A doença de ser normal

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A humanidade pode estar sendo acometida por uma epidemia global: a normose, uma obsessão doentia por ser normal

Edição320
Julho de 2013

Carolina Bergier

Já foi normal duas pessoas se digladiarem até a morte para entreter a multidão. Também já foi normal queimar mulheres na fogueira por bruxaria e fazer pessoas trabalharem sem remuneração com direito a castigos físicos só pela cor da pele. Era normal também humanos se alimentarem de sua própria espécie e casarem sem amor. Já foi normal passar 40 horas da semana fazendo algo que se detesta, mentir para ganhar dinheiro e devastar florestas inteiras em busca de um suposto desenvolvimento. Peraí, este último ainda é normal. Afinal, será que ser normal – e achar normais coisas que não deveriam ser – pode ser uma doença?

Segundo alguns psicólogos, sim. A doença de ser normal chama-se, segundo eles, normose: um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida.

O conceito foi cunhado quase que simultaneamente pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema e pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês Jean-Ives Leloup, na década de 1980. Eles vinham trabalhando o tema separadamente até que um terceiro psicólogo, o francês Pierre Weil, se deu conta da coincidência. Perplexo, Weil conectou os dois, e os três juntos organizaram um simpósio sobre o tema em Brasília, uma década atrás. Do encontro, nasceu uma parceria e o livro Normose: A patologia da normalidade.

No fim dos anos 70, Crema estava encucado com o fato de muitos autores apontarem uma “patologia da pequenez”: o medo de se deixar ser em sua totalidade. Ele deparou-se com muitos pensadores, entre eles o alemão Erich Fromm (1900-1980), que falava do medo da liberdade, e o suíço Carl Jung (1875-1961), que afirmava que só os medíocres aspiram à normalidade. Crema misturou ao caldo a célebre declaração do escritor britânico G.K. Chesterton (1874-1936), que disse que “louco é quem perdeu tudo, exceto a razão”, e acrescentou os anos de observação e prática em sua clínica pedagógica.

Assim nasceu o conceito de normose, que, segundo ele, “ocorre quando o contexto social que nos envolve caracteriza-se por um desequilíbrio crônico e predominante”. A normose torna-se epidêmica em períodos históricos de grandes transições culturais – quando o que era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. Foi o que aconteceu no final do período romano, em relação à perseguição de cristãos, ou no início da Idade Moderna, com o fim da legitimidade da Santa Inquisição, ou no século 19, com a perda de sustentação moral da escravidão. E, segundo Crema, Leloup e Weil, é o que está acontecendo de novo, com a crise dos nossos sistemas de produção, trabalho e valores.

“O novo modelo é ainda embrionário, e os visionários dessa possibilidade de sociedade não-normótica ainda são minoria”, diz Crema. Enquanto a maioria de nós se adapta a um ambiente social doente, quem resiste à normose acaba considerado desajustado, por não obedecer ao estado “normal” das coisas.

Como aquele cara que, mesmo ganhando o suficiente para fornecer educação, moradia e alimentação para si e seus filhos, é considerado vagabundo e louco por, em plena quarta-feira ensolarada, liberar as crianças da aula e levá-las à praia. Mas como? Em dia de semana? As crianças vão faltar aula? Pois é. De repente, ele acha que um dia na natureza vai fazer mais bem a seus filhos do que horas sentados em sala de aula. Será que ele não é saudável, e doentes estão os outros?

Desnormotização

Para a filósofa Dulce Magalhães, que escreve sobre mudanças de paradigmas, o normótico acredita que geração de renda e falta de tempo para si ou para a família são indissociáveis. “As pessoas consideram que trabalhar muitas horas, colocar em risco sua saúde e suas relações é normal”, diz ela. “Mas isso tem um custo pessoal e social alto demais, que acabam levando a problemas de saúde pública e violência, por exemplo.”

