Eles transformaram Gol, Gurgel e Fusca em elétricos

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Engenheiro Elifas Chaves Gurgel do Amaral converteu um Gol de combustão interna para carro elétrico.

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Carros têm até freios ABS e airbags, e obrigaram Denatran a mudar lei; donos podem rodar sem medo da crise

Veículo elétrico é item ainda raro no Brasil, com poucos modelos à venda e preços elevados, muito por conta da alta carga tributária e da falta de política de incentivos fiscais para sua compra.

No Brasil, já existe um grupo de entusiastas que resolveram ter seu carro movido a baterias feito, literalmente, em casa, a partir da conversão de automóveis com motor a combustão.

Apesar da falta de incentivos, falta de estrutura, falta de interesse de fabricantes e preços elevados, eles se esforçam para colocar a roda da mobilidade elétrica para girar. Veja nesta matéria como “criar” um elétrico por conta própria requer, ainda, além de conhecimento técnico, enfrentar muita burocracia e gastos para regularizar o veículo, alterando o documento junto ao órgão de trânsito, informando de que se trata de um carro movido a baterias.

Há pouco apoio à prática. A Abravei (Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores), inclusive, tenta apresentar um projeto para normatizar a conversão, com certificação de órgãos de segurança e aval das montadoras, a ser apresentado ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e ao MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Mas isso ainda está em passo inicial.

“O objetivo do projeto é homologar uma rede de oficinas certificadas, com linha de crédito para bancos estatais e privados financiarem a modificação, assim como o projeto de conversão a GNV. Acredito que vamos apresentar a proposta em seis meses”, afirma Edgar Escobar, presidente da associação.

Quem fez, como fez?

O militar e engenheiro de computação Elifas Gurgel começou a tomar interesse pelos carros elétricos há cerca de dez anos por conta da premissa da “emissão zero de poluentes”. Começou a pesquisar o assunto na internet e decidiu montar seu próprio veículo movido a baterias, usando como base um Gol G4 2009 que comprou zero-quilômetro em Brasília (DF).

Mal sabia os desafios que teria. “Levei quatro meses para fazer a conversão em 2009 com peças importadas, como motor, controlador, carregador, bomba de vácuo para os freios e as baterias, que foram o mais caro. Gastei cerca de R$ 60 mil, mas minha intenção era usar o carro no dia a dia, regularizado, rodando em vias públicas”, relata Gurgel.

O processo de homologação levou quase seis anos até a entrega do documento atualizado, em 2015. Na época, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) já previa o registro de veículos elétricos no país, porém não havia regulamentação para a “transformação”.

“Por minha iniciativa, o Denatran publicou a Portaria 279/10 em abril de 2010, a primeira a tratar sobre o tema, autorizando a homologação de automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários convertidos para tração elétrica”, afirma Gurgel.

Para isso, foi preciso abrir processo administrativo na Câmara Temática de Assuntos Veiculares do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que acabou provocando a publicação da portaria original, já atualizada por outras mais recentes. “Fiz uma apresentação, detalhando todos os componentes e desenhos técnicos que utilizei”.

Foi aprovado um documento liberando a transformação, mas esta só pode ser feita por pessoa jurídica (empresa) homologada no Denatran e acreditada pelo Inmetro, com certificado de capacitação técnica concedido pelo órgão nacional de trânsito.

A abertura da empresa deu início à homologação de fato, apresentando o projeto detalhado da conversão, que acabou sendo aprovado após longa espera. Na época, o Denatran exigiu que a conversão incluísse instalação de airbags dianteiros e freios ABS, itens obrigatórios desde 2014. “Tive de comprar os componentes, fazer a instalação e contratar uma empresa terceirizada para fazer o teste de frenagem exigido. Além do gasto de R$ 60 mil da conversão, paguei R$ 5 mil no processo burocrático e R$ 3 mil com os itens de segurança, mesmo que a lei só obrigue a instalação em carros fabricados a partir de 2014”, afirma.

Documento do Gol G4 elétrico de Elifas Gurgel informa que se trata de um veículo elétrico.

Burocracia confirmada

Consultado pela reportagem, o Denatran informou que, segundo artigo 106 do CTB e artigo 3º da Resolução 292 do Contran, uma modificação nas características originais do veículo o proprietário precisa de autorização do Detran de onde o veículo foi emplacado. Apenas após a obtenção dessa autorização prévia o proprietário pode realizar a modificação, sendo necessária inspeção de segurança veicular a fim de comprovar a regularidade e segurança da nova configuração, por meio do CSV (Certificado de Segurança Veicular) expedido por instituição técnica licenciada e acreditada pelo Inmetro.

Se o motorista for flagrado com documento irregular, está sujeito a retenção do veículo para regularização, mais multa de R$ 195,23 e cinco pontos na habilitação por infração grave.

O documento do carro de Gurgel atesta que se trata de um veículo elétrico transformado, vencendo todos esses percalços. Considerando todos os gastos, foram quase R$ 70 mil, quase três vezes o valor pago originalmente pelo Gol (cerca de R$ 25 mil) e mais de 40% do preço de um BMW i3 novo (que custava R$ 160 mil até meados do ano passado, quando saiu de linha).

