Empresa colhe eletricidade a partir de plantas e fornece energia para postes de energia, Wi-Fi & Smartphones

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Planta-e, uma empresa com sede nos Países Baixos, encontrou uma maneira de aproveitar eletricidade a partir de plantas vivas, usando-os para alimentar hotspots Wi-Fi, carregadores de telefone celular, e até mesmo postes de luz. A empresa estreou seu projeto, chamado “céu estrelado”, em novembro de 2014 perto de Amesterdã, onde eles iluminaram mais de 300 postes de luz LED em dois locais diferentes. Sua tecnologia de energia natural também está sendo usada para alimentar a sede da empresa em Wageningen.

A empresa foi fundada em 2009, e foi um spin-off do departamento de Tecnologia Ambiental da Universidade de Wageningen. Mais uma vez, eles desenvolvem produtos em que as plantas vivas geram eletricidade. Sua tecnologia lhes permite produzir eletricidade a partir de praticamente todos os locais onde as plantas podem crescer.

“Através da fotossíntese de uma planta produz matéria orgânica. Parte dessa matéria orgânica é utilizada para crescimento das plantas, mas uma grande parte não pode ser utilizada pela planta e é excretado para o solo através das raízes. Em torno das raízes que ocorrem naturalmente microrganismos quebram os compostos orgânicos para ganhar energia a partir disso. Neste processo, os elétrons são liberados como um produto residual. Ao fornecer um eletrodo para os micro-organismos para doar seus elétrons, os elétrons podem ser colhidos como a eletricidade. A pesquisa mostrou que a planta pode continuar crescendo normalmente sem ser afetada pela colheita de eletricidade, as plantas continuam a crescer enquanto a eletricidade é produzida simultaneamente.” (Fonte)

Imaginem, uma casa com um telhado cheio de vida, plantas / árvores ao redor de sua casa. No site da empresa, eles apresentam imagens animadas de mini-florestas que crescem em telhados de construção que fornecem energia para todo o edifício. É muito legal imaginar, não é?

É importante mencionar que, no momento, o principal problema é a quantidade de energia que pode ser gerada. Há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito a tornar a energia suficiente para ter um produto comercial totalmente confiável, mas as coisas estão evoluindo e prometem, pois a empresa já está vendendo produtos que permitem a colheita de energia a partir de plantas. Novamente, eles também estão usando a tecnologia para alimentar a sua sede.

Para mais informações sobre a tecnologia ou a ler algumas de suas publicações recentes, ver: http://www.plantpower.eu – ou visite o site listado nas fontes.

Mais e mais inovações de energia parecem estar surgindo a cada dia, como esta. Talvez por isso, a poderosa família Rockefeller recentemente trocaram seus investimentos por energias limpas? A mudança está vindo, e é sobre o tempo. O maior banco privado do mundo, o UBS, também está pedindo aos investidores para se juntar ao movimento limpo. Eles afirmaram que com uma declaração expressando que as centrais eléctricas na Europa pode ser completamente extintas dentro dos próximos 10 a 20 anos. É algo que precisa acontecer, e isso precisa acontecer agora. Nós vimos as soluções, agora é hora de implementá-las. Tornou-se claro que existem muitas formas alternativas de produção de energia sem destruir o planeta.

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A Terceira Revolução Industrial

04.02.2014 ]

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By Gustavo Canto

Como a Internet, Energia Verde e Impressão 3-D estão inaugurando
uma era sustentável de Capitalismo Distribuído
(tradução livre a partir do original em inglês em ZeitNews.org)

As grandes revoluções econômicas da História ocorrem quando novas tecnologias de comunicação convergem com novos sistemas de energia. Uma revolução energética torna possível um intercâmbio comercial mais expansivo e integrado. A revolução nas comunicações, que a acompanha, permite gerenciar essas novas e complexas atividades comerciais, tornadas possíveis pelos novos fluxos de energia.

Atualmente, as tecnologias da Internet e das fontes de energia renováveis estão começando a convergir para criar uma nova infra-estrutura para uma Terceira Revolução Industrial (TRI) que irá mudar a forma como o poder se distribui no século 21. Na era que se aproxima, centenas de milhões de pessoas produzirão sua própria energia renovável em suas casas, escritórios e fábricas e compartilharão energia verde entre si em uma “Internet Energética”, da mesma forma que hoje nós geramos e compartilhamos informação on-line. A formação de um sistema de energia renovável, carregado a partir de casas e edifícios, parcialmente armazenado na forma de hidrogênio, distribuído através de uma rede de energia verde, e conectado a sistemas de transporte de emissão zero, abre as portas para a Terceira Revolução Industrial.

