Cérebro acha que falar consigo mesmo e com outros é a mesma coisa

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O cérebro e a fala

No que diz respeito ao seu cérebro, falar consigo mesmo pode ser quase o mesmo que expressar seus pensamentos em voz alta.

É claro que, na vida diária, pensar e falar geram efeitos muito diferentes, o que provavelmente mostre as deficiências dos atuais estudos científicos, que igualam o cérebro à mente. Mas estes estudos não deixam de trazer alguns resultados interessantes.

As pesquisas de neurociência indicam que, quando nos preparamos para falar em voz alta, nosso cérebro cria uma cópia das instruções que serão enviadas aos nossos lábios, boca e cordas vocais. Essa cópia é conhecida como uma cópia de eferência – o termo designa algo que tira e conduz de dentro para fora.

A cópia de eferência é enviada para a região do cérebro que processa o som, que vai prever o som que está prestes a ser dito e ouvido por si mesmo. Isso permite que o cérebro discrimine entre os sons previsíveis que produzimos e os sons menos previsíveis, produzidos por outras pessoas.

“A cópia de eferência amortece a resposta do cérebro às vocalizações autogeradas, dirigindo menos recursos mentais a esses sons porque eles são muito previsíveis,” explica o Dr. Thomas Whitford, neurocientista da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália).

“É por isso que não podemos fazer cócegas em nós mesmos. Quando eu esfrego a sola do meu pé, meu cérebro prediz a sensação que sentirei e não respondo fortemente. Mas se alguém esfregar minha sola inesperadamente, exatamente a mesma sensação será imprevisível. A resposta do cérebro será muito maior e criará uma sensação de cócegas,” exemplificou.

Falar consigo mesmo

A equipe de Whitford desenvolveu então um método “objetivo” para tentar medir a ação puramente mental do discurso interno – o falar consigo mesmo. Especificamente, eles colocaram 42 voluntários saudáveis em equipamentos de eletroencefalografia (EEG), para avaliar o grau em que os sons imaginados interferiam com a atividade cerebral, em comparação com a mesma atividade provocada por sons reais.

Os resultados indicaram que, exatamente como no caso da fala – pensamentos efetivamente vocalizados -, simplesmente imaginar fazer um som reduz a atividade cerebral que ocorre quando as pessoas ouvem de fato esse som. Os pensamentos das pessoas são suficientes para mudar a forma com que seus cérebros percebem os sons, com uma diferença: Quando as pessoas apenas imaginam os sons, esses sons parecem mais baixos, mais silenciosos.

“Ao fornecer uma maneira de medir direta e precisamente o efeito da fala interna sobre o cérebro, esta pesquisa abre as portas para entendermos como a fala interior pode ser diferente em pessoas com doenças psicóticas, como a esquizofrenia,” disse Whitford.

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Os anúncios entram na sua cabeça, embora às vezes você não perceba

08.07.2015 ]

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A pesquisa neuronal e sensorial por trás da publicidade é cada vez mais sofisticada

Quantas vezes a expressão edição limitada na embalagem de algum produto acelera sua vontade de comprá-lo? Os produtos vendem mais se forem promovidos por pessoas atraentes? Um aroma pode fazer você sacar o cartão de crédito? Nada é casual: as técnicas utilizadas para saber o que atrai o consumidor são cada vez mais sofisticadas, mesmo que às vezes apelem para os instintos mais primitivos. “Para fazer pesquisa de mercado, antes eram usados os típicos questionários, e o entrevistado era confrontado pelo entrevistador. Agora se pode perguntar diretamente ao cérebro”, resume José Manuel Navarro, diretor do mestrado em Neuromarketing da Escola Superior de Comunicação Marketing (ESCO).

O neuromarketing é essa disciplina que explora as reações neuronais e sensoriais dos consumidores diante de determinados estímulos, lastreada pela certeza de que a grande maioria das nossas decisões de compra se baseia nas emoções. “São usadas técnicas neurofisiológicas aplicadas, como eletroencefalogramas, eletrocardiogramas, eletromiogramas —para detectar a atividade dos músculos—, ressonâncias magnéticas funcionais, sistemas de eye-tracking —para detectar onde o olhar se fixa— ou o estudo das respostas orgânicas da pele, como a sudorese”, comenta Navarro. “Queremos ver a influência real do que está sendo narrado e como está sendo narrado”.

“Existem até encefalogramas portáteis, espécies de capacetes que vão registrando a atividade cerebral enquanto o indivíduo está comprando”, diz Francis Blasco, coordenadora acadêmica do mestrado em Neuromarketing e Comportamento do Consumidor da Universidade Complutense de Madri. “Estamos tentando entender o padrão neuronal da compra”, acrescenta. O objetivo? Conhecer as preferências dos compradores (muitas das quais eles nem têm consciência) para ajudar as empresas a aperfeiçoar seus processos de comunicação e produção, dizem os especialistas da área. Querem olhar dentro de nossos cérebros para vender mais.

Por que nos deixamos convencer?

Pedro Bermejo, neurologista e presidente da Associação Espanhola de Neuroeconomia (Asocene), explica que, cada vez que tomamos uma decisão, “duas partes de nossos cérebros podem ser ativadas, a do sim e a do não”. Em função de qual das duas tendências prevaleça sobre a outra, estaremos mais ou menos inclinados a gastar dinheiro naquilo que um vendedor, um anúncio ou um político nos oferece. “Coloca-se o consumidor num aparelho de ressonância magnética e começa-se a vender os produtos. Pode-se saber o que dirá três ou quatro segundos antes que ele responda, porque o cérebro denuncia”, afirma o cientista. Mas quais são os mecanismos desencadeados para que uma determinada estratégia impacte o consumidor? Eis alguns deles.

Provocar medo da perda e jogar com o tempo. Os seres humanos, por natureza, sentimos aversão a perdas: é maior a dor de perder dinheiro do que a alegria de ganhar o mesmo valor. “Por isso são utilizadas mensagens como edição limitada ou se não comprar agora, nunca mais terá. O cérebro entra na zona de perda e o cliente quer evitar que isso aconteça”, explica Bermejo. A esse medo pode-se adicionar o fator tempo. “Quanto menos tempo o consumidor tiver para decidir, mais se torna emocional e influenciável. Por outro lado, quanto mais tempo alguém tem, mais pensa; e quanto mais pensa, mais racional será”, argumenta o neurologista. “O exemplo mais típico são os descontos: cria-se um medo de perdê-los.”

Efeito Pigmalião. O psicólogo norte-americano Robert Rosenthal descobriu, nos anos 60, que se os professores manifestam expectativas positivas em relação a certos alunos e lhes reservam um trato diferenciado, estes costumam acabar cumprindo as expectativas e obtendo melhores resultados. Nas lojas, explica Bermejo, tenta-se tratar o cliente de tal modo que ele reaja de acordo. “Por exemplo: sendo muito amáveis com ele ou levando-o a crer que nós merecemos alguma coisa que as demais não merecem”, diz.

Efeito halo. Foi formulado em 1920 pelo psicólogo Edward Lee Thorndike e refere-se aos erros cognitivos que cometemos na hora de avaliar uma pessoa que não conhecemos a fundo: acabamos estendendo uma única qualidade a tudo o que tem a ver com esse indivíduo. O conceito continuou sendo estudado posteriormente e vinculou-se cada vez mais à atração física: quanto mais alguém nos atrai à primeira vista, mais provável é que lhe atribuamos características positivas. “No marketing, transmitem-se os atrativos de uma pessoa à qualidade do produto”, explica Bermejo. Isso também funciona com os objetos, por exemplo utilizando um artigo que teve muito sucesso para gerar interesse em outro produto da mesma marca.

Efeito goggle (e não Google). O termo goggle quer dizer máscara de mergulho e faz referência à distorção da realidade que pode ser causado quando recebemos determinados estímulos imediatamente antes de tomar a decisão. “Se, por exemplo, querem me vender alguma coisa no banco, antes me convidarão para um café: é uma tentativa de criar uma predisposição favorável para que o cliente avalie o produto de forma mais positiva”, explica Bermejo.

Efeito bandwagon ou arrasto. Esse conceito se refere à tendência a comprar os produtos vencedores. Sua origem está no mundo da política: foi um comediante a serviço de Abraham Lincoln quem cunhou o termo “subir no comboio” durante a campanha eleitoral do 16º presidente dos Estados Unidos, que acompanhava com seu carro de diversões. “Significa querer estar junto com os melhores.” “Assemelha-se ao efeito manada, a propensão a seguir o que os outros também seguem. É muito usado na publicidade, e um exemplo são as imobiliárias quando põem um cartaz de vendido sobre o anúncio de um apartamento. Por que não o tiram de lá? Porque querem dizer que, se venderam para outra pessoa, também são capazes de vender para você. A mensagem é essa”, afirma o presidente da Asocene.

Efeito chamariz. Essa técnica é utilizada para que um produto pareça mais vantajoso que outro, e a variável com a qual se costuma jogar são os preços. Quando os consumidores estão em dúvida entre dois artigos, a proposição de um terceiro produto com características inferiores à primeira opção, mas superior à segunda em algum aspecto, fará com que o primeiro artigo se torne a escolha do cliente. “O cérebro não avalia mais de forma racional”, conclui Bermejo. Por exemplo: quando no cinema nos oferecem um saco maior de pipocas por 5 reais e outro menor por 2, pode ser que optemos pelo mais barato. Mas, ao apresentar uma terceira opção, o chamariz, que nesse caso poderia ser uma quantidade intermediária por 4,50 reais, a primeira opção nos parecerá muito mais vantajosa e gastaremos mais.

Podemos fazer algo para evitar que outros tomem as decisões por nós? “Precisamos nos informar: a única maneira para nos defendermos é ter conhecimento e tomar as decisões com tempo. O conselho: nunca compre na correria”, conclui Bermejo.

Sedução ou manipulação?

As empresas que se dedicam a esse setor costumam contar com equipes integradas por médicos e profissionais de marketing, que trabalham conjuntamente com o objetivo de conhecer as preferências dos consumidores. Na Espanha existem algumas empresas que já oferecem seus serviços nessa área, mas ainda são poucas. “Os países mais avançados em neuromarketing são EUA, Holanda, França, Alemanha, Japão e Itália”, comenta José Manuel Navarro, da Escola Superior de Comunicação e Marketing (ESCO).

“É uma pesquisa de caráter qualitativo, que tem uma grande vantagem: não necessita verbalização. Mas não há nenhum botão para compra. Queremos ver se as palavras grátis, oferta ou outlet estimulam o consumo, se os produtos sustentáveis interessam ou se apenas se presta atenção aos preços”, diz o diretor do mestrado de Neuromarketing da Universidade Autônoma de Barcelona, Pere Navalles.

Antonio Alonso, presidente da escola europeia de negócios Business School, argumenta que nunca se conseguirá que alguém faça algo contra a vontade: “Afinal é uma interação entre emoções e razão. Trata-se de entender o que quer o consumidor, construir o produto, descobrir se é realmente desejado e criar uma mensagem.” Essas técnicas, entretanto, já foram coibidas na França.

Francis Blasco, da Universidade Complutense de Madri, também afirma que “é impossível intervir no âmbito dos neurônios”. “O mundo está cheio de produtos que não servem para nada e queremos conhecer melhor o consumidor para nos adaptarmos a suas necessidades.” Para Bermejo, o risco é latente: “É preciso criar uma concorrência mais ética, porque é difícil dizer até que ponto estamos atendendo as necessidades do consumidor e até que ponto o estamos manipulando.”

Uma prática proibida na França

A revisão da lei sobre bioética feita na França em 2011 limita expressamente o uso de IRM (imagens por ressonância magnética) para determinadas funções. Em consequência, as imagens cerebrais obtidas com essa técnica não podem ser utilizadas como parte de projetos e pesquisas que tenham fins comerciais.

Para proteger-se de possíveis críticas, a Neuromarketing Science & Business Association (NMBSA), organismo internacional que reúne os profissionais e as empresas do setor, redigiu um código de ética com a ressalva de revisá-lo com o tempo, “para garantir que reflita de modo adequado os elevados padrões éticos requeridos pela indústria do neuromarketing”.

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Palestra: “A Mente Humana” (The Human Mind / Der Menschliche Geist)

a mente humanaUm trabalho que aborda a temática sobre a percepção do funcionamento da mente relacionando Simbolismo, Abstracionismo, Conexionismo, Dinamismo, percepções mecânicas-computacionais da óptica cerebral e possíveis interferências externas oriundas de controle remoto pertencentes à área Ufológica a luz da exposição de futuros equipamentos de controle cerebral interrelacionando o caos provocado por transtornos como: Transtorno Bipolar, Dislexia, Síndrome de Pânico, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e Esquizofrenia.

A palestra tem duração total de 117 minutos. Estamos elaborando legendas em Português, Inglês, Alemão e Espanhol. Assim que este material acessório estiver pronto o vídeo passará a ser público e integrará a rede educacional para conhecimento de todos. A produção começou a ser elaborada em 1999 e desde então já foram gastos 10.000,00 R$ para sua realização. O estudo pretende contribuir para o aprimoramento da psique humana principalmente nas áreas de Psicologia, Psiquiatria, Ufologia, Psicopedagogia e Neurociências.





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A batalha pela sua mente

Técnicas de Persuasão e Lavagem Cerebral Sendo Usadas Atualmente No Público

SUMÁRIO

O nascimento da conversão religiosa/lavagem cerebral no Revivalismo Cristão em 1735.

A explicação pavloviana das três fases cerebrais.

Pregadores renascidos: passo a passo, como eles conduzem o reavivamento e os resultados fisiológicos esperados.

A técnica de “voz ritmada” usada por pregadores, advogados e hipnotizadores. Novas igrejas do êxtase.

Os seis passos para a conversão.

O processo de decognição.

Técnicas de parar o pensamento.

A técnica “venda com fanatismo”.

Os verdadeiros crentes e os movimentos de massa.

Técnicas de persuasão: “sim, sim”, “comandos embutidos”, “choque e confusão” e a “técnica intercalada”.

Técnicas subliminares.

Vibrato e ondas ELF [freqüência extremamente baixa]. Indução ao transe com vibrações sonoras.

Mesmo observadores profissionais serão “possuídos” nas assembléias carismáticas.

