar a viscosidade do sangue”.

Atualmente, a única maneira de controlar esse problema é com o uso de remédios como aspirina, contudo, eles geralmente têm efeitos colaterais. Tao afirma que seu método é mais seguro, mesmo quando repetido diversas vezes – o pesquisador promete que as células do sangue não perdem sua função.

Agora, os cientistas envolvidos no estudo estão tentando desenvolver uma maneira para ampliar o efeito e transformar a terapia em um tratamento que previna doenças cardíacas.

Fonte: http://hypescience.com

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Campo magnético “afina” o sangue para prevenir ataques cardíacos

09.06.2011 ]

Afinar o sangue

Se o sangue de uma pessoa se torna muito espesso, ele pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de ataques cardíacos.

Mas um físico da Universidade Temple (EUA) descobriu que pode-se diluir o sangue humano submetendo-o a um campo magnético.

O físico Rongjia Tao foi pioneiro no uso de campos elétricos e magnéticos para diminuir a viscosidade do óleo em motores e dutos.

Agora, ele está usando os mesmos campos magnéticos para afinar o sangue humano no sistema circulatório.

Magnetismo no sangue

Como os glóbulos vermelhos contêm ferro, Tao foi capaz de reduzir a viscosidade do sangue de uma pessoa entre 20 e 30 por cento, sujeitando-o a um campo magnético de 1,3 Tesla por cerca de um minuto.

Esse campo magnético tem aproximadamente a mesma intensidade da usada em um exame de ressonância magnética (MRI).

Depois de testarem diversas amostras de sangue em laboratório, os pesquisadores descobriram que o campo magnético polariza as células vermelhas do sangue, fazendo com que elas se liguem a cadeias curtas, melhorando a circulação.

Como essas cadeias são maiores do que as células do sangue individuais, elas fluem para o centro, reduzindo o atrito contra as paredes dos vasos sanguíneos.

Os efeitos combinados reduzem a viscosidade do sangue, ajudando-o a fluir mais livremente.

Viscosidade do sangue

Quando o campo magnético é retirado, a viscosidade inicial do sangue lentamente retorna, mas em um período de várias horas.

A técnica é conhecida como magneto-reológica e, sendo reversível, aponta para uma possibilidade de uso em situações críticas ou na prevenção de ataques cardíacos – os campos magnéticos podem ser reaplicados e a viscosidade reduzida novamente.

“Selecionando uma intensidade do campo magnético e uma duração de pulso adequadas, podemos controlar o tamanho das cadeias agregadas de hemácias, controlando, portanto, a viscosidade do sangue,” disse Tao.

Método do campo magnético

Atualmente, o único método para diluir o sangue é através de drogas, como a aspirina. No entanto, essas drogas frequentemente produzem efeitos colaterais indesejados.

Tao afirma que o método do campo magnético não é apenas mais seguro, mas também pode ser aplicado repetidas vezes.

Ele também acrescentou que a redução da viscosidade não afeta a função normal das células vermelhas do sangue.

O pesquisador alerta que mais estudos serão necessários e que ele espera conseguir transformar esta tecnologia em uma terapia para prevenir doenças cardíacas, que seja aceita pelas autoridades de saúde.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=campo-magnetico-afina-sangue&id=6588&nl=sit

 

Pesquisadores testam técnica que “lê” mente de suspeitos

03.08.2010 ]
Extração mental

Pesquisadores norte-americanos estão tentando desenvolver testes capazes de “ler” a mente de uma pessoa para identificar informações escondidas.

O objetivo da equipe é que os testes sejam aplicados, por exemplo, em pessoas suspeitas de planejar ataques para extrair detalhes sobre as operações. Os testes se baseiam em informações obtidas previamente, como rumores e conversas entre suspeitos.

O estudo – que desperta comparações com o filme de ficção científica Minority Report – A Nova Lei, estrelado pelo americano Tom Cruise – foi feito por pesquisadores da Northwestern University, em Illinois, e publicado pela revista especializada Psychophysiology.

Seus autores disseram que foram capazes de extrair informações “secretas” de voluntários com grande precisão.

Conhecimentos escondidos

A técnica se baseia na chamada atividade P300, sinais elétricos registrados no córtex cerebral.

Segundo os autores do estudo, quando uma pessoa que tem “conhecimentos escondidos” recebe estímulos relevantes, ocorre um aumento na atividade P300 no seu cérebro.

As primeiras pesquisas envolvendo ondas cerebrais P300 surgiram na década de 1980, quando um grupo de cientistas tentou usá-las como base para a criação de detectores de mentira.

Críticos, no entanto, argumentaram na época que esses testes mediam emoções em vez de conhecimento.

Ataque fictício

Os participantes do estudo, 29 estudantes da Northwestern University, planejaram um ataque fictício com base em informações que receberam sobre bombas e armas letais. Para memorizar as informações, eles escreveram cartas detalhando o plano.

Meia hora depois, com eletrodos em suas cabeças, os participantes observaram telas de computador mostrando palavras, imagens ou sons.

As palavras Boston, Houston, Nova Iorque, Chicago e Phoenix, por exemplo, foram exibidas na tela aleatoriamente.

Concluídos os testes, os pesquisadores constataram que o nome da cidade escolhida pelos participantes como alvo do ataque fictício evocou a maior atividade das ondas P300 no cérebro dos voluntários.

Suspeita prévia

Segundo o professor de psicologia J. Peter Rosenfeld, chefe do estudo, quando os pesquisadores sabiam de antemão os detalhes sobre um ataque fictício, foram capazes de identificar as ondas P300 em conexão com “informações culpadas” em 100% dos casos.

Mas, para o especialista, o que torna o estudo importante no mundo real é que mesmo quando os pesquisadores não sabiam de antemão os detalhes do ataque fictício, a técnica foi capaz de identificar informações secretas relevantes em mais de 80% dos casos.

“Sem conhecimento anterior a respeito dos crimes planejados nos nossos cenários terroristas fictícios, fomos capazes de identificar 10 em cada 12 terroristas e 20 em cada 30 detalhes relativos ao crime”, disse Rosenfeld.

“O teste foi 83% preciso na identificação de informações escondidas, o que indica que nosso procedimento complexo poderia identificar futuras atividades terroristas”.

Eventos futuros

Os autores do estudo dizem que seu objetivo é criar um teste que permita que a polícia identifique detalhes como data, local e tipo de arma relativos a um ataque com base em rumores e conversas entre suspeitos.

Segundo a equipe, esta foi a primeira vez que testes envolvendo ondas P300 foram usados em conexão com eventos futuros.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tecnica-ler-mente-suspeitos&id=5549&nl=sit

Estresse pós-traumático é diagnosticado com magnetismo

02.02.2010 ]
Magnetismo do cérebro

Um grupo de 74 veteranos de guerra norte-americanos foi diagnosticado de forma objetiva – por meio de um exame – com a desordem conhecida como transtorno de estresse pós-traumático.

Este resultado não poderia ser obtido com nenhuma técnica convencional de varredura do cérebro, seja raios X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Os diagnósticos objetivos – independentes de entrevistas ou avaliações subjetivas – foram possíveis graças a avanços no campo da magnetoencefalografia (MEG), uma técnica inovadora, não-invasiva, que é capaz de medir os campos magnéticos no cérebro.

Os resultados acabam de ser publicados na revista médica Neural Engineering.

Recentemente, utilizando a mesma técnica, um médico brasileiro recebeu um prêmio internacional por suas descobertas relacionadas à chamada dor fantasma – veja Pesquisa sobre dor fantasma dá prêmio internacional a médico brasileiro.

Transtorno do estresse pós-traumático

Os pesquisadores das universidades de Minneapolis e Minnesota, liderados por Apostolos Georgopoulos e Brian Engdahl, trabalharam com ex-combatentes que serviram em várias guerras diferentes – 2ª Guerra Mundial, Vietnã, Afeganistão e Iraque.

Todos esses veteranos já haviam sido diagnosticados, por outros meios, com sintomas comportamentais do estresse pós-traumático.

A pesquisa incluiu ainda um grupo de controle de 250 indivíduos do público em geral, sem problemas mentais ou neurológicos e sem participação em conflitos armados.