Dulce acha que a cura para a normose está em mudarmos de modo mental, abandonando o modelo da escassez, que hoje rege o mundo, e abraçando o da abundância. Ela explica: “Desde a infância, aprendemos que o que vem fácil vai fácil e que, se a vida não for difícil, não é digna. Precisamos mudar isso e entender que esforço não é tarefa.” Quantos de nós chegamos em casa reclamando para mostrarmos (a nós mesmos e aos outros) que trabalhamos muito e tivemos um dia duro, como se isso trouxesse algum tipo de mérito?

Segundo Crema, cada um de nós tem talentos diversos, mas “o normótico padece de falta de empenho em fazer florescer seus dons e enterra seus talentos com medo da própria grandeza, fugindo da sua missão individual e intransferível”. “Quando temos necessidade de, a todo custo, ser como os outros, não escutamos nossa própria vocação”, acredita.

O carioca Eduardo Marinho, hoje com 50 anos, percebeu cedo que não queria ser como os outros. Filho de militar, abriu mão de sua condição financeira e de sua faculdade ao se dar conta, aos 18 anos, que não queria olhar para sua vida quando velho e pensar que não tinha feito nada relevante. “Não queria ser bem-sucedido e me sentir fracassado”. Eduardo saiu pelo País pedindo abrigo e comida em troca de favores e buscando algo que o preenchesse. Depois de passar por poucas e não tão boas pelo Brasil, deu voz a sua vocação. Hoje é artista plástico.

Ele acredita que a desnormotização se inicia dentro de cada um: “Que tal olhar para dentro de si mesmo? É aí que começa a revolução”, sugere. Claro que, para isso, não é mandatório dormir nas ruas. Fazer o trajeto que Eduardo escolheu para si pode ser perigoso e não há nenhuma garantia de sucesso.

Bug cerebral

A cura da normose é trabalho individual, mas alguns esforços sociais podem ajudar. Para começar, seria um adianto se tivéssemos um novo modelo educacional. A escola poderia ser o lugar onde as crianças descobrem suas verdadeiras vocações – em vez de tentar padronizar os alunos e convencê-los a serem normais.

Mundo afora, estão surgindo escolas com uma nova lógica, como a Escola da Ponte, em Portugal. A instituição não segue um sistema baseado em séries, e os professores não são responsáveis por uma disciplina ou por turmas específicas. As crianças e os adolescentes que lá estudam definem quais são suas áreas de interesse e desenvolvem seus próprios projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais.

Algo similar parece estar acontecendo no mundo empresarial, onde mais e mais empreendimentos estão dando voz à liberdade individual. O caso clássico, sempre citado, é o do Google, cuja sede, em Mountain View, na Califórnia, conta com salas de jogos, videogames, espaços ao ar livre e tempo reservado para que cada funcionário desenvolva seus próprios projetos para a empresa, com total autonomia.

Claro que não há vagas para todos nós no Google nem para todos os nossos filhos na Escola da Ponte. A cura da normose não vai ser resultado de uma ou outra iniciativa isolada – ela só vai ser possível quando houver no mundo gente suficiente disposta a questionar tudo o que achamos normal.

E talvez isso demore anos para acontecer. A explicação para isso pode estar num bug que todos carregamos no cérebro, que tem uma tendência de recusar sempre novos jeitos de olhar o mundo. É o que explica o psicólogo israelense Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2002, em seu livro Rápido e Devagar: Duas formas de pensar. Segundo ele, nosso cérebro confunde o que é familiar com o que é correto: ao ver ou sentir algo que desperta alguma memória, o cérebro define aquele “familiar” como “correto”, da mesma maneira que o novo é decodificado como passível de desconfiança.

