Facebook na cadeia?

O vice-presidente do Facebook chegou ao Brasil e foi preso pela Polícia Federal. O pedido de prisão preventiva de Diego Jorge Dzodanpartiu de um juiz da comarca de Lagarto, em Sergipe. A razão é “descumprimento de ordens judiciais”. De fato foram dadas ordens. De fato elas não foram cumpridas.

A justiça solicitou endereços físicos de suspeitos de tráfico, para serem usadas em uma investigação de crime organizado. Eles trocavam mensagens pelo Facebook e pelo Whatsapp.

Segundo a própria Polícia Federal, o executivo foi procurado três vezes nos últimos meses. Sem resposta do Facebook, o juiz estipulou multa diária de R$ 50 mil. Ela não foi cumprida por trinta dias. Depois a multa aumentou para um milhão de reais por dia. E nada de resposta do Facebook. E agora o executivo foi pra cadeia.

Dá vergonha? Dá. Mas é um absurdo que ilumina outros dois absurdos. Façamos do constrangimento um chamado à ação.

O poder judiciário brasileiro está cada vez mais espaçoso. As sociedades abominam o vácuo. O poder executivo abandonou o protagonismo. O legislativo escandaliza pelo toma-lá-dá-cá e se perde em picuinhas partidárias. Então juízes, promotores, delegados estão se concedendo cada vez mais poder. Um país civilizado requer leis decentes e Justiça que as garanta, mas uma nação não é delegacia, tribunal ou cadeia.

Então a primeira coisa que essa prisão de Diego inspira é a questionar essa militância do judiciário. Que frequentemente desliza para militância partidária e gana de aparecer. Vamos celebrar que nossa Justiça é melhor que nos anos que passaram, mas vamos reconhecer que falta muito para ser a instituição de que o Brasil precisa. Será que não estamos precisando de uma boa reforma no Judiciário, de Sergipe ao Supremo?

Segundo: um país precisa de leis decentes, que a Justiça garanta, e todo mundo cumpra igualmente. Não é o caso do Facebook, que é dono do WhatsApp. O aplicativo é vital na vida de mais de cem milhões de brasileiros. E mesmo assim o Whatsapp não existe como empresa no Brasil. Assim, quando há um questionamento judicial envolvendo o WhatsApp, quem é responsabilizado é o Facebook. Está certo? Está certíssimo.

Não é a primeira vez que coisa desse tipo acontece. O primeiro caso marcante foi a prisão do presidente do Google, Fábio Coelho, em 2012, por causa de ordem judicial – um juiz de Mato Grosso do Sul mandou o Google tirar do ar vídeos postados no YouTube contra um candidato a prefeito. O Google disse que não podia tirar, porque a responsabilidade sobre o conteúdo é de quem postou. Deu problema, ficou por isso mesmo.

Em dezembro de 2015, a Justiça mandou suspender o WhatsApp. A base do bloqueio é a lei do Marco Civil da Internet, que exige que serviços ofertados no país respeitem a legislação brasileira. O bloqueio ficou só 12 horas fora do ar. Pela lei, o WhatsApp deveria estar bloqueado até agora. De novo: deu problema, ficou por isso mesmo.

As empresas que atuam no Brasil têm obrigações iguais perante a justiça, sejam brasileiras ou estrangeiras. Não tem o menor cabimento a padaria da esquina ser obrigada a ter CNPJ e o WhatsApp, gigantesco, não. Os gigantes da internet frequentemente agem como donos do mundo. Mas do ponto de vista jurídico não existe “mundo”, o que existem são países. Quer fazer negócio aqui, obedeça a lei daqui. Pague impostos aqui. Cumpra as regras daqui. No momento a Apple se recusa a obedecer uma ordem judicial nos EUA. É valentia e arrogância. Nenhum cidadão está acima da lei, e nenhuma empresa, pequena ou grande. A empresa que conteste o quanto puder nos tribunais; em última instância, quem decide o que é justo tem que ser a nação, não o CEO.

Claro que não é justo ou inteligente um juiz lá nas quebradas mandar bloquear o WhatsApp ou prender quem lhe dá na telha. Também não é ilegal. Se a lei é cretina, e o juiz sem noção, bem, é o preço de fazer negócios no Brasil (ou nos EUA, ou Angola, ou no Planeta Terra). Preço alto, como sabemos todos.

Quem sabe o Facebook se toca, toma a iniciativa de regularizar a situação do WhatsApp no Brasil, e inspira outras empresas globais a fazer o mesmo? O que vale para empresinhas tupiniquins tem que valer para empresonas estrangeiras.

http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri

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Antivírus AVG grava a sua navegação na internet e vende a terceiros

avg

Por Bruno Garattoni

A notícia caiu como uma bomba. Os criadores do antivírus AVG, que é gratuito e usado por mais de 200 milhões de pessoas (inclusive muitas no Brasil), revelaram que ele grava os sites que você acessou, bem como as suas pesquisas no Google – e compartilha (vende) essa informação para terceiros. O monitoramento é feito de forma semianônima, ou seja, o seu nome não é fornecido junto com os dados. Mas a lista completa deles, sim – o que é bastante invasivo.