Todo o trâmite enfrentado por Elifas Gurgel, porém, criou um caminho que o libera a converter não só esse Gol, mas quantos Gol elétricos ele quiser. Mas terá de iniciar novo processo de homologação, se quiser transformar outro modelo em carro elétrico.

Sua experiência rendeu até livro, chamado “Como Converter o seu Carro para Elétrico”, produzido de forma independente e que tem toda a narrativa da saga, descrição de componentes e desenhos técnicos.

“Me considero um pioneiro. Esse conceito de dar nova vida a um veículo, especialmente os mais antigos, convertidos em carros com emissão zero, é empolgante. Mas hoje é financeiramente inviável em pequena escala, especialmente em relação às baterias de íons de lítio, que encomendei da China por US$ 200 cada célula, somando US$ 8.000 para os 40 módulos que instalei. Acabei pagando o dobro com todos os impostos de importação, que não tiveram nenhum abatimento, mais taxas aduaneiras”, explica.

Vantagem? Segundo Gurgel, os valores seriam ainda maiores atualmente: “A mesma célula de bateria chega a custar US$ 230, está mais cara”.

Gurgel usa o Gol no dia a dia, rodando exclusivamente em vias urbanas, geralmente em terceira marcha, suficiente para vencer subidas íngremes por conta do alto torque do motor elétrico DC – o câmbio é original e ele só usa a quarta marcha em velocidades acima de 70 km/h. A recarga é feita em casa, em uma tomada comum de três pinos e 15 amperes, e a autonomia é de cerca de 150 km.

Experiência de Elifas Gurgel rendeu até livro, chamado “Como Converter o seu Carro para Elétrico”.

Tudo reciclado

“Não é preciso gastar tanto assim”, afirma Alfredo Correia, funcionário público de Salvador (BA), que decidiu converter dois Gurgel Supermini – um prata e um branco, ambos 1994. Para isso, utilizou baterias de laptop, motor de empilhadeira e outros componentes que seriam “descartados”.

Correia dirige há um ano seu Gurgel com baterias e peças que iriam para o lixo.

“A ideia das baterias de laptop surgiu de um vídeo que vi na internet de um norte-americano que as utilizou para aumentar a voltagem de um pacote de baterias que ele já dispunha. Consegui um fornecedor local que trabalha com reciclagem de materiais tecnológicos e também parceria com uma empresa que faz manutenção dos computadores, tudo de graça”, revela.

Ele começou o projeto em 2007 e só terminou na virada de 2014 para 2015, equipando o primeiro com motor de esteira de ginástica – o segundo traz motor de empilhadeira elétrica. A opção pelo Gurgel é por conta do baixo peso, em torno de 650 kg. Os motores também são fornecidos por ferros-velhos.

Correia diz que sempre se interessou por tecnologia e eletrônica, mas não tem formação técnica formal. O primeiro contato com o assunto foi na adolescência, quando trabalhou em uma empresa em equipamentos de som para trios elétricos. Depois, trabalhou com montagem de equipamentos de segurança, como interfones e portões automáticos. Mais tarde, instalou alarmes contra incêndio.

Na base da transformação, a retirada de motor, câmbio e de outros componentes para trocá-los pelo trem de força 100% elétrico. Correia diz ter gastado cerca de R$ 5 mil no motor, controlador e em outros componentes, mas afirma que as baterias custariam entre R$ 25 mil e R$ 30 mil se fossem trazidas de fora.

Alfredo Correia dirige há um ano um Gurgel Supermini com baterias e peças recicladas.

Com o uso do material reciclado, o gasto foi extremamente mais baixo – parte das baterias é doada, parte comprada a quilo.

“Preciso de cerca de 200 kg de baterias de lítio de notebooks para montar o carro, pagando de R$ 5 a R$ 20 por quilo”, conta. Por cima, o gasto “bruto” é de R$ 9 mil.

Os componentes do motor a combustão retirados do carro foram vendidos, reduzindo ainda mais os custos, mas ele teve de terceirizar alguns serviços e comprar ferramentas. Correia primeiramente desmonta as baterias e as testa para ver se ainda têm condições de serem utilizadas. Cada uma tem voltagem de 4,2 volts quando totalmente carregada.

Correia ainda usou baterias para aumentar a capacidade original de seu scooter elétrico, um Kasinski Prima Electra. Tentou com baterias de chumbo, mas elas são pesadas e retêm menos carga – um pack de chumbo pesava 250 kg, contra 60 kg do mesmo pacote de baterias feito com tecnologia de íons de lítio.

Pack de baterias feito com tecnologia de íons de lítio do Gurgel de Alfredo Correia pesa 60 kg.

No caso dos Gurgel Supermini, o carro adaptado utiliza cerca de 200 baterias divididas em seis células, com autonomia de até 100 km com uma carga completa – ele recarrega na garagem de casa, em tomada. “Acredito que se Salvador não tivesse tantos morros e ladeiras, o alcance seria maior. Dirigir sem subir é impossível”, conta.

Correia usa o carro apenas na cidade e “diariamente”. Segundo ele, o Gurgel é equipado com câmbio de cinco marchas e tração traseira e pode atingir 90 km/h “embalado”. Usa praticamente a quarta marcha. “Marchas mais altas exigem menos do motor e reduz o gasto de energia, ainda mais em uma cidade bem cheia de ladeiras”.