Esse sistema foi muito útil para nossos antepassados homens das cavernas, que não podiam mesmo sair comendo qualquer frutinha nova que aparecesse à sua frente. Mas, nos dias de hoje, que exigem novas ideias para lidar com um mundo em mudança constante, esse mecanismo cerebral virou um entrave à inovação. Segundo essa tese, a normose não é uma doença: é uma característica humana, moldada pela evolução. Ou seja, talvez ser normótico seja normal.

Para saber mais

Normose: A patologia da normalidade
Jean-Yves Leloup, Pierre Weil e Roberto Crema, Verus, 2003

Rápido e Devagar: Duas formas de pensar
Daniel Kahneman, Objetiva, 2012

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Sua voz lhe conta que emoção você está sentindo

Sua voz lhe conta que emoção você está sentindo.piramidal.net

Sintonia emocional da voz

Pesquisadores da França e da Suécia criaram um sistema de áudio digital que consegue modificar o tom emocional da voz das pessoas enquanto elas estão falando.

Com isto, a fala da pessoa pode ser “sintonizada emocionalmente”, para fazê-la parecer mais feliz, mais triste ou com mais medo, por exemplo.

Ao testar o sistema com voluntários, os criadores do software constataram que esses voluntários de fato têm seu estado emocional alterado de conformidade com a emoção introduzida pelo programa.

Ouvindo as próprias emoções

Durante os testes, os participantes liam um conto em voz alta enquanto ouviam sua própria voz alterada, que soava mais feliz, mais triste ou com mais medo, por meio de um fone de ouvido.

Os participantes não sabiam que suas vozes estavam sendo manipuladas, mas seu estado emocional alterou-se rumo à exata emoção inserida pelo programa.

Segundo a interpretação dos pesquisadores, isso indica que nós nem sempre controlamos nossa própria voz para atender a um objetivo específico de demonstrar uma emoção – na verdade, defendem eles, as pessoas ouvem a sua própria voz para saber como estão se sentindo.

“A relação entre a expressão das emoções e a experiência tem sido um tema de desavenças há muito tempo no campo da psicologia”, disse Petter Johansson, da Universidade de Lund (Suécia). “Esta é a primeira evidência de efeitos de feedback diretos sobre a experiência emocional no domínio auditivo.”

Emoção no tom de voz

As manipulações emocionais da voz foram criadas por algoritmos de processamento de áudio digital que simulam componentes acústicos de vocalizações emocionais.

Por exemplo, a manipulação “feliz” modifica o tom de voz usando alterações de tonalidade e inflexão para tornar o som mais positivo. Para torná-lo mais confiante, o som é alterado em sua gama dinâmica, usando técnicas de compressão. O conteúdo espectral da voz é alterado usando técnicas de filtragem para torná-la mais animada, e assim por diante.

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Peso do garçom influencia o quanto você come

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Peso do garçom e peso da comida

Por essa você provavelmente não esperava: a quantidade de comida, a sobremesa e os aperitivos que você vai pedir em um restaurante dependem do garçom que lhe atender.

E não se trata do tratamento que o garçom lhe dispensar, mas do que quanto ele pesa.

Cientistas da renomada Universidade Cornell (EUA) acompanharam cerca de 500 clientes em 60 restaurantes, apenas para demonstrar que os clientes pedem mais sobremesas e até 17% mais bebidas alcoólicas quando os garçons têm sobrepeso ou são obesos.

“Ninguém vai a um restaurante para começar uma dieta. Como resultado, estamos tremendamente suscetíveis a sugestões que nos dão uma licença para pedir e comer o que queremos,” explica o professor Tim Doering. “Um garçom divertido, feliz e pesado pode levar o cliente a dizer ‘Que se lasque’ e se soltar um pouco.”

Influências inconscientes no restaurante

O estudo, publicado na revista científica Environment and Behavior, observou os clientes durante seu jantar em restaurantes casuais – não de luxo.

A equipe então comparou o pedido de cada cliente com o Índice de Massa Corporal (relação entre peso e altura) do garçom que os atendeu. Além de pedirem mais comida dos garçons mais gordinhos, os clientes também se mostraram mais propensos a pedir sobremesas e drinques após a refeição.