A revelação faz parte da nova política de privacidade do AVG, que começa a valer no dia 15/outubro. Ela dá a entender que os dados são coletados mesmo se você optar por não ativar o Web TuneUp (um recurso de proteção da navegação, que o AVG tem há alguns anos). Tem gente que não vê nenhum problema nisso, aceita ter a navegação gravada em troca de um software grátis.

Outros podem achar errado e incômodo – em especial porque se trata de um antivírus, que deveria zelar pela sua privacidade. Eu pretendo desinstalar o AVG e substituí-lo por outro antivírus – e sugiro que você faça o mesmo.

http://super.abril.com.br

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Como bloquear anúncios do Google Adsense

02.ABR.2014 ]

Como bloquear anúncios do adsense

Praticamente todos os sites da web mostram anúncios do AdSense, pois esse sistema do Google pode ser bastante lucrativo para o site – principalmente para o próprio Google.

O AdSense funciona de maneira muito simples: basta o site acrescentar algumas linhas de código no template das suas páginas, e os banners automaticamente aparecerão ali. Daí cada vez que o banner é clicado, o crédito que o anunciante tem com o Google diminui alguns centavos (que é o custo do anúncio) e uma pequena parte desse crédito é pago ao site.

Isso permite que o custo do anúncio com AdSense seja relativamente baixo, pois com poucos reais é possível publicar um anúncio que aparecerá em vários sites. O Google lucra com isso (pois o anunciante pagou ao Google para anunciar em sua rede), o anunciante também tem vantagens (pois ele tem a chance de vender o produto/serviço anunciado), e o site também ganha com isso (pois ele recebe uma porcentagem do que o anunciante pagou ao Google).

Quem não ganha nada é o internauta.

Antes do AdSense, um site ganhava dinheiro com campanhas de marketing de agências de publicidade (JWT, Wunderman, McCann..) ou diretamente dos anunciantes. Isso ajudava a manter a qualidade da internet, pois somente sites relevantes e com conteúdo interessante ganhavam dinheiro dessa maneira, enquanto sites ruins não tinham anúncios e nem sempre conseguiam se manter no ar.

Mas daí o AdSense chegou, e em pouco tempo a internet começou a se degradar: qualquer um pode anunciar, e qualquer site pode ganhar dinheiro com isso. A qualidade deu lugar à quantidade e ao lucro a todo custo, e hoje em dia qualquer site deplorável torna-se lucrativo com a parceria do Google, infestando a internet com conteúdo de baixo nível.

E para você receber “anúncios relevantes” em todos os sites que você visita, o AdSense te persegue inexoravelmente. Exemplo: entre no site da Porsche, e a partir daí todos os sites relacionados a carros que você visitar e tiver AdSense ali mostrará algum banner da Porsche. Entre em um site de viagens e você será perseguido na web por banners que tentam te vender passagens e descontos em HOTÉIS.

Como o Google vive de venda de banners, a “jóia da coroa” do monitoramento e falta de privacidade é o Gmail, pois todas as mensagens que você recebe e envia por ele são lidas e analisadas pelo Google para que você tenha “anúncios relevantes” em todos os sites que você visita. Mais pavoroso, impossível.

O AdSense também é de longe a melhor maneira de infectar o computador de internautas com programas vagabundos tipo “leitor gratuito de PDF”, “media player gratuito” cujos banners pipocam em todos os sites, e que na prática servem apenas para instalar malwares, adwares e programas nocivos no computador do internauta.

Obviamente o Google faz “vista grossa” para isso pois não quer deixar de lucrar com eles. Como eu sou dono de um site e fórum que utilizaram AdSense por muitos anos (você notou que não temos mais banners “tapa-buraco” do AdSense?), eu sei que é IMPOSSÍVEL bloquear esse tipo de “anúncio”: por mais que você bloqueie o anunciante ou a agência que publica o banner, todo dia aparecem novos banners e anunciantes. Eu escrevi sobre isso aqui.

Eu não sou contra o AdSense em si, afinal os banners são uma importantíssima fonte de renda para os sites, mas sou contra a impossibilidade de bloquear todos os banners que anunciam algum programa para download, o abuso deles (há sites com mais banners do que parágrafos de texto) e principalmente o constante “monitoramento dos hábitos” para entregar “anúncios relevantes” – que nada mais é do que espionar o que fazemos na web para entupir as páginas com banners chatos e repetitivos dos mesmos anunciantes.