O transtorno do estresse pós-traumático pode se manifestar em flashbacks, pesadelos recorrentes, raiva ou hipervigilância.

Conexão dos neurônios

Com mais de 90 por cento de exatidão, os pesquisadores foram capazes de diferenciar os pacientes com estresse pós-traumático dos indivíduos saudáveis utilizando um exame chamado teste de interações neurais síncronas, que consiste na análise das cargas magnéticas liberadas quando grupos de neurônios em nossos cérebros se conectam, ou se “acoplam.”

A capacidade de diagnosticar objetivamente o estresse pós-traumático é o primeiro passo para ajudar os que sofrem desse transtorno de ansiedade grave, que pode resultar da guerra, mas também pode ser uma consequência da exposição a qualquer evento psicologicamente traumático.

Os cientistas chamam o diagnóstico objetivo de “biomarcador” – um indicador mensurável, independente da avaliação subjetiva do paciente, da ocorrência de uma condição ou transtorno médico.

Diagnóstico e acompanhamento da doença

Além de conseguirem distinguir entre a atividade neural dos que sofrem do transtorno do estresse pós-traumático e das pessoas mentalmente saudáveis, os pesquisadores também encontraram uma associação positiva entre a certeza de suas previsões e a gravidade dos sintomas – quanto mais sério é o transtorno, mais preciso é o diagnóstico fornecido pelo exame magnético do cérebro.

Isto sugere que a magnetoencefalografia também poderá avaliar a verdadeira identidade do transtorno de cada paciente e os níveis desse transtorno.

Segundo os pesquisadores, “Os excelentes resultados obtidos são promissores quanto à utilidade do teste de interações neurais síncronas para o diagnóstico diferencial, assim como para o acompanhamento da progressão da doença e para avaliar os efeitos psicológicos e/ou os tratamentos com medicamentos.”

Magnetoencefalografia

Este trabalho, especificamente sobre a detecção de transtorno de estresse pós-traumático, vem somar-se a outros exemplos de sucesso no uso da magnetoencefalografia para a detecção de outras doenças cerebrais, como Alzheimer e esclerose múltipla.

Esta técnica emergente de avaliação do magnetismo cerebral foi inventada por um dos líderes desta nova pesquisa, o Dr. Apostolos P. Georgopoulos.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=estresse-pos-traumatico-diagnosticado-magnetismo&id=4943&nl=sit

Alteração da atividade cerebral pode modificar julgamento moral

29.03.2010

O julgamento moral das pessoas pode ser alterado, afetando-se o funcionamento de uma parte do cérebro, revela um estudo publicado na edição desta segunda-feira da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Cientistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) interromperam a atividade na junção temporo-parietal, uma área do cérebro situada acima e atrás do ouvido direito, normalmente ativada quando pensamos no resultado futuro de um ato em particular.

Os pesquisadores usaram um campo magnético aplicado no couro cabeludo para produzir uma corrente nesta área do cérebro e pediram aos voluntários da pesquisa que lessem uma série de situações relativas a questões morais.

Em uma delas, uma pessoa chamada Grace e uma amiga dela visitam uma indústria química quando Grace para em frente à máquina de café.

A amiga pede que Grace leve café com açúcar para ela. Um recipiente ao lado da máquina de café, com a inscrição ‘tóxico’, contém açúcar comum, mas Grace não sabe disso. Na verdade, ela acredita que o pó branco no recipiente é uma substância tóxica, mas mesmo assim a coloca no café que levará à amiga. Apesar disso, a amiga não sofre qualquer problema de saúde porque o pó de fato era açúcar.

Os cientistas, então, pediram aos voluntários que avaliassem, numa escala de um a sete – sendo um “absolutamente proibido” e sete, “absolutamente permitido” -, quando julgassem o que Grace e outros protagonistas das situações expostas fizeram era moralmente aceitável.

Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, pediu-se aos participantes que julgassem os personagens da situação após sua junção temporo-parietal ter sido afetada por pulsos magnéticos durante 25 minutos. No segundo, pediu-se que fizessem seus julgamentos enquanto submetidos a impulsos muito curtos de interferência magnética.

Nos dois experimentos, a alteração da atividade neurológica normal na junção temporo-parietal direita desativou o mecanismo de julgamento moral das pessoas relativo às crenças dos protagonistas.

Com a junção temporo-parietal alterada, os voluntários se mostraram mais propensos a considerar moralmente aceitáveis tentativas frustradas de causar mal a outra pessoa do que os voluntários do grupo de controle cujo cérebro não foi estimulado.

“Quando a atividade na jução temporo-parietal é alterada, os julgamentos morais dos voluntários se inclinam para uma ‘mentalidade (do tipo) sem prejuízo, sem falta'”, mesmo que os participantes tenham atribuído a personagens como Grace a menção de ‘proibido’ por acreditarem que suas ações poderiam causar mal, destacou o estudo.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2010/03/29/interna_ciencia_saude,182778/index.shtml

Campos eletromagnéticos na medicina

20.03.2006 ]

José de Felippe Junior

Os campos eletromagnéticos podem provocar doenças ou de acordo com a sua intensidade e freqüência pode também curá-las.

Trabalhos indexados e de bom nível conseguiram demonstrar o aumento da prevalência de leucemia em crianças que moravam perto de cabos de alta tensão. Outros mostraram aumento de linfomas e outros tipos de neoplasias malignas em adultos submetidos a campos eletromagnéticos gerados por: transformadores, estações de radar e fios de alta tensão. Não sabemos com certeza se as torres de retransmissão da telefonia celular podem provocar câncer, porem alguns pesquisadores têm demonstrado que elas podem provocar em certas pessoas: mal estar geral, dores de cabeça, nervosismo exagerado, insônia, depressão, angustia, diminuição da memória e da concentração, fraqueza, indisposição geral e vários sintomas que embora pequenos são desagradáveis.

Por outro lado vários aparelhos geradores de campo eletromagnético estão em uso com finalidade terapêutica e mostrando excelentes resultados.

O bioeletromagnetismo surgiu após a descoberta da indução eletromagnética por Michael Faraday no final de 1700. Logo após vieram os famosos experimentos do físico e médico italiano Luigi Galvani, que mostrou em patas de sapo, a conecção entre eletricidade e contração muscular. Depois veio Alessandro Volta outro físico italiano que interpreta os experimentos de Galvani de maneira diferente. São os eletrodos metálicos e não o tecido muscular o gerador de corrente elétrica. Polêmica vigorosa e ferrenha entre os dois, para sabermos hoje em dia que ambos tinham sua parcela de razão: o músculo gera eletricidade (Galvani) e o metal também (pilha de Volta).

Desta época em diante, surgiram vários tipos de aparelhos para o diagnóstico e tratamento de doenças, iniciando-se com os geradores de eletricidade estática, passando-se para os de corrente elétrica alternada ou contínua e finalmente chegando àqueles que exploram a enorme gama de freqüências do espectro eletromagnético (EM).

Os aparelhos mais eficazes foram aqueles que se concentraram na porção não ionizante do espectro EM, particularmente a baixos níveis de energia. As aplicações médicas do bioeletromagnetismo não ionizante são classificadas em térmicas (produzem calor no tecido biológico) e não térmicas. As aplicações térmicas incluem a hipertermia por radio freqüência (RF), a cirurgia a laser, a cirurgia por RF e a diatermia por RF.

Na medicina a modalidade não ionizante mais importante é a não térmica. Aqui devemos prestar atenção a dois significados das palavras “não térmico”: o biológico e o físico. Biologicamente , isto é para os médicos, não térmico significa que “não está ocorrendo aumento da temperatura do tecido” e fisicamente (científicamente) significa “ abaixo do limite de ruído térmico a temperaturas fisiológicas” . O nível de energia do ruído térmico é muito menor que o requerido para aquecer o tecido.

Para caracterizar um determinado campo eletromagnético nós devemos conhecer os parâmetros descritos no quadro 1

Quadro 1: Parâmetros que caracterizam os campos eletromagnéticos

1-Potência
2-Voltagem
3-Corrente
4-Freqüência
5-Fase
6-Pulsátil ou não pulsátil
7-Tipo de onda : sinusoidal , quadrática, etc
Acresce: a-tempo de exposição
b-local da exposição

As principais aplicações médicas dos campos eletromagnéticos não ionizantes e não térmicos são enumeradas no quadro 2.