Sua família também tem carro a combustão, um Renault Sandero, usado por sua esposa. “Uso o Sandero ocasionalmente, mas dá uma dor ao abastecer, com o preço que a gasolina está”.

Aline Gonçalves escolheu eletrificar um Fusca, carro com baixo custo de investimento e mecânica/elétrica fácil de mexer. Quem a ajudou no projeto foi justamente o baiano Alfredo Correia.

Tem até Fusca

Aline Gonçalves, engenheira eletricista e dona de uma empresa de painéis fotovoltaicos em Vila Velha (ES), está adaptando um Fusca 1972 para rodar apenas com baterias.

“Percebi que há pouquíssima oferta ou quase inexistente no Brasil e os carros disponíveis possuem preços muito acima da realidade da da população”, relata.

Para definir o modelo do carro, buscou exemplos no Brasil e no exterior de veículos transformados em elétricos – o Fusca é um carro com baixo custo de investimento e mecânica fácil de mexer. Quem a ajudou no projeto foi justamente o baiano Alfredo Correia.

Aline Gonçalves, engenheira eletricista e dona de uma empresa de painéis fotovoltaicos em Vila Velha (ES), está adaptando um Fusca 1972 para rodar apenas com baterias.

“O objetivo era manter o menor custo possível com a melhor performance em tecnologia de baterias para veículos elétricos. Todas os componentes elétricos são reutilizados, encontrados no Brasil, e somente as baterias foram importadas, com investimento de R$ 27 mil.

Segundo a engenheira, a transformação foi finalizada recentemente e os componentes do motor a combustão ainda estão na oficina.

“O veículo vai iniciar os testes de rodagem agora e começar o processo de homologação, que terá custo adicional”, relata. Ela estima autonomia de 50 km e velocidade máxima de 50 km/h. “O Fusca será utilizado em vias urbanas e para o dia a dia”, avisa. é o bastante.

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Empresa de SP quer inovar com frota de 200 caminhões elétricos

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Além de não emitirem poluição, os veículos são mais silenciosos e econômicos

A Corpus Saneamento e Obras, empresa que atua na coleta, transporte e destinação de resíduos em seis municípios de São Paulo e em Vitória (ES), encomendou 200 caminhões elétricos para substituir, gradualmente, parte de sua frota movida a diesel. Além de não emitirem poluição, os veículos são mais silenciosos e econômicos.

Inicialmente os veículos serão importados da matriz da BYD, na China, mas o grupo estuda a fabricação local em sua filial de Campinas (SP), onde produz ônibus elétricos desde 2015. Os primeiros 21 caminhões serão entregues em setembro. Outros 60 chegarão em 2019 e os demais ao longo dos quatro anos seguintes.

“Com essa aquisição a Corpus será a maior frotista de caminhões elétricos fora da China”, diz o diretor de vendas da BYD, Carlos Roma. Segundo ele, a empresa aguarda a nova política industrial para o setor automotivo, chamada de Rota 2030, para definir se produzirá os veículos no País futuramente.Hoje, o veículo importado é isento de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas recolhe 35% de Imposto de Importação (II).

O transporte é feito de navio e leva cerca de 30 dias para chegar ao Brasil.O presidente da Corpus, Cineas Feijó Valente, não divulga o investimento na compra dos caminhões, chamados de eT8A, mas informa que, no mercado, cada um custa R$ 1,5 milhão. A versão movida a diesel custa entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. O contrato com a BYD prevê o pagamento de 20% de entrada e o restante será financiado pela própria montadora.A Corpus testou um exemplar do caminhão nos últimos dois anos na coleta de lixo em Indaiatuba (SP), onde está a sede da empresa.

Com a economia de combustível de 65% por km rodado em relação ao modelo a diesel, além de custos menores em manutenção (a pastilha de freio, por exemplo, dura quatro vezes mais), o grupo calcula que o retorno do investimento ocorre em até sete anos.”Vamos tentar reduzir esse prazo para cinco anos, que é o tempo de retorno para um veículo a diesel”, diz João Francisco Paschoalini, diretor operacional da Corpus.

A própria empresa desenvolveu o compactador de lixo acoplado ao caminhão e também movido a eletricidade, “bem mais silencioso do que o comum”. A solução, diz Roma, será inclusive adotada pela BYD.A Corpus foi fundada em 1987 por Valente, hoje com 87 anos. Tem frota de 400 veículos, sendo 300 caminhões, e emprega 8 mil pessoas. O nome da empresa aparece em investigação por fraude em licitações do Consórcio Soma, do qual tem 18% de participação. O grupo informa que “trabalha dentro dos critérios da legalidade”.

Produção

Várias montadoras, entre as quais Volvo e Tesla, trabalham no desenvolvimento de caminhões elétricos, a maioria para início de produção na Europa e Estados Unidos em 2019. No Brasil, a MAN – fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen -, mostrou no ano passado um caminhão leve elétrico, o e-Delivery, desenvolvido na fábrica de Resende (RJ).