É claro que você também tem os seus “hábitos monitorados” quando está no Google+, Facebook etc. pois simplesmente não existe privacidade na web, mesmo que você não faça login em nenhum site.

Como bloquear anúncios do AdSense

Bem, depois dessa ladainha toda, vamos ao que interessa: como bloquear anúncios do AdSense que aparecem em todos os sites?

A maneira mais simples é bloqueá-los diretamente no Windows, pois desta maneira eles jamais aparecerão independentemente de qual navegador você utiliza. Para fazer isso, siga os passos abaixo:

1. Clique com o botão da direita do mouse no Bloco de Notas > Executar como Administrador > clique em Sim

bloquear-adsense-1

2. Clique no menu Arquivo > Abrir e navegue até a pasta \Windows\System32\Drivers\etc

3. Clique na opção Todos os Arquivos à direita e aparecerão vários arquivos na janela principal:

bloquear-adsense-2

4. Dê um duplo-clique no arquivo hosts e ele será aberto:

bloquear-adsense-3

5. Depois da última linha que começa com #, adicione o texto abaixo:

127.0.0.1 *.adservices.google.com
127.0.0.1 *.adwords.google.com
127.0.0.1 *.googleads.g.doubleclick.net
127.0.0.1 *.googleadservices.com
127.0.0.1 *.google-analytics.com
127.0.0.1 *.googlesyndication.com
127.0.0.1 imageads.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads1.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads1.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads2.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads3.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads4.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads5.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads6.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads7.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads8.googleadservices.com
127.0.0.1 imageads9.googleadservices.com
127.0.0.1 pagead.googlesyndication.com
127.0.0.1 pagead2.googlesyndication.com
127.0.0.1 partner.googleadservices.com
127.0.0.1 ssl.google-analytics.com
127.0.0.1 *.googleads.g.doubleclick.net

O arquivo ficará desta maneira:

bloquear-adsense-4

6. Clique em Arquivo > Salvar

7. Pronto! A partir de agora os banners do AdSense não aparecerão mais.

OBSERVAÇÃO 1: Bloquear anúncios do AdSense não afeta o acesso aos sites do Google como o site do próprio AdSense, Analytics, Webmaster Tools, etc. Além disso, a lista acima bloqueia APENAS banners do AdSense, não afetando banners de outros sistemas e anunciantes.

OBSERVAÇÃO 2: Se ao abrir esse arquivo hosts ele tiver uma lista imensa de sites desconhecidos, possivelmente o seu computador está infectado com vírus.

OBSERVAÇÃO 3: Como você notou, o arquivo hosts permite bloquear sites redirecionando-os para outro lugar (127.0.0.1 é o seu próprio computador) e isso pode ser muito útil para bloquear sites utilizados por vírus, worms, adwares e outros. Este site tem informações interessantes e principalmente um imenso arquivo hosts com milhares de sites bloqueados atualizado constantemente. Você pode copiá-lo e colá-lo no seu arquivo hosts.

OBSERVAÇÃO 4: Você pode bloquear qualquer site pelo arquivo hosts. Exemplo: para bloquear o Facebook, adicione as linhas abaixo:

127.0.0.1 login.facebook.com
127.0.0.1 http://www.facebook.com
127.0.0.1 blog.facebook.com
127.0.0.1 apps.facebook.com
127.0.0.1 facebook.com

OBSERVAÇÃO 5: Complementando o artigo que mostra como o Google e sites de download infectam computadores dos internautas, veja como é simples bloquear o acesso ao Baixaki seguindo o passo-a-passo acima:

127.0.0.1 baixaki.com.br
127.0.0.1 http://www.baixaki.com.br

http://www.baboo.com.br

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Governo brasileiro vai monitorar o WhatsApp e redes sociais

20.06.2013 ]

monitoramento

A Abin, Agência Brasileira de Inteligência, irá montar uma rede para monitorar a atividade em redes sociais como o Twitter, Facebook e Instagram, além do aplicativo WhatsApp, para tentar prever a organização de novas manifestações no país. De acordo com o Estadão, a criação desta rede ocorre por uma perda de comunicação do governo com supostos líderes de movimentos que organizam os protestos, que não preveu o tamanho e a localização das manifestações desta semana.

O Gabinete de Segurança Institucional e assessores da presidenta Dilma Roussef alegam que estavam focados em assuntos pertinentes à Copa do Mundo e Copa das Confederações, deixando de lado o que ocorria em outros assuntos. Esta forma de controle do que está circulando entre as pessoas pela internet é chamado de Mosaico, que hoje analista 700 temas estabelecidos pelo GSI e é responsável por alertar o Planalto sobre qualquer movimentação que pode colocar em risco algo do Brasil.

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Além disso, o Mosaico irá levantar a possível presença de partidos políticos nos grupos, o tamanho total dos protestos e também se há financiamento e de onde está vindo. Aparentemente esta observação pelo Mosaico é apenas passiva, ou seja, não vai interferir diretamente na internet que circula no país em smartphones, tablets e computadores.