Quadro 2 : Principais aplicações médicas dos campos eletromagnéticos não ionizantes e não térmicos

1. Câncer
2. Osteoartrite
3. Depressão
4. Regeneração de tecidos
5. Cicatrização de feridas
6. Estimulação do sistema imune
7. Modulação neuro endócrina
8. Condições degenerativas associadas à idade
9. Não união de fraturas, osteonecrose
10. Dor intratável
11. Estados psico fisiológicos (epilepsia e dependência de drogas)
12. Paralisia cerebral (redução da espasticidade)
13. Lesão da medula espinhal
14. Doença de Parkinson
15. Dificuldade de aprendizado
16. Estimulação nervosa
17. Infecções crônicas
18. Osteoporose
19. Pseudoartrose congênita
20. Aumento da síntese de neuro transmissores

Quando expostas a campos eletromagnéticos de extrema baixa freqüência (0 a 100 Hz) as células sofrem alterações específicas desde mudanças de fluxo iônico trans membrana até o aumento da síntese de DNA e o aumento da transcrição de RNA. (Goodman 1989)

Os campos eletromagnéticos pulsáteis de extrema baixa freqüência (PEMF–ELF) interferem em vários processos biológicos, como regeneração de membros em anfíbios, reparação de fraturas em coelhos e regeneração hepática em ratos. Nas células eles são capazes de modificar a transcrição e a diferenciação, a síntese de proteínas especializadas, a resposta a hormônios, a liberação de neurotransmissores, o crescimento e também a síntese de DNA de algumas células como condrócitos de galinha e carcinoma embrionário de rato.

Os PEMF-ELF in vitro são capazes de aumentar o crescimento de células endoteliais e a angiogênese e aumentar a atividade tumoricída das células de Kupffer do fígado.

Yen – Patton em 1988, revelou de uma maneira muito elegante que os PEMF – ELF estimulam a velocidade de crescimento e a angiogênese. Tal campo foi capaz de aumentar em 20 a 40% a velocidade de crescimento da célula endotelial em região desnuda. Fora do campo as células apresentavam forma cuboidal e dentro dele as células endoteliais se alongavam e freqüentemente se conectavam pelas extremidades formando um broto. Com a manutenção do campo as células se reorganizavam em uma estrutura tridimensional e começavam a formar neo vasos, de modo semelhante à angiogênese in vivo. Realmente algo de espetacular: o aparecimento de uma microcirculação ‘in vitro”. São células que receberam não somente os nutrientes essenciais à vida, mas principalmente tais células receberam um campo informacional.

Francheschi em 1987 mostrou que os PEMF-ELF em linfócitos de doadores idosos, expressam um número aumentado de receptores IL-2 e também tal exposição aumenta a utilização da IL-2.

Cossarizza em 1989, mostrou que a aplicação de campos eletromagnéticos pulsáteis de extrema baixa freqüência são capazes de aumentar a proliferação de linfócitos de idosos, quando submetidos a estimulo pela fitohemaglutinina (PHA). É surpreendente que linfócitos de idosos, os quais possuem habilidade reduzida de proliferação, consigam após exposição aos PEMF, níveis de incorporação de timidina H3 semelhantes às culturas de linfócitos jovens não expostos ao campo. Este aspecto do problema, nos mostra que no envelhecimento as células necessitam de informação, não somente de nutrientes.

Também em 1989, Cossarizza mostrou que os PEMF-ELF não provocam efeitos colaterais pois não conseguem interferir com a capacidade de reparação do DNA humano lesado por radiação gama ou por agentes químicos antiproliferativos.

Há muito tempo na Rússia é empregada a terapia por ressonância de microondas, que é não ionizante e fisicamente não térmica. Utilizam baixa intensidade (contínua ou modulada por pulsos) e com onda sinusoidal e eles têm obtido muito sucesso no tratamento da artrite, esofagite, úlceras, hipertensão arterial, dor crônica, paralisia cerebral (redução das contraturas musculares), algumas alterações neurológicas e para diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia no câncer. Na Rússia muitas pessoas são tratadas com microondas de baixa energia nos pontos de acupuntura.

Acredita-se que a terapêutica por ressonância de microondas envolva modificações no transporte de membrana celular ou a produção de mediadores químicos, porém qual seria o mecanismo de ação?

Mecanismo de Ação

Primeiro:

Segundo o engenheiro argentino Carlos Belohlavec, o campo produzido pelos aparelhos pode crear (é mesmo crear e não criar, como por ex. criar galinhas) uma onda guia, como descreveu De Broglie, onda guia esta gerada no espaço vazio dos átomos e capaz de reorganizar o “spin” dos elétrons. A organização do spin das partículas atômicas agrega e ordena as funções do conjunto e assim facilita a separação ou a união de moléculas incompletas, aumenta a reparação do DNA, estimula os processos de reorganização e reparação celular, em uma palavra, facilita a expressão gênica. As sucessivas exposições ao campo gerado provocam mudanças na escala atômica que acabam por se expressar na escala biológica, aparecendo clinicamente como modificação da estrutura da matéria. Esta onda guia no vazio dos átomos, efeito túnel, parece ser o meio primordial de comunicação, de informação que a natureza viva possui e cuja finalidade é a construção e a reparação da própria natureza. Resta a questão: a baixa potência destes campos eletromagnéticos teria energia suficiente para alterar a configuração do “spin” dos elétrons?

Segundo:

Para Goodman, os campos empregados são muito fracos para agir através de mecanismos físicos conhecidos como, calor, quebra dielétrica, deslocamento de partículas ou eletroforese. Para ele é pouco provável que o mecanismo de ação seja derivado de alterações do potencial trans membrana uma vez que o potencial dos sinais são muito inferiores aos potenciais da membrana celular. Alguns especulam alguma forma de acoplamento ou ressonância ou outro tipo de interação com processos endógenos.

Terceiro:

Matzke, mostrou através da expressão gênica de eucariócitos que o campo elétrico da periferia do núcleo da célula controla as interações macro moleculares.

Quarto:

Adey mostrou que a interação entre energia eletromagnética e os receptores de glicoproteina na superfície da membrana celular provoca transdução de sinais.

Quinto:

Liboff e colaboradores propuseram o modelo “ciclotron” de ressonância baseados nos dados experimentais de Blackman. Este último encontrou aumento do efluxo de cálcio no cérebro de galinha exposto a campos elétricos e magnéticos fracos. O modelo propõe que os íons se movendo pelos canais helicoidais da membrana na presença de um campo magnético estático, exibem uma freqüência peculiar de ressonância. A energia seria assim transferida de um campo eletromagnético oscilante para um sistema molecular.

Em outras palavras: o modelo ciclotron de ressonância pode ser produzido toda vez que houver um campo magnético em “steady state” combinado com um campo elétrico ou magnético oscilante, agindo em uma partícula. Tal modelo permite campos eletromagnéticos de baixa força, agirem em conjunto com o campo geomagnético da Terra para produzirem efeitos biológicos, concentrando energia do campo em partículas específicas, tais como: cálcio, sódio, potássio e lítio. Quando a força do campo magnético em “steady state” é pequena, a freqüência do campo elétrico ou magnético necessário para produzir ressonância também é pequeno. Assim quando a força do campo magnético da Terra (0,2 a 0,6 Gauss) é colocada em jogo, as freqüências dos campos oscilantes necessários para provocar ressonância com ions biologicamente importantes caem via de regra na extrema baixa freqüência: ELF (0 a 100 Hz). Assim os ELF se tornam a parte mais significante do espectro eletromagnético do meio ambiente. Vamos dar um exemplo: se colocarmos um campo elétrico oscilante de 60 Hz (o mesmo da nossa corrente elétrica doméstica) em um local geográfico do nosso planeta onde o campo geomagnético é de 0,2 Gauss obtém-se a freqüência de ressonância do lítio. Ratos submetidos a este campo apresentam os mesmos efeitos da injeção da substância química lítio, isto é, diminuem a atividade e se tornam mais passivos e submissos (efeito calmante). Aqui um alerta: os aparelhos devem ser regulados de acordo com o local geográfico, se ele funciona na Alemanha não funcionará do mesmo modo no Brasil.