A técnica “única esperança” para assistir e não ser convertido.

Programação não-detetável com Neurofone, através da pele. O meio de controlar as massas.

Cada uma das coisas que vou relatar apenas exporá a superfície do problema. Eu não sei como o abuso destas técnicas pode ser parado. Eu não penso que seja possível legislar contra algo que freqüentemente não pode ser detectado; e se os próprios legisladores estão usando estas técnicas, há pouca esperança de o governo usar leis assim. Sei que o primeiro passo para iniciar mudanças é gerar interesse. Neste caso, apenas um movimento subterrâneo poderia provocar isto.

Então, para começar, eu quero declarar o que é o fato mais básico de todos acerca de lavagem cerebral: EM TODA A HISTÓRIA DO HOMEM, NINGUÉM QUE TENHA SOFRIDO LAVAGEM CEREBRAL ACREDITARÁ OU ACEITARÁ QUE SOFREU TAL COISA. Todos aqueles que a sofreram, usualmente, defenderão apaixonadamente os seus manipuladores, clamando que simplesmente lhes foi “mostrada a luz”…ou que foram transformados de modo miraculoso.

O Nascimento da Conversão

CONVERSÃO é uma palavra “agradável” para LAVAGEM CEREBRAL…e qualquer estudo de lavagem cerebral tem de começar com o estudo do Revivalismo Cristão no século dezenove, na América. Aparentemente, Jonathan Edwards descobriu acidentalmente as técnicas durante uma cruzada religiosa em 1735, em Northampton, Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os “pecadores” que compareceram aos seus encontros de reavivamento foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação. O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia então dizer-lhes, “vocês são pecadores! vocês estão destinados ao inferno!”. Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão profundamente afetados que, embora tivessem encontrado a “salvação eterna”, eram também obcecados com a idéia diabólica de dar fim às próprias vidas.

Uma vez que um pregador, líder de culto, manipulador ou autoridade atinja a fase de apagamento do cérebro, deixando-o em branco, os sujeitos ficam com as mentes escancaradas, aceitando novas idéias em forma de sugestão. Porque Edwards não tornou sua mensagem positiva até o fim do reavivamento, muitos aceitaram as sugestões negativas e agiram, ou desejaram agir, de acordo com elas.

Charles J. Finney foi outro cristão revivalista que usou as mesmas técnicas quatro anos mais tarde, em conversões religiosas em massa, em Nova Iorque. As técnicas são ainda hoje utilizadas por cristãos revivalistas, cultos, treinadores de potencial humano, algumas reuniões de negócios, e nas forças armadas dos EUA, para citar apenas alguns. Deixem-me acentuar aqui que eu não creio que muitos pregadores revivalistas percebam ou saibam que estão usando técnicas de lavagem cerebral. Edwards simplesmente topou com uma técnica que realmente funcionou, e outros a copiaram e continuam a copiá-la pelos últimos duzentos anos. E o mais sofisticado de nosso conhecimento e tecnologia tornou mais efetiva a conversão. Sinto fortemente que esta é uma das maiores razões para o crescimento do fundamentalismo cristão, especialmente na variedade televisiva, enquanto que muitas das religiões ortodoxas estão declinando.

As Três Fases Cerebrais

Os cristãos podem ter sido os primeiros a formular com sucesso a lavagem cerebral, mas teremos de ir a Pavlov, um cientista russo, para uma explicação técnica. Nos idos de 1900, seu trabalho com animimais abriu a porta para maiores investigações com humanos. Depois da revolução russa, Lênin viu rapidamente o potencial em aplicar as pesquisas de Pavlov para os seus próprios objetivos.

Três distintos e progressivos estados de inibição transmarginal foram identificados por Pavlov. O primeiro é a fase EQUIVALENTE, na qual o cérebro dá a mesma resposta para estímulos fortes e fracos. A segunda é a fase PARADOXAL, na qual o cérebro responde mais ativamente aos estímulos fracos do que aos fortes. E a terceira é a fase ULTRA-PARADOXAL, na qual respostas condicionadas e padrões de comportamento vão de positivo para negativo, ou de negativo para positivo.

Com a progressão por cada fase, o grau de conversão torna-se mais efetivo e completo. São muitos e variados os modos de alcançar a conversão, mas o primeiro passo usual em lavagens cerebrais políticas ou religiosas é trabalhar nas emoções de um indivíduo ou grupo, até eles chegarem a um nível anormal de raiva, medo, excitação ou tensão nervosa.

O resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade. Quanto mais esta condição é mantida ou intensificada, mais ela se mistura. Uma vez que a catarse, ou a primeira fase cerebral é alcançada, uma completa mudança mental torna-se mais fácil. A programação mental existente pode ser substituída por novos padrões de pensamento e comportamento.

Outras armas fisiológicas freqüentemente utilizadas para modificar as funções normais do cérebro são os jejuns, dietas radicais ou dietas de açúcar, desconforto físico, respiração regulada, canto de mantras em meditação, revelação de mistérios sagrados, efeitos de luzes e sons especiais, e intoxicação por drogas ou por incensos.

Os mesmos resultados podem ser obtidos nos tratamentos psiquiátricos contemporâneos por eletrochoques e mesmo pelo abaixamento proposital do nível de açúcar no sangue, com a aplicação de injeções de insulina.

Antes de falar sobre exatamente como algumas das técnicas são aplicadas, eu quero ressaltar que hipnose e táticas de conversão são duas coisas distintas e diferentes — e que as técnicas de conversão são muito mais poderosas. Contudo, as duas são freqüentemente misturadas … com poderosos resultados.

Como os Pregadores Revivalistas Trabalham

Se você desejar ver um pregador revivalista em ação, há provavelmente vários em sua cidade. Vá para a igreja ou tenda e sente-se acerca de três-quartos da distância ao fundo. Muito provavelmente uma música repetitiva será tocada enquanto o povo vem para o serviço. Uma batida repetitiva, idealmente na faixa de 45 a 72 batidas por minuto (um ritmo próximo às batidas do coração humano) é muito hipnótica e pode gerar um estado alterado de consciência, com olhos abertos, em uma grande porcentagem das pessoas. E, uma vez você esteja em um ritmo alfa, você está pelo menos 25 vezes mais sugestionável do que você estaria, em um ritmo beta, de plena consciência. A música é provavelmente a mesma para cada serviço, ou incorpora a mesma batida, e muitas das pessoas irão para um estado alterado de consciência quase imediatamente após entrarem no santuário. Subconscientemente, eles recordam o estado mental quando em serviços religiosos anteriores, e respondem de acordo com a programação pós-hipnótica.

Observe as pessoas esperando pelo início do serviço religioso. Muitas exibirão sinais exteriores de transe — corpo relaxado e olhos ligeiramente dilatados. Freqüentemente, eles começam a agitar as mãos para diante e para trás no ar, enquanto estão sentadas em suas cadeiras. A seguir, o pastor assistente muito provavelmente virá, e falará usualmente com uma simpática “voz ritmada”.

Técnica da Voz Ritmada

Uma “voz ritmada” é um estilo padronizado, pausado, usado por hipnotizadores quando estão induzindo um transe. É também usado por muitos advogados, vários dos quais são altamente treinados hipnólogos, quando desejam fixar um ponto firmemente na mente dos jurados. Uma voz ritmada pode soar como se o locutor estivesse conversando ao ritmo de um metrônomo, ou pode soar como se ele estivesse enfatizando cada palavra em um estilo monótono e padronizado. As palavras serão usualmente emitidas em um ritmo de 45 a 60 batidas por minuto, maximizando o efeito hipnótico.

Agora, o pastor assistente começa o processo de “acumulação”. Ele induz um estado alterado de consciência e/ou começa a criar excitação e expectativas na audiência. A seguir, um grupo de jovens mulheres vestidas em longos vestidos brancos que lhes dão um ar de pureza, vêm e iniciam um canto. Cantos evangélicos são o máximo, para se conseguir excitação e ENVOLVIMENTO. No meio do canto, uma das garotas pode ser “golpeada por um espírito” e cai, ou reage como se estivesse possuída pelo Espírito Santo. Isto efetivamente aumenta a excitação na sala. Neste ponto, hipnose e táticas de conversão estão sendo misturadas e o resultado é que toda a atenção da audiência está agora tomada, enquanto o ambientte torna-se cada vez mais tenso e excitado.

Exatamente neste momento, quando a indução ao estado mental alfa foi conseguido em massa, eles irão passar o prato ou cesta de coleta. Ao fundo, em uma voz ritmada a 45 batidas por minuto, o pregador assistente poderá exortar, “dê ao Senhor…dê ao Senhor…dê ao Senhor…dê ao Senhor”. E a audiência dá. Deus pode não obter o dinheiro, mas seu já rico representante, sim.

A seguir, vem o pregador fogo-e-enxôfre. Ele induz medo e aumenta a tensão falando sobre “o demônio”, “ir para o inferno”, e sobre o Armageddon próximo.

Na última dessas reuniões que assisti, o pregador falou sobre o sangue que brevemente escorreria de cada torneira na terra. Ele também estava obcecado com um “machado sangrento de Deus”, o qual todos tinham visto suspenso sobre o púlpito, na semana anterior. Eu não tinha nenhuma dúvida de que todos o tinham visto — o poder da sugestão hipnótica em centenas de pessoas assegura que entre 10 a 25 por cento verão o que quer que lhes seja sugerido ver.

Na maioria da assembléias revivalistas, “depoimentos” ou “testemunhos” usualmente seguem-se ao sermão amedrontador. Pessoas da audiência virão ao palco relatar as suas histórias. “Eu estava aleijado e agora posso caminhar!”. “Eu tinha artrite e ela se foi!”. Esta é uma manipulação psicológica que funciona. Depois de ouvir numerosos casos de curas milagrosas, a pessoa comum na audiência com um problema menor está certa de que ela pode ser curada. A sala está carregada de medo, culpa e intensa expectativa e excitação.

Agora, aqueles que querem ser curados são freqüentemente alinhados ao redor da sala, ou lhes é dito para vir à frente. O pregador pode tocá-los na cabeça e gritar “esteja curado!”. Isto libera a energia psíquica, e, para muitos, resulta a catarse. Catarse é a purgação de emoções reprimidas. Indivíduos podem gritar, cair ou mesmo entrar em espasmos. E se a catarse é conseguida, eles possuem uma chance de serem curados. Na catarse (uma das três fases cerebrais anteriormente mencionadas), a lousa do cérebro é temporariamente apagada e novas sugestões são aceitas.

Para alguns, a cura pode ser permanente. Para muitos, irá durar de quatro dias a uma semana, que é, incidentalmente, o tempo que dura normalmente uma sugestão hipnótica dada a uma pessoa. Mesmo que a cura não dure, se eles voltarem na semana seguinte, o poder da sugestão pode continuamente fazer ignorar o problema… ou, algumas vezes, lamentavelmente, pode mascarar um problema físico que pode se mostrar prejudicial ao indivíduo, a longo prazo.

Eu não estou dizendo que curas legítimas não aconteçam. Acontecem. Pode ser que o indivíduo estava pronto para largar a negatividade que causou o problema em primeiro lugar; pode ser obra de Deus. Mas afirmo que isto pode ser explicado com o conhecimento existente acerca das funções cérebro/mente.

As técnicas e encenações variarão de igreja para igreja. Muitos usam “falar línguas” para gerar a catarse em alguns, enquanto o espetáculo cria intensa excitação nos observadores.

O uso de técnicas hipnóticas por religiões é sofisticado, e profissionais asseguram que elas tornaram-se ainda mais efetivas. Um homem em Los Angeles está projetando, construindo e reformando um monte de igrejas por todo o país. Ele diz aos ministros o que eles precisam, e como usá-lo. Sua fita gravada indica que a congregação e a renda dobrarão, se o ministro seguir suas instruções. Ele admite que cerca de 80 por cento de seus esforços são para o sistema de som e de iluminação.

Som potente e o uso apropriado de iluminação são de importância primária em induzir estados alterados de consciência — eu os tenho usado por anos, em meus próprios seminários. Contudo, meus participantes estão plenamente conscientes do processo, e do que eles podem esperar como resultado de sua participação.

Seis Técnicas de Conversão

Cultos e organizações [que ensinam] potencial humano estão sempre procurando por novos convertidos. Para conseguí-los, eles precisam criar uma fase cerebral. E geralmente precisam fazê-lo em um curto espaço de tempo — um fim-de-semana, até mesmo em um dia. O que se segue são as seis técnicas primárias usadas para gerar a conversão.

O encontro ou treinamento tem lugar em uma área onde os participantes estão desligados do resto do mundo. Isto pode ser em qualquer lugar: uma casa isolada, um local remoto ou rural, ou mesmo no salão de um hotel, onde aos participantes só é permitido usar o banheiro, limitadamente. Em treinamentos de potencial humano, os controladores darão uma prolongada conferência acerca da importância de “honrar os compromissos” na vida. Aos participantes é dito que, se eles não honram seus compromissos, sua vida nunca irá melhorar. É uma boa idéia honrar compromissos, mas os controladores estão subvertendo um valor humano positivo, para os seus interesses egoístas. Os participantes juram para si mesmos e para os treinadores que eles honrarão seus compromissos. Qualquer um que não o faça será intimado a um compromisso, ou forçado a deixá-los. O próximo passo é concordar em completar o tre inamento, deste modo assegurando uma alta porcentagem de conversões para as organizações. Eles terão, normalmente, que concordar em não tomar drogas, fumar, e algumas vezes não comer…ou lhes são dados lanches rápidos de modo a criar tensão. A razão real para estes acordos é alterar a química interna, o que gera ansiedade e, espera-se, cause ao menos um ligeiro mal-funcionamento do sistema nervoso, que aumente o potencial de conversão.

Antes que a reunião termine, os compromissos serão lembrados para assegurar que o novo convertido vá procurar novos participantes. Eles são intimidados a concordar em fazê-lo, antes de partirem. Desde que a importância em manter os compromissos é tão grande em sua lista de prioridade, o convertido tentará trazer à força cada um que ele conheça, para assistir a uma futura sessão oferecida pela organização. Os novos convertidos são fanáticos. De fato, o termo confidencial de merchandising nos maiores e mais bem sucedidos treinamentos de potencial humano é “vender com fanatismo!”