Enquanto a economia da TRI possibilita que milhões de pessoas produzam sua própria informação virtual e energia, uma nova revolução digital da manufatura levanta agora a possibilidade de produção própria de bens duráveis. Nessa nova era, qualquer um pode vir a ser seu próprio fabricante de bens, da mesma forma que terá seu próprio site e será sua própria companhia de energia. O processo chama-se Impressão 3-D; e ainda que soe como ficção científica, já está no ar e promete mudar completamente a forma como pensamos a produção industrial.

Pense em apertar o botão de imprimir em seu computador e enviar um arquivo digital a uma impressora jato-de-tinta, exceto que, com uma impressão 3-D, a máquina gera um produto tridimensional. Utilizando recursos de CAD, o software orienta a impressora a gerar sucessivas camadas do objeto com o uso de plásticos, pós ou metais para materializar as formas. A impressora 3-D pode produzir múltiplas cópias exatamente como uma máquina fotocopiadora. Todo tipo de bens, de jóias a celulares, peças de automóvel ou de aviões, próteses médicas e baterias estão sendo impressas no que está sendo chamado de “manufatura aditiva”, a qual distingue-se da “manufatura subtrativa”, que envolve corte e partição dos materiais para montá-los.

Empreendedores 3-D são particularmente otimistas sobre a manufatura aditiva, pois o processo requer tão somente 10% da matéria prima usada na manufatura tradicional e usa menos energia que uma fábrica convencional, reduzindo assim drasticamente os custos.

Da mesma forma que a Internet reduziu radicalmente custos de geração e disseminação de informações, dando origem a novos negócios como Google e Facebook, a manufatura aditiva tem o potencial de reduzir drasticamente os custos de produção de bens duráveis, tornando os custos suficientemente baixos para encorajar centenas de milhares de miniprodutores – empresas de pequeno e médio porte – a desafiar e potencialmente superar os gigantes da indústria que estavam no centro das economias da Primeira e Segunda Revoluções Industriais.

Companhias start-up já estão entrando no mercado de impressão 3-D com nomes como Within Technologies, Digital Forming, Shape Ways, Rapid Quality Manufacturing, Stratasys, Bespoke Innovations, 3D Systems, MakerBot Industries, Freedom of Creation, LGM e Contour Crafting, e estão determinadas a reinventar a própria idéia de manufatura na terceira era industrial.

A energia poupada a cada etapa do processo de manufatura digital, desde a redução na quantidade de material utilizado até o menor dispêndio de energia na fabricação do produto, se aplicada através de toda economia global, leva a um ganho de qualidade em eficiência energética além de qualquer coisa imaginável na primeira e segunda revoluções industriais. Quando a energia usada para alimentar o processo de produção é renovável e ainda gerada on-site, o impacto total dessa revolução torna-se fortemente notável. Considerando que aproximadamente 84% dos ganhos de produtividade na produção industrial e na indústria de serviços são atribuídos a ganhos de eficiência termodinâmica – apenas 14% dos ganhos de produtividade são resultado de capital investido em força de trabalho – nós começamos a captar o significado do enorme ganho de produtividade que acompanhará a Terceira Revolução Industrial e o que isso significará para a sociedade.

A democratização da produção está sendo acompanhada pela queda dos custos de marketing. A Internet transformou o marketing de uma despesa significativa em um custo negligenciável, permitindo que start-ups e empresas de pequeno e médio porte comercializem seus produtos e serviços em sites, como o Etsy, que estendem-se através do espaço virtual e possibilitam competir e mesmo superar muitas das gigantes empresariais do século 21.

À medida que a nova tecnologia 3-D se propaga, a fabricação de produtos personalizados just-in-time e on-site também reduzirá os custos logísticos, com a possibilidade de grande economia de energia. O custo de transporte de produtos irá despencar nas próximas décadas devido a uma crescente lista de produtos que serão produzidos localmente em milhares de microfábricas e transportados regionalmente por caminhões abastecidos por energia verde e hidrogênio gerado on-site.

A escala horizontalizada da Terceira Revolução Industrial faz pequenas e médias empresas florescerem. Ainda assim, companhias globais não desaparecerão. Em vez disso, elas irão cada vez mais se metamorfosear de produtores primários e distribuidores em agregadores. Na nova era da economia, seu papel será de coordenar e gerenciar as múltiplas redes que movem o comércio e negócios através da cadeia produtiva.

O rápido declínio nos custos das transações provocado pela Terceira Revolução Industrial está conduzindo à democratização da informação, energia, produção, marketing e logística, e ao prenúncio de uma nova era de capitalismo distribuído que é como mudar a própria maneira com que pensamos a vida econômica no século 21.

Para um olhar mais detalhado sobre como a impressão 3-D na Terceira Revolução Industrial irá transformar a economia global, leia o material de Jeremy Rifkin no zeitnews.org.