Curiosamente “um garçom ou garçonete de maior peso parece ter uma influência ainda maior sobre os comensais mais magros,” conta Doering.

Mas há outros fatores. Além do peso do garçom, a iluminação, a música e até o local onde cada cliente se senta demonstraram induzir um viés inconsciente nos pedidos.

Como se proteger

Como os clientes não podem mudar a música de um restaurante ou correr o risco de demonstrar preconceito pedindo um garçom mais magro para atendê-los, os pesquisadores sugerem outra tática.

“Decidir que você vai pedir um aperitivo ou uma sobremesa – mas não os dois – antes de você chegar ao restaurante pode ser uma das melhores defesas da sua dieta,” sugere Brian Wansink, coautor do estudo.

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Grosseria no trabalho é contagiosa

Grosseria no trabalho é contagiosa

Falta de civilidade

A falta de civilidade no ambiente de trabalho deve ser tratada com a máxima seriedade. Ser submetido à grosseria e rudeza é uma das principais razões para a insatisfação no trabalho.

E, o que é pior, o comportamento desagradável se espalha se nada for feito para interromper o ciclo vicioso que ele gera.

Esta é a conclusão de três psicólogos da Universidade de Lund (Suécia), que entrevistaram cerca de 6.000 trabalhadores sobre o clima social no local de trabalho.

Normas do respeito mútuo

A rudeza, ou desrespeito, neste contexto, refere-se a algo que não chega ao limite do que é proibido, mas que, de alguma, forma viola as normas do respeito mútuo.

A forma mais tradicional é a grosseria no falar, mas a falta de jeito no relacionamento pode referir-se a um comportamento mesquinho, como excluir alguém do acesso a informações ou a cooperação, ou o “esquecimento” para convidar um colega para um evento comum. Também pode se referir a tomar o crédito pelo trabalho dos outros, espalhar rumores, enviar e-mails com comentários maliciosos ou sutis, ou não dar o crédito aos subordinados.

A pesquisadora Eva Torkelson, coordenadora do estudo, destaca que o assédio moral no local de trabalho é um fenômeno bastante bem documentado, ao passo que a grosseria, que corre o risco de se transformar rapidamente em bullying não tem recebido a atenção devida.

No total, 75% dos trabalhadores entrevistados afirmaram que tinham sido submetidos a grosseria pelo menos uma ou duas vezes nos últimos doze meses.

Apoio social

Um dos resultados mais surpreendentes é que a causa mais comum para agir de forma rude, grosseira ou antiética, apontada pelos entrevistados foi imitar o comportamento dos colegas.

“Um achado importante dos nossos estudos é que aqueles que se comportam rudemente no local de trabalho têm uma sensação de apoio social [ao seu comportamento], o que provavelmente os torna menos temerosos de reações negativas ao seu comportamento por parte dos gerentes e colegas,” disse Martin Backstrom, membro da equipe.

Isto eventualmente reforça o “apoio social” que os agressores dizem sentir.

Conforme as pessoas imitam o comportamento dos outros, há um risco de que a grosseria se torne um círculo vicioso, com consequências consideráveis para todo o ambiente de trabalho, e para o trabalho propriamente dito, conclui a equipe.

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Tom de voz prevê futuro do relacionamento do casal

Tom de voz prevê futuro do relacionamento do casal.piramidal.net

Análise do tom de voz

Um programa de computador mostrou-se capaz de prever se um casal terá um relacionamento melhor ou pior no futuro. Para isso, a voz de cônjuges com problemas de relacionamento foi gravada e depois o programa analisou o arquivo digital com a voz de cada um em busca de entonações características.

Com base nessa análise do tom de voz que os cônjuges usaram para conversar, o programa previu com quase 79% de precisão aqueles relacionamentos nos quais os problemas iriam piorar.