Pelo menos muitos milhares de pessoas se graduam, e uma boa porcentagem é programada mentalmente de modo a assegurar sua futura lealdade e colaboração se o guru ou a organização chamar. Pense nas implicações políticas em potencial, de centenas de milhares de fanáticos programados para fazer campanha pelo seu guru.

Fique precavido se uma organização deste tipo oferecer sessões de acompanhamento depois do seminário. Estas podem ser encontros semanais ou seminários baratos dados em uma base regular, nos quais a organização tentará habilmente convencê-lo — ou então será algum evento planejado regularmente, usado para manter o controle. Como os primeiros cristão revivalistas descobriram, um controle de longo prazo é dependente de um bom sistema de acompanhamento.

Muito bem. Agora, vamos ver uma segunda dica, que mostra quando táticas de conversão estão sendo usadas. A manutenção de um horário que causa fadiga física e mental. Isto é primariamente alcançado por longas horas nas quais aos participantes não é dada nenhuma oportunidade para relaxar ou refletir.

A terceira dica: quando notar que são utilizadas técnicas para aumentar a tensão na sala ou meio-ambiente.

Número quatro: incerteza. Eu poderia passar várias horas relatando várias técnicas para aumentar a tensão e gerar incerteza. Basicamente, os participantes estão preocupados quanto a serem notados ou apontados pelos instrutores; sentimentos de culpa se manifestam, e eles são tentados a relatar seus mais íntimos segredos aos outros participantes, ou forçados a tomar parte em atividades que enfatizem a remoção de suas máscaras. Um dos mais bem sucedidos seminários de potencial humano força os participantes a permanecerem em um palco à frente da audiência, enquanto são verbalmente atacados pelos instrutores. Uma pesquisa de opinião pública, conduzida a alguns anos, mostrou que a situação mais atemorizante na qual um indivíduo pode se encontrar, é falar para uma audiência. Isto iguala-se à lavar uma janela externamente, no 85º. andar de um prédio. Então você pode imaginar o medo e a tensão que esta situação gera entre os participantes. Muitos desfalecem, mas muitos enfrentam o stress por uma mudança de mentalidade. Eles literalmente entram em estado alfa, o que automaticamente os torna mais sugestionáveis do que normalmente são. E outra volta da espiral descendente para a conversão é realizada com sucesso.

O quinto indício de que táticas de conversão estão sendo usadas é a introdução de jargão — novos termos que tem significado unicamente para os “iniciados” que participam. Linguagem viciosa é também freqüentemente utilizada, de propósito, para tornar desconfortáveis os participantes.

A dica final é se não há nenhum humor na comunicação…ao menos até que os participantes sejam convertidos. Então, divertimentos e humor são altamente desejáveis, como símbolos da nova alegria que os participantes supostamente “encontraram”.

Não estou dizendo que boas coisas não resultem da participação em tais reuniões. Isto pode ocorrer. Mas afirmo que é importante para as pessoas saberem o que aconteceu, e ficarem prevenidas de que o contínuo envolvimento pode não ser de seu maior interesse.

Através dos anos, tenho conduzido seminários profissionais para ensinar às pessoas a serem hipnotizadores, treinadores e conselheiros. Tive [como alunos] muitos daqueles que conduzem treinamentos e reuniões, que vêm a mim e dizem, “estou aqui porque eu sei que aquilo que faço funciona, mas não sei o por quê”. Depois de mostrar-lhes o como e o por quê, muitos deles tem deixado este negócio, ou decidido abordá-lo diferentemente, de uma maneira mais amorosa e humana.

Muitos destes treinadores tem se tornado meus amigos, e marcou-nos a todos ter experimentado o poder de uma pessoa com um microfone na mão em uma sala cheia de pessoas. Some um pouco de carisma, e você pode contar com uma alta taxa de conversões. A triste verdade é que uma alta porcentagem de pessoas quer ceder o seu poder – eles são verdadeiros “crentes”!

Reuniões de culto e treinamentos de potencial humano são um ambiente ideal para se observar em primeira mão o que é tecnicamente chamado de “Síndrome de Estocolmo”. Esta é uma situação na qual aqueles que são intimidados, cocontrolados e torturados começam a amar, admirar e muitas vezes até desejar sexualmente os seus controladores ou captores.

Mas permitam-me deixar aqui uma palavra de advertência: se você pensa que pode assistir tais reuniões e não ser afetado, você provavelmente está errado. Um exemplo perfeito é o caso de uma mulher que foi ao Haiti com Bolsa de Estudos da Guggenheim para estudar o vudu haitiano. Em seu relatório, ela diz como a música eventualmente induz movimentos incontroláveis do corpo, e um estado alterado de consciência. Embora ela compreendesse o processo e pudesse refletir sobre o mesmo, quando começou a sentir-se vulnerável à música ela tentou lutar e fugir. Raiva ou resistência quase sempre asseguram conversão. Poucos momentos mais tarde ela sentiu-se possuída pela música e começou a dançar, em transe, por todo o local onde se realizava o culto vudu. A fase cerebral tinha sido induzida pela música e pela excitação, e ela acordou sentindo-se renascida. A única esperança de assistir tais reuniões sem sentir-se afetado e ser um Buda, e não se permitir sentimentos positivos ou negativos. Poucas pessoas são capazes de tal neutralidade.

Antes de prosseguir, vamos voltar às seis dicas de conversão. Eu quero mencionar o governo dos Estados Unidos, e os campos de treinamento militar. O Corpo de Fuzileiros Navais (the Marine Corps) afirma que quebra o moral dos homens antes de “reconstruí-los” como novos homens – como fuzileiros (marines)! Bem, isso é exatamente o que eles fazem, da mesma maneira que os cultos vergam o moral das pessoas e as reconstróem como felizes vendedores de flores nas esquinas. Cada uma das seis técnicas de conversão é usada nos campos de treinamento militar. Considerando as necessidades militares, não estou fazendo um julgamento quanto a se isto é bom ou ruim. É UM FATO, que as pessoas efetivamente sofrem lavagem cerebral. Aqueles que não querem se submeter devem ser dispensados, ou passarão muito de seu tempo no quartel.

Processo de Decognição

Uma vez que a conversão inicial é realizada, nos cultos, no treinamento militar, ou em grupos similares, não pode haver dúvidas entre seus membros. Estes devem responder aos comandos, e fazer o que estes lhes disserem. De outra forma, eles seriam perigosos ao controle da organização. Isto é normalmente conseguido pelo Processo de Decognição em três passos.

O primeiro passo é o de REDUÇÃO DA VIGILÂNCIA: os controladores provocam um colapso no sistema nervoso, tornando difícil distinguir entre fantasia e realidade. Isto pode ser conseguido de várias maneiras. DIETA POBRE é uma; muito cuidado com Brownies e com Koolaid. O açúcar `desliga’ o sistema nervoso. Mais sutil é a “DIETA ESPIRITUAL”, usada por muitos cultos. Eles comem somente vegetais e frutas; sem o apoio dos grãos, nozes, sementes, laticínios, peixe ou carne, um indivíduo torna-se mentalmente “aéreo”. Sono inadequado é outro modo fundamental de reduzir a vigilância, especialmente quando combinada com longas horas de intensa atividade física. Também, ser bombardeado com experiências únicas e intensas consegue o mesmo resultado.

O segundo passo é a CONFUSÃO PROGRAMADA: você é mentalmente assaltado enquanto sua vigilância está sendo reduzida conforme o passo um. Isto se consegue com um dilúvio de novas informações, leituras, discussões em grupo, encontros ou tratamento individual, os quais usualmente eqüivalem ao bombardeio do indivíduo com questões, pelo controlador. Durante esta fase de decognição, realidade e ilusão freqüentemente se misturam, e uma lógica pervertida é comumente aceita.

O terceiro passo é PARADA DO PENSAMENTO: técnicas são usadas para causar um “vazio” na mente. Estas são técnicas para alterar o estado de consciência, que inicialmente induzem calma ao dar à mente alguma coisa simples para tratar, com uma atenta concentração. O uso continuado traz um sentimento de exultação e eventualmente alucinação. O resultado é a redução do pensamento, e eventualmente, se usado por muito tempo, a cessação de todo pensamento e a retirada de todo o conteúdo da mente, exceto o que os controladores desejem. O controle é, então, completo. É importante estar atento que quando membros ou participantes são instruídos para usar técnicas de “parar o pensamento, eles são informados de que serão beneficiados: eles se tornarão “melhores soldados”, ou “encontrarão a luz”.

Há três técnicas primárias usadas para parar o pensamento. A primeira é a MARCHA: a batida do tump, tump, tump literalmente gera auto-hipnose, e grande susceptibilidade à sugestão.

A segunda técnica para parar o pensamento é a MEDITAÇÃO. Se você passar de uma hora a uma hora e meia por dia em meditação, depois de poucas semanas há uma grande probabilidade de que você não retornará à consciência plena normal beta. Você permanecerá em um estado fixo alfa tanto mais quanto você continue a meditar. Não estou dizendo que isto é ruim – se você mesmo o faz. Pode então ser benéfico. Mas é um fato que você está levando a sua mente a um estado de vazio. Eu tenho testado quem medita, com máquinas EEG, e o resultado é conclusivo: quanto mais você medita, mais vazia se torna a sua mente, principalmente se usada em excesso ou em combinação com decognição; todos os pensamentos cessam. Alguns grupos espiritualistas vêem isto como nirvana – o que é besteira. Isto é simplesmente um resultado fisiológico previsível. E se o o céu na terra significa não-pensamento e não-envolvimento, eu realmente pergunto por que nós estamos aqui.

A terceira técnica de parar o pensamento é pelo CÂNTICO, e freqüentemente por cânticos em meditação. “Falar em línguas” poderia também ser incluído nesta categoria.

Todas as três técnicas produzem um estado alterado de consciência. Isto pode ser muito bom se VOCÊ está controlando o processo, porque você também controla o que vai usar. Eu pessoalmente use ao menos uma sessão de auto-hipnose cada dia, e eu sei quão benéfico isto é para mim. Mas você precisa saber, se usar estas técnicas a ponto de permanecer continuamente em estado alfa, embora você permaneça em um estado levemente embriagado, você estará também mais sugestionável.

Verdadeiros Crentes & Movimentos de Massa

Antes de terminar esta seção de conversão, eu quero falar sobre as pessoas que são mais susceptíveis a isto, bem como sobre os Movimentos de Massa. Eu estou convencido que pelo menos um terço da população é aquilo que Eric Hoffer chama “verdadeiros crentes”. Eles são sociáveis, e são seguidores… são pessoas que se deixam conduzir por outros. Eles procuram por respostas, significado e por iluminação fora de si mesmos.

Hoffer, que escreveu O VERDADEIRO CRENTE, um clássico em movimentos de massa, diz: “os verdadeiros crentes não estão decididos a apoiar e afagar o seu ego; têm, isto sim, uma ânsia de se livrarem dele. Eles são seguidores, não em virtude de um desejo de auto-aperfeiçoamento, mas porque isto pode satisfazer sua paixão pela auto-renúncia!”. Hoffer também diz que os verdadeiros crentes “são eternamente incompletos e eternamente inseguros”!

Eu sei disto, pela minha própria experiência. Em meus anos de ensino e de condução de treinamentos, eu tenho esbarrado com isto muitas vezes. Tudo que eu quero fazer é tentar mostrar-lhes que a única coisa a ser buscada é a Verdade interior. Suas respostas pessoais deverão ser encontradas lá, e solitariamente. Eu sempre digo que a base da espiritualidade é a auto-responsabilidade e a auto-evolução, mas muitos dos verdadeiros crentes apenas respondem que eu não possuo espiritualidade, e vão em seguida procurar por alguém que lhes dará o dogma e a estrutura que eles desejam.

Nunca subestime o potencial de perigo destas pessoas. Eles podem facilmente ser moldados como fanáticos, que irão com muito prazer trabalhar e até morrer pela sua causa sagrada. Isto é um substituto para a sua fé perdida, e freqüentemente lhes oferece um substituto para a sua esperança individual. A Maioria Moral é feita de verdadeiros crentes. Todos os cultos são compostos de verdadeiros crentes. Você os encontrará na política, nas igrejas, nos negócios e nos grupos de ação social. Eles são os fanáticos nestas organizações.

Os Movimentos de Massa possuem normalmente um líder carismático. Seus seguidores querem converter outros para o seu modo de vida ou impor um novo estilo de vida – se necessário, recorrendo a uma legislação que os force a isto, como evidenciado pelas atividades da Maioria Moral. Isto significa coação pelas armas ou punição, que é o limite em se tratando de coação legal.

Um ódio comum, um inimigo, ou o demônio são essenciais ao sucesso de um movimento de massas. Os Cristão Renascidos tem o próprio Satã, mas isto não é o bastante – a ele se soma o oculto, os pensadores da Nova Era, e mais tarde, todos aqueles que se oponham à integração de igreja e política, como evidenciado pelas suas campanhas políticas contra a reeleição daqueles que se oponham às suas opiniões. Em revoluções, o demônio é usualmente o poder dominante ou a aristocracia. Alguns movimentos de potencial humano são bastantes espertos para pedir a seus graduados para que associem-se a alguma coisa, o que o etiquetaria como um culto – mas, se você olhar mais de perto, descobrirá que o demônio deles é quem quer que não tenha feito o seu treinamento.

Há movimentos de massa sem demônios, mas eles raramente alcançam um maior status. Os Verdadeiros Crentes são mentalmente desequilibrados ou mesmo pessoas inseguras, sem esperança e sem amigos. Pessoas não procuram aliados quando estão amando, mas eles o fazem quando odeiam ou tornam-se obcecados com uma causa. E aqueles que desejam uma nova vida e uma nova ordem sentem que os velhos caminhos devem ser destruídos antes que a nova ordem seja construída.

Técnicas de Persuasão

Persuasão não é uma técnica de lavagem cerebral, mas é a manipulação da mente humana por outro indivíduo, sem que o sujeito manipulado fique consciente do que causou sua mudança de opinião. Eu somente tenho tempo para apresentar umas poucas das centenas de técnicas em uso atualmente, mas a base da persuasão é sempre o acesso ao seu CÉREBRO DIREITO. A metade esquerda de seu cérebro é analítica e racional. O lado direito é criativo e imaginativo. Isto está excessivamente simplificado, mas expressa o que quero dizer. Então, a idéia é desviar a atenção do cérebro esquerdo e mantê-lo ocupado. Idealmente, o agente gera um estado alterado de consciência, provocando uma mudança da consciência beta para a alfa; isto pode ser medido em uma máquina de EEG.