Jeremy Rifkin é autor do best seller “The Third Industrial Revolution, How Lateral Power is Transforming Energy, the Economy, and the World”. É consultor da União Européia e de chefes de Estado ao redor do mundo. É instrutor senior no Wharton School’s Executive Education Program na Universidade da Pennsylvania e presidente da Foundation on Economic Trends, em Washington.

http://blog.movimentozeitgeist.com.br

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Para onde aponta a crise do clima

14 de fevereiro de 2014 ]

Washington Novaes

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O noticiário recente sobre a mais longa estiagem no Brasil em seis décadas – e suas graves consequências em vários setores de atividade no País – traz consigo memórias incômodas e a sensação de despreparo do poder público e da sociedade para a questão das mudanças do clima. Há muitas décadas numerosos estudos científicos vêm alertando para a gravidade e o agravamento progressivo das mudanças, para a necessidade de implantar sem perda de tempo políticas e programas de “mitigação” e “adaptação” a essas transformações. Mas têm encontrado pela frente o ceticismo – quando não o descaso. Ou a crença nas avaliações dos chamados “céticos do clima”.

Para não ter de recuar muito no tempo o autor destas linhas retorna, por exemplo, ao que escreveu neste mesmo espaço há uma década (6/3/2004), quando o panorama na área do clima tinha causas opostas às de hoje: o Nordeste, em janeiro daquele ano, recebera um volume de chuvas sete vezes maior que sua média histórica; em alguns pontos de Goiás, em 50 dias chovera tanto quanto em todo o ano anterior; açudes e barragens rompiam-se; abriam-se comportas para evitar rompimentos e provocavam-se graves inundações a jusante. Cientistas clamavam por um sistema oficial de informações que habilitasse a sociedade para programas de adaptação e mitigação – à semelhança do que a Europa já fazia, devolvendo seus rios ao curso natural, eliminando barragens, evacuando as margens de rios, instalando sistemas de drenagem urbana. O então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, advertia: “São visíveis os sinais de mudanças climáticas, com inundações e secas cada vez mais graves”. Mas outro artigo (26/3/2004) já acentuava que “no Brasil não se conseguiu ainda definir regras” nem mesmo para um plano nacional de saneamento básico.

Quem quiser recuar ainda mais no tempo pode ir ao artigo de 31/7/1998, há mais de 15 anos, que se referia à maior estiagem no Rio Cuiabá em 65 anos, que ameaçava o fornecimento de água a 1 milhão de pessoas – ao contrário do que acontecia no Rio Branco, no Acre, com “volumes inéditos de chuvas” levando a temer que se repetisse por aqui o drama por que passava a China, com as maiores inundações em 40 anos, 2,5 mil mortos, 1 milhão de desabrigados. Dizia então o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) que de 1967 a 1990 chegara a 3 bilhões o número de pessoas atingidas pelos desastres climáticos.

Agora São Paulo enfrenta os dias mais quentes desde fevereiro de 1943. O “sistema Cantareira está à beira do colapso” (Estado, 8/2) e ameaça reduzir em 45% o suprimento de toda a água na Região Metropolitana de São Paulo. O volume de água armazenado já caiu 13,7% em relação ao que era em 1930. Guarulhos sofre com o racionamento dia sim, dia não. E o panorama se repete praticamente em todo o País, intensificando o consumo de energia elétrica.

Estudiosos como sir Nicholas Stern dizem que o aumento da temperatura no mundo será de 4 a 5 graus até o fim do século. James Lovelock, autor da “teoria Gaia”, chega a prever (Rolling Stone, novembro de 2013) que “a raça humana está condenada” a perder mais de 5 bilhões da população até 2100, com o Saara invadindo a Europa, Berlim tornando-se mais quente do que Bagdá. A temperatura subirá 8 graus na América do Norte e na Europa. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, “não haverá pausa no aumento da temperatura”; cada década será mais quente.

Michael Bloomberg, o bilionário ex-prefeito de Nova York, hoje à frente de várias iniciativas “ambientalistas”, sugere o fechamento imediato de todas as minas de carvão mineral, a maior fonte de poluição – mas por aqui já pusemos em atividade as nossas termoelétricas a carvão, as mais poluidoras e mais caras. Enquanto isso, a safra de soja em São Paulo já se perdeu em 40% (Estado, 7/2), com prejuízo de R$ 744 milhões. Em Goiás já se foram 15%. E o mundo subsidia o consumo de petróleo.