A previsão do grupo é iniciar operação em frotas piloto ainda neste ano.A maioria das empresas aguarda a publicação do programa Rota 2030, prevista para os próximos dias, para decidir políticas locais para elétricos e híbridos.No caso dos automóveis, é esperada uma redução de 25% para 7% na alíquota do IPI. No primeiro quadrimestre foram vendidos no País 1.260 veículos elétricos e híbridos, 70% a mais ante igual período de 2017.A BYD tem capacidade anual para 300 ônibus elétricos na fábrica de Campinas, em um turno, e espera vender este ano 100 unidades. A empresa também produz módulos solares fotovoltaicos e vai inaugurar, no fim do ano, uma fábrica de baterias de lítio em Manaus.

Também vende rebocadores e automóveis elétricos, como o sedã e6. “Além dos caminhões, também avaliamos a produção local de automóveis”, informa Tyler Li, presidente da BYD do Brasil.Outra iniciativa de uso de veículos elétricos em São Paulo vem do grupo Urbano, que opera com compartilhamento há seis meses. A empresa tem 65 automóveis, dos quais cinco elétricos da BMW. “A previsão era ter 20, mas não há disponibilidade no mercado”, informa Vini Romano, diretor de marketing.

“Agora aguardamos o Rota 2030 para importar 100 unidades do Smart elétrico”, diz.A Elektra, importadora de carros da Tesla desde o fim de 2016, vendeu oito modelos S e X, que custam entre R$ 450 mil e R$ 1,2 milhão. Em até dois meses chegarão ao País dois Model 3, último lançamento da marca, também na faixa de R$ 450 mil.

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Todos os veículos a gasolina vão desaparecer em oito anos, diz estudo

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Um estudo feito por Tony Seba, um economista da Universidade de Stanford, mostrou que veículos autônomos e elétricos substituirão os carros atuais

Onibus, carros e caminhões que utilizam combustíveis fósseis serão extintos até 2025. A informação é de um estudo liderado por Tony Seba, economista da Universidade de Stanford dos Estados Unidos. A publicação diz que o mercado inteiro será substituído pelos mais eficientes carros elétricos e modelos autônomos sob demanda. Essa mudança faria despencar o preço do petróleo e poderia acabar com a indústria petrolífera mundial e prejudicar diversos países que dependem dessa commodity.

O relatório “Rethinking Transportatiom 2020-2030” (Repensando os Meios de Transporte, em tradução livre) destaca que os veículos elétricos são dez vezes mais baratos que os modelos com motor a combustão, possuem um custo de combustível quase nulo e uma duração de até 1,6 milhão de quilômetros.

Se a previsão do economista se comprovar, uma indústria trilionária terá que se adaptar ao novo momento ou poderá ser completamente extinta.

O relatório afirma que diversas cidades devem proibir que um humano dirija um carro pelo perigo que isso representa. Os preços de carros usados despencará e será cada vez mais difícil descartar um veículo a gasolina.

Países como Rússia, Nigéria, Venezuela e Arábia Saudita estarão em problemas. As grandes montadoras norte-americanas e da Alemanha precisarão mudar o seu foco para o mercado de carros elétricos ou entrar definitivamente no mercado de serviços de mobilidade, como o Uber, segundo o Financial Post. Gigantes da tecnologia, como Google, Apple e Foxconn, estão na vanguarda desse movimento.

Seba afirma que essa grande mudança no mercado de combustíveis e automóveis é motivada, principalmente, pelos avanços tecnológicos e não por questões ambientais.

“Nós estamos diante de uma das disrupções mais rápidas, profundas e de maior consequência da história do transporte”, disse o economista. “Veículos com motores de combustão interna entrarão em ciclo vicioso de aumento de custos”.

O relatório destaca que a mudança será mais radical quando os preços de carros elétricos se tornarem mais acessível e as baterias possuirem uma durabilidade maior.

Seba afirma que o custo por milha dos modelos elétricos será de 6,8 centavos americanos e que o valor do seguro cairá 90%. Os americanos economizarão até US$ 5,6 mil por ano e o governo dos Estados Unidos perderá US$ 50 bilhões por ano em impostos sobre petróleo.

“A curva de custos mostra que até 2025 todos os novos veículos serão elétricos, todos os novos ônibus, carros, tratores, vans, qualquer coisa que se mova sobre rodas será elétrico no mundo”, disse Seba.

O economista compara a situação da indústria automotiva com a mudança de câmeras analógicas para digitais. “Não tem competição”, disse Seba. “O drive-train elétrico é muito mais poderoso. Os carros a gasolina e diesel não são capazes de competir”.

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aCar – Um carro elétrico para a África

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Carro elétrico tropical

Engenheiros alemães vão apresentar oficialmente no mês que vem, durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, um carro elétrico projetado especialmente para ser usado na África subsaariana.

O veículo foi projetado para suportar as condições do tráfego por estradas de terra e o calor da região, bem como para atender as múltiplas necessidades da população local.

Para isso, o aCar – um carro para a África – foi projetado para o transporte de passageiros e de carga, bastando pequenas variações na estrutura da carroceria.

O projeto, apoiado pela Fundação de Pesquisa da Baviera desde 2015, foi coordenado por engenheiros da Universidade Técnica de Munique, que se associaram a parceiros de outras instituições e da iniciativa privada.