Na verdade, o programa foi melhor em prever a harmonia futura dos casais do que os pareceres fornecidos pelos especialistas em relacionamento após as sessões de terapia de casais em que as conversas foram gravadas.

Como se fala

Os pesquisadores gravaram centenas de conversas entre mais de 100 casais, conversas estas feitas durante sessões de terapia de casais ao longo de dois anos, analisaram as conversas com seu programa de computador e então rastrearam todos os casais por cinco anos para monitorar a qualidade dos relacionamentos.

O programa “quebra” as gravações em características acústicas utilizando técnicas de processamento da fala, o que inclui intensidade, nervosismo e “tremuras” na voz, entre outros detalhes que podem indicar momentos de grande emoção.

Não houve nenhuma análise das conversas propriamente ditas, ou seja, das palavras usadas pelos envolvidos.

Dr. Computador

A análise dos tons de voz conseguiu prever o futuro dos relacionamentos com mais precisão do que a avaliação dos terapeutas.

“O que você diz não é a única coisa que importa, é muito importante como você diz. Nosso estudo confirma que isto vale também para o relacionamento de um casal,” disse o professor Md Nasir, da Universidade do Sul da Califórnia (EUA).

A conclusão da equipe é que estudar diretamente a voz – em lugar dos códigos de comportamento criado por especialistas – oferece um vislumbre mais preciso do futuro de um casal com problemas de relacionamento.

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Emoções positivas são mais contagiosas do que as negativas

emoc

Emoções virais

Uma análise de 3.800 usuários do Twitter, escolhidos aleatoriamente, revelou que as emoções se espalham de forma viral através da rede social.

Mas há um detalhe interessante: as emoções positivas são muito mais propensas a se espalhar do que as negativas.

“O que você tuíta e compartilha na rede social importa. Frequentemente, você não está apenas se expressando – você está influenciando os outros,” garantem Emilio Ferrara (Universidade do Sul da Califórnia) e Zeyao Yang (Universidade de Indiana).

Contágio emocional

A dupla criou um algoritmo que rastreia as mensagens e mede o valor emocional de cada uma, classificando cada tuíte como positivo, negativo ou neutro.

A seguir, o programa fez uma comparação do sentimento detectado na mensagem de cada usuário com a frequência de outros sentimentos que apareceram em todos os tuítes desse usuário durante a hora anterior.

Cerca de 20% dos usuários foram considerados altamente suscetíveis ao que os pesquisadores descreveram como “contágio emocional” – com mais da metade dos seus tuítes afetados pelas emoções detectadas nas mensagens que eles receberam na hora anterior.

E esses usuários “emocionalmente contagiados” mostraram-se quatro vezes mais susceptíveis de serem afetados pelos tuítes positivos do que pelos negativos.

Aqueles menos susceptíveis de serem afetados pelo contágio emocional ainda assim apresentaram quase o dobro de probabilidade de serem afetados pelos tuítes positivos do que pelos negativos.

Emoções nas redes sociais

No geral, entre todos os usuários, independentemente da susceptibilidade emocional, as emoções positivas mostraram-se mais contagiosas do que as emoções negativas.

Os pesquisadores afirmam que isto pode ser relevante para o planejamento de intervenções com usuários que experimentam depressão ou outras formas de transtornos de humor.

Pesquisa ética

O Facebook foi criticado, e investigado, no ano passado em uma pesquisa sobre emoções que interferiu ativamente nas notícias recebidas por mais de 700.000 usuários – o estudo também concluiu que as emoções são contagiosas.

Ao contrário daquele experimento, Ferrara e Yang não manipularam o que os usuários do Twitter estavam recebendo ou lendo – eles simplesmente observaram o que estava acontecendo e analisaram os dados.

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Sistema visual humano vai além do padrão RGB

O-Olho-Humano

Cores intermediárias

Quando o assunto é enxergar cores, os neurônios em nossos olhos e cérebros são bem mais complicados do que as telas de computador ou TV.