Não adianta mais exorcizar os que os “céticos” chamavam de “profetas do Apocalipse”. Nem fechar os olhos à realidade. Temos de conceber e adotar com muita urgência um plano nacional para o clima. Que inclua regras rigorosas para a ocupação do solo, impeça o desmatamento, promova a recuperação de áreas, proteja os recursos hídricos. Obrigue os administradores públicos a tratar com urgência também do solo urbano e dos planos de drenagem, além da contenção das emissões de poluentes nos transportes. E que nos imponha repensar nossa matriz energética. É preciso conferir prioridade absoluta às fontes de energia “limpas” e renováveis. Avançar com a energia eólica, já competitiva e ainda desprezada. Estimular os formatos de energia solar, que avançam a toda a velocidade no mundo. Voltar a conferir preferência às energias de biomassas, inclusive ao álcool, em que o Brasil foi pioneiro e agora importa dos Estados Unidos para baixar índices de inflação, com o etanol nas bombas prejudicado pela política anti-inflação de segurar os preços dos combustíveis.

Não é só. Temos de caminhar sem retardo para conferir, na matriz energética, prioridade para a microgeração distribuída. Gerada localmente e consumida também localmente, essa microgeração – que pode ser, por exemplo, resultante do aproveitamento de biogás proveniente de dejetos animais, como se está fazendo no Paraná e se começa a fazer em outros lugares – permite ao produtor rural deixar de pagar contas de energia e ainda vender o excedente da produção às distribuidoras. Sem “linhões” fantásticos, caríssimos (já temos mais de 100 mil quilômetros deles), desperdiçadores de energia. Sem megaprojetos de geração que custam os olhos da cara e exigem juros gigantescos.

Este é o caminho do futuro: o desenvolvimento local, com microgeração de energia. Sem concentrar a propriedade, sem concentrar a renda. E se tivermos competência e sorte, reduzindo a emissão de poluentes e contribuindo para atenuar as mudanças do clima.

*Washington Novaes é jornalista. E-mail: wlrnovaes@uol.com.br

http://www.estadao.com.br

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Residência venderá energia elétrica para a Light no Rio de Janeiro

Com placas fotovoltaicas, começa a funcionar o primeiro sistema de microgeração de energia integrado à rede da concessionária

Juliana Martins, da Revista Téchne

8/Agosto/2013 ]

Residência venderá energia elétrica para a Light no Rio de Janeiro 1

Começou a funcionar na última terça, 6/8, a primeira unidade de microgeração de energia elétrica interligada à rede da Light, concessionária que atua no Rio de Janeiro. Uma casa no bairro de Santa Teresa, na capital carioca, instalou um sistema de painéis fotovoltaicos que a credenciou a participar como projeto piloto da empresa. A partir de agora, o excedente de energia produzido na residência poderá ser vendido para a Light, abatendo os valores pagos na conta de luz – a legislação brasileira não prevê o pagamento em dinheiro ao usuário.

Residência venderá energia elétrica para a Light no Rio de Janeiro 2

O proprietário da casa é o alemão Hans Rauschmayer, diretor da empresa de consultoria Solarize, que desenvolveu o sistema em parceria com a empresa Polo Engenharia. Eles deram início ao projeto assim que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, em novembro de 2012, a retificação da Resolução Normativa nº 482/2012, que estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e cria o sistema de compensação de energia elétrica. “O objetivo da casa era primeiro ver na prática como isso funciona no Brasil. Sou alemão e lá tem muita gente produzindo energia solar. Temos fornecedores, acessórios, mas no Brasil não existe ainda, estamos começando a criar o mercado”, analisa Hans. De acordo com o estudo inicial feito pelo proprietário, a casa consome, em média, 150 kWh por mês. O sistema foi projetado para gerar um excedente de energia de cerca de 40%.

Estrutura

Os painéis fotovoltaicos policristalinos, que captam a radiação solar e fazem sua conversão direta em energia elétrica, foram instalados no telhado da residência, local com mais incidência solar. São nove módulos de 235 Wp e área de 1,5 m². Eles geram energia elétrica em corrente continua, que é levada por um cabo até o inversor de conexão à rede, que faz a conversão para corrente alternada, em sincronia com a rede elétrica, e desliga o sistema caso haja alguma pane. O inversor, com potência de 2,0 kW, possui ainda um servidor web, ainda em teste, que permitirá ver pela internet o quanto o sistema gera de energia. A energia segue então, para o Dispositivo de Seccionamento Visível (DSV) – instalado pela concessionária fora da edificação -, que desliga o sistema caso seja necessário fazer alguma manutenção na rede.

Sem baterias

O sistema não funciona com baterias. A energia produzida é usada de forma prioritária dentro da casa, por qualquer aparelho conectado na tomada ou pela iluminação, e o excesso vai para a rede da concessionária. “O inversor gera energia com um pouco mais de tensão que a rede, o que força essa prioridade”, explica Hans. Ao longo do dia, a energia solar é usada quando o tempo está aberto e sem nuvens; quando o sol é encoberto por nuvens, a mudança para a rede da concessionária é feita automaticamente. “Dentro de casa, não sei e não preciso me preocupar de onde está vindo a energia que eu consumo”, explica Hans.