Grande parte dos usuários do Twitter, Facebook e Instagram já deixam suas contas abertas, onde qualquer um pode olhar sem qualquer dificuldade. Além disso, as manifestações são organizadas com eventos públicos no Facebook. Isso significa que não há necessidade de um grande aparato intrusivo para descobrir quando e como será a próxima manifestação.

Porém, mesmo assim, é bom manter certo ceticismo sobre qualquer possibilidade de observação do que acontece na internet, a partir do governo de qualquer país – principalmente quando o mundo está de boca aberta com o tal programa PRISM, lá nos Estados Unidos.

http://www.tudocelular.com

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Filme revela pressão do poder e encerra mito da imprensa livre

03.11.2014 ]

Filme revela pressão do poder e encerra mito da imprensa livre

Há muito mais verdades sobre o jornalismo norte-americano no filme Kill the Messenger, que descortina o que se passa na grande mídia, a partir da campanha nacional de difamação contra o trabalho do jornalista investigativo Gary Webb do que no filme All the President’s Men, uma celebração ao trabalho dos repórteres que cobriram o escândalo Watergate.

Os meios de comunicação apoiam cegamente a ideologia do capitalismo corporativo.

Louvam e promovem o mito da democracia estadunidense. Deste modo são suprimidas liberdades civis da maioria e o dinheiro substitui o voto. Os meios de comunicação prestam deferência aos líderes de Wall Street e de Washington não importa o quanto os seus crimes possam ser perversos. De modo servil, os meios de comunicação veneram os militares e a aplicação de leis em nome do patriotismo.

Os meios de comunicação selecionam especialistas e peritos, quase sempre indicados e sugeridos a partir dos centros de poder, para interpretar a realidade e explicar a política. Em geral divulgam press releases oficiais redigidos pelas corporações para preencher o seu noticiário. E para distrair os leitores, recheiam os furos de notícias com fofocas da vida de celebridades,com notícias triviais ou esportivas e com futilidades.

O papel da grande mídia é promover o entretenimento ou se fazer de papagaios repetindo a propaganda oficial para as massas. As corporações, que contratam jornalistas dispostos a serem cortesãos e são proprietárias da imprensa, alugam profissionais para serem benevolentes com as elites e, em contrapartida, os promovem a celebridades. Estes jornalistas cortesãos, que ganham milhares de dólares, são convidados a frequentarem a intimidade dos círculos do poder. Como diz John Ralston Saul, romancista canadense, são hedonistas do poder.

Quando Webb publicou, em 1996, uma série de reportagens no jornal San José Mercury News denunciando a Agência Central de Inteligência (CIA) como cúmplice no contrabando de toneladas de cocaína a ser vendida nos Estados Unidos para financiar a sua operação na luta dos contra da Nicaragua, a mídia se voltou contra ele que passou a ser visto como se fosse um leproso. Ao longo do tempo e das várias gerações de jornalistas, é longa a lista de profissionais leprosos que vai de Ida B. Wells a I.F. Stone e a Julian Assange.

Os ataques contra Webb foram renovados agora, em jornais como o The Washington Post, assim que o filme estreiou, há uma semana, em Nova Iorque. Estes ataques são como uma autojustificativa. Uma tentativa da grande mídia de mascarar a sua colaboração com as elites do poder. A grande mídia, assim como todo o establishment liberal, pretende apresentar o verniz de quem, destemidamente, busca a verdade e a justiça. Mas para sustentar este mito precisa destruir a credibilidade de jornalistas como Webb e Assange que procuram jogar uma luz no trabalho sinistro e criminoso do império que é mais preocupado com (esconder) a verdade do que com a notícia.

Os maiores jornais do país, inclusive o The New York Times, escreveu que a história levantada por Webb apresentava “provas escassas”. Funcionaram como cães de guarda para a CIA. Em 1996, assim que a denúncia surgiu, The Washington Post dedicou imediatamente duas páginas inteiras para atacar a argumentação e as provas de Webb.

O Los Angeles Times publicou três artigos enlameando a reputação de Webb e procurando destruir a credibilidade da sua história. Foi um repugnante, deplorável, vergonhoso capítulo do jornalismo norte-americano. Não foi o único. Alexander Cockburn e Jeffrey St. Clair, em um artigo publicado em 2004, How the press and the CIA killed Gary Webb’s career (Como a imprensa e a CIA mataram a carreira de Webb) detalharam a dinâmica da campanha nacional de difamação.

O jornal de Webb, depois de publicar um mea culpa sobre a série de matérias publicadas, demitiu-o. Webb nunca mais conseguiu trabalho como jornalista. Ele expôs a CIA como um bando de marginais contrabandeando armas e traficando drogas. E expôs os meios de comunicação, que dependem de fontes oficiais para a maioria de suas notícias e, portanto, são reféns de tais fontes, como servas covardes de poder.