Pesquisadores acabam de identificar neurônios no cérebro humano capazes de responder seletivamente a cores intermediárias, e não apenas às tradicionais “cores básicas”, como vermelho, verde, amarelo e azul.

Até agora, os cientistas acreditavam que o sistema visual humano codificasse as informações de cor através de combinações de quatro “cores oponentes” – vermelho/verde, amarelo/azul e componentes escuro/claro.

Nessa teoria, uma cor como o laranja, por exemplo, seria representada por uma combinação de vermelho e amarelo, enquanto o roxo seria uma combinação de azul e vermelho.

Neurônios de cores intermediárias

Contudo, exames eletrofisiológicos mais precisos realizados em primatas revelaram a presença de novos neurônios no córtex visual, cada um dos quais capaz de responder seletivamente a cores intermediárias, dispensando a mistura das cores primárias.

Ao estender os estudos a voluntários humanos – neste caso através de técnicas psicofísicas e de imageamento do cérebro – também foram encontrados indícios indiretos da presença desses neurônios.

Ichiro Kuriki e seus colegas da Universidade Tohoku (Japão) afirmam que este é o primeiro relato já feito do histograma de neurônios seletivos para cada tonalidade, incluindo tonalidades intermediárias, em seres humanos.

Devido à diferença dos experimentos nos animais – técnicas invasivas – e nos voluntários humanos – técnicas não-invasivas – ainda não foi possível checar diretamente a resposta seletiva às cores diretamente nos neurônios e nem fazer a contagem desses neurônios nos seres humanos.

Novas tecnologias de telas

Os pesquisadores acreditam que o resultado pode fornecer pistas para a concepção de novas tecnologias de telas coloridas.

As telas atuais usam o padrão RGB, com 3 cores primárias (vermelho, verde e azul), mas a precisão da renderização de cor melhora muito quando são empregadas seis cores primárias.

Essas telas já vêm sendo estudadas para a apresentação de imagens de alta qualidade, precisão e fidelidade de cor, para usos especiais, por exemplo, para fins médicos ou clínicos.

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São seus traços morais que definem como as pessoas veem você

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Memória e identidade

Quase todos acreditamos que a forma de pensar e as coisas de que nos lembramos – nossa “experiência de vida” – são uma parte essencial do que nos define como pessoa.

Mas parece que não é assim que olhamos para os outros – e nem tampouco é assim que os outros nos veem.

“Ao contrário do que você possa imaginar – e do que gerações de filósofos e psicólogos têm assumido – a perda de memória em si não faz alguém parecer uma pessoa diferente. Nem a maioria dos outros fatores, como a mudança de personalidade, a perda da cognição de alto nível, a depressão ou a capacidade de realizar as atividades diárias,” relata a professora Nina Strohminger, da Universidade de Yale (EUA).

Segundo os resultados dos estudos da equipe de Strohminger, são nossos traços morais que nos definem, formando o núcleo de nossa identidade.

Moralidade e identidade

Para demonstrar a importância da moralidade na definição da identidade, a equipe trabalhou com centenas de pacientes e familiares de pacientes com doenças neurodegenerativas, que tipicamente apresentam as condições citadas pela pesquisadora, como perda de memória, de capacidade cognitiva e de realizar tarefas diárias.

Mas os familiares e amigos apenas relataram que o paciente “não parecia mais a mesma pessoa”, ou estava “irreconhecível”, quando começava a apresentar variações nos traços morais.

“Isso é interessante porque mostra que alguém pode mudar bastante e ainda parecer basicamente a mesma pessoa. Por outro lado, se as faculdades morais ficam comprometidas, uma pessoa pode ser considerada irreconhecível,” disse Strohminger.