Para poder acompanhar o gasto e a venda de energia, a Light instalou um medidor bidirecional que mede o consumo de energia dentro da casa e o injetado na rede. “Se eu consumir mais que gero, tenho que pagar esse saldo. Se conseguir gerar mais, volta por créditos em kWh”, explica o proprietário da casa, lembrando que esse crédito pode ser abatido de contas futuras ou em outro medidor sob o mesmo CPF ou CNPJ.

A única intervenção solicitada pela concessionária foi a adequação do ponto de acesso. A residência tem mais de 40 anos e o sistema elétrico era antigo. Com a reforma e a troca do quadro de distribuição, foi possível fazer a ligação segura da rede. No dia 24 de julho, a Light fez a última visita técnica e aprovou a instalação do sistema solar e em menos de 15 dias o sistema já estava em uso.

Residência venderá energia elétrica para a Light no Rio de Janeiro 3

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Energia limpa exigirá pequenas usinas distribuídas

08.04.2013 ]

Usina virtual

Turbina-Eólica-capta-Água-em-DesertoUm mundo que queira se basear em energia limpa e ambientalmente correta deverá contar com uma série de pequenas usinas geradoras distribuídas, e não mais nas enormes plantas que concentram a geração de eletricidade atualmente.

A conclusão é de um estudo experimental realizado na Alemanha, não através de simulações, mas da interligação de usinas reais.

O conceito foi chamado de “usina virtual” por seus criadores, o Dr. Kurt Rohrig e sua equipe do Instituto de Energia Eólica e Tecnologia de Sistemas Energéticos (IWES, na sigla em inglês).

A usina virtual, chamada RegModHarz (Regenerative Modellregion Harz) já conectou via internet 25 pequenas usinas que, juntas, somam 120 megawatts de potência.

“Cada fonte de energia – seja vento, sol ou biogás – tem seus prós e seus contras. Se conseguirmos combinar habilmente as diferentes características das energias regenerativas, nós poderemos garantir o abastecimento de energia,” disse Rohrig, referindo-se à natureza variável sobretudo das energias eólica e solar.

União faz a força

Para fazer a RegModHarz funcionar, a equipe desenvolveu um plataforma de software que permite que os operadores de pequenas usinas geradoras trabalhem em conjunto como se fossem uma única grande usina.

Como sistema de armazenamento simulado, eles usaram veículos elétricos, que podem guardar energia em suas baterias para vender à noite, quando não estão em uso, e um sistema de bateria de fluxo químico.

O controle central permite reduz as desvantagens da natureza instável das fontes alternativas de energia.

Quando as pequenas usinas operam em conjunto, as diferenças regionais quanto ao vento e à incidência do Sol são balanceadas pela operação de termelétricas a biogás ou valendo-se da energia armazenada.

Os cientistas estão agora utilizando a usina virtual para modelar em detalhes o novo sistema de fornecimento de energia, sobretudo a quantidade e a distribuição das pequenas usinas geradoras, e as potências mínimas com que devem operar.

Outro elemento importante é determinar como a usina virtual atenderá aos padrões da rede de distribuição atual – tensão de 230 volts e frequência de 60 hertz, por exemplo.

O projeto está sendo bancado pelo governo alemão em parceria com diversos institutos de pesquisa, universidades e empresas.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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Câmara aprova MP que reduz a conta de luz

12 de dezembro de 2012 ]

Texto ainda seguirá para votação no Senado antes de ser encaminhado à sanção presidencial

BRASÍLIA – A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira o texto-base da Medida Provisória 579, que cria mecanismos para a redução das tarifas de energia elétrica e permite a renovação antecipada das concessões do setor.

O texto ainda pode ser alterado por emendas, que devem ser votadas separadamente no plenário. Uma vez concluída a votação, a MP seguirá ao Senado, onde também será votada antes de ser encaminhada à sanção presidencial.

O relator da proposta, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), havia incluído no seu relatório um prazo adicional de 30 dias para que as empresas aderissem ao plano do governo, referindo-se ao dispositivo como uma “espécie de cláusula de arrependimento”.

Mas durante a votação do texto na comissão mista na terça-feira, o relator retirou esse prazo da MP e manteve o limite original, de 4 de dezembro de 2012.

No total, 100% dos ativos de transmissão afetados pelas regras da MP 579 tiveram as concessões prorrogadas. Na geração, no entanto, a adesão foi de 60%, pois as estatais estaduais Cemig, de Minas Gerais, Cesp, de São Paulo, Copel, do Paraná, e Celesc, de Santa Catarina, rejeitaram as condições propostas pelo governo federal.