Primeiro, deixem-me dar um exemplo de como distrair o cérebro esquerdo. Políticos usam esta poderosa técnica todo o tempo; advogados usam muitas variações, as quais eles chamam “apertar o laço”.

Assuma por um momento que você está observando um político fazendo um discurso. Primeiro, ele pode suscitar o que é chamado “SIM, SIM”. São declarações que provocarão assentimentos nos ouvintes; eles podem mesmo sem querer balançar suas cabeças em concordância. Em seguida vem os TRUÍSMOS. Estes são, usualmente, fatos que podem ser debatidos, mas uma vez que o político tenha a concordância da audiência, as vantagens são a favor do político, que a audiência não irá parar para pensar a respeito, continuando a concordar. Por último vem a SUGESTÃO. Isto é o que o político quer que você faça, e desde que você tenha estado concordando todo o tempo, você poderá ser persuadido a aceitar a sugestão. Agora, se você ler o discurso político a seguir, você perceberá que as três primeiras sentenças são do tipo “sim, sim”, a três seguintes são truísmos, e a última é a sugestão.

“Senhoras e senhores: vocês estão indignados com os altos preços dos alimentos? Vocês estão cansados dos astronômicos preços dos combustíveis? Estão doentes com a falta de controle da inflação? Bem, vocês sabem que o Outro Partido permitiu uma inflação de 18 por cento no ano passado; vocês sabem que o crime aumentou 50 por cento por todo o país nos últimos 12 meses, e vocês sabem que seu cheque de pagamento dificilmente vem cobrindo os seus gastos. Bem, a solução destes problemas é eleger-me, John Jones, para o Senado dos E.U.A.”

Eu penso que você já ouviu isto antes. Mas você poderia atentar também para os assim chamados Comandos Embutidos. Como exemplo: em palavras chaves, o locutor poderia fazer um gesto com sua mão esquerda, a qual, como os pesquisadores tem mostrado, é mais apta para acessar o seu cérebro direito. Os políticos e os brilhantes oradores de hoje, orientados pela mídia, são com freqüência cuidadosamente treinados por uma classe inteiramente nova de especialistas, os quais estão usando todos os truques – tanto novos quanto antigos – para manipulá-lo a aceitar o candidato deles.

Os conceitos e técnicas da Neuro-Lingüística são tão fortemente protegidos que eu descobri que, mesmo para falar sobre ela publicamente ou em impressos, isto resulta em ameaça de ação legal. Já o treinamento em Neuro-Lingüística está prontamente disponível para qualquer pessoa que queira dedicar o seu tempo e pagar o preço. Esta é uma das mais sutis e poderosas manipulações a que eu já me expus. Uma amiga minha que recentemente assistiu a um seminário de duas semanas em Neuro-Lingüística descobriu que muitos daqueles com quem ela conversou durante os intervalos era pessoal do governo.

Uma outra técnica que eu aprendi há pouco tempo é inacreditavelmente escorregadia; ela é chamada de TÉCNICA INTERCALADA, e a idéia é dizer uma coisa com palavras, mas plantar um impressão inconsciente de alguma outra coisa na mente dos ouvintes e/ou observadores.

Quero dar um exemplo: suponha que você está observando um comentarista da televisão fazer a seguinte declaração: “O SENADOR JOHNSON está ajudando as autoridades locais a esclarecer os estúpidos enganos das companhias que contribuem para aumentar os problemas do lixo nuclear“. Isto soa como uma simples declaração, mas, se o locutor enfatiza a palavra certa, e especialmente se ele faz o gesto de mãos apropriado junto com as palavras chaves, você poderia ficar com a impressão subconsciente de que o senador Johnson é estúpido. Este era o objetivo subliminar da declaração, e o locutor não pode ser chamado para explicar nada.

Técnicas de persuasão são também freqüentemente usadas em pequena escala com muita eficácia. O vendedor de seguro sabe que a sua venda será provavelmente muito mais eficaz se ele conseguir que você visualize alguma coisa em sua mente. É uma comunicação ao cérebro direito. Por exemplo, ele faz uma pausa em sua conversação, olha vagarosamente em volta pela sua sala, e diz, “Você pode imaginar esta linda casa incendiando até virar cinzas?“. Claro que você pode! Este é um de seus medos inconscientes, e quando ele o força a visualizar isto, você está sendo muito provavelmente manipulado a assinar o contrato de seguros.

Os Hare Krishna, ao operarem em um aeroporto, usam o que eu chamo técnicas de CHOQUE E CONFUSÃO para distrair o cérebro esquerdo e comunicarem-se diretamente com o cérebro direito. Enquanto estava esperando no aeroporto, uma vez eu fiquei por uma hora observando um deles operar. A sua técnica era a de saltar na frente de quem passasse. Inicialmente, sua voz era alta; então ele abaixava o tom enquanto pedia para que a pessoa levasse um livro, após o que pedia uma contribuição em dinheiro para a causa. Usualmente, quando as pessoas ficam chocadas, elas imediatamente recuam. Neste caso, eles ficavam chocados pela estranha aparência, pela súbita materialização e pela voz alta do devoto Hare Krishna. Em outras palavras, as pessoas iam para um estado alfa por segurança, porque elas não queriam confrontar-se com a realidade à sua frente. Em alfa, elas ficavam altamente sugestionáveis, e por isto aceitavam a sugestão de levar o livro; no momento em que pegavam o livro, sentiam-se culpadas e respondiam a uma segunda sugestão: dar dinheiro. Nós estamos todos condicionados de tal forma que, se alguém nos dá alguma coisa, nós temos de dar alguma coisa em troca – neste caso, era dinheiro. Enquanto observava este trabalhador incansável, eu estava perto o bastante para perceber que muitas das pessoas que ele parara exibiam um sinal externo de que estavam em alfa – seus olhos estavam dilatados.

Programação Subliminar

Subliminares são sugestões ocultas que somente o nosso subconsciente percebe. Podem ser sonoras, ocultas por entre a música; visuais, disfarçadas em cada quadro e mostrados tão rapidamente na tela que não são vistos; ou espertamente incorporados ao quadro ou desenho.

Muitas fitas de áudio de reprogramação subliminar oferecem sugestões verbais gravadas em baixo volume. Eu questiono a eficácia desta técnica – se as subliminares não são perceptíveis, elas não podem ser efetivas, e subliminares gravadas abaixo do nível de audição são, por esta razão, inúteis. A mais antiga técnica de áudio subliminar usa uma voz que segue o volume da música de tal modo que as subliminares são impossíveis de detectar sem um equalizador paramétrico. Mas esta técnica é patenteada, e, quando eu quis desenvolver minha própria linha de audiocassetes subliminares, negociações com os detentores desta patente provaram ser insatisfatórias. Meu procurador obteve cópias das patentes, as quais eu dei a alguns talentosos engenheiros de som de Hollyhood pedindo-lhes para criarem uma nova técnica. Eles encontraram um modo de modificar psico-acusticamente e sintetizar as subliminares de tal modo que elas fossem projetadas no mesmo acorde e freqüência que a música, assim dando-lhes o efeito de fazerem parte da música. Mas nós descobrimos que usando estas técnica, não há maneira de reduzir as freqüências para detectar os subliminares. Em outras palavras, embora eles possam ser ouvidos pela mente subconsciente, não podem ser monitorados mesmo pelos mais sofisticados equipamentos.

Se nós pudemos criar esta técnica tão facilmente como o fizemos, eu posso somente imaginar quão sofisticada a tecnologia se tornou, com fundos ilimitados do governo e da publicidade. E eu estremeço só de pensar na manipulação dos comerciais de propaganda a que estamos expostos diariamente. Não há simplesmente nenhuma maneira de saber o que há por trás da música que você ouve. E pode mesmo ser possível esconder uma segunda voz por trás da voz que você está ouvindo.

As séries de Wilson Bryan Key, Ph.D., sobre subliminares em publicidade e campanhas políticas documentam bem o abuso em muitas áreas, especialmente na publicidade impressa em jornais, revistas e posters.

A grande questão sobre subliminares é: eles funcionam? Eu garanto que sim. Não somente devido àqueles que usaram minhas fitas, mas também dos resultados de tais programas subliminares por trás das músicas das lojas de departamentos. Supostamente, a única mensagem eram instruções para não roubar: uma cadeia de lojas de departamentos da Costa Leste reportou uma redução de 37 por cento em furtos nos primeiros nove meses do teste.

Um artigo de 1984 no jornal “Brain-Mind Bulletin” declara que até 99 por cento de nossa atividade cognitiva pode ser “não-consciente”, de acordo com o diretor do Laboratório de Psicofisiologia Cognitiva da Universidade de Illinois. O longo relatório termina com a declaração, “estas ferramentas apoiam o uso de abordagens subliminares tais como sugestões gravadas em fita para perder peso, e o uso terapêutico da hipnose e Programação Neuro-Lingüística”.

Abuso das Massas

Eu poderia relatar muitas histórias que apoiam a programação subliminar, mas eu gastaria muito tempo para falar mesmo dos mais sutis usos de tal programação.

Eu experimentei ir pessoalmente, com um grupo, a reuniões no auditório de Los Angeles, onde mais de dez mil pessoas se reúnem para ouvir uma figura carismática. Vinte minutos depois de entrar no auditório eu percebi que estava indo e vindo de um estado alterado de consciência. Todos que me acompanhavam estavam experimentando a mesma coisa. Como este é o nosso negócio, nós percebíamos o que acontecia, mas os que nos rodeavam nada percebiam. Por cuidadosa observação, o que parecia ser uma demonstração expontânea era, de fato, uma astuta manipulação. A única maneira que eu podia imaginar pela qual se poderia fazer a indução ao transe era por meio de uma vibração de 6 a 7 ciclos por segundo que soava juntamente com o som do ar condicionado. Esta vibração em particular gera um ritmo alfa, a qual tornará a audiência altamente susceptível às sugestões. De 10 a 25 por cento da população é capaz de ir para um estado alterado de consciência sonambúlico; para estas pessoas, as sugestões do locutor, se não-ameaçadoras, podem potencialmente ser aceitas como “comandos”.

Vibrato

Isto nos leva a mencionar o VIBRATO. Vibrato é o efeito de trêmulo feito por alguma música instrumental ou vocal, e a sua faixa de freqüências conduz as pessoas a entrarem em um estado alterado de consciência. Em um período da história inglesa, aos cantores cuja voz possuía um vibrato pronunciado não era permitido cantarem em público, porque os ouvintes entravam em um estado alterado de consciência, quando então tinham fantasias, inclusive de ordem sexual.

Pessoas que assistem à ópera ou apreciam ouvir cantores como Mário Lanza estão familiarizados com os estados alterados induzidos pelos cantores.

ELF

Agora, vamos levar esta condição um pouco mais longe. Há também ondas de freqüência extra-baixa (ELFs) inaudíveis. Elas são eletromagnéticas por natureza. Um dos usos básicos das ELFs é a comunicação com nossos submarinos. O dr. Andrija Puharich, um altamente respeitado pesquisador, em uma tentativa de alertar os oficiais americanos acerca do uso pelos russos das ELFs, realizou uma experiência. Voluntários tinham conexões ligadas aos seus cérebros de modo a que as ondas pudessem ser medidas em um EEG. Eles eram isolados em uma sala de metal que era imune à penetração de qualquer sinal normal.

Puharich então irradiou ondas ELF para os voluntários. As ondas ELFs passam direto através da Terra, e, claro, atravessam paredes de metal. Os que estavam isolados não sabiam se o sinal estava ou não sendo enviado, e Puharich observou as reações em um aparelho: 30 por cento dos que estavam na sala acusavam o sinal de ELF em seis ou dez segundos.

Quando eu digo “acusavam”, eu quero dizer que o seu comportamento seguia as mudanças prevista para freqüências muito precisas. Ondas abaixo de seis ciclos por segundo causavam perturbações emocionais e até a interrupção de funções físicas. Para 8.2 ciclos, eles sentiam um bem alto…um elevado sentimento, como se estivessem em uma poderosa meditação, aprendida à custa de muitos anos. Onze até 11,3 ciclos induziam ondas de depressão e agitação, que conduziam a um comportamento turbulento.

O Neurofone

O dr. Patrick Flanagan é um meu amigo pessoal. No início dos anos 60, como um adolescente, Pat foi listado como um dos maiores cientistas do mundo pela revista Life. Entre os seus muitos inventos havia um dispositivo que ele chamou Neurofone – um instrumento eletrônico que podia, com sucesso, transmitir sugestões diretamente através do contato com a pele. Quando ele tentou patentear o dispositivo, o governou demandou para que ele provasse que era dele o invento. Quando ele o fez, a Agência de Segurança Nacional confiscou o neurofone. Pat levou dois anos de batalha legal para ter sua invenção de volta.

Usando o dispositivo, você não ouve ou vê nada; ele é aplicado à pele, a qual Pat afirma que é a fonte de sentidos especiais. A pele contém mais sensores de calor, toque, dor, vibração e campos elétricos do que qualquer outra parte da anatomia humana.

Em um de seus recentes testes, Pat conduziu dois idênticos seminários para uma audiência militar – um seminário em uma noite e outro na seguinte, porque a sala não era bastante grande para acomodar todos ao mesmo tempo. Quando o primeiro grupo provou ser muito pouco receptivo e relutante em responder, Patrick passou o dia seguinte fazendo uma fita de áudio especial para tocar no segundo seminário. A fita instruía a audiência a ser extremamente calorosa, sensível e para que as suas mãos “formigassem”. A fita foi tocada através do neurofone, o qual foi conectado por um fio que ele colocou ao longo do teto da sala. Não havia locutores, e assim nenhum som podia ser ouvido, e ainda assim a mensagem foi transmitida com sucesso através do fio diretamente para a mente dos que assistiam o seminário. Eles foram calorosos e receptivos, suas mãos formigaram e eles responderam à programação, com reações que não posso mencionar aqui.