É de conhecimento público, em parte devido a uma investigação do Senado conduzida pelo senador John Kerry, que Webb estava certo. Mas a verdade nunca foi assunto para aqueles que denunciaram o jornalista. Webb tinha cruzado a linha. E ele pagou por isto. Desorientado e apavorado com o risco de perder a sua casa oficialmente diz-se que cometeu suicídio em2004. Há quem diga que a CIA o matou.

O filme Kill the Messenger (O mensageiro) é dirigido por Michael Cuesta e estreia no Brasil no próximo dia 11 de dezembro. O ator Jeremy Renner (de Guerra ao terror) faz o papel de Gary Webb, o jornalista que sofreu implacável campanha nacional de difamação depois de publicar a cumplicidade da CIA no contrabando de cocaína para financiar os contra da Nicarágua. Antes, Brad Pitt e Tom Cruise foram sondados para o papel assim como Spike Lee foi convidado para dirigir a produção.

Sobre o filme, o economista Paul Krugman escreveu, em coluna recente, com o tema da redução de impostos e a propaganda ideológica que substituiu o jornalismo. Ele reforça a percepção de que a grande mídia hoje faz política; não jornalismo – ao contrário do fervor de suas recentes juras oficiais.

Abaixo, Krugman:

“… dizer aos eleitores, com frequência e bem alto, que o fato de sobrecarregar os ricos e ajudar os pobres provocará um desastre econômico, enquanto que reduzir os impostos dos “criadores de emprego” nos trará prosperidade a todos. Há uma razão por que a fé conservadora na magia das reduções de impostos se mantém, por mais que essas profecias não se cumpram (…): há um setor, magnificamente financiado, de fundações e organizações de meios de comunicação que se dedica a promover e preservar essa fé. Há mais verdade sobre jornalismo americano no filme Kill the Messenger, que narra o descrédito da mídia mainstream do trabalho do jornalista investigativo Gary Webb, do que há no filme Todos os Homens do Presidente, que celebra as façanhas dos jornalistas que descobriram o escândalo
Watergate.”

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Inventores de motores movidos a água são assassinados ou encarcerados

03.maio.2014 ]

 

Daniel Dingel – Filipino, fez funcionar um carro com água => sentenciado em 2008 aos 82 anos de idade a 20 anos de cárcere (noticia en daily enquirer de Filipinas).

Stanley Meyer – norte-americano, fez funcionar um carro com água => morreu gritando “me envenenaram!” – seu irmão denunciou o posterior roubo do carro desenvolvido por ele.

Arturo Estévez Varela – espanhol, fez funcionar sua motocicleta com água diante do noticiário de Sevilla, doou suas patentes ao Estado espanhol => suas patentes estão desaparecidas da oficina de patentes. Nunca mais se soube de Arturo.

Paul Pantone – norte-americano, inventor do motor Pantone funcionando com 80% de água => condenado judicialmente e encerrado em um hospital prisional psiquiátrico.

John Kanzius – norte-americano, descobriu como converter água salgada do mar em combustível => morreu 6 meses depois.

Nikola Tesla – croata, provavelmente o maior inventor de sistemas de Energia Livre e gratuita da história => morreu na miséria. A grande maioria de suas patentes sobre energia desapareceram.

Numerosos inventores da modernidade tem exposto ao ridículo o atual modelo energético do petróleo ao demonstrar que podemos viver sem petróleo, obtendo toda a energia que necessitamos de outras fontes que nos são ocultadas, como água, ar e ímãs. Desafortunadamente, a maioria dos ditos inventores tem cometido inocentemente os mesmos erros, um atrás do outro, acabando presos ou embaixo da terra.

Alguns dos erros cometidos pelos inventores foram os seguintes:

 Patentear o invento revolucionário e pretender obter direitos
 Oferecer o invento a uma empresa que o financie
 Aparecer na televisão ou imprensa proclamando seu invento
 Tentar convencer um político de seu invento revolucionário
 Doar seu invento a um Estado ou Governo para o bem comum
 Guardar zelosamente seus conhecimentos, documentos e planos de seus inventos para eles mesmos e levá-los à tumba quando são assassinados – O MAIOR ERRO!

Esperamos que estes pontos enunciados sirvam de reflexão para atuais e futuros inventores que despertem para a realidade, sejam mais espertos e não caiam na mesma armadilha mortal.