Sexto:

Quando nos lembramos do oscilador de múltiplas ondas de Lakhovsky provocando o desaparecimento de câncer maligno recidivado de pele sem deixar cicatrizes e também na mesma paciente de 80 anos fazendo desaparecer profundos sulcos do pescoço e face e melhorando nitidamente a textura da pele como se rejuvenescendo aquele tecido senil , temos que procurar saber qual o mecanismo de ação. Tudo se passa como se as freqüências múltiplas do campo eletromagnético gerado pelo aparelho “ensinasse” as células da pele a não mais continuarem produzindo células cancerosas voltando a se reproduzir da forma antiga que era a forma correta, sem câncer. Tal campo também consegue “ensinar” as células envelhecidas a funcionarem como antigamente voltando inclusive a fabricar novamente o tecido de sustentação do sistema retículo endotelial. Ensinar significa informar. As ondas informariam as células a se comportarem da maneira correta, do modo que elas foram creadas, da maneira que haviam se comportado na adolescência.

O aparelho de radio freqüência harmônica de Lakhovisky foi reconstruído na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Temos obtido diminuição de tumores metastáticos de fígado, de adenocarcinomas de mama, de tumores pulmonares (“oat cell”, carcinoma epidermóide ) e modulação do sistema glandular e imune. Observamos aumento dos linfócitos T e B, do CD4 e das células “natural killer”. O T4 livre aumenta, o TSH diminui e os anticorpos anti peroxidase e anti tiroglobulina também diminuem. O IGF-1 aumenta 20 a 30%, a testosterona se eleva e o PSA diminui.

Sétimo:

O campo eletromagnético pode ser Estático ou Oscilante

ESTÁTICO: produz polarização constante ou despolarização constante

OSCILANTE do Tipo I (Despolarização com queda do ATP intracelular):

Produz um movimento de íons intracelular que provoca uma diferença de potencial. Se esta diferença de potencial atingir 30 mV ela altera os canais iônicos da membrana celular. Se esta alteração aumentar a permeabilidade ao Na+, teremos despolarização celular.

Quanto maior a despolarização celular, menor a quantidade de ATP a célula produz, maior será a entropia e menor será a ordem-informação: DOENÇA

Se a despolarização atingir -15mV dispara a MITOSE: e aumenta o volume do câncer.

Este é o modo como aceitamos os efeitos maléficos de um determinado campo eletromagnético. O CEM oscilante do Tipo I, provoca diminuição da produção de ATP intracelular e a célula ou tecido atingido sofrem as conseqüências.

OSCILANTE do Tipo II (Polarização com aumento do ATP intracelular):

Produz um movimento de ions intracelular que provoca uma diferença de potencial. Se atingir 30mV ela altera os canais iônicos da membrana celular.

Se a alteração dos canais iônicos diminuir a permeabilidade ao Na+, teremos polarização da célula com aumento da negatividade do potencial trans membrana, aumento da produção de ATP, diminuição da entropia, aumento da ordem – informação: SAÚDE. Se a polarização atingir e se manter acima dos -15 Mv: cessa a MITOSE e diminui o volume do câncer.

O CEM oscilante do Tipo II, provoca aumento da produção de ATP intracelular e a célula ou tecido atingido melhoram a sua arquitetura e função.

Até hoje sempre pensávamos que as informações biológicas estivessem somente armazenadas nas estruturas moleculares. Pode ser que as informações estejam armazenadas em locais do organismo na forma de campos eletromagnéticos que podem ser usados na regulação biológica e na comunicação celular ou que as próprias ondas eletromagnéticas fazem com que as estruturas moleculares voltem novamente a funcionar corretamente.

Utilizando o aparelho denominado “SQUID” (superconducting quantum interference detecting magnetometer) vários cientistas detectaram e identificaram dentro de organismos vivos, depósitos de um material magnético denominado magnetita. Este mineral está presente no sistema nervoso central, na forma de unidades de cristais celulares ligados de uma maneira específica e sempre associados com abundantes conecções neurais. Recentemente este material agora chamado, “orgão magnético”, foi capaz de detectar com grande precisão, a força, a polaridade e a direção do campo magnético da Terra. Os pombos correios apresentam nos neurônios cerebrais grande quantidade de magnetita.

Atualmente tornou-se evidente que o campo magnético da Terra é um fator considerável no nosso meio ambiente sendo uma força física da qual derivamos informações de grande importância no funcionamento do nosso corpo.

Estamos apenas no início da compreensão das relações entre a biologia e o campo geo magnético , assim como das forças elétricas e magnéticas intrínsicas e extrinsícas ao corpo ou quais informações elas seriam portadoras.

Acreditamos que em um futuro próximo os campos eletromagnéticos serão empregados na medicina onde os meios químicos falharam. O ideal seria o emprego correto de ambos em conjunto.

Referências Bibliográficas

1. Adey, W.R.: Physiol. Rev. (61): 435-514, 1981.
2. Becker, OR , Electromagnetism and the revolution in medicine. Acupunct Electrother Res, 12: 75-9, 1987.
3. Blackman, CF: Bioelectromagnetics (6): 327-37, 1986.
4. Cossariza, A et al: Extremely low frequency pulsed electromagnetic fields increase cell proliferation in lymphoytes from young and aged subjects. Biochem Biophys Res Commun, 160(2), 692-8, 1989.
5. Cossariza, A. et al: DNA repair after gama irradiation in lymphocytes exposed to low – frequency pulsed electromagnetic fields. Radiation Research (118): 161-68, 1989.
6. 6-Franceschi, C et al. BRAGS Transactions (7), 57: 1987.
7. 7-Goodman, R et al: Exposure of human cells to low-frequency electromagnetic fields results in quantitative changes in transcripts. Biochim Biophis Acta, 1009 (3): 216-20, 1989.
8. 8-Matzke, M : J. Bioelectricity, (4): 461-79, 1985.
9. 9-Liboff , AR: Geomagnetic cyclotron resonance in living cells. J Biol Physis (13): 99-104, 1985.
10. 10-Yen – Patton, GA et al: Endothelial cell response to pulsed electromagnetic fields: stimulation of growth rate and angiogenesis in vitro. J.Cell Physiol (134): 1,37-46, 1988.

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20.03.2006
Campos eletromagnéticos na medicinaJosé de Felippe JuniorOs campos eletromagnéticos podem provocar doenças ou de acordocom a sua intensidade e freqüência pode também curá-las.Trabalhos indexados e de bom nível conseguiram demonstrar o

aumento da prevalência de leucemia em crianças que moravam perto

de cabos de alta tensão. Outros mostraram aumento de linfomas e

outros tipos de neoplasias malignas em adultos submetidos a

campos eletromagnéticos gerados por: transformadores, estações de

radar e fios de alta tensão. Não sabemos com certeza se as torres

de retransmissão da telefonia celular podem provocar câncer ,

porem alguns pesquisadores têm demonstrado que elas podem

provocar em certas pessoas : mal estar geral, dores de cabeça,

nervosismo exagerado, insônia , depressão, angustia, diminuição

da memória e da concentração, fraqueza, indisposição geral e

vários sintomas que embora pequenos são desagradáveis.

Por outro lado vários aparelhos geradores de campo

eletromagnético estão em uso com finalidade terapêutica e

mostrando excelentes resultados.

O bioeletromagnetismo surgiu após a descoberta da indução

eletromagnética por Michael Faraday no final de 1700. Logo após

vieram os famosos experimentos do físico e médico italiano Luigi

Galvani, que mostrou em patas de sapo, a conecção entre

eletricidade e contração muscular. Depois veio Alessandro Volta

outro físico italiano que interpreta os experimentos de Galvani

de maneira diferente. São os eletrodos metálicos e não o tecido

muscular o gerador de corrente elétrica. Polêmica vigorosa e

ferrenha entre os dois, para sabermos hoje em dia que ambos

tinham sua parcela de razão: o músculo gera eletricidade

(Galvani) e o metal também (pilha de Volta).

Desta época em diante, surgiram vários tipos de aparelhos para o

diagnóstico e tratamento de doenças, iniciando-se com os

geradores de eletricidade estática, passando-se para os de

corrente elétrica alternada ou contínua e finalmente chegando

àqueles que exploram a enorme gama de freqüências do espectro

eletromagnético (EM).