Quanto mais procuramos descobrir sobre como os seres humanos agem, através da altamente avançada tecnologia de hoje, tanto mais aprendemos a controlá-los. E o que provavelmente mais me assusta é que o meio para dominá-los já está aí! A televisão em sua sala e quarto está fazendo muito mais do que apenas dar-lhe entretenimento.

Antes de continuar, deixem-me ressaltar alguma coisa a mais acerca do estado alterado de consciência. Quando você vai para um estado alterado, você passa a usar o lado direito do cérebro, o que resulta na liberação dos opiáceos internos do corpo: encefalinas e beta-endorfinas, que quimicamente são quase idênticas ao ópio. Em outras palavras, dá uma boa sensação, a qual você sempre irá querer mais.

Testes recentes feitos pelo pesquisador Herbert Krugman mostraram que enquanto as pessoas assistem à TV, a atividade do cérebro direito excede em número a atividade do cérebro esquerdo por uma relação de dois para um. Colocando de maneira mais simples, as pessoas estão em um estado alterado … e muito freqüentemente, em transe. Elas estão conseguindo a sua beta-endorfina “fixa”.

Para medir a extensão da atenção, o psicofisiologista Thomas Mulholland, do Hospital de Veteranos de Bedford, Massachusetts, ligou telespectadores jovens a uma máquina EEG que estava ligada a um fio que interrompia a TV sempre que o cérebro dos jovens produzisse uma maioria de ondas alfa. Embora lhes fosse pedido que se concentrassem, somente uns poucos puderam manter o aparelho ligado por mais do que 30 segundos!

Muitos telespectadores já estão hipnotizados. Aprofundar o transe é fácil. Um modo simples é colocar um quadro preto a cada 32 quadros do filme que está sendo projetado. Isto cria uma pulsação de 45 batidas por minuto, percebida somente pela mente subconsciente – o ritmo ideal para provocar uma hipnose profunda.

Os comerciais ou sugestões apresentados pelas emissoras seguindo esta indução ao transe-alfa são muito mais comumente aceitas pelos telespectadores. A alta porcentagem da audiência que atinge o sonambulismo profundo pode muito bem aceitar as sugestões como comandos – pelo menos enquanto estes não contrariarem suas convicções morais, a religião ou sua auto-preservação.

O meio para dominar está aqui. Até a idade de 16 anos, as crianças terão passado de 10.000 a 15.000 horas vendo televisão – o que é mais tempo do que ele passam na escola! Na média dos lares, o aparelho de TV fica ligado seis horas e 44 minutos por dia – um acréscimo de nove minutos sobre o ano passado, e três vezes a média de crescimento durante os anos 70.

Isto obviamente não está melhorando…nós estamos rapidamente nos movendo para um mundo nível alfa – muito possivelmente o mundo Orwelliano de “1984″ – plácido, olhar vítreo e resposta obediente às instruções.

Um projeto de pesquisa de Jacob Jacoby, um psicólogo da Universidade Purdue, descobriu que de 2.700 pessoas testadas, 90 por cento entenderam mal até mesmo simples opiniões mostradas em comerciais e “Barnaby Jones”. Apenas alguns minutos depois, o típico telespectador esquece de 23 a 36 por cento dos assuntos que ele ou ela vê. É claro que eles estavam entrando e saindo do transe! Se você for para um transe profundo, pode ser instruído para relembrar – do contrário, automaticamente esquece tudo.

Eu toquei unicamente a ponta do iceberg. Quando você começa a combinar mensagens subliminares por trás da música, projetar cenas subliminares na tela, produzir efeitos ópticos hipnóticos, ouvir batidas musicais a um ritmo que induz ao transe…você tem uma extremamente eficaz lavagem cerebral. Cada hora que você passa assistindo a TV deixa-o cada vez mais condicionado. E, no caso de você pensar que exista uma lei contra tudo isto, esqueça. Não há! Existem muitas pessoas poderosas que obviamente preferem que as coisas permaneçam exatamente como estão. Será que elas planejam algo?

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Palestra dada em Las Vegas em 1984 por Dick Sutphen. O Original pode ser conferido no link http://www.dicksutphen.com/html/battlemind.html, inclusive com toda a bibliografia usada.

Dick Sutphen é uma mistura de publicitário com “guru da nova era”. É palestrista e autor de diversos livros sobre regressão a vidas passadas e hipnose, o que lhe dá um certo conhecimento de causa.

http://pt.scribd.com/doc/51766426/A-BATALHA-PELA-SUA-MENTE-Tecnicas-de-Persuasao-e-Lavagem-Cerebral-Sendo-Usadas-Atualmente-No-Publico

 

Documentário History Channel – Controle Mental

 

 

 

 

Vermes de ouvido

07.06.2010

Entre 98 e 99 por cento da população já foi “infectada” pelo menos uma vez com uma musiquinha que parece grudar na cabeça e que nada consegue tirar.

Mesmo sendo tão comum, esse fenômeno foi muito pouco pesquisado até hoje, e apenas alguns raros estudos científicos fazem referência a ele.

Segundo Andréane McNally-Gagnon, da Universidade de Montreal, no Canadá, na maioria dos casos o que ela chama de “vermes de ouvido” desaparecem após alguns minutos. Em outros casos, porém, a musiquinha pode ficar grudada na cabeça por horas ou mesmo dias.

Músicas que grudam na cabeça

Além de pesquisadora, Andréane também é música, sendo frequentemente infectada por um verme de ouvido – foi por isso que ela decidiu tentar entender melhor por que e como o fenômeno ocorre.

Para começar, ela fez uma pesquisa pela internet, pedindo a entrevistados de língua francesa para que eles classificassem 100 canções pop de acordo com sua capacidade de ser compulsivamente repetida dentro de sua mente.

As cinco campeãs foram: Cantando na Chuva (Gene Kelly), Live Is Life (Opus), Don’t Worry, Be Happy (Bobby McFerrin), I Will Survive (Gloria Gaynor) e, em primeiro lugar, Ça fait rire les oiseaux, da sensação caribenha La Compagnie Créole.

Canções obsessivas

No laboratório, Andréane e sua colega Sylvie Hébert pediram a 18 músicos e 18 não-músicos para cantarolar e gravar suas canções obsessivas, e observaram seu estado emocional antes e depois.

Os pesquisadores descobriram que as infecções por vermes de ouvido duram mais tempo com os músicos do que com os não-músicos.

Como a música gruda na cabeça

O fenômeno ocorre quando os indivíduos estão geralmente em um estado emocional positivo e se mantendo ocupados com atividades não-intelectuais, tais como durante uma caminhada, que exige pouca concentração.

O estudo também revelou que a memória auditiva é capaz de replicar as músicas com precisão.

Uma nota é suficiente para que os músicos comecem a cantarolá-la novamente. Para os não músicos, o fenômeno da repetição é acionado por duas notas.

Processo neurológico

Já tendo verificado o fenômeno em termos comportamentais, agora as pesquisadoras pretendem descobrir como ele atua em termos neurológicos. Para isso elas vão analisar os voluntários usando ressonância magnética ou tecnologia de Estimulação Magnética Transcraniana.

“Os únicos estudos realizados até hoje a esse respeito analisaram indivíduos que imaginavam mentalmente uma canção,” afirma Hebert. “Acreditamos que o processo neurológico é diferente com os vermes de ouvido, porque o fenômeno é involuntário”.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=musicas-grudam-cabeca&id=5333&nl=sit

9 coisas que você deve saber sobre seu cérebro

O cérebro é uma das partes mais incríveis do corpo humano. Ele se torna ainda mais impressionante quando funciona de uma maneira diferente da que esperamos. A ciência da psicologia frequentemente acerta sobre o funcionamento da mente humana, mas a Neurologia apresentou algumas surpresas interessantes nas últimas décadas:

1) 7 é o máximo de ítens para a memória de curta duração

O cérebro possui três mecanismos de memória: Sensório, Longa Duração e Curta Duração. A memória de Longa Duração, funciona como um disco rígido de um computador. Da mesma forma, poderíamos dizer que a memória de Curta Duração se aproxima da memória RAM. Esta memória de curta duração é capaz de armazenar de cinco a nove itens, sendo sete a média humana.

Aplicabilidade: Não perca tempo memorizando grandes listas. Armazenar informação exige portanto o compactamento em aproximadamente sete unidades para guardá-lo na memória de Longa Duração.

2) Verde Lima é a cor mais visível

O Verde Lima está localizado exatamente no meio do espectro solar visível pelos olhos humanos, mais precisamente entre o verde e o amarelo. Nosso sistema nervoso possui receptores independentes para o verde, o vermelho e o azul e o Verde Lima aciona os três receptores ao mesmo tempo tornando-se a cor mais perceptível de todas.

Aplicabilidade: Use Verde Lima quando quiser destacar algo. Por esta razão esta é a cor ideal para veículos e profissionais do transito das grandes metrópoles.

3) Seu Subconsciente é mais esperto do que você

Seu Subconsciente é mais esperto do que você. Em outras palavras, ele é mais poderoso do que os processos conscientes. Em um estudo recente, um quadrado era colocado em uma tela seguindo um complexo padrão. Depois de um tempo logo as pessoas começaram a melhorar o resultado ao tentar descobrir onde o quadrado iria aparecer em seguida. Quando indagados para conscientemente explicar o padrão, mesmo de pois de horas, ninguém conseguiu.

Aplicabilidade: Confie mais nos seus “instintos”.

4) Sinestesia é para todos

A mistura de sentidos não é exclusividade de pessoas que usam LSD, todo ser humano possui algum grau de sinestesia. Em um experimento psicológico Wolfgang Köhler pediu que entrevistados descobrissem o nome de duas figuras, uma chamada Buba, e outra Kiki. O interessante é que o experimento resultou em 98% de acertos. A sensação é tão imediata que não vamos nem colocar os nomes na ilustração abaixo:

simbolos
Aplicabilidade: Use o fator sinestésico para aprimorar a memória e o aprendizado.

5) O cérebro humano não é bom com probabilidades

Sua professora do colégio já deve ter lhe provado isso. Mas recentemente foi descoberto que o cérebro humano é naturalmente propenso a cometer alguns erros básicos de probabilidade. Em um estudo foi proposto o seguinte problema:

Jessica é uma mulher solteira de 31 anos, cândida e promissora profissionalmente. Graduada em filosofia. Enquanto estudante engajou-se em militância social e participou de passeatas contra o descontrole da energia nuclear. Ranqueie as seguintes da mais para a menos provável:

1. Jessica é hoje uma professora do ensino fundamental.
2. Jessica trabalha em uma livraria e faz aulas de yoga.
3. Jessica é uma ativista do movimento feminista.
4. Jessica é assistente social.
5. Jessica é membra ativa de um partido político.
6. Jessica trabalha num banco.
7. Jessica é vendedora de uma agência de seguros.
8. Jessica trabalha no banco e é uma ativista do movimento feminista.

Aproximadamente 90% das pessoas afirmaram que 8 é mais provável que 6. Muito embora 8 (trabalhar no banco e ser uma ativista do movimento feminista) inclua inteiramente a possibilidade de 6 (trabalhar num banco). O cérebro humano acredita que mais detalhes fazem um evento tornar-se mais provável, e não menos.

Aplicabilidade: Lembre-se sempre que quanto mais detalhes menos provável é um evento.

6) Memórias são manipuláveis

Pesquisas revelaram que as pessoas muito facilmente falham ao lembrar do passado. Não se trata apenas de esquecer do passado, mas de lembrar de coisas que nunca aconteceram. Por este motivo, terapias de “memórias reprimidas” entraram em desuso entre profissionais sérios, caindo na mesma leva das “memórias das vidas passadas”. Em um ambiente controlado como o de um consultório psiquiátrico é extremamente fácil sugerir coisas que nunca de fato existiram.

Aplicabilidade: Não teime com algo só porque você lembra bem do que aconteceu.

7) Rcnecciemhento de plaarvas plea fomra

Vcoê csnoseuge ler etse txteo com um pcoua dcifuaidlde. As lertas etsão emlbaarhaads e anepas são madnitas a pimerira e a utlmia ltrea de cdaa plaarva. Isso actocnee pouqrue qnaudo se etsá aoscumtado com a lngíua naivta, o crbeero não lê ltrea a lrtea, mas a plaarva cmoo um tdoo.

Apicliilbaadde: É dietrvido, prcseia mais?

8 ) A Memória de longa Duração é desligada durante o sono

Os componentes cerebrais responsáveis pela memória de longa duração são desligados durante as horas de sono. Por esta razão os sonhos são rapidamente esquecidos se não relembrados nos primeiros momentos do despertar. Apesar do ser humano ter vários sonhos durante o repouso eles dificilmente são lembrados. Normalmente apenas fragmentos ainda na memória de curta duração sobrevivem.

Aplicabilidade: Se quiser lembrar de seus sonhos, anote-os ao acordar.

9) O cérebro possui um excelente mecanismo de playback

A chamada memória sensória é o equivalente neural dos mecanismos de playback. Funciona tanto para a visão como para a audição. Seu tálamo re-envia os últimos segundos de tudo o que é originalmente captado pelos sentidos e processado pelo cérebro. Suponha que esteja acontecendo uma festa e alguém diz algo chamando o seu nome. Geralmente você pode recuperar o que foi dito mesmo se estivesse no momento se concentrando em outra conversa. Se perdêssemos este recurso neural atividades multitarefas seriam impraticáveis.

Aplicabilidade: Você não precisa repetir algo porque acha que a pessoa não ouviu. Basta aguardar alguns segundos que o cérebro dela faz isso sozinho.

http://www.mortesubita.org

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Biomidiologia aplicada ao Pokemón

Flávio Calazans*

RESUMO (japonês):

Subliminal Biomediology: Pokemon

Youyaku (Nihon go):

1997 no toshi de nippon no daininki anime, Pokemon, wa tachicoscopics fureemu o itibyou ni 10.8 kai no hayassa, aka-shiro-ao no iro o temmetsu saseta tame, Tokyo de wa 728 nin no hito tatchi ga nhyuuin shimashita.

Kono media no giken ni yori, atarashii byouki ga hakken saremashita, sorewa “Terebi Epilepsy” to “Shikisai Shinkei Kabin Epilepsy”.