Testes

O primeiro protótipo ficou pronto em maio de 2016 e foi testado na Alemanha. Em julho de 2017, ele foi enviado para Gana, para testar a tecnologia e o conceito nas condições locais.

Um ponto importante foi testar o impacto das temperaturas mais altas e da umidade do ar nos sistemas elétricos. “Nós reunimos muitos dados que agora temos que avaliar. Mas já podemos dizer que o aCar cumpriu todos os requisitos necessários e até ultrapassou nossas expectativas,” disse o professor Sascha Koberstaedt.

Dada a sua versatilidade, os testes mostraram que o aCar é interessante não apenas para a África e outras regiões tropicais, mas também para o mercado automotivo dos países desenvolvidos, acrescentou o engenheiro.

Dados técnicos

O veículo destina-se ao transporte de passageiros e carga, com uma capacidade de carga total de uma tonelada e autonomia de 80 quilômetros. O peso do veículo vazio é 800 kg, ele mede 3,7 metros de comprimento por 1,5 de largura e 2,1 de altura e sua cabine tem espaço para duas pessoas.

Ele pode ser recarregado em uma tomada residencial – o recarregamento demora 7 horas – e também conta com um reforço adicional de painéis solares que podem ser colocados no teto da cabine e da versão fechada da carroceria, aumentando sua autonomia. As baterias têm uma capacidade de 20 kWh.

As baterias também podem ser utilizadas quando o veículo estiver parado, provendo uma fonte de energia para uma ampla variedade de outras aplicações possíveis.

A equipe projetou vários módulos para a carroceria, que podem ser usados de maneira intercambiável. Módulos adicionais poderão transformar o veículo, por exemplo, em um consultório médico móvel ou uma estação de tratamento de água.

Fábrica na África

O próximo passo é terminar o projeto da fábrica do carro elétrico, também modular, para que ele possa ser fabricado na África, para fortalecer as economias locais. A fim de tornar o automóvel acessível para os padrões de renda da África a equipe acredita o preço do veículo básico deve ser mantido abaixo dos 10.000 euros a longo prazo (cerca de R$37.000).

“É claro que teremos de importar componentes de alta tecnologia no início, como a bateria e os motores elétricos,” comentou o professor Martin Soltés. “A construção, com peças fundidas e parafusadas, viabiliza processos de fabricação simples com custos de investimento muito baixos,” acrescentou seu colega Wolfram Volk.

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Tesla Começa a Entregar Seu Prometido Futuro Energético Revolucionário

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Após uma longa espera de mais de um ano, a empresa Tesla, encabeçada pelo visionário Elon Musk, começou a entregar nas últimas semanas as tecnologias que havia anunciado e que faltavam para alcançar seus planos de um futuro sustentável e de independência energética para os consumidores.

Musk havia anunciado esses planos em julho do ano passado e tinha sido claro ao afirmar que, para evitar um colapso da nossa sociedade, é necessário que deixemos de lado a nossa dependência por combustíveis fósseis, os quais, além de poluentes, também possuem reservas limitadas que irão, eventualmente, se esgotar.

Para alcançar isso, a empresa, que tinha acabado de adquirir a montadora de painéis solares, SolarCity, pretendia reunir uma trindade de tecnologias: seus veículos elétricos (através de um modelo popular); as suas baterias de armazenamento, a Powerwall; e painéis fotovoltaicos que se integrassem de forma natural as construções, os quais seriam anunciados no fim de 2016, as telhas solares.

Carro Elétrico Pop

A primeira das tecnologias a ser entregue foi o prometido veículo elétrico popular da empresa, o Modelo 3, anunciado em março de 2016 e que causou um hype nunca antes visto por um carro elétrico, atingindo impressionantes 500 mil pré-pedidos.

No entanto, a empresa está enfrentando demora para atender essa demanda e, na festa de lançamento realizada no último dia 28 de julho, Musk entregou apenas as primeiras 30 unidades do carro sedã, adquiridas por consumidores em abril do ano passado. Musk anunciou que outras 20 unidades foram entregues a funcionários da empresa e servirão para avaliações de engenharia.

Para quem encomendou a sua unidade do Modelo 3 nas últimas semanas, deverá recebê-lo somente em 2018. Essa demora na entrega dos veículos tem causado perdas para a Tesla, a qual registrou uma queda no volume das encomendas, com 63 mil pedidos cancelados.

Para corrigir isso, a empresa pretende aumentar o volume de produção do Modelo 3 para 5 mil unidades por semana até o fim de 2017, e dobrar essa quantia em 2018. A empresa também anunciou a expansão da sua linha de carregadores espalhados pelo país, visando atender esse novo volume de carros elétricos rodando as ruas e estradas.

O Modelo 3 básico possui autonomia de 350 km e vai de 0 a 100 em 5,6 s, e custa, nos EUA, US$35 mil, porém, o consumidor é apresentado a vários itens opcionais para escolha, como o famoso piloto automático da marca, melhor acabamento e até maior autonomia e aceleração que, somados, elevam o valor para US$59.500, 70% acima do valor base.

Apesar de tudo, o entusiasmo com esse lançamento é grande e, segundo analistas de mercado, a Tesla poderá alcançar com o lançamento do seu Modelo 3 o que a Apple conseguiu com o lançamento do seu primeiro iPhone.