O texto traz ainda uma permissão a consumidores livres e especiais de venderem eventuais excedentes de energia no mercado livre. Renan incluiu dispositivo reduzindo de 0,5% para 0,4% da taxa de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte: http://economia.estadao.com.br

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Brasileiro que produzir energia renovável em casa terá desconto na conta de luz

17.12.2012 ]

Débora Spitzcovsky

energias-renovaveisEntra em vigor, nesta segunda-feira (17), resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que dá respaldo legal aos brasileiros que produzem eletricidade em casa a partir de fontes renováveis, para que possam integrá-la à rede elétrica comum.

Com a nova medida, aprovada em abril deste ano, a população que aderir à geração doméstica de energia renovável poderá ter desconto na conta de luz. Isso porque o consumidor terá a opção de fornecer a energia excedente produzida nas moradias para a rede distribuidora. O “doador”, então, receberá créditos que darão abatimentos na conta de luz, de acordo com as regras de cada concessionária.

A nova resolução é válida para geradores domésticos que utilizem fontes como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), biomassa, solar ou eólica e produzam até 1 MW de eletricidade.

De acordo com a Aneel, além de beneficiar o bolso do consumidor, a medida trará outros benefícios ao país, como:
– economia nos investimentos de transmissão de energia elétrica;
– redução da perda de eletricidade nas redes e
– melhoria na qualidade do serviço de energia elétrica.

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/desconto-conta-luz-geraracao-energia-renovavel-limpa-casa-aneel-727374.shtml?utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel

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Unicamp cria conversor para ligar painéis solares à rede elétrica

10.03.2010 ]

Geradores alternativos

Engenheiros da Unicamp criaram o primeiro conversor eletrônico brasileiro capaz de conectar painéis solares diretamente à rede elétrica, o que deverá inaugurar uma nova etapa no aproveitamento da energia solar no país.

O conversor eletrônico de potência trifásico tem um grau de eficiência de 85%. Os primeiros testes foram realizados entre dezembro e janeiro no Laboratório de Hidrogênio (LH2) da Unicamp, onde já funciona uma planta-piloto de geradores alternativos conectada à rede da CPFL Paulista.

De acordo com Ernesto Ruppert Filho, que desenvolveu o conversor juntamente com seu colega Marcelo Gradella Villalva, não se tem notícia até o momento de nenhum outro conversor eletrônico similar no Brasil.

Substituição de importações

O protótipo foi testado com êxito numa instalação de painéis solares com capacidade de 7,5 kW. “Este conversor substituiu plenamente, durante o período de testes, os três conversores eletrônicos monofásicos adquiridos da empresa alemã SMA, que estão atualmente ligados a esses painéis solares”, afirmou o professor.

Diante dos resultados promissores, o próximo passo é buscar parceiros interessados na industrialização do conversor.

Ainda que o protótipo tenha consumido R$ 15 mil, os pesquisadores calculam que, em escala industrial de produção, o conversor poderá alcançar um custo final aproximado de R$ 10 mil.

“Existem alguns componentes que poderiam custar muito menos, caso já estivéssemos em escala industrial. Se compararmos o custo final de R$ 10 mil com o custo do conversor importado, isso significa uma redução de um terço. É realmente muito vantajoso nacionalizar essa tecnologia,” assegurou o pesquisador.

Conversor de potência

Villalva explica que todas as fontes renováveis de energia necessitam de algum tipo de conversor eletrônico de potência para permitir o aproveitamento adequado da energia elétrica produzida.

Os painéis solares fotovoltaicos geram energia elétrica na forma de corrente contínua, diferente da rede elétrica, que possui corrente alternada. O papel do conversor é transformar a corrente da forma contínua para a alternada.

Não existem equipamentos nacionais com esta finalidade para uso com painéis fotovoltaicos, o que causa uma dependência de tecnologia importada, como é o caso dos conversores alemães instalados no LH2. “Por este motivo resolvemos desenvolver um equipamento nacional. Atingimos a eficiência de 85%, no entanto o objetivo agora é chegar aos 90% para alcançar a tecnologia alemã,” diz Villalva.

Entraves para a energia solar

Além do elevado custo dos painéis solares fotovoltaicos, ainda não se criou no Brasil a cultura da geração distribuída de energia. “Isso não foi ainda devidamente regulamentado para pequenos produtores,” afirma o pesquisador. Nos países mais avançados é possível ter em casa um painel solar e um conversor eletrônico gerando energia junto com a rede elétrica.

A tendência mundial aponta para o uso de geradores alternativos – sejam solares, a células de combustível ou mesmo biogás – em escala residencial. O eventual excesso de energia gerada, depois de suprida a demanda da própria residência, poderá ser comercializada com as concessionárias de energia.

O conversor agora fabricado na Unicamp oferece o suporte tecnológico para que essa realidade possa começar a ser construída no Brasil. “Se não tivermos um produto próprio com tecnologia nacional, vamos continuar importando dos Estados Unidos e da Alemanha. Portanto, o gargalo está na tecnologia cara dos painéis, na inexistência de um mercado que force o barateamento dessa tecnologia no país e, por último, a ausência de tecnologia nacional de conversores eletrônicos.” garantiu Villalva.