Kokumin no kenkou ni higai o okossu dake dewa naku, Pokemon wa danjo no muishiki o sado-maso subliminals no shigeki o atae, hito o ayatsurukoto ga dekirukoto wa kaimono o kyousei saseteru koto to, soshite International Marketing de shoumei saretemasu.

KEY WORDS: Subliminal, Biomediology, Kenkou, Marketing.

1. Introdução

Objetiva-se aplicar os conceitos da Biomidiologia ao desenho animado que venha a fazer uso de sinais subliminares cujos efeitos neurofisiológicos possam vir a ser mensurados, observando a estrutura interna da signagem subliminar de sua sintaxe, as relações semânticas e contextuais e os resultados pragmáticos na Saúde Pública e nas áreas da publicidade, marketing e merchandising globalizados pelos Meios de Comunicação de Massa.

A metodologia empregada é o Estudo de Caso do desenho animado japonês “Pokemon” e seus efeitos nos telespectadores, com apoio da metodologia antropológica da “observação participante”, na qual o pesquisador encontra-se imerso no ambiente cultural (Aldeia Global-Midiosfera) e exposto ao signo telemático subliminar da Videosfera-Aldeia Global (via Internet, cd-rom, TV a cabo, videogame, TV de sinal aberto, etc), e da Grafosfera (Jornais, revistas, Histórias em Quadrinhos, cards-figurinhas, camisetas, posters, adesivos etc.) além de peças da indústria cultural como brinquedos e objetos tridimensionais, e sua propagação-disseminação internacional, delimitação geográfica oriunda do Japão, distribuída e adaptada nos Estados Unidos da América e seus efeitos no Brasil, circunscrita ao período cronológico dos anos 1997 a 2004.

2. Biomidiologia aplicada ao Pokemón

Em 1995 a Nintendo lançou o videogame “Pocket Monsters” abreviado como “Pokemón”, cujo significado é monstros de bolso, monstrinhos pequenos, contendo 151 monstros diferentes interativos, que foi o sucesso da temporada, compatível com Game-Boy, chegando em 1997 a já ter vendido 8 milhões de exemplares, ocasionando: a versão em desenho animado ; a mídia impressa de quebra-cabeças, revistinhas para colorir e montar, passatempos, vários títulos de Mangá (Histórias em Quadrinhos) bichinho virtual (tipo Tamagotshi) etc.; chegando até a vender 300 milhões de “Cards” (Figurinhas colecionáveis) e 2 milhões de audio Cds com as trilhas sonoras e fundos musicais dos monstrinhos, sem contar bonés, t-shirts, mochilas, adesivos, cadernos, canetas, etc.

O mercado “Pokemón” mobiliza um montante entre 400 a 500 bilhões de yenes por ano, sendo o “Megahit” produto de mídia no Japão quando do evento, um fenômeno de Marketing asiático em 1997 que sofre progressão geométrica nos anos seguintes.

Nos Estados Unidos da América, segundo o quartel-general da Nintendo, 40% dos lares norte-americanos possuem um sistema de videogame da Nintendo, e o desenho animado teve lançamento programado para 1998 nos USA (e em 1999 no Brasil).

O melhor exemplo público e notório de resultados mensuráveis do sinal subliminar taquicoscópico foi o caso japonês POKEMÓN:

Pokemón foi o desenho animado nipônico que em 1997 piscou taquicoscópicamente 10.8 vezes por segundo frames das cores Vermelho-Branco-Azul, deflagrando epidemia que internou 728 telespectadores em Tóquio. Em decorrência deste evento de mídia foram descobertas as novas doenças “Epilepsia Televisiva” e “Epilepsia Sensitiva Cromática”.Além da questão de Saúde Pública, Pokemón manipulou o inconsciente de ambos os sexos empregando estímulos subliminares sado-masoquistas com comprovada compulsão de consumo e decorrente fenômeno de Marketing Internacional.

Fato documentado: Terça-Feira, 16 de dezembro de 1997, 18 horas e trinta minutos, Japão; começa a transmissão do desenho animado da série “Pokemón”, o episódio intitula-se “Computer Warrior Porigon” (Den no Usenshi Porigon) e é transmitido em rede por uma cadeia de 37 emissoras.

Cerca de vinte minutos após o término do episódio tem início o evento histórico cujas repercussões ecoarão através dos anos seguintes, um evento de tamanha magnitude que pode apenas ser comparado à transmissão radiofônica “Guerra dos Mundos” de Orson Wells em New York, pelo impacto social multitudinário (em 30 de outubro de 1938, véspera do “Dia das Bruxas” e em um contexto-midiosfera de II Guerra Mundial) a rádio CBS e suas afiliadas de costa a costa transmitem o programa “Guerra dos Mundos” de Orson Welles, baseado no livro do inglês H.G. Wells, com formato de radiojornalismo narrando uma invasão marciana em New Jersey; o programa desencadeou pânico e 1,2 milhão de ouvintes aterrorizados congestionaram as linhas telefônicas e as estradas fugindo de New York paralisando 3 cidades, registrado em manchete do jornal “Daily News” de 1 de novembro) e à “Experiência Subliminar Vicarista” em New Jersey (quando as primeiras mensagens empregando tecnologia subliminar foram veiculadas por um taquicoscópio em um cinema durante a projeção do filme “Férias de amor” {Picnic} com a atriz Kin Novak, 1956, aumentando em 60% as vendas do refrigerante Coca-Cola, um projeto do gerente de Marketing e publicitário Jim Vicary aplicando o aparelho projetor taquicoscópio (empregado em pesquisas psiquiátricas) a um universo de consumidores, com o objetivo de influenciar o processo decisório de compra subliminarmente (taquicoscópio também é empregado tecnicamente como o termo sinônimo de subliminar).

Em matéria veiculada 24/12/97 na Internet, intitulada “Desenho Epilético” a “IstoÉ” entrevista a neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elza Márcia Yacubian. A médica informa que a literatura médica registrou somente 17 casos de epilepsia fotossensível no período desde 1981 a 1997, uma freqüência de cerca de um caso por ano.

Os desenhistas de animação japoneses conhecem muito bem estas técnicas: “Shigueki” é a palavra para a inserção de um forte estímulo visual, e “Paka-Paka” é a gíria específica para estas luzes coloridas piscando alternadamente, inseridas com o objetivo de criar tensão emocional extrema.

O “Paka-Paka” pode ser definido com maior exatidão como um “Pisca-Pisca”, um efeito “Flicker”, luzes de cores diferentes piscando em alta velocidade, estroboscópica ou até mesmo taquicoscópica-subliminar, enquadrando-se na Fórmula das Signagens Subliminares, ou seja, o quociente entre o dividendo quantidade de informação emitida e o divisor tempo-espaço de exposição ao sinal (cf. Propaganda Subliminar Multimídia, 6. edição, p.30.).

Não há falta de informação a este respeito, pois o “site” da Internet “Expresso” de 20/12/97 apresenta o artigo “Boneco gera Epilepsia” que explica ter Pikachu projetado exatamente 54 imagens em 5 segundos.

Aplicando-se a minha fórmula da subliminariedade (que muitos amigos pesquisadores homenageiam-me ao denominar cordialmente como “Fórmula Calazans”), o dividendo 54 imagens (quantidade de informação) e o divisor 5 segundos ( tempo de exposição ao sinal), obtém-se o quociente de 10,8 imagens por segundo.

No “site” da Internet da Universidade do Texas (utexas.edu) encontra-se a entrevista com Kikuo Asai, pesquisador do “Media Development Center ” de Tóquio, que afirma:

“É bem sabido que a televisão tem um tremendo impacto nos seres humanos, e nos séculos que virão vai tornar-se maior e maior. Mas em muitos aspectos este mecanismo não tem sido completamente entendido. Talvez o caso Pokemón vá ajudar a torná-lo mais claro.”.

Deste quadro foi desenvolvida a BIOMIDIOLOGIA; a Biomidiologia propõe-se a ser um campo de pesquisa recortando os efeitos colaterais diretos ou indiretos da Mídia em formas de vida (Livro: ECOLOGIA E BIOMIDIOMOLOGIA, ISBN 85-85795-59.Editora Plêiade, 2002).

BIOMIDIOLOGIA, pode ser definida como um ramo de pesquisa derivado da Midiologia o qual estuda as relações Biossemióticas entre signos veiculados pela midiosfera, mídia eletrônica (Videosfera-Televisão, Internet, etc.) os quais afetam direta ou indiretamente formas de vida biológica quer seja em sua fisiologia ou comportamento.

Didáticamente, a Biomidiologia, pode ser comparada, apenas em termos alegóricos de analogia cognitiva, a quando uniram a Engenharia Eletrônica e a Engenharia Mecânica criando a MECATRÔNICA, que é a base da Robótica, Biônica e Automação Industrial; ou como quando uniram a Química e a Biologia criando a BIOQUÍMICA, e a Biologia e a Física criando a BIOFÍSICA; a Biomidiologia contribuirá para a compreensão dos fenômenos da Comunicação de Massas em sua esfera de eficácia biológica.

Desde o Século XVIII os Professores Doutores do Leste Europeu praticam a divisão do conhecimento em duas grandes áreas:

– Ciências da Natureza (Naturwissenschaften) cujos métodos são EXPLICATIVOS (Erklärung), como a Física, Biologia e BIOFÍSICA (vida influenciada pelas forças da natureza, do ambiente, ecossistema, vida reagindo a estímulos de ondas de luz-óptica, ou ondas sonoras-acústica).

– Ciências do Espírito (Gemeinenwissenschaften) cujos métodos são da COMPREENSÃO (Verständnis); a interpretação (Hermenêutica) dos signos (Semiótica) culturais, psico-antropológicos, a linguagem da Arte e Mídia-Comunicação (Midiologia).

A BIOMIDIOLOGIA surge como uma das disciplinas cuja proposta é o cruzamento heurístico entre ambos os paradigmas: Naturwissensaften (BIO) e Gemienenwissensaften (MIDIOLOGIA).

Ciência Revolucionária, um novo pradigma transdisciplinar no sentido da EPISTEMOLOGIA de KUHN, e seguindo o rigor dos parâmetros metodológicos de FEYERABEND, sob procedimentos que PEIRCE denomina ABDUÇÃO.

PHYSIS é a Natureza Física em grego, e OIKOS é casa, ambiente, daí ECONOMIA (normas da casa, gestão, administração das casas de comércio- empresas e cidades-urbanismo) e ECOLOGIA (estudo do ambiente) como estabelecidos paradigmas da complexidade auxiliares da Biomidiologia.

Ainda do idioma grego, ZOÉ é vida natural; ao passo que BIOS é a vida como existência, a vida axiológica, vida como valor existencial, vida investida de valores culturais, vida que tem um sentido, a vida consciente, como dizem os germânicos; Lebenswelt, o mundo da vida.

A Vida (bios) neste sentido amplo que Platão já descrevera no “Filebo” e Aristóteles explica no “Ética a Nicômano”, sobre as três existências (BIOS) na cidade-civilização (Polis):

– BIOS THEORETIKOS (vida contemplativa)
– BIOS POLITIKOS (vida política)
– BIOS APOLAUSTIKOS (vida prazeirosa, vida do corpo, vida sexual, vida esportiva, vida saudável que os estóicos romanos diziam: “Mens sana in corpore sano”)

E Nicholas NEGROPONTE do MEDIALAB -MIT propõe uma VIDA DIGITAL (no livro VIDA DIGITAL), uma vida interdependente do Ciberespaço (Willian Gibson), a Computopia-Sociedade da Informação (Yoneji Masuda), a Aldeia Global (Marshal MacLuhan), Midiosfera (Régis Debray), Hypercórtex (Roy Ascott), Noosfera da consciência do ultra-humano (Teillard de Chardin) e Quarto Bios (Muniz Sodré).

Todas estas convergências, coincidências ou sincronicidades demonstram o acerto epistemológico da BIOMIDIOLOGIA.

A Biomidiologia permite compreender, por exemplo, como o desenho animado Pokémon causou a epidemia “epilepsia televisiva” e internou em hospitais japoneses centenas de telespectadores inocentes com um pisca-pisca de luzes taquicoscópicas/subliminares ativando a glândula Pineal e liberando a Melatonina que realiza a síntese do neurotransmissor Serotonina, quebrando cadeias de alcalóides do sangue, evitando, deste modo, novas agressões midiáticas à Saúde Pública.

A Biomidiologia firma-se ao cruzar heurísticamente-criativamente os Paradigmas “Communication” e “Environment”, considerados temas de urgência no estudo de telecomunicações como a NASA e MIT-MediaLab; e a Ecologia de interesse dos Biotecnólogos, Engenheiros Agrônomos e Florestais além de artistas (http://www.ekac.org/calazans.prico.html).

Deste modo, a BIOMIDIOLOGIA é devedora e tributária do exemplo de pesquisadores cuja ousadia e coragem em desafiar preconceitos e dogmas retrógrados que eram entraves à pesquisa científica nunca podem ser esquecidos, como os Biólogos: Charles Darwin, Jacques Monod, Humberto Maturana, Rupert Sheldrake e tantos outros.

O próprio conceito de Comunicação por si só já é interdisciplinar, pois aborda tecnologias de registro (escrita, fotografia, vídeo, CDROOM, etc.) dentro da qual preservam-se signos culturais (Semiótica da Cultura) os quais podem ser transmitidos por meios (Mídia) como satélites por todo o planeta simultaneamente.

Em 1994 a “Independent Television Commission” regula os comerciais de TV na Inglaterra, limitando os “Flickers” ou “Pisca-Pisca” (Paka-Paka) ao ritmo máximo de 3 por segundo. Ora, em dezembro de 1997, Pikachu piscou o quociente taquicoscópico de 10,8 vezes por segundo, excedendo em mais de 3 vezes a margem que os pesquisadores ingleses regulamentaram como máxima, atingindo níveis de reação fisiológica subliminar.

Hoshika explica que as cores empregadas no “Pisca-Pisca” (Paka-Paka) de Pikachu eram intensos “flashes” das cores “Vermelho e Azul “, as quais são polos opostos do final do espectro de luz, forçando o nervo óptico e o cérebro e com maior probabilidade de produzir uma reação (CF papers sobre Pokemón na bibliografia).

Durante 5 segundos, Pikachu piscou (Na freqüência de 10,8 vezes por segundo) as 54 luzes intensas das cores: Vermelha, Branca e Azul, intermitentemente em “looping” repetindo a sequência cromática.