Tetos Solares

As revolucionárias telhas solares da empresa também já tiveram as suas primeiras unidades instaladas, porém em fase de teste e tendo ficado restritas às casas de funcionários da empresa, entre elas a do próprio Musk.

“Nós escolhemos (nossos funcionários) para serem os primeiros consumidores, para ajudar a aperfeiçoar todos os aspectos da experiência de consumo das telhas solares”, disse a empresa em carta aos seus acionistas.

As telhas usadas nessas instalações foram fabricadas na fábrica piloto da Tesla, instalada na cidade de Fremont, na Califórnia, uma vez que a sua Gigafactory 2, instalada na cidade de Buffalo, Estado de Nova Iorque, onde serão fabricadas as telhas em larga escala, ainda não está completa.

Segundo Musk, as telhas solares ainda precisam de ajustes antes de chegar ao público. “É um desafio técnico muito grande de acertar isso, de definir os custos corretamente, de alinhar o processo de instalação”, disse ele.

No entanto, a empresa já mira outros mercados que não o norte-americano para lançar esse seu novo produto. Em participação recente em um dos eventos mais importantes sobre fotovoltaica no Japão, a Tesla apresentou suas telhas solares e suas baterias Powerwall, ambas mais baratas do que os equipamentos comercializados no país.

A empresa planeja vender e instalar os produtos no mercado japonês, embora ainda não tenha anunciado uma data para que isso ocorra. Além disso, caso siga com seus planos, a empresa irá enfrentar as barreiras tributárias do país que desestimulam a adoção dessas tecnologias pelos consumidores.

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O fim da era dos combustíveis fósseis

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O ano de 2017 poderá ser lembrado no futuro como o marco de início do fim da utilização dos combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural como fonte de energia. Governos, localidades e empresas vem adotando medidas visando a crescente substituição dessa forma tradicional de produção energética por outras menos poluentes.

O aumento da convicção global de que os combustíveis fósseis são uma das causas principais do aquecimento global, além de poluentes atmosféricos geradores de várias doenças, tem contribuído para a formação de opinião pública que pressiona os governos a adotarem medidas para a substituição dessa fonte de energia. A influência sobre os políticos supera, inclusive, a realizada por diversos interesses econômicos setoriais, como a indústria do petróleo e as montadoras e sua cadeia produtiva, que têm muito a perder.

É claro que o prazo para o fim da utilização dos combustíveis fósseis está estritamente relacionado com o desenvolvimento tecnológico, associado à produção de substitutos seguros e confiáveis. Nesse sentido, deverá ocorrer um processo de transição durante os próximos 20 a 50 anos, com aumento crescente do uso de formas alternativas de energia renovável. Isto provocará profundas mudanças na indústria e nos transportes.

Transportes mais focados na sustentabilidade

O que acontece no setor de transportes é emblemático. No mês de julho a multinacional sueca Volvo anunciou que, a partir de 2019, todos os veículos de modelo novo que produzirá serão 100% elétricos ou híbridos. Desse modo, a empresa, coloca um fim a mais de um século de combustão com base no petróleo e se converte na primeira empresa automobilística a dar esse passo histórico. A companhia, que é propriedade da chinesa Geely, anunciou que a estratégia será lançar cinco modelos elétricos no próximo ano. O objetivo da Volvo é estar à frente na corrida pelos automóveis elétricos, segmento dominado pela Tesla. Os executivos da empresa estimam produzir um milhão de automóveis elétricos em 2025.

No dia seguinte ao anúncio da Volvo, a França declarou que proibirá a venda de veículos a gasolina e a diesel a partir de 2040. O Reino Unido, em seguida, foi pelo mesmo caminho que os franceses, definindo o ano de 2040 como o limite para a venda de carros com combustão tradicional. A Noruega já havia anunciado que estabeleceu como objetivo só permitir a venda de automóveis elétricos e híbridos a partir de 2025.

Dando continuidade ao acordo assinado por inúmeros prefeitos em 2016, as municipalidades alemãs de Berlim, Bremen, Dresde, Essen, Frankfurt, Hamburgo, Hannover e outras estabeleceram a proibição da entrada de veículos a diesel já em 2017; Barcelona fará o mesmo em 2019; Paris em 2020 e Madri e a capital mexicana, em 2015.

A mudança global favorável aos veículos elétricos criará problemas para alguns setores, desde as indústrias petrolíferas prejudicadas pela queda na demanda de gasolina até os fabricantes de velas de ignição e de injeção de combustível, cujos produtos são dispensáveis nos carros elétricos.

Os fabricantes de automóveis já estão se adaptando à nova realidade. Além da Volvo, a BMW anunciou que fabricará uma versão elétrica de seu minicompacto no Reino Unido. A Toyota começará as vendas de seu carro elétrico em 2022 com um novo tipo de bateria que aumenta a autonomia do veículo e reduz o tempo de carregamento. A Nissan planeja que, em 2020, 20% de suas vendas na Europa sejam de carros elétricos.

Relatório produzido pela equipe de transportes da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) revela que os veículos elétricos representarão 54% das vendas de carros de passeio em todo o mundo, até 2040. De cada 10 carros produzidos, mais da metade será de carros elétricos, o que representará uma economia de 8 milhões de barris de petróleo por dia.