Os aparelhos mais eficazes foram aqueles que se concentraram na

porção não ionizante do espectro EM, particularmente a baixos

níveis de energia. As aplicações médicas do bioeletromagnetismo

não ionizante são classificadas em térmicas (produzem calor no

tecido biológico) e não térmicas. As aplicações térmicas incluem

a hipertermia por radio freqüência (RF), a cirurgia a laser, a

cirurgia por RF e a diatermia por RF.

Na medicina a modalidade não ionizante mais importante é a não

térmica. Aqui devemos prestar atenção a dois significados das

palavras “não térmico”: o biológico e o físico. Biologicamente ,

isto è para os médicos, não térmico significa que “não está

ocorrendo aumento da temperatura do tecido” e fisicamente

(científicamente) significa “ abaixo do limite de ruído térmico a

temperaturas fisiológicas” . O nível de energia do ruído térmico

é muito menor que o requerido para aquecer o tecido.

Para caracterizar um determinado campo eletromagnético nós

devemos conhecer os parâmetros descritos no quadro 1

Quadro 1: Parâmetros que caracterizam os campos eletromagnéticos

1-Potência
2-Voltagem
3-Corrente
4-Freqüência
5-Fase
6-Pulsátil ou não pulsátil
7-Tipo de onda : sinusoidal , quadrática, etc
Acresce: a-tempo de exposição
b-local da exposição

As principais aplicações médicas dos campos eletromagnéticos não

ionizantes e não térmicos são enumeradas no quadro 2.

Quadro 2 : Principais aplicações médicas dos campos

eletromagnéticos não ionizantes e não térmicos

1. Câncer
2. Osteoartrite
3. Depressão
4. Regeneração de tecidos
5. Cicatrização de feridas
6. Estimulação do sistema imune
7. Modulação neuro endócrina
8. Condições degenerativas associadas à idade
9. Não união de fraturas , osteonecrose
10. Dor intratável
11. Estados psico fisiológicos ( epilepsia e dependência de

drogas)
12. Paralisia cerebral (redução da espasticidade)
13. Lesão da medula espinhal
14. Doença de Parkinson
15. Dificuldade de aprendizado
16. Estimulação nervosa
17. Infecções crônicas
18. Osteoporose
19. Pseudoartrose congênita
20. Aumento da síntese de neuro transmissores

Quando expostas a campos eletromagnéticos de extrema baixa

freqüência ( 0 a 100 Hz) as células sofrem alterações específicas

desde mudanças de fluxo iônico trans membrana até o aumento da

síntese de DNA e o aumento da transcrição de RNA.(Goodman 1989)

Os campos eletromagnéticos pulsáteis de extrema baixa freqüência

(PEMF–ELF) interferem em vários processos biológicos, como

regeneração de membros em anfíbios, reparação de fraturas em

coelhos e regeneração hepática em ratos. Nas células eles são

capazes de modificar a transcrição e a diferenciação, a síntese

de proteínas especializadas, a resposta a hormônios, a liberação

de neurotransmissores, o crescimento e também a síntese de DNA de

algumas células como condrócitos de galinha e carcinoma

embrionário de rato.

Os PEMF-ELF in vitro são capazes de aumentar o crescimento de

células endoteliais e a angiogênese e aumentar a atividade

tumoricída das células de Kupffer do fígado.

Yen – Patton em 1988, revelou de uma maneira muito elegante que

os PEMF – ELF estimulam a velocidade de crescimento e a

angiogênese. Tal campo foi capaz de aumentar em 20 a 40% a

velocidade de crescimento da célula endotelial em região desnuda.

Fora do campo as células apresentavam forma cuboidal e dentro

dele as células endoteliais se alongavam e freqüentemente se

conectavam pelas extremidades formando um broto. Com a manutenção

do campo as células se reorganizavam em uma estrutura

tridimensional e começavam a formar neo vasos, de modo semelhante

à angiogênese in vivo. Realmente algo de espetacular: o

aparecimento de uma microcirculação ‘in vitro”. São células que

receberam não somente os nutrientes essenciais à vida , mas

principalmente tais células receberam um campo informacional.

Francheschi em 1987 mostrou que os PEMF-ELF em linfócitos de

doadores idosos, expressam um número aumentado de receptores IL-2

e também tal exposição aumenta a utilização da IL-2.

Cossarizza em 1989, mostrou que a aplicação de campos

eletromagnéticos pulsáteis de extrema baixa freqüência são

capazes de aumentar a proliferação de linfócitos de idosos,

quando submetidos a estimulo pela fitohemaglutinina.(PHA). É

surpreendente que linfócitos de idosos, os quais possuem

habilidade reduzida de proliferação, consigam após exposição aos

PEMF, níveis de incorporação de timidina H3 semelhantes às

culturas de linfócitos jovens não expostos ao campo. Este aspecto

do problema, nos mostra que no envelhecimento as células

necessitam de informação , não somente de nutrientes.

Também em 1989, Cossarizza mostrou que os PEMF-ELF não provocam

efeitos colaterais pois não conseguem interferir com a capacidade

de reparação do DNA humano lesado por radiação gama ou por

agentes químicos antiproliferativos.

Há muito tempo na Rússia. é empregada a terapia por ressonância

de microondas, que é não ionizante e fisicamente não térmica.

Utilizam baixa intensidade (contínua ou modulada por pulsos) e

com onda sinusoidal e eles têm obtido muito sucesso no tratamento

da artrite, esofagite, úlceras, hipertensão arterial, dor

crônica, paralisia cerebral (redução das contraturas musculares),

algumas alterações neurológicas e para diminuir os efeitos

colaterais da quimioterapia no câncer. Na Rússia muitas pessoas

são tratadas com microondas de baixa energia nos pontos de

acupuntura.

Acredita-se que a terapêutica por ressonância de microondas

envolva modificações no transporte de membrana celular ou a

produção de mediadores químicos, porém qual seria o mecanismo de

ação?.

Mecanismo de Ação

Primeiro:

Segundo o engenheiro argentino Carlos Belohlavec, o campo

produzido pelos aparelhos pode crear (é mesmo crear e não criar ,

como por ex. criar galinhas) uma onda guia, como descreveu De

Broglie, onda guia esta gerada no espaço vazio dos átomos e capaz

de reorganizar o “spin” dos elétrons. A organização do spin das

partículas atômicas agrega e ordena as funções do conjunto e

assim facilita a separação ou a união de moléculas incompletas,

aumenta a reparação do DNA, estimula os processos de

reorganização e reparação celular, em uma palavra, facilita a

expressão gênica. As sucessivas exposições ao campo gerado

provocam mudanças na escala atômica que acabam por se expressar

na escala biológica, aparecendo clinicamente como modificação da

estrutura da matéria. Esta onda guia no vazio dos átomos, efeito

túnel, parece ser o meio primordial de comunicação, de informação

que a natureza viva possui e cuja finalidade é a construção e a

reparação da própria natureza. Resta a questão : a baixa potência

destes campos eletromagnéticos teria energia suficiente para

alterar a configuração do “spin” dos elétrons?

Segundo:

Para Goodman, os campos empregados são muito fracos para agir

através de mecanismos físicos conhecidos como, calor, quebra

dielétrica, deslocamento de partículas ou eletroforese. Para ele

é pouco provável que o mecanismo de ação seja derivado de

alterações do potencial trans membrana uma vez que o potencial

dos sinais são muito inferiores aos potenciais da membrana

celular. Alguns especulam alguma forma de acoplamento ou

ressonância ou outro tipo de interação com processos endógenos.

Terceiro:

Matzke,mostrou através da expressão gênica de eucariócitos que o

campo elétrico da periferia do núcleo da célula controla as

interações macro moleculares.

Quarto:

Adey mostrou que a interação entre energia eletromagnética e os

receptores de glicoproteina na superfície da membrana celular

provoca transdução de sinais.

Quinto:

Liboff e colaboradores propuseram o modelo “ciclotron” de

ressonância baseados nos dados experimentais de Blackman. Este

último encontrou aumento do efluxo de cálcio no cérebro de

galinha exposto a campos elétricos e magnéticos fracos. O modelo

propõe que os íons se movendo pelos canais helicoidais da

membrana na presença de um campo magnético estático, exibem uma

freqüência peculiar de ressonância. A energia seria assim

transferida de um campo eletromagnético oscilante para um sistema

molecular.