Na obra “Homem, Comunicação e Cor”, 3. edição, página 131 e seguintes (in Calazans, Propaganda subliminar Multimídia p.67), Irene Tiski-Franckowiak cita Harold Wohlfarth, presidente da “Academia Alemã de Ciência da Cor”, também Fotobiólogo da Universidade de Alberta, Canadá, as partículas de energia eletromagnética que compõe a luz afetam os neurotransmissores do cérebro, os compostos químicos que transmitem as mensagens de neurônio a neurônio; a luz, ao atingir a retina estimula a síntese da melatonina produzida pela glândula Pineal, que provoca a síntese da serotonina, neurotransmissor do sistema nervoso central que inibe ou ativa a ação dos complexos de neurônios do hipotálamo.

No olho humano as cores são percebidas pelas células chamadas “Cones”, presentes na Fóvea, no centro da retina, esta rede de cones é de alta convergência nos corpos geniculados do Complexo Límbico, onde fazem conexão com neurônios talâmicos e com as glândulas pituitária e pineal, ocasionando resposta emocional, ou seja, ativando o sistema nervoso simpático e parassimpático.

Entretanto, sabe-se que as cores são comprimentos de ondas da luz, mensuráveis pela unidade física “nanômetros” da Física Óptica, sendo que na ordem que Pikachu piscou, pode-se calcular:

1) Vermelho-610 a 760 nanômetros, ondas longas, de grande intensidade, tempo fisiológico de percepção = 0,02 de segundo; acelera o batimento cardíaco, eleva a pressão sanguínea, provoca tensão e agressividade.

2) Branco-sobreposição de todos os comprimentos de onda, sobrecarrega o nervo óptico e o córtex visual primário e secundário (na parte posterior do crânio, acima da vértebra Atlas, sob o osso occipital) saturando e cansando em curto intervalo de tempo e provocando ofuscamento e fadiga-stress.

3) Azul-450 a 500 nanômetros, ondas curtas de intensidade fraca, tempo fisiológico de percepção = 0,06 de segundo; equilibra o ritmo cardíaco, reduz a pressão sistólica, relaxa e acalma.

Deste quadro, percebe-se que toda uma área de conhecimento sofre re-avaliação graças ao evento japonês, o potencial das telecomunicações e das redes telemáticas tem após Pokemom novos parâmetros de análise, e agora experimentos com efeitos neurofisiológicos e biofísicos não são mais temas fantasiosos de ficção científica, validando o paradigma da BIOMIDIOLOGIA.

Ainda em julho, a revista eletrônica MUNDI (http://mundi.zaz.com.br/ciencia) de 24 de julho de 1999 publica artigo meu sobre Pokemon, e a seguir a jornalista Leila Cunha entrevista-me e publica matéria sobre Pokemon também na Internet, no CADÊ: http://aqui.cade.com.br/ em 19 de novembro de 1999, segundo a qual:

– “Em estudo publicado este ano nos Anais de Neurologia, o dr. Shozo Tobimatsu, do Departamento de Neurologia Clínica da Universidade de Kyushu, em Fukukoa, Japão, confirmou a hipótese levantada por Calazans dois anos antes: os ataques foram provocados em crianças que nunca tinham tido ataques epiléticos”.

A pesquisa citada foi publicada no “Annals of Neurology vol 45 n.6 june 1999” realizada sob patrocínio do Governo Japonês, e prova documentando com EEG (Eletro-Encéfalo-Grama) de 4 pacientes vítimas do evento original que um efeito pisca-pisca luminoso de branco, preto e cinza não obtém efeito fisiológico tão violento quanto o que emprega aquelas cores; neste “paper” foi registrada oficialmente, frente à comunidade científica internacional, mais uma nova doença, batizada pela equipe como “Epilepsia Sensitiva Cromática”, outra contribuição à área da saúde desencadeada por Pokemon (registrado e documentado em diversos papers em Simpósios e Congressos Científicos internacionais e publicado em revistas de alta pesquisa científica, ver bibliografia).

3. Considerações Finais

O “Pânico Pokemon” inaugura uma nova era midiática, trazendo comprovação evidente e irrefutável da possibilidade da eficácia neurofisiológica de signagem subliminar.

Com a denominação de “Epilepsia Televisiva”, a epidemia midiática que atige 12.950 telespectadores, com 728 internações hospitalares (com “Pikachu” piscando taquicoscópicamente 10,8 vezes por segundo as cores Vermelho-Branco-Azul ), faz os efeitos físicos da Biomidiologia uma hipótese mais do que plausível, mensurável até; ao que soma-se o “paper” de Tobimatsu e equipe, registrando a nova doença “Epilepsia Sensitiva Cromática” comprovando algumas das hipóteses intuitivas que foram ponto de partida desta pesquisa.

Futuras pesquisas poderão investigar mais detalhadamente os efeitos físico-químicos da signagem subliminar taquicoscópica no corpo humano, bem como classificar e categorizar o perigo do possível emprego desta tecnologia subliminar como arma de guerra que cause lesões cerebrais ou mesmo morte cerebral na população de telespectadores expostos ao sinal subliminar; com bases biofísicas e fotobiológicas.

Outra linha de pesquisa condizente com o estado da técnica é o questionamento ético e jurídico das tecnologias subliminares, sua eficácia como agente de apoio à decisão de compra e fenômeno de Marketing internacional-globalizado, suas influências na Economia e Sociologia, além da Antropologia Cultural e Psicologia-Psiquiatria (ou Etno-Psiquiatria), indo além do “Yamato Damashii”, o “Wolks-Geist” até um nível de subtexto-entinema-elipse arquétipo que captaliza necessidades psíquicas míticas de crianças urbanas em vários países.

Um inesgotável leque de possibilidades de pesquisas descortina-se perante o pesquisador interessado em dar continuidade à Biomidiologia.

4. Bibliografia de Biomidiologia

CALAZANS, Flávio Mário de Alcântara. ECOLOGIA E BIOMIDIOMOLOGIA. São Paulo:Editora Plêiade, 2002. ISBN 85-85795-59

___.”Biomediology: Communication and environment” ha sido aceptada para ser presentada en XI Encuentro de Faculdades Americanas de Comunicación Social FELAFACS: en la mesa de trabajo: Las causas globales; martes 7 de octubre de 2003 a las 14:30 HRS en el salón Flamingo B. Puerto Rico USA. Publicado no website de EDUARDO KAC – http://www.ekac.org/calazans.prico.html

___.”Biomidiologia do arrastão e Linchamento; a mente coletiva da multidão” ; III Congresso Brasileiro de Pesquisas Ambientais e Saúde -CBPAS 2003, Santos, São Paulo, 21 a 23 de julho de 2003, apresentado 23 de julho de 2003, às 11 horas, número 109 na sessão técnica HUMANAS, publicado na página 15 do programa, e resumo publicado na página 40 e 41 do programa, paper publicado integralmente no CDRom EXPOSITOR.

___.”BIOMIDIOLOGIA: Um paradigma interdisciplinar do Século XXI”, Flávio Calazans, apresentado na seção número nove de Temas Livres do XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM´2002, em Salvador, Bahia, anfiteatro Chega Nego, terceiro piso do centro de convenções dia 3 de setembro das 14 às 18 horas, com resumo publicado na página 88 do programa e com o texto integral do “paper” também publicado no CDRom do evento. EXPOSITOR.

___.” Da Televisão ao Carnaval: uma Biomidiologia do Arrastão” XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM´2003 Belo Horizonte, sala 103 prédio 13, resumo publicado na página 34 dos anais,

___.”BIOMIDIOLOGIA DOS DNARTISTAS: EDUARDO KAC” paper aprovado pelo comitê científico internacional para ser apresentado no “FIRST BRAZIL-US COLLOQUIUM ON COMMUNICATION STUDIES” this event is the first of its kind in the United States, JAN. 30 – FEB. 1, 2004 AUSTIN, TEXAS USA http://www.utexas.edu/coc/rtf/brazil_us foi selecionado para a sessão temática de Comunicação Internacional e Intercultural do I Colóquio Brasil-Estados Unidos de Ciências da Comunicação.Sunday, February 1, 2004, Session 3.6-Radio & Television -Intercultural communication. Room 3-Big Bend Ballroom, First Floor, Hyatt Regency Austin. publicado nos anais e cdrom do congresso e na internet em http://www.utexas.edu/coc/rtf/brazil_us/brasilprogram.htm

___.””Biomidiologia: Nova Teoria da Comunicação unindo “Communication” e “Environment” [Naturwissensaften (Bio) e Gemienenwissensaften (Midiologia)].”” paper aprovado pelo comitê científico internacional para ser apresentado no “World Congress on Engineering and Technology Education -WCETE” sob número 529 publicado nos programas, anais e cdrom do congresso http://www.copec.org.br/wcete2004,

___. Propaganda Subliminar Multimídia. 6a.edição. São Paulo, Summus, 1998. ( Coleção novas buscas em comunicação, v.42) ISBN 85-323-0411-7.

___.”Subliminal for a new world”.In: MELO, José Marques de.Communication for a new world: Brasilian perspectives-IAMCR. São Paulo, ECA-USP. p. 77-87.

__.”Midiologia Subliminar: marketing do pânico pokemon à pokemania”. In: LÍBERO-revista acadêmica da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero. São Paulo, Ano III, volume 3, n.5, primeiro semestre de 2000, páginas 74 a 87. ISSN 1517-3283

___. “Biomidiologia aplicada ao Pokemón”.In: Encontros culturais Portugal-Japão-Brasil, editora Manole, São Paulo, 2002, ISBN 85-204-1759-0, páginas 69 a 122).

___.”Midiologia Subliminar: Efeitos Neurofisiológicos do Desenho Animado Japonês POKEMON” – II Simpósio Brasileiro de Televisão, Criança e Imaginário FAU-USP, São Paulo, 23 de outubro de 1998, a convite da Profª Drª Elza Dias Pacheco-LAPIC. Expositor.

___.”Midiologia Subliminar: O Pânico Pokemon Multimídia-Japão, USA-Brasil” XXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação-INTERCOM, Rio de Janeiro, Universidade Gama Filho, 4 a 9 de setembro de 1999, GT Humor e Quadrinhos. Expositor com resumo publicado no programa na página 101.

___.”Midiologia Subliminar aplicada ao Pânico Pokemon Multimidiático: Da Videosfera dos Video-games e Desenhos Animados às Histórias em Quadrinhos e Merchandising da Grafosfera ( O desenho Causador de Epilepsia no Japão)” IV Encuentro Iberoamericano de Ciencias de la Comunicación y V Congreso de la Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación, mantido pela ALAIC, 24 a 29 de abril de 2000, Universidade Diego Portales, Santiago del Chile, Grupo de Trabajo Comunicación Publicitária. Expositor com resumo publicado na página 40 do programa.

___.”Análise Intercultural do Fenômeno de Marketing Global Pokemón: Japão – USA – Brasil – Chile” 17 de maio, II Simpósio Internacional de Cultura – Luso-Nipo Brasileira, 16 a 18 de maio de 2000. Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, Av. Paulista 900, 5o andar, São Paulo/SP, Brasil. Expositor

FERRÉS, Joan. Televisão subliminar: socializando através de comunicações despercebidas. Porto Alegre,Artmed, 1998.

GREENFIELD, Patricia Marks. O desenvolvimento do raciocínio na era da eletrônica: os efeitos da tv, computadores e video-games. São Paulo, Summus, 1988.( Novas buscas em comunicação v.32.).

TISKI-FRANCKOWIAK, Irene. Homem, Comunicação e Cor, 3.edição.São Paulo, Icone,1997.

(Observação- em tratando-se de tema de extrema atualidade, a busca de informações do paradigma biotecnológico em construção só pode iniciar-se por pesquisas recentes apresentadas em congressos científicos específicos da área de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, eventos de maior atualidade, seguido por publicações em periódicos científicos e somente por último nos livros, dissertações e teses defendidas onde tal conhecimento é consolidado e sistematizado; a repetição de um mesmo autor – inclusive nas co-autorias – não trata-se de endogenia, muito ao contrário, é um óbvio indicativo de ser o especialista que mais dedica-se à área e por maior tempo, acumulando experiência e consolidando uma consistente carreira de pesquisador referendada por toda comunidade acadêmica internacional, carreira coerente contruída desde o mestrado e doutorado na USP e referendada em Congressos Científicvos das áreas do conhecimento de Humanas, Exatas e Biológicas)

(*) Flávio Calazans é Doutor pela ECA USP e Livre-Docente pela UNESP, autor do livro em SEXTA edição “Propaganda Subliminar Multimídia” da Summus Editorial e do website http://www.calazans.ppg.br, professor da Cásper Líbero e da UNESP-Campus do bairro Ipiranga-SP-SP (São Paulo-Capital).

A BIOMIDIOLOGIA é um neologismo de propriedade intelectual de Flávio Mário de Alcântara Calazans ; BIOMIDIOLOGIA foi registrada na Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura aos 16 de janeiro de 2002, registro 249.607, livro 444, folha 267 como descoberta científica de Flávio Mário de Alcântara Calazans.

Lançamento do livro: CALAZANS. Ecologia e BIOMIDIOLOGIA. São Paulo: Plêiade Editorial, 2002, ISBN 85-85795-59, (160 PÁGINAS COM ILUSTRAÇÕES. capa: off set, 4 cores, papel cartão suprema 250 g/m2, Plastificada, Miolo: 160 páginas, papel offset 75 g/m2, grampeado, colado e refilado), lançado no XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM´2002 dia 3 de setembro, terça feira, no Hall G do piso 4 às 13 horas, publicado na página 40 do programa, livro na mesa número 52.

http://www.calazans.ppg.br

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Mensagem subliminar funciona, afirmam cientistas

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29.09.2009 ]

Mensagens negativas

As pessoas são capazes de perceber mensagens subliminares, particularmente se seu teor é negativo, diz um estudo britânico.

Em três experimentos realizados por pesquisadores da Universidade College London, na Inglaterra, participantes foram expostos, durante curtos períodos de tempo, a imagens que continham palavras neutras, negativas ou positivas.

As palavras apareciam de forma camuflada, ou seja, não eram facilmente identificáveis. Após observar as imagens, os voluntários tinham de classificá-las, dizendo se elas sugeriam alguma emoção ou não.