Matriz energética limpa

Além disso, o pesquisador menciona a necessidade de uma política de incentivo às fontes alternativas de energia. Há diversos projetos de lei tramitando no Legislativo a esse respeito. Quando realmente aprovados, o Brasil terá condições de se tornar um país com uma matriz energética inteiramente à base de energia limpa.

“No estado atual, isso não existe. Existem pequenos projetos, porém isolados. Não há uma massificação da energia alternativa limpa e isso é uma coisa desejável porque dispomos de muito sol e vento”, disse. A energia eólica no Brasil tampouco depende apenas do vento.

Em nível mundial, a líder em tecnologia na área de energia solar é a Alemanha, onde já estão instalados 6.500 MW de geração fotovoltaica, o que significa metade da energia produzida pela hidrelétrica de Itaipu. Com níveis de irradiação solar superiores aos da Alemanha, o Brasil ainda tem uma geração de energia solar praticamente desprezível em sua matriz energética.

O fato de ter energia hidráulica em abundância também tem contribuído muito para a falta de investimentos em usinas de geração solar e energia eólica. Em termos de meio ambiente, contudo, a energia solar é claramente superior. A hidroeletricidade, mesmo considerada limpa, inunda grandes áreas agricultáveis e tem forte impacto sobre as populações locais.

Geração distribuída de energia

Ruppert afirma que, na Europa e nos Estados Unidos, a utilização de geradores de energia elétrica conectados à rede secundária de distribuição por pequenos consumidores individuais já é uma realidade.

A tecnologia de pequenos conversores para painéis solares fotovoltaicos é amplamente empregada e divulgada nesses países. Consumidores são incentivados e subsidiados por agências governamentais para a instalação de sistemas de geração residenciais conectados à rede elétrica.

Painéis solares e conversores eletrônicos para a conexão com a rede são produtos facilmente encontrados no comércio e acessíveis ao grande público nos países desenvolvidos.

Além das vantagens para o usuário, que passa a gerar sua própria energia, módulos fotovoltaicos com pequenos conversores eletrônicos de potência descentralizam o processamento da energia, diminuem custos e reduzem o risco de todo o sistema elétrico.

Integração dos painéis solares nos edifícios

Pequenos conjuntos de geradores fotovoltaicos podem ser instalados em qualquer ambiente em que haja incidência de raios solares, sem demandar áreas específicas, podendo ocupar telhados ou paredes.

“A integração dos painéis solares com a arquitetura predial é hoje uma prática comum e que rende bons resultados estéticos, ambientais e econômicos, pela energia elétrica gerada e pela redução dos custos de construção. Os módulos fotovoltaicos podem ser utilizados como elementos de acabamento arquitetônico, tornando seu uso ainda mais interessante”, disse Ruppert.

Esses módulos podem ser instalados em quaisquer tipos de construções, como residências, condomínios, escolas, creches, hospitais e outros locais públicos, uma vez que não há grandes restrições de espaço para instalação e não há emissão de ruídos, resíduos, ou qualquer tipo de poluição.

No caso brasileiro, o professor aponta que o melhor aproveitamento da energia solar depende basicamente de dois fatores. Primeiro, da regulamentação e da atitude do governo para abraçar a geração fotovoltaica. E, segundo, do interesse da iniciativa privada em fazer os investimentos.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

 

Microinversor brasileiro viabiliza usinas solares domésticas

08.10.2011 ]

Usina solar doméstica

É cada vez mais comum ver sobre os telhados das casas e edifícios painéis solares fotovoltaicos para a geração de energia.

Como os painéis solares ainda são caros, um grande incentivo para sua utilização seria a possibilidade de vender a energia gerada para as concessionárias, quando o proprietário da casa não a estivesse utilizando.

Essa geração distribuída de energia é um dos conceitos mais difundidos hoje no mundo, em substituição ao sistema atual, de grandes usinas geradoras que distribuem para consumidores passivos.

Mas, para que os consumidores se transformem em geradores de energia, é necessário um equipamento que possa captar a energia gerada em cada residência e injetá-la na rede de distribuição, onde ela poderá ser compartilhada e usada por outros consumidores.

Foi o que fizeram Jonas Rafael Gazoli, Ernesto Ruppert Filho e Marcelo Gradella Villalva, engenheiros eletricistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Microinversor

Os pesquisadores desenvolveram um microinversor monofásico que permite ligar os painéis solares fotovoltaicos à rede elétrica de baixa tensão.