“Quando tiveres um invento revolucionário, antes de olhar para quem beneficia, permaneça atento ao poder que tem e a quem prejudica”. – Alberto Vázquez Figueroa

Em pleno século XXI, teremos um tremendo problema mundial com a contaminação dos motores de combustível a base de petróleo. Existem soluções simples e baratas que convertem nossos motores em híbridos de hidrogênio, que expelem principalmente vapor de água, reduzindo enormemente a contaminação, ao passarmos diretamente a motores de água ou ar, como o modelo da marca indiana TATA. Sabe qual foi a solução aplicada por muitos de nossos governos à contaminação? Criar impostos para a emissão de CO2!

“O hidrogênio obtido a partir de simples água é o melhor combustível do futuro, que pode ser utilizado na economia e pode solucionar ao mesmo tempo, o problema ambiental”. – Stanley Meyer R.I.P.

Por favor, desligue a TV ou o rádio e veja estes vídeos onde estão testemunhos que deixaram alguns dos ditos inventores, antes de morrer.

Stanley Meyer – 1992 – entrevista (1 de 3) Carro movido à água:

Carro hidrógeno Filipino – Daniel Dingel:

Carro movido à AR da indiana TATA:

Motor de Paul Pantone

– Paul mesclava a nafta (gasolina) com água em seu circuito fechado, forçava os gases resultantes a passar através do calor do tubo de escapamento e estes, por sua vez, por um tubo onde, dentro, havia uma barra de aço inoxidável, transformando os gases resultantes em um plasma que fazia funcionar o motor e que reduzia o consumo e a contaminação. Em 2002 foi declarado culpado do crime de fraude. Era apenas a primeira de uma série de julgamentos confusos: por exemplo, a empresa Better World Technologies, especializada na venda de soluções energéticas milagrosas e reputadamente pseudocientíficas, começou a comercializar o motor Pantone, alegando ter adquirido a patente, o que Pantone sempre negou.

John Kanzius – Água Salgada como Combustível e Cura para o Câncer

John descobriu duas coisas totalmente revolucionárias. Lhe diagnosticaram leucemia quando tinha 65 anos e, ao se negar a fazer quimioterapia, decidiu buscar por si mesmo a cura do câncer. Então, lhe ocorreu usar ondas de rádio. Resultou em total êxito! Conseguiu matar as células cancerígenas. E como se fosse pouco, um dia, em seu laboratório, quando estava tratando de separar o sal da água do mar, descobriu que esta começou a arder em chamas, devido às ondas de rádio. Este invento poderia ter-nos salvado da crise energética, já que é um novo tipo de combustível fóssil que abunda em toda a Terra, podendo-se usar em automóveis e para gerar energia elétrica.

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Como se proteger de crimes digitais

crime digital

Crimes cibernéticos são os delitos praticados pela internet que podem ser enquadrados no Código Penal Brasileiro, e os infratores estão sujeitos às penas previstas na Lei. Lei dos Crimes Cibernéticos: http://bit.ly/1jQz4va.
Código Penal: http://bit.ly/1dqm1Rx.

Como se proteger na rede?

• Casos de injúria, calunia, ameaça e difamação têm previsão penal independentemente do canal por meio do qual ocorreram.
• Na internet, caso se sinta lesado, o primeiro passo é registrar a ofensa tirando uma foto ou printscreen da tela.
• Para assegurar um documento válido em juízo, é necessário recorrer a um tabelião de notas. Esse profissional deve acessar o link onde o material ofensivo foi postado, registrar a prova (com foto ou printscreen) e relatar em ata as evidências.
• Depois disso, é preciso registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia.

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Internet livre em perigo – veja o vídeo

12 de março de 2014 ]

O governo passou os últimos anos jurando defender a neutralidade na internet, princípio que garante total liberdade no uso da rede. No entanto, o projeto do Marco Civil da Internet, que está prestes a ser votado, contém brechas que, além de permitirem “tratamento diferenciado” para internautas por parte das empresas fornecedoras, podem ser interpretadas como um aval para que o governo regulamente, por decreto, a “discriminação ou a degradação do tráfego”.

O Marco Civil é considerado a “Constituição da Web”, pois elenca os direitos dos internautas e delimita a ação das empresas de telecomunicações, seja como produtoras de conteúdo, operadoras de telefonia ou como provedoras de acesso. A mobilização dessas companhias em favor de seus interesses econômicos e a vocação do governo de concentrar poder colocam em risco as conquistas do Marco Civil.

A demora em votar o projeto, que tramita desde 2009, tem dado margem a renovada pressão para que nele constem frases dúbias o suficiente para servirem aos interesses das gigantes de telefonia e de radiodifusão.

No caso específico da neutralidade, a intenção inicial do relator Alessandro Molon (PT-RJ) era assegurar a transmissão de informações sem discriminação de qualquer espécie, isto é, sem que haja qualquer possibilidade de suspensão do fluxo de dados a depender da origem, do destino ou do conteúdo propriamente dito.