A questão que se apresenta é que os elétricos poderão tomar o lugar dos veículos convencionais mais rapidamente do que o previsto pelos analistas, o que afetará profundamente o planejamento econômico de países petróleo-dependentes que não se prepararam para a nova era sem combustível fóssil. O Brasil, por exemplo, tem amplas condições de acelerar o processo de substituição desses combustíveis tradicionais nos transportes. As frotas de ônibus podem, num prazo relativamente curto, substituir o diesel por biodiesel, muito menos poluente. Os veículos de passeio, por sua vez, poderiam utilizar mais o álcool como combustível. Para tanto seriam necessárias políticas públicas estratégicas que visassem implementar ações voltadas para a eliminação da utilização de combustíveis fósseis nos próximos 50 anos.

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Trens elétricos na Holanda já são 100% abastecidos com energia eólica

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Todos os trens de passageiros elétricos que funcionam na Holanda agora são alimentados integralmente pelo vento. A companhia de trem holandesa NS anunciou que toda a sua frota de trens já opera com energia eólica desde 1o de janeiro, atingindo a meta um ano antes do previsto.

No final de 2015, o governo holandês anunciou seu objetivo de alimentar totalmente os trens elétricos do país, que carregam 600.000 pessoas diariamente, com energia eólica até 2018. No entanto, durante a primeira implantação do programa de energia limpa, em 2016, a empresa já conseguiu gerar 75% da energia necessária. Na segunda fase, já foram alcançados os 100% planejados. O projeto foi fruto de uma parceria entre a NS e a empresa de energia Eneco.

Para se ter uma ideia da dimensão do projeto, os trens utilizam cerca de 1,2 bilhão de kWh de eletricidade por ano, isso é o que equivalente a todo o consumo dos moradores da capital do país, Amsterdam. Trata-se de um passo importante na redução da pegada de carbono do setor dos transportes nos Países Baixos.

A eletricidade utilizada para alimentar os trens holandeses vem de parques eólicos situados na Holanda, Bélgica e Finlândia. Por essas fazendas eólicas terem sido inauguradas antes do esperado é que se conseguiu atingir a meta antecipadamente.

Espera-se que o sucesso inicial deste projeto inspire gestores de cidades a incorporarem a energia limpa associada a projetos ferroviários de alta velocidade em todo o mundo. A Alemanha também não quer ficar para trás e já testa em trens uma tecnologia que emite água ao invés de poluição.

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Carro elétrico com motor nas rodas é melhor do que se pensava

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Motor elétrico nas rodas

Incorporar os motores nas rodas dos carros elétricos pode ter seus desafios, mas os resultados valem mais a pena do que se imaginava a princípio.

Esta foi a conclusão de um consórcio de engenheiros financiado pela União Europeia para avaliar a viabilidade técnica e econômica da adoção dessa forma de motorização em veículos de linha.

Além de liberar muito espaço na carroceria e consumir menos energia das baterias, os motores nas rodas – também conhecidos como motores de cubo de roda ou in-wheel – aumentam a segurança e a dirigibilidade dos carros e podem simplificar muito as linhas de montagem dos carros.

Com a divulgação dos primeiros resultados, várias indústrias automotivas já estão discutindo como licenciar e adotar as técnicas desenvolvidas pela equipe do projeto Eunice, sigla em inglês para “Eco-projeto e Validação do Conceito de Motorização nas Rodas para Veículos Elétricos”.

Motor elétrico de fluxo axial

“No final de testes, descobrimos que o desempenho do motor elétrico de fluxo axial (o motor integrado na roda) foi ainda melhor do que o previsto,” afirmou Alberto Peña, da Fundação Tecnalia da Espanha e coordenador do projeto. “A potência alcançada foi de 50 a 60% maior do que inicialmente previsto.”

O grande interesse da indústria automobilística nos motores axiais se explica sobretudo porque esse tipo de motorização libera todo o compartimento hoje utilizado para o conjunto motor-câmbio, dando maior liberdade de design e diminuindo o peso do veículo, o que pode viabilizar vários conceitos de mobilidade urbana, sobretudo veículos de pequeno porte.

Como é mais fácil refrigerar os motores nas rodas, o projeto mudou de vez todo o sistema para refrigeração a ar, eliminando também os radiadores e seus sistemas de encanamento, simplificando ainda mais o veículo.

“Este foi um projeto de P&D fundamental, para provar que o protótipo é viável. Será necessário agora fazer uma série de ajustes para tornar o conceito comercialmente viável. Esperamos ter uma solução comercializável dentro de três anos,” disse Peña.

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Nissan faz pilha alimentada com etanol para aumentar autonomia de elétricos

Nissan faz pilha alimentada com etanol para aumentar autonomia de elétricos

Marca acredita já ter resposta para aumentar desempenho de veículos sem precisar de longas recargas

Por Michael Figueiredo

O motorista para no posto por uns poucos minutos, enche o tanque com uma mistura de 55% de água e 45% de álcool e parte, silenciosamente, para encarar mais 600 quilômetros de estrada. Isto parece ficção, mas já está em desenvolvimento pela Nissan. A marca acredita já ter uma resposta para aumentar a autonomia de veículos elétricos sem precisar de longos períodos de recarga das baterias: é um sistema movido por uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC, na sigla em inglês), que gera energia elétrica a partir de etanol, água e ar.