Em outras palavras: o modelo ciclotron de ressonância pode ser

produzido toda vez que houver um campo magnético em “steady

state” combinado com um campo elétrico ou magnético oscilante,

agindo em uma partícula. Tal modelo permite campos

eletromagnéticos de baixa força, agirem em conjunto com o campo

geomagnético da Terra para produzirem efeitos biológicos,

concentrando energia do campo em partículas específicas, tais

como: cálcio, sódio, potássio e lítio . Quando a força do campo

magnético em “steady state” é pequena, a freqüência do campo

elétrico ou magnético necessário para produzir ressonância também

é pequeno. Assim quando a força do campo magnético da Terra (0,2

a 0,6 Gauss) é colocada em jogo, as freqüências dos campos

oscilantes necessários para provocar ressonância com ions

biologicamente importantes caem via de regra na extrema baixa

freqüência : ELF ( 0 a 100 Hz). Assim os ELF se tornam a parte

mais significante do espectro eletromagnético do meio ambiente.

Vamos dar um exemplo: se colocarmos um campo elétrico oscilante

de 60 Hz (o mesmo da nossa corrente elétrica doméstica) em um

local geográfico do nosso planeta onde o campo geomagnético é de

0,2 Gauss obtém-se a freqüência de ressonância do lítio. Ratos

submetidos a este campo apresentam os mesmos efeitos da injeção

da substância química lítio, isto é, diminuem a atividade e se

tornam mais passivos e submissos (efeito calmante). Aqui um

alerta: os aparelhos devem ser regulados de acordo com o local

geográfico, se ele funciona na Alemanha não funcionará do mesmo

modo no Brasil.

Sexto:

Quando nos lembramos do oscilador de múltiplas ondas de Lakhovsky

provocando o desaparecimento de câncer maligno recidivado de pele

sem deixar cicatrizes e também na mesma paciente de 80 anos

fazendo desaparecer profundos sulcos do pescoço e face e

melhorando nitidamente a textura da pele como se rejuvenescendo

aquele tecido senil , temos que procurar saber qual o mecanismo

de ação. Tudo se passa como se as freqüências múltiplas do campo

eletromagnético gerado pelo aparelho “ensinasse” as células da

pele a não mais continuarem produzindo células cancerosas

voltando a se reproduzir da forma antiga que era a forma correta,

sem câncer. Tal campo também consegue “ensinar” as células

envelhecidas a funcionarem como antigamente voltando inclusive a

fabricar novamente o tecido de sustentação do sistema retículo

endotelial. Ensinar significa informar. As ondas informariam as

células a se comportarem da maneira correta, do modo que elas

foram creadas, da maneira que haviam se comportado na

adolescência.

O aparelho de radio freqüência harmônica de Lakhovisky foi

reconstruído na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Temos obtido diminuição de tumores metastáticos de fígado, de

adenocarcinomas de mama, de tumores pulmonares( “oat cell’ ,

carcinoma epidermóide ) e modulação do sistema glandular e imune.

Observamos aumento dos linfócitos T e B , do CD4 e das células

“natural killer”. O T4 livre aumenta , o TSH diminui e os

anticorpos anti peroxidase e anti tiroglobulina também diminuem.

O IGF-1 aumenta 20 a 30% , a testosterona se eleva e o PSA

diminui.

Sétimo:

O campo eletromagnético pode ser Estático ou Oscilante

ESTÁTICO : produz polarização constante ou despolarização

constante

OSCILANTE do Tipo I (Despolarização com queda do ATP

intracelular) :

Produz um movimento de íons intracelular que provoca uma

diferença de potencial. Se esta diferença de potencial atingir 30

mV ela altera os canais iônicos da membrana celular. Se esta

alteração aumentar a permeabilidade ao Na+, teremos

despolarização celular.

Quanto maior a despolarização celular, menor a quantidade de ATP

a célula produz, maior será a entropia e menor será a

ordem-informação: DOENÇA

Se a despolarização atingir -15mV dispara a MITOSE : e aumenta o

volume do câncer .

Este é o modo como aceitamos os efeitos maléficos de um

determinado campo eletromagnético. O CEM oscilante do Tipo I ,

provoca diminuição da produção de ATP intracelular e a célula ou

tecido atingido sofrem as conseqüências.

OSCILANTE do Tipo II (Polarização com aumento do ATP

intracelular) :

Produz um movimento de ions intracelular que provoca uma

diferença de potencial. Se atingir 30mV ela altera os canais

iônicos da membrana celular.

Se a alteração dos canais iônicos diminuir a permeabilidade ao

Na+, teremos polarização da célula com aumento da negatividade do

potencial trans membrana, aumento da produção de ATP, diminuição

da entropia, aumento da ordem – informação : SAÚDE Se a

polarização atingir e se manter acima dos -15 Mv : cessa a MITOSE

e diminui o volume do câncer.

O CEM oscilante do Tipo II , provoca aumento da produção de ATP

intracelular e a célula ou tecido atingido melhoram a sua

arquitetura e função.

Até hoje sempre pensávamos que as informações biológicas

estivessem somente armazenadas nas estruturas moleculares. Pode

ser que as informações estejam armazenadas em locais do organismo

na forma de campos eletromagnéticos que podem ser usados na

regulação biológica e na comunicação celular ou que as próprias

ondas eletromagnéticas fazem com que as estruturas moleculares

voltem novamente a funcionar corretamente.

Utilizando o aparelho denominado “SQUID” (superconducting quantum

interference detecting magnetometer) vários cientistas detectaram

e identificaram dentro de organismos vivos, depósitos de um

material magnético denominado magnetita . Este mineral está

presente no sistema nervoso central, na forma de unidades de

cristais celulares ligados de uma maneira específica e sempre

associados com abundantes conecções neurais. Recentemente este

material agora chamado, “orgão magnético”, foi capaz de detectar

com grande precisão, a força, a polaridade e a direção do campo

magnético da Terra. Os pombos correios apresentam nos neurônios

cerebrais grande quantidade de magnetita.

Atualmente tornou-se evidente que o campo magnético da Terra é um

fator considerável no nosso meio ambiente sendo uma força física

da qual derivamos informações de grande importância no

funcionamento do nosso corpo.

Estamos apenas no início da compreensão das relações entre a

biologia e o campo geo magnético , assim como das forças

elétricas e magnéticas intrínsicas e extrinsícas ao corpo ou

quais informações elas seriam portadoras.

Acreditamos que em um futuro próximo os campos eletromagnéticos

serão empregados na medicina onde os meios químicos falharam. O

ideal seria o emprego correto de ambos em conjunto.

Referências Bibliográficas

1. Adey,W.R.: Physiol. Rev. (61):435-514,1981.
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4. Cossariza,A et al : Extremely low frequency pulsed

electromagnetic fields increase cell proliferation in lymphoytes

from young and aged subjects. Biochem Biophys Res Commun,

160(2),692-8,1989.
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lymphocytes exposed to low – frequency pulsed electromagnetic

fields. Radiation Research (118):161-68,1989.
6. 6- Franceschi,C et al . BRAGS Transactions (7) , 57 : 1987.
7. 7-Goodman,R et al : Exposure of human cells to

low-frequency electromagnetic fields results in quantitative

changes in transcripts. Biochim Biophis Acta , 1009

(3):216-20,1989.
8. 8-Matzke,M : J. Bioelectricity , (4):461-79,1985
9. 9- Liboff , AR : Geomagnetic cyclotron resonance in living

cells. J Biol Physis (13):99-104,1985.
10. 10-Yen – Patton , GA et al : Endothelial cell response to

pulsed electromagnetic fields : stimulation of growth rate and

angiogenesis in vitro. J.Cell Physiol (134):1,37-46,1988.

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Terapia magnética ganha status de disciplina científica

As propriedades terapêuticas e curativas dos materiais magnéticos são difundidas desde a Grécia Antiga. Mas, até agora, não havia evidências científicas que dessem embasamento à crescente indústria de braceletes, palmilhas e uma série de outros produtos disponíveis comercialmente no mundo todo para a prática da chamada terapia magnética.