As teles, por sua vez, querem diferenciar usuários, cobrando tarifas pelo volume de dados transmitido. Nesse modelo, se o volume contratado for excedido, a conexão será suspensa ou sofrerá redução drástica de velocidade, inviabilizando, na prática, o fluxo de informações. Tais limites são inadmissíveis na internet. Ademais, essa reivindicação não deveria constar no Marco Civil, que não se presta a amparar legalmente modelos de negócios.

Na defesa do projeto recentemente apresentada pelo deputado Molon, há uma frase que, a depender da interpretação, pode favorecer as reivindicações das teles. O trecho sugere “tratamento diferenciado a vídeos em tempo real (streaming) ou mesmo a utilização de voz sobre IP (VoIP), como Skype”. Mesmo que o texto assegure que não há “violação ao princípio da neutralidade”, o simples fato de aceitar “tratamento diferenciado” permite contestações judiciais.

Ademais, a pressão das teles – as mesmas que entregam um serviço muito ruim pelo preço que cobram – resultou na inclusão de uma frase que defende a “liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet”. Ou seja, a título de garantir que as empresas possam vender pacotes com diferentes velocidades, o que é perfeitamente legal, o Marco Civil pode lhes dar a chance de vender pacotes de acordo com o conteúdo transmitido, e isso é uma clara ameaça de censura.

Já o parágrafo 1.º do artigo 9.º do projeto – justamente o artigo que trata da neutralidade – abre espaço para a interferência do governo na rede. O texto aceita que haja “discriminação ou degradação do tráfego”, feita por decreto, em razão de “requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações” e de “priorização a serviços de emergência”. A flacidez conceitual desse parágrafo dá margem óbvia para decisões arbitrárias.

O Marco Civil tem sido um dos instrumentos da pressão de políticos governistas sobre a presidente Dilma Rousseff, na queda de braço do PMDB por mais espaço no governo e nos palanques das eleições deste ano. Não é coincidência o fato de que o principal porta-voz na Câmara das reivindicações das teles nesse caso seja o deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB e maior desafeto de Dilma na base aliada.

À mercê de um jogo que nada tem a ver com o interesse do País, e sim com as ambições de meia dúzia de caciques políticos, o Marco Civil, fundamental para definir a internet como o ambiente essencialmente democrático da era digital, pode ser desfigurado a ponto de permitir que um espírito autoritário ou mercantil dite suas regras de funcionamento.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,internet-livre-em-perigo,1139850,0.htm

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Backdoor Descoberto em Roteadores da D-Link

malwareO pesquisador de segurança, Craig Heffner, da Tactical Network Solutions, detectou a presença de backdoors – instrumentos que permitem a leitura de dados – em vários modelos de roteadores da D-Link, fabricante taiwanesa, com presença em mais de 90 países.

O especialista em sistemas de comunicação sem fio e embarcados escreveu no seu blog que a interface web de modelos dos roteadores D -Link pode ser acessada por meio de uma sequência “xmlset_roodkcableoj28840ybtide”. Curiosamente, se a segunda metade da sequência for invertida e o número for removido, chega-se à frase “edit by joel backdoor” – em português, “editado por joel backdoor” – sugerindo ter sido intencionalmente colocado no código.

“O meu palpite é que os programadores perceberam a necessidade de alguns programas / serviços serem capazes de alterar as configurações do dispositivo automaticamente”, escreve Heffner. “Percebendo que o servidor de Internet já tinha todo o código para alterar essas configurações, decidiram ser suficiente enviar solicitações ao servidor de Internet quando era preciso mudar alguma coisa”, salienta ainda o especialista em segurança.

Para detectar outros modelos de roteadores D –Link vulneráveis, Heffner usou um motor de busca especial chamado Shodan, projetado para encontrar qualquer dispositivo conectado à Internet, desde geladeiras a câmaras de vigilância, e roteadores. De acordo com o especialista de segurança, o firmware foi encontrado nos seguintes modelos de roteadores da D-Link:
DIR- 100, DI- 524, DI- 524UP , DI- 604S , DI- 604UP , DI -604 + , TM- G5240 e , possivelmente, o DIR- 615. Dados de mercado dão conta que pelo menos 250 milhões de usuários utilizam esses roteadores nas suas redes.

http://forum.antinovaordemmundial.com/Topico-backdoor-descoberto-em-roteadores-da-d-link

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As mentiras do Google e da Microsoft

02 de Outubro de 2013 ]

Ao cancelar a visita de Estado que faria a Washington, a presidente Dilma destacou a responsabilidade da Casa Branca no caso Snowden. Por outro lado, as transnacionais da internet – parte integrante do sistema de vigilância orquestrado pelos serviços secretos dos Estados Unidos – são frequentemente poupadas das críticas

por Dan Schiller

google_alpinoPor anos as autoridades norte-americanas atacaram os Estados – China e Irã em primeiro lugar – que impõem a seus cidadãos restrições de acesso e uso da internet. As revelações de Edward Snowden sobre a extensão do sistema de vigilância das telecomunicações globais estabelecido por Washington só reforçam as dúvidas que já pesavam sobre a sinceridade de tais críticas. Mas o problema vai muito além da mera hipocrisia.