No final, os participantes foram capazes de categorizar corretamente 66% das palavras negativas subliminares em comparação com apenas 50% das positivas.

Sinais sutis

Os autores do estudo, publicado na revista científica Emotion, disseram que a habilidade de reagirmos a sinais sutis nos ajuda a evitar o perigo.

Nos experimentos, a cientista Nilli Lavie mostrou aos 50 participantes uma série de palavras em uma tela de computador. Cada palavra aparecia na tela por apenas uma fração de segundo – tempo tão pequeno que não permitia que o participante conscientemente lesse a palavra.

As palavras eram positivas (alegre, flor, paz), negativas (agonia, desespero, assassinato) ou neutras (caixa, orelha, chaleira).

Após ver cada palavra, os participantes tinham de dizer se ela era neutra ou tinha impacto emocional (positivo ou negativo) e quão confiantes estavam em relação a sua escolha.

Os pesquisadores verificaram que os participantes tendiam a responder mais precisamente após ser expostos a palavras negativas mesmo quando acreditavam que estavam apenas adivinhando suas respostas.

Vantagem evolutiva

“Nós demonstramos que as pessoas são capazes de perceber o valor emocional de mensagens subliminares e provamos conclusivamente que as pessoas são muito mais sensíveis a palavras negativas”, disse Lavie.

“Claramente, responder rapidamente a informações emocionais é vantajoso do ponto de vista evolutivo.”

“Não podemos esperar que o consciente entre em ação se vemos alguém correndo em nossa direção com uma faca ou se estamos dirigindo em meio à neblina e vemos um aviso de perigo.”

Aplicações no marketing

A pesquisadora disse que seu trabalho pode ter aplicações em campanhas de marketing: “Palavras negativas podem ter impacto mais rápido”, disse.

O slogan “Mate a sua Velocidade”, por exemplo, pode funcionar melhor do que “Diminua”, ela sugere.

Entretanto, o especialista em psicologia do marketing Paul Buckley, da Escola de Administração de Cardiff, no País de Gales, disse que não há evidências de que mensagens subliminares funcionam em situações reais do dia-a-dia.

“Em termos práticos, este (experimento) não reflete necessariamente o que aconteceria na vida real”.

Breve histórico das mensagens subliminares

– 1957: Especialista em pesquisas de mercado James Vicary disse que imagens subliminares projetadas em uma tela de cinema em New Jersey tinham feito com que o público comprasse mais comida e bebida;

– Vicary criou o termo “propaganda subliminar”;

– Em 1958, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália proibiram a prática;

– 1962: James Vicary admitiu ter falsificado os resultados do seu estudo;

– 1974: Apesar da falta de evidências de que mensagens subliminares funcionem, a ONU declarou que seu uso é uma séria ameaça aos direitos humanos;

– 1985: Joe Stuessy disse ao senado norte-americano que eram necessárias mais pesquisas sobre o uso de mensagens subliminares em música heavy metal;

– 1990: A banda Judas Priest foi levada para o tribunal pelos pais de meninos que se suicidaram após ouvir os discos da banda. O Judas Priest disse que se quisesse incluir mensagens subliminares em seus discos, elas seriam usadas para dizer às crianças que comprassem mais CDs.

http://www.diariodasaude.com.br

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A Publicidade Subliminar em face do Código de Defesa do Consumidor

Ana Verena Leal Rezende (1)
Laíse Cerqueira de Souz (1)

Numa sociedade marcada pela cultura industrial, bombardeada diariamente, consciente e inconscientemente, por milhares de imagens, sons, mensagens, faz-se necessária a descoberta de novas técnicas capazes de atrair a atenção do consumidor. Nessa tentativa, os publicitários acabam fazendo uso de meios cada vez mais apurados e desenvolvidos, contando, até mesmo, com a ciência como a psicologia, a sociologia, a psiquiatria, dentre outros.

Nesse sentido, avalia Catarina Diniz:

A publicidade tenta, assim, associar as necessidades, impulsos e emoçoes das pessoas, jogando com as vulnerabilidades destas. Todas as atividades e fantasias podem ser manipuladas através dos olhos e dos ouvidos, desde os pensamentos mais secretos até os comportamentos mais públicos, sem que se tenha conhecimento disso. (DINIZ, 1999)

Dessa forma, sabe-se que as informações captadas pelo cérebro humano, diariamente, são absorvidas ou não pelas pessoas, de acordo com o seu interesse. Entretanto, aquilo que o cérebro não interpreta como informação relevante, é captado pelo inconsciente, e lá permanece por dias, anos, ou até mesmo uma vida inteira. (FERNANDES, 2006)

Sendo assim, partindo do pressuposto de que a publicidade é movida por um motivo humano simplista que é vender, a sua intenção manipuladora, em geral, é produzir imagens para uma percepção consciente momentânea e, logo em seguida, armazenar imagens subliminares na memória inconsciente. E é exatamente no inconsciente que sorrateiramente age a publicidade subliminar, para tentar persuadir as pessoas quando do processo de compra. (GOMES, 1999)

De acordo com Paulo Jorge Scartezzini Guimarães, pode-se conceituar a publicidade subliminar

[…] como aquela inserida dentro de uma imagem (um quadro nas 24 cenas que se sucedem durante um segundo) por duração tão curta que seria imperceptível ao estado de consciência, porém atuando de forma poderosa diretamente no subconsciente, influenciando o comportamento do homem. (GUIMARÃES, 2001, p. 113)

Conforme entendimento de Valéria Falcão Chaise, publicidade subliminar

[…] é aquela que pretende atingir o subconsciente, sendo a mensagem projetada a uma velocidade tão rápida que não chega a ser perceptível conscientemente. No momento da compra, o produto aflora no nível da consciência, como se fosse uma escolha espontânea.(CHAISE, 2006, p. 15)

Destarte, a publicidade subliminar é aquela elaborada com técnicas peculiares, focada na inserção de mensagens na memória inconsciente das pessoas, por meio da captação de estímulos não-consciencializados, com a finalidade de persuadi-las a um determinado comportamento. (FERNANDES, 2006)

Insta salientar que, apesar de ainda existir confusão entre a publicidade subliminar com a publicidade indireta, também denominada oculta, clandestina, aquela que pode ser percebida com esforço pelo destinatário, embora a mensagem omita, deliberadamente, o seu intuito publicitário, como é o caso do merchandising, doutrinariamente já se consegue distinguir essas duas técnicas. No particular, assinala o publicitário Marcelo Serpa:

É o caso do merchandising nas novelas, como aqueles produtos colocados na mão dos personagens, com o rótulo estrategicamente voltado para a câmera. Existem também os estudos sobre a teoria psicológica das cores, usadas como estratégias publicitárias para atingir determinado público consumidor. Isso não caracteriza a mensagem subliminar porque é um reconhecimento consciente, as pessoas distinguem as cores. Não há exemplo melhor, do que o marketing da rede de lanchonetes McDonald’s, que utiliza o vermelho – cor quente, associada ao calor – e o amarelo – que provoca a sensação de vazio – para sugerir a fome. (CERPA, 2001)

Convencionou-se chamar de merchandising toda vez que um produto aparece na TV, cinema, revistas e mídia em geral, em situação normal de consumo, sem que haja declaração ostensiva de seu nome, marca ou registro.

No caso do merchandising a publicidade do produto não é exibida nos breaks comerciais, mas sim dentro da programação, pois foi comprovado que ele tem seu potencial melhor aproveitado do que em intervalos comerciais, pois não deixa que o mecanismo de defesa do consumidor entre em ação. Para que a mensagem seja eficaz são utilizados vários recursos de iluminação e técnicas clandestinas de inserção do produto na cena.

O merchandising não é visto como uma técnica de publicidade honesta, pois o público não está consciente do tipo de publicidade que está recebendo e isso dá mais lucro que o modo convencional, pois a pessoa que está utilizando o produto na programação passa emoção e realidade para o consumidor.

Entretanto, esse merchandising não chega a ser tão nocivo quanto o subliminar, pois pode ser percebido no nível consciente, apesar de transmitir uma mensagem de forma discreta. Já a publicidade subliminar não pode ser identificada pelo telespectador de forma visível e tão pouco consciente.

E é exatamente isso que diferencia a publicidade subliminar das demais técnicas, ou seja, o fato de esta lidar com informações que são captadas apenas pelo subconsciente do consumidor.

Enfim, a publicidade procura, através de mensagens subliminares, estimular áreas exatas no cérebro, de modo que este estímulo seja decisivo nas escolhas das pessoas.

Aspectos gerais da publicidade no código de defesa do consumidor

O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Lei n. 8078, de 11 de setembro de 1990, entrou em vigor em 11 de março de 1991 e definiu uma nova ordem de proteção dos direitos sociais, ao fortalecer a questão da cidadania e reconhecer a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.

A publicidade está disciplinada em seus artigos 36 a 38, que obriga os anunciantes a respeitarem os princípios básicos de transparência e boa-fé nas relações de consumo e prevê, ainda, efeitos e sanções administrativas e penais correlacionadas ao assunto.

A partir da entrada em vigor do CDC, vários aspectos da publicidade comercial passaram a ser juridicamente importantes. A publicidade passou a ter um efeito vinculativo, responsabilizando quem a veicula e solidariamente toda a cadeia de fornecedores, seja contratualmente como oferta, seja como informação obrigatoriamente clara e correta. Estes efeitos vinculativos têm como fim assegurar a transparência nas relações de consumo, pois hoje ninguém duvida da forte influência que a publicidade exerce sobre a população brasileira.

No que diz respeito à publicidade subliminar, sabe-se que ela fere as normas do bom senso e do livre arbítrio ao não dar ao consumidor opção de escolha na compra de um produto ou utilização de um determinado serviço. Entretanto, infelizmente, o CDC não aborda, muito menos proíbe a utilização de mensagens subliminares em publicidade.

Fernandes (2006) ressalta que a legislação vigente no Brasil, ao contrário de países como Estados Unidos, Japão e grande parte do continente europeu, não aborda a utilização de mensagens subliminares, portanto não existem meios concretos de punir os que se utilizam delas com fins comerciais, políticos ou ideológicos.

Contudo, pode-se encontrar no CDC vedações, no mínimo de ordem principiológica, para aplicação da técnica subliminar, sobretudo quando empregada no mercado publicitário, podendo, portanto, ser defendida a ilicitude de tal prática.

O CDC pode não ser ainda a solução ideal para todo aquele que se julgue enganado por publicidade contendo mensagens imperceptíveis em nível de consciência, mas, de qualquer forma, pode servir de parâmetro e base para futuras ações judiciais.

É possível, ainda, dependendo do caso, que esse tipo de publicidade possa ser enquadrado no art. 20 do Código de Ética dos Profissionais de Propaganda, que afirma que toda propaganda deve ser “ostensiva”.

Artigo 20 – A propaganda é sempre ostensiva. A mistificação e o engodo que, escondendo a propaganda, decepcionam e confundem o público, são expressamente repudiados pelos profissionais de propaganda.

Ademais, apesar de não prever expressamente a publicidade subliminar, pode-se entender que o Código de Defesa do Consumidor veda essa prática, uma vez que esta não é perceptível e o consumidor não tem consciência de que está sendo induzido a um determinado ato, não seguindo, dessa forma, a regra contida em seu artigo 36, o qual dispõe que “a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.” (FERNANDES, 2006)

Portanto, apesar da legislação brasileira ainda não proibir especificamente a publicidade subliminar, por um processo de hermenêutica, pode-se aplicar aos casos dela o artigo 20 do Código de Ética dos Publicitários, assim como o artigo 36 do CDC. Todavia está em trâmite no Congresso Nacional o Projeto de Lei Nº 5047, de 2001, do deputado João Hermann Neto (2), que modifica Código de Defesa do Consumidor, proibindo a veiculação de publicidade contendo mensagem subliminar. De acordo com o deputado João Hermann, o projeto busca delimitar os recursos da mensagem subliminar e evitar também algumas práticas antiéticas na publicidade, como a utilização do apelo erótico.

(1) Estudantes do Curso de Direito da Universidade Estadual de Feira de Santana

(2) http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=31992

REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei 8078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.

CERPA, Marcelo. Sob o domínio do marketing. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.geladeiradoalmanaque.com.br&gt;. Acesso em 27 nov. 2007.

CHAISE, Valéria Falcão. A publicidade em face do Código de Defesa do Consumidor. São Paulo: Saraiva, 2001.

DINIZ, Catarina Fernandes. A influência dos estímulos não-consciencializados no comportamento do consumidor. Tese para a Licenciatura em Comunicaçao Empresarial, ISCEM, Lisboa, 1999.

FERNANDES, Daniela Bacelar. Responsabilidade Civil e direito do consumidor em face das mensagens subliminares. 2 ed. Curitiba: Juruá, 2006.

GOMES, Vinícius Wagner. O invisível atua no visível da propaganda? Brasília: Dupli Gráfica, 1999.

GUIMARÃES, Paulo Jorge Scartezzini. A publicidade ilícita e a responsabilidade civil das celebridades que dela participam. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

Fonte: http://www.textolivre.com.br/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=4149&Itemid=36

Veja também:

Aprovado projeto que proíbe propaganda subliminar
Agência Câmara, 28 de agosto, 2003

Foi aprovado ontem (27) na Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias o Projeto de Lei 5047/01, do deputado João Herrmann Neto (PPS-SP), que altera o Código de Defesa do Consumidor para proibir a veiculação de propaganda contendo mensagem subliminar. Segundo Herrmann, o projeto delimita melhor os recursos da mensagem subliminar, amplamente usado na propaganda. “Esse tipo de propaganda acaba afetando o comportamento do consumidor e induz ao consumo compulsivo”, afirma.

Para o deputado, o projeto visa também evitar as práticas antiéticas na propaganda, como a utilização do apelo erótico. “O Código de Defesa do Consumidor foi uma conquista do cidadão brasileiro e esse projeto dá melhor redação ao tema, porque ele é bastante genérico ao tratar da propaganda subliminar”, disse.

O projeto, já aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, será apreciado também pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação. A matéria tem tramitação conclusiva nas comissões, não necessitando passar pelo plenário caso seja aprovada na CCJR.

Fonte: http://www.consciencia.net

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