Os sistemas fotovoltaicos são constituídos basicamente por um ou mais painéis solares, acoplados a um microinversor eletrônico. A função básica do inversor é converter a eletricidade de corrente contínua, como é gerada pelas células solares, em corrente alternada, que é a forma pulsada de energia presente na rede elétrica.

Como uma placa solar produz cerca de 25 volts (V) em corrente contínua, a função do microinversor é compatibilizar essa energia com a tensão de 127 V ou 220 V da corrente alternada da rede elétrica.

Para a produção local de energia, basta instalar o painel solar no telhado da residência e o microinversor em um ponto da rede, como se fosse um eletrodoméstico.

Se o consumo da residência for inferior à produção, o excesso pode ser exportado para a concessionária local. Um medidor bidirecional instalado em substituição ao medidor de energia padrão permitirá registrar a energia fornecida e recebida ao longo do dia, de forma que o usuário pague apenas pela diferença.

Capacitores eletrolíticos

Segundo Gazoli, a grande inovação do seu microinversor é a eliminação dos capacitores eletrolíticos, componentes responsáveis pelo armazenamento momentâneo de energia.

Esses componentes possuem vida útil curta, de sete anos em média, quando trabalham sob temperaturas altas, como no caso da geração solar de energia.

Já um sistema fotovoltaico tem uma vida útil da ordem de 25 anos, o que força a troca do equipamento várias vezes.

O principal objetivo da pesquisa da Unicamp é construir um microinversor com grande vida útil que não use capacitores eletrolíticos, equiparando assim a vida útil de todos os equipamentos usados na “usina doméstica”.

O Brasil ainda não possui uma regulamentação que permita a negociação direta da energia produzida por particulares com as concessionárias, embora o assunto esteja em discussão sob o patrocínio da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica).

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=microinversor-eletronico-usinas-solares-domesticas&id=010115111008&ebol=sim

 

Brasil lança iniciativa por quebra de patente para energias limpas, 14-07-2009

MARCELO NINIO
da Folha de S.Paulo, em Genebra

O Brasil insiste: o tratado sobre mudanças climáticas que será negociado na Conferência de Copenhague, em dezembro, terá que incluir uma cláusula sobre o compartilhamento de tecnologias “verdes”.

A proposta bate de frente com a ambição de países ricos de colocar toda a ênfase na ideia de “transferência” de tecnologia. Isso, para o Brasil e outros emergentes, nada mais é que perpetuar o monopólio sobre o conhecimento e gerar lucros para o mundo desenvolvido, desvirtuando o objetivo de preservar o ambiente.

“Quem acredita em transferência de tecnologia acredita também em Papai Noel e coelhinho da Páscoa”, ironizou Haroldo Machado Filho, do Ministério da Ciência e Tecnologia. Ele reiterou a posição do Brasil durante uma conferência da Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

Com o apoio do G77 (grupo de países em desenvolvimento), a proposta brasileira é reproduzir um princípio já aplicado na saúde, pelo qual a quebra de patentes é permitida em casos de interesse público.

“Uma negociação justa sobre a transferência de tecnologia é fundamental para selar um acordo em Copenhague”, disse Machado na abertura da conferência, em Genebra.

Ele admite, porém, que não será fácil estabelecer os critérios para quebra de patentes, que tocam em conceitos muitas vezes vagos, como situações de emergência. Por ora, diz Machado, é mais sensato tentar incluir o princípio no acordo, para depois negociar os detalhes.

“Todo mundo reconhece a necessidade de transferência de tecnologia, existe um consenso em torno disso”, explica Machado, que é membro da Comissão Interministerial de Mudança do Clima. “A questão está nos mecanismos.”

A proposta brasileira de um sistema de patentes flexível para tecnologias verdes não é nova. Ela vem sendo defendida pelo ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) desde a Conferência do clima da ONU em Bali, em 2007. Mas o debate promete esquentar à medida em que o encontro de Copenhague se aproxima.

Para o ministro para Propriedade Intelectual britânico, David Lammy, é errado reduzir a discussão às patentes. “Precisamos tirar esse assunto dos advogados e devolver às pessoas”, disse ele durante a conferência da Ompi. “O importante é permitir acesso ao conhecimento.”

Questionado pela Folha, ele se negou a dizer em quais circunstâncias seu país aceitaria a quebra de patentes. Um assessor respondeu que não abriria as posições antes da negociações. Para Lammy, é essencial estabelecer “um clima de confiança” antes dos debates.

Por enquanto, o que predomina é o ceticismo. Sobre a proposta de o governo britânico de criar um fundo ambiental de US$ 100 bilhões, Machado transmite incredulidade. E cita como exemplo de promessa nunca cumprida a meta de destinar 0,7% do PIB dos países industrializados para o mesmo fim, feita em 1992. “Números se lançam, como sempre se lançaram”, disse ele. “A questão é o que acontece efetivamente.”

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u594718.shtml