Terapia magnética

A fama e o uso disseminado desses acessórios magnéticos chamou a atenção de uma equipe de médicos norte-americanos, que descobriram que pelo menos algumas das apregoadas vantagens terapêuticas dos magnetos são realmente verdadeiras. A terapia magnética é mesmo eficiente, por exemplo, no aumento do fluxo sangüíneo.

A descoberta poderá permitir que essas técnicas de terapia magnética sejam melhor exploradas e utilizadas por atletas e até por pessoas sujeitas a momentos de grande exigência física e mental, como estudantes durante as provas do vestibular.

Efeitos sobre a circulação

As empresas que comercializam magnetos anunciam que seus produtos servem para o tratamento de diversos males, da artrite à depressão. A equipe do Dr. Thomas Skalak se concentrou na pesquisa dos efeitos dos materiais magnéticos sobre a microcirculação – o fluxo de sangue nos menores vasos sangüíneos do corpo humano.

Skalak e sua orientanda Cassandra Morris se concentraram inicialmente no maior argumento utilizado pelas empresas que vendem produtos para terapia magnética: o argumento de que os ímãs melhoram o fluxo sangüíneo.

Melhoria do fluxo sangüíneo

As pesquisas feitas em animais deram forte suporte a este argumento, representando provavelmente a primeira evidência científica documentada e academicamente aceita de que a terapia magnética possa ter utilidade real para tratamentos que requeiram um aumento no fluxo sangüíneo localizado.

No estudo, ímãs de 70 miliTesla – cerca de 10 vezes mais fortes do que um ímã de geladeira – mostraram um forte efeito, contraindo vasos que haviam sido artificialmente constritos e contraindo vasos que haviam sido artificialmente dilatados. Os resultados mostram que a terapia magnética pode induzir o relaxamento de vasos em tecidos com suprimento de sangue deficiente – ou seja, os ímãs realmente aumentam a circulação sangüínea.

Tratamento de inflamações e inchaços

Em outro teste, os pesquisadores avaliaram o efeito dos magnetos sobre inflamações causadas por traumas. A dilatação dos vasos sangüíneos é uma das principais causas de inchaços no caso de traumas em áreas de tecidos moles, como músculos e ligamentos.

Também nesse caso os ímãs tiveram um efeito fortemente positivo, combatendo o inchaço sem a apresentação de nenhum efeito colateral. Os testes mostraram que os magnetos reduzem significativamente os inchaços, principalmente se forem aplicados logo após o trauma.

Terapia magnética para atletas

Os cientistas agora planejam estender os estudos para pacientes humanos, utilizando atletas de ponta como cobaias. Eles descobriram que a força do magneto – a intensidade do seu campo magnético – é um elemento-chave na redução dos inchaços e que essa característica ainda não é explorada pelos equipamentos de terapia magnética disponíveis comercialmente.

“Nós agora esperamos implementar uma série de passos, incluindo parceiros privados e eventualmente um grande sócio corporativo, para concretizar essa infinidade de aplicações que irão fazer uma diferença positiva para a saúde humana,” diz Skalak.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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Combate à depressão sem remédios

Pesquisas revelam que a atividade física e a terapia que usa estimulação magnética do cérebro são eficazes contra a doença.

Por Cilene Pereira

Há uma regra na medicina segundo a qual quanto menos remédio for necessário para tratar uma doença, melhor. Na última semana, foram divulgadas duas boas notícias nesse sentido no que diz respeito à depressão, doença que atinge cerca de 121 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. A primeira foi o anúncio do resultado de um grande estudo que comprovou a eficácia da estimulação magnética transcraniana (EMT) no controle da enfermidade. A técnica usa ondas magnéticas para estimular o cérebro a reagir contra o mal. A outra novidade é uma pesquisa mostrando que a atividade física também pode promover um efeito antidepressivo significativo.

O efeito da EMT era mais conhecido. O método é usado contra a doença há alguns anos, principalmente contra casos graves, mas vem sendo alvo de mais investigações por causa de seu potencial promissor. A técnica se baseia na aplicação de ondas magnéticas em uma região do cérebro conhecida como córtex dorsolateral pré-frontal esquerdo.

Nos pacientes com depressão, essa área apresenta atividade abaixo do normal. A estimulação magnética reverte essa situação, provocando uma cascata de reações que contribuem para o equilíbrio da produção de substâncias cujas alterações estão associadas à doença. O campo magnético é aplicado por meio de um aparelho especial capaz de emitir ondas extremamente potentes.

O trabalho, publicado no jornal científico Biological Psychiatry, comprova a eficiência do método. Os pesquisadores, coordenados por John Reardon, da Universidade da Pensilvânia (EUA), acompanharam a reação de 301 pacientes que não haviam respondido bem aos antidepressivos e que se encontravam sem medicação. Após seis semanas de tratamento, eles apresentaram melhora importante. “O resultado confirma que a terapia é uma opção atraente para aqueles que não tiveram boa resposta às terapias convencionais”, afirmou John Krystal, editor do Biological Psychiatry.

No Brasil, a experiência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo com a técnica aponta no mesmo sentido. “Ela pode ser indicada quando o doente não responde à medicação ou sofre com os efeitos colaterais”, explica o psiquiatra Marco Antonio Marcolin, um dos estudiosos brasileiros mais entendidos no tema. Entre os efeitos colaterais estão a ansiedade e alteração de peso. Outra indicação é nas situações nas quais o paciente passa por uma crise muito séria. Em um trabalho conduzido pelo grupo de Marcolin, ficou demonstrado que, nessas situações, o método dá uma ajuda fenomenal quando associado a uma medicação. Normalmente, os antidepressivos levam de três a oito semanas para produzir os primeiros sinais de melhora. Quando a EMT foi adicionada, os doentes reagiram logo nos primeiros sete dias.

O trabalho que revela o efeito antidepressivo da atividade física – e aponta uma possível explicação para esse benefício – foi publicado na revista Nature, uma das mais importantes do mundo. Realizada na Universidade de Yale (EUA), a pesquisa demonstrou, em animais, que o exercício estimula a atividade de genes associados à produção de substâncias conhecidas como fator de crescimento neural (VGF, da sigla em inglês). São proteínas importantes para o desenvolvimento e manutenção do bom funcionamento de neurônios. Após essa constatação, eles infundiram nas cobaias versões sintéticas de VGF e verificaram um “robusto efeito antidepressivo”, conforme relatado no estudo. “O mais importante é que identificamos o fator-chave que produz esse efeito”, explicou Ronald Duman, coordenador do estudo. “Essa informação servirá para criar diferentes agentes terapêuticos”, completou. De fato, o que intrigava os cientistas era desvendar como a atividade física proporcionava um antídoto natural contra a depressão. A descoberta do papel dos VGFs entusiasma porque abre um caminho de novas possibilidades de tratamento – e isso é muito importante porque hoje se sabe que as drogas funcionam em cerca de 65% dos casos. O restante ainda necessita de outras alternativas. Mas, como se vê a partir dessas pesquisas, elas começam a surgir.

Fonte: Revista IstoÉ, ano 2007, 19 de Dezembro, Edição 1990.

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Os mistérios da água

Novas pesquisas revelam propriedades surpreendentes e podem até ajudar a explicar a homeopatia

Pablo Nogueira

Os estudos sobre a água têm gerado algumas das mais insólitas descobertas científicas dos últimos anos. Químicos e físicos estão esbarrando em fenômenos estranhos, como sementes que crescem mais alto e em ritmo mais rápido, desde que regadas com uma água tratada por um campo magnético. Ou a constatação de que pequenas mudanças na estrutura do líquido podem fazê-lo absorver mais ou menos radiação. Há até histórias de pequenos problemas de saúde curados só pela ação da água. Relatos assim são suficientes para que algumas pessoas busquem nos novos estudos indícios para confirmar idéias defendidas pela homeopatia há centenas de anos. Mas essa visão é polêmica e se restringe a alguns pesquisadores.