Os resultados mostraram que tanto a doença de Alzheimer quanto a demência frontotemporal foram associadas com um maior sentido de perturbação da identidade do que a esclerose lateral amiotrófica, com a demência frontotemporal levando à maior deterioração na identidade.

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Punições guiam comportamento melhor que recompensas

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Palmatória ou elogio?

Há muito tempo o consenso geral da punição na educação – que vigorou por séculos – mudou para um enfoque mais construtivo, com a punição sendo substituída pela orientação e pelo incentivo.

Contudo, de forma um tanto surpreendente, cientistas agora concluíram que as punições parecem ser mais eficazes em influenciar o comportamento do que as recompensas ou promessas de recompensas. O estudo constatou que as perdas – ou punições – têm um impacto de duas a três vezes maior do que os ganhos – ou recompensas.

Recompensas e punições

O experimento envolveu um grupo de estudos, no qual os alunos ouviam uma série de estalidos ou luzes piscando, devendo indicar se teriam ouvido mais cliques na orelha esquerda ou direita, ou se as piscadas vinham de um ou outro lado.

Cada vez que um aluno fazia uma escolha, os pesquisadores apresentavam um valor aleatório, que podia ser de 5, 10, 15, 20 ou 25 centavos – o valor podia representar a recompensa por uma resposta correta, ou uma multa por uma resposta incorreta.

“Objetivamente, você pensaria que ganhar 25 centavos teria um efeito da mesma magnitude que a perda de 25 centavos, mas não foi isso o que encontramos,” disse o professor Jan Kubanek, da Universidade de Washington (EUA).

Multa versus prêmio

De fato, quando os alunos pagavam uma multa, eles se tornavam muito mais atentos, reduzindo significativamente a chance de darem respostas incorretas a seguir. Ganhar um prêmio não alterou a chance de erro subsequente.

“A questão de como recompensas e punições influenciam o comportamento tem ocupado os psicólogos há mais de 100 anos,” comentou Richard Abrams, coautor do estudo. “A dificuldade tem sido a elaboração de tarefas eficazes para investigar essa questão. Usamos uma abordagem simples que revela diferenças dramáticas na maneira como as pessoas respondem a diferentes tipos de feedback.”

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Felicidade pode ser transmitida pelo suor

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Sinais químicos da felicidade

Os seres humanos podem comunicar emoções positivas como a felicidade através do cheiro do suor.

Quem garante é Gün Semin, da Universidade de Utrecht (Holanda).

Segundo ele, quando experimentamos a felicidade nós produzimos compostos químicos – quimiossinais – detectáveis por outras pessoas que sintam o cheiro do nosso suor.

Embora estudos anteriores já tivessem mostrado que as emoções negativas relacionadas ao medo e ao nojo são comunicadas por meio de regularidades detectáveis na composição química do suor, as emoções positivas têm sido menos estudadas nesse aspecto.

Contágio da felicidade

“Nosso estudo mostra que a exposição ao suor produzido sob felicidade induz um simulacro da felicidade em receptores, e induz um contágio do estado emocional,” explica Semin.

“Isto sugere que alguém que está feliz irá infundir a felicidade em outros ao seu redor. De certa forma, o suor da felicidade é como sorrir – é contagiante,” acrescentou.

Os experimentos analisaram se o suor coletado de pessoas em um estado feliz iria influenciar o comportamento, a percepção e o estado emocional das pessoas expostas a esse suor, sem contato direto com as pessoas de quem o suor foi coletado.

Isto permitiu o benefício adicional de destacar a diferença entre avaliações de emoções que se baseiam nas palavras e na visualização da pessoa que se mostra feliz.

Contágio emocional

Segundo os pesquisadores, o contágio da felicidade por meio de quimiossinais pode explicar porque algumas medições indicam contágio emocional, enquanto outras não.

De acordo com eles, algumas emoções podem ser transmitidas de forma mais intensa por meio dos sinais químicos, enquanto outras requerem outras condições.

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