Não se trata de um conjunto híbrido. O único motor aqui é elétrico (o mesmo do Leaf) e não há qualquer combustão. O funcionamento é complexo, mas pode ser resumido de maneira simples: o álcool e a água entram no sistema apenas para produzir hidrogênio, gás que será responsável por abastecer a pilha de combustível, gerando a eletricidade.

O tanque de combustível é conectado a um reformador catalítico. É onde o álcool — puro ou com até 55% de água — é aquecido e tem suas moléculas quebradas, num processo que resulta em hidrogênio, oxigênio e carbono. Os elementos são enviados para a célula de combustível, que transforma os dois primeiros novamente em água. Nesta etapa, a movimentação das partículas gera eletricidade.

A energia é armazenada em uma bateria de 24kWh, enquanto parte do gás carbônico volta para aquecer o reformador. O resto sai pelo escape, juntamente com a água na forma de vapor. Isto é uma das vantagens propostas pela Nissan — a do ciclo de carbono neutro: todo o gás liberado está na mesma condição em que é encontrado na atmosfera, e retorna à primeira fase do processo: a renovação da safra da cana de açúcar.

Pilha a combustível fica mais barata

Ao contrário de outros carros com pilha a combustível, os equipados com o SOFC não utilizam metais preciosos como a platina. Isso permite uma produção mais em conta.

Os custos de funcionamento também são bastante reduzidos. Um veículo a gasolina, por exemplo, gasta cerca de R$ 0,30 por quilômetro (considerando uma média de 8km/l e um preço de R$ 4 para o litro do combustível). O elétrico tem um gasto de R$ 0,09 por quilômetro, enquanto nesse novo sistema a rodagem custa R$ 0,10.

Uma grande vantagem da novidade é dispensar uma infraestrutura especial para a recarga de baterias ou encher o tanque com hidrogênio (um gás de manuseio delicado). Basta usar a atual rede de postos de combustíveis.

O protótipo apresentado pela Nissan no Rio é baseado no furgão elétrico e-NV200. Com 30 litros de álcool — ou “aquanol” —, o veículo é capaz de rodar mais de 600 quilômetros. Numa comparação com motores a combustão, é como se pudesse percorrer 20km/l. É esta relação que a marca japonesa espera explorar para atrair clientes que utilizam veículos comerciais. Segundo a fabricante, o SOFC também poderá fornecer energia, por exemplo, para um refrigerador, em um eventual transporte de produtos perecíveis.

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Segundo a Nissan, o Brasil será um dos primeiros países a dispor do sistema, ao menos na fase experimental, por conta da abundância do biocombustível por aqui, já que o álcool é proveniente principalmente da cana de açúcar e do milho. Com relação ao “aquanol”, será necessário criar uma estrutura para fazer a mistura — já que não bastará apenas abrir a torneira e jogar água no tanque.

Os testes em vias públicas acontecerão em parceria com empresas de transporte. No entanto, apesar de o veículo apresentado já ser totalmente funcional, a marca ainda não revelou uma data para o início das provas. A previsão é que a tecnologia e-Bio Fuel Cell esteja disponível no mercado global já em 2020.

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Primeira estrada eletrificada inaugurada na Suécia

Primeira estrada eletrificada inaugurada na Suécia 1

Caminhão elétrico

A Suécia se colocou um desafio: conseguir fazer que, até 2030, o setor de transporte do país não utilize mais combustíveis fósseis.

No mercado já existem soluções para diminuir as emissões dos automóveis, como os carros elétricos e híbridos. Mas um dos desafios é reduzir a contaminação produzida por caminhões de carga que, no país nórdico, representam 15% das emissões de dióxido de carbono.

Por isso, o país está testando uma solução inovadora: autoestradas elétricas – as primeiras do mundo.

Nelas, os veículos pesados híbridos podem ser alimentados por uma rede elétrica graças a um sistema de distribuição de energia parecido com o utilizado nas linhas de trem ou nos trólebus.

eRodovia

Primeira estrada eletrificada inaugurada na Suécia 2

O projeto, conhecido como eHighway – rodovia eletrificada ou eRodovia – acaba de ser inaugurado em um trajeto experimental de dois quilômetros da autoestrada E16, ao norte de Estocolmo.

Os caminhões híbridos contam com um mecanismo instalado no topo da boleia, chamado pantógrafo inteligente, que é acionado automaticamente quando o veículo entra trecho eletrificado da rodovia, conectando-se às linhas de eletricidade instaladas sobre a pista.

Diferentemente dos ônibus elétricos tipo trólebus, os caminhões podem se desconectar da rede se precisarem trocar de pista – para ultrapassar outro veículo, por exemplo. Nesse caso, o caminhão volta a usar diesel.

A velocidade máxima que o veículo faz quando conectado à rede elétrica é de 90 km/h. Quando os caminhões saem da rede, ativam o motor diesel para seguir o trajeto.

A empresa alemã Siemens, responsável pelo projeto, fará ainda neste ano um piloto parecido na Califórnia, nos Estados Unidos, em um trecho de três quilômetros da estrada que conecta o porto de Los Angeles a Long Beach.

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