O essencial é que essas novidades estranhas podem ser a porta de entrada para avanços importantes. Durante uma visita ao Brasil no início deste ano, o inglês Peter Atkins, autoridade mundial em físico-química e professor da Universidade Oxford, foi interrogado por estudantes sobre quais campos de pesquisa mais promissores para a novas descobertas. “Nanotecnologia e estudos sobre a água”, respondeu. Bem, talvez a nanotecnologia ainda esteja engatinhando em nosso país, mas felizmente já há brasileiros tentando desvendar os mistérios da molécula de H2O.

Em junho passado o suíço Louis Rey publicou na revista européia “Physica A” os resultados do experimento que fez comparando água pura com duas soluções de cloreto de sódio e cloreto de lítio dissolvidos em água. Na experiência, as etapas de dissolução foram repetidas tantas vezes que o número de moléculas de cloreto de sódio e de cloreto de lítio na solução chegou quase a zero. Ou seja, na prática, as duas amostras também podiam ser consideradas como contendo apenas água. E após cada diluição, Rey sacudia os frascos vigorosamente.

No fim do processo, o suíço congelou as amostras e submeteu-as a uma técnica conhecida como termoluminescência, que usa a radiação para estudar a estrutura dos sólidos. Os resultados mostraram importantes diferenças estruturais, o que sugere que, embora os cloretos não estivessem mais lá, haviam deixado uma espécie de marca de sua passagem impressa na disposição das moléculas da própria água. “Conseguimos mostrar que os remédios homeopáticos são diferentes da água pura, uma polêmica que se arrastava há séculos”, disse Rey a GALILEU. “Mas é só um primeiro passo.

O artigo ganhou destaque até na prestigiosa revista britânica “New Scientist” e foi saudado em todo o mundo pelos homeopatas, pois seus resultados sugerem que pode haver uma explicação natural para o que o criador da homeopatia, o alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), chamava de “memória”: a suposta capacidade da água de absorver traços das substâncias que dissolvesse. Mas recebeu críticas igualmente importantes. As mais fortes vieram do inglês Martin Chaplin, químico da Universidade Southampton de Londres. “Para analisar as amostras, ele teve que congelá-las, o que por si só já alteraria a estrutura das moléculas de água”, diz Chaplin. “E talvez alguma contaminação explique as diferenças de estrutura detectadas pela termoluminescência.” “Os argumentos de Chaplin mostram que ele não entende de ligações de hidrogênio no gelo”, rebate Rey.

Diluir faz crescer

Mas Chaplin não renega totalmente a homeopatia, e recorre a outra experiência esquisita para especular sobre o mecanismo que explica sua ação. Em 2000, dois químicos trabalhando na Coréia fizeram diluições sucessivas tentando quebrar um composto conhecido como fulereno, uma molécula gigante em formato de bola de futebol com mais de 60 átomos de carbono. Só que a ação da água, ao invés de quebrar as tais moléculas gigantes, fez com que formassem agregados cada vez maiores. A experiência foi repetida com outras moléculas e gerou resultados semelhantes.

A formação desses superagregados ainda não foi explicada. Uma hipótese é que resultariam de uma interação com a própria estrutura da água. “Uma dessas supermoléculas, criadas por meio do processo de diluições sucessivas em água, poderia gerar algum efeito no organismo”, sugere Chaplin. “Mas isso aconteceria apenas numa pequena porcentagem dos casos. Acho que a eficácia dos remédios homeopáticos se deve na maior parte das vezes ao efeito placebo”, avalia.

Já o brasileiro José Fernando Faigle, do Instituto de Química da Unicamp, sentiu-se atraído pelos fenômenos causados pela água tratada com campos magnéticos. Em meados dos anos 1990, Faigle observou que os animais cobaias tratados com esse tipo de água apresentavam sinais positivos, como menor teor de gordura e menos doenças. O passo seguinte foi tentar entender por que isso acontecia. Junto com sua aluna Maria Eugênia Porto, começaram a vasculhar a literatura atrás de pistas. “Basicamente existem duas grandes visões sobre a estrutura da água”, explica Faigle. “A mais usada considera apenas as moléculas de H2O, mas existe um outro modelo que leva em conta também os agregados que as moléculas formam, chamadas de clusters.” Graças às novas pesquisas, o modelo dos clusters está bastante em voga. Ele prevê que a a água tenha uma estrutura ao mesmo tempo dinâmica e com algum grau de estabilidade.

Um colírio feito de água

A seguir, o time de Campinas passou a realizar experimentos e encontrar resultados estranhos. Um deles visava medir a capacidade de um composto de água e cloreto de magnésio em absorver radiação ultravioleta (UV), enquanto passava por diluições sucessivas. A princípio, a diluição causou a redução no número de moléculas de cloreto de magnésio, o que resultava numa menor absorção de UV. Depois de certo ponto crítico, quando praticamente só havia água no composto, a absorção caiu a zero.

Mas depois de mais diluições a própria água passou a absorver a radiação. A melhor hipótese para explicar o fenômeno tem a ver com mudanças na estrutura de clusters. “É só uma hipótese, porque não temos certeza se clusters existem mesmo”, reconhece Maria Eugênia.

O estudo da ação de campos magnéticos também encontrou fenômenos curiosos. De cara, a intensidade dos campos usados em muitos experimentos era tão baixa que deveria ser inócua. Porém, os estudiosos observaram que sementes regadas com água tratada em campo magnético cresciam em maior proporção e em menos tempo. Outros experimentos usando a água como cicatrizante para pele e colírio revelaram eficácia inesperada. Por conta disso, Maria Eugênia desenvolve agora um hidratante feito com água magnetizada para uma empresa de cosméticos.

Ela é cética quanto ao uso medicinal indiscriminado da “água magnetizada”, muito popular nos meios não-científicos. “Vi casos onde a água tratada com campo magnético foi inócua ou até danosa. Até que se faça um estudo formal, as pessoas deveriam se resguardar”, avalia. Faigle, ao falar sobre os estudos com diluições, ressalta que “embora os homeopatas nos convidem para congressos, não estamos tentando corroborar a homeopatia. Nosso foco é a água”.

Tais ressalvas não impediram que surgisse na Unicamp forte oposição ao trabalho de Faigle, que chegou a ser avaliado pela comissão encarregada de zelar pela produtividade da universidade. O episódio foi superado, mas o químico o relembra com visão crítica “A cobrança de produtividade inibe bastante as pesquisas realmente inéditas. E lá fora há preconceito em publicar artigos assim feitos por brasileiros.”

O mais famoso caso de pesquisador a entrar em apuros por seus estudos sobre água foi o do francês Jacques Benveniste. Em 1988 ele publicou um artigo na revista “Nature” dizendo ter detectado evidências da tal memória da água. Pouco depois, a revista publicou outro artigo acusando o francês de pseudo-ciência. Porém um estudo publicado em 2001 na revista “Inflammation Research” trouxe novos elementos, favoráveis ao francês. “Não se pode descartar inteiramente o trabalho de Benveniste”, avalia Chaplin. “Mas hoje em dia as pessoas têm mais medo de publicar qualquer coisa sobre esse assunto, quer seja contra ou a favor.”

Esse é um medo que o pesquisador Vicente Casali, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, não tem. Desde 1995 ele já orientou oito teses que avaliam os impactos da utilização de homeopatia no cultivo de plantas medicinais como xambá, capim-cidreira e mentrasto. “Nosso objetivo era descobrir se a homeopatia poderia substituir os agrotóxicos”, conta ele. As teses mostraram que os preparados homeopáticos influíram bastante no metabolismo secundário das plantas. No xambá, o teor de uma substância conhecida como cumarina cresceu 77%, e no capim-cidreira a quantidade de óleo chegou a aumentar 150%. “As plantas ficaram mais saudáveis, mais capazes de se defender de doenças e insetos”, explica Casali.

Entusiasmado com os resultados, já ensinou mais de uma centena de agricultores a usar homeopatia no plantio. Ele cita o caso do biólogo Gregor Mendell (1822-1884) como exemplo de situação em que a ciência conseguiu determinar um fenômeno (no caso a herança genética), mas teve que esperar bastante até conseguir entender os mecanismos que o tornavam possível. “Talvez tenha que haver uma mudanca de paradigma, mas mais cedo ou mais tarde, a ciência explicará as bases naturais dos efeitos que estamos estudando”, aposta. A julgar pelo ritmo das pesquisas, talvez não tenha que esperar muito.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com

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