Em 2010, uma comissão de investigação do Departamento de Comércio dos Estados Unidos apontou a preocupação dos principais atores do setor digital.1 Em seus relatórios à comissão, eles empenhavam-se em denunciar a política dos Estados Unidos em relação à web, não sem tomar diversas precauções – por exemplo, nunca mencionaram diretamente o programa Prism da National Security Agency (NSA).

A TechAmerica, associação surgida em 2009 que reúne 1,2 mil empresas, criticou a disposição do Federal Bureau of Investigation (FBI) em estender a lei que regulamenta a vigilância eletrônica a todo o conjunto dos meios de comunicação. E em sugerir que essa mudança poderia servir de “modelo” para outros países, com “consequências tão ou mais desastrosas para as liberdades civis”. A associação pediu então o estabelecimento de políticas que “garantam a livre circulação da informação, aqui, no país”.2

Sempre evitando ser muito específica, a Microsoft avaliou que no exterior “os usuários também expressavam preocupações relativas ao armazenamento de seus dados nos Estados Unidos, porque tinham a impressão de que o governo norte-americano poderia acessá-los livremente”. Antes de concluir: “Os Estados Unidos e os outros países devem levar em consideração o impacto de suas políticas nacionais” sobre o resto do mundo.3 Mais tarde ficamos sabemos que a empresa fundada por Bill Gates colaborava com a NSA, ajudando a contornar softwaresde criptografia e a interceptar e-mails, conversas no Skype e outros serviços on-line hospedados pela transnacional.4

Censura e hierarquização dos conteúdos

Na corrida da hipocrisia, o Google não é exceção. “Proteger e promover a circulação de informação e a livre expressão são valores fundamentais do Google”, vangloriava-se a corporação em 2010; ela protestou contra “os Estados [que] introduzem ferramentas de vigilância em sua infraestrutura de internet” e pediu aos Estados Unidos, “berço da internet”, que “continuassem encarnando um exemplo de regulação responsável, que permite a indivíduos e empresas beneficiar-se da livre circulação da informação digital”.5 O Google havia, há muito tempo, negado à NSA o acesso a seus servidores, mas recentemente um documento em PowerPoint da agência de segurança a desmentiu: o gigante da busca on-line teria, sim, colaborado com o serviço de inteligência norte-americano, assim como Yahoo, Facebook, Apple, America on Line (AOL) e Microsoft.6

Grupo de pressão influente que reúne empresas de todos os tamanhos (e US$ 200 bilhões em receitas anuais combinadas), a Computer & Communications Industry Association (CCIA) também mostrou uma posição virtuosa: “Devemos reconhecer que a liberdade da internet começa em casa”, declarou à comissão. “Devemos desencorajar a censura, a vigilância, o bloqueio e a hierarquização de conteúdos. Se tais procedimentos forem inevitáveis, devem ser limitados no tempo, utilizados da maneira devida e com toda a transparência. Por fim, não devemos nos transformar em polícia da internet no lugar dos outros intermediários técnicos on-line [sites de hospedagem, fornecedores de acesso]. Se os Estados Unidos não puderem manter uma internet livre e aberta, é pouco provável que outras nações o façam.”7

O efeito bumerangue da vigilância

O alvo óbvio desses comentários era um projeto de lei que submeteria os intermediários da internet a novos controles draconianos. Após dois anos de luta, o texto foi finalmente enterrado. Em retrospecto, no entanto, as observações dessas empresas ao Departamento do Comércio parecem fortemente direcionadas a interesses próprios. Ao contrário da NSA, a Microsoft, o Google e as outras anteciparam o efeito bumerangue dos programas de vigilância norte-americanos que, uma vez descobertos, não prejudicariam apenas Washington, mas também a reputação dessas transnacionais e, portanto, seus interesses econômicos. O desafio é considerável, pois, como destaca a CCIA, “quando discutimos livre circulação de informação na internet em nível global, estamos falando de milhares de bilhões de dólares”.8

Muitos países controlam as atividades on-line de sua população, mas os Estados Unidos o fazem numa escala jamais alcançada, transformando-se em “Estado de vigilância global”, nas palavras do especialista Tom Engelhardt. E com a cumplicidade de muitos atores, dos sites de busca às páginas de compras on-line, das redes sociais às operadoras de telecomunicações. Para mudar essa direção, seria preciso retomar os debates de 1970-1980 sobre a necessária responsabilidade democrática das redes de telecomunicações.

Dan Schiller é professor de comunicação na universidade Urbana-Champaign (Illinois), autor de How to think about information, University of Illinois Press, Chicago, 2006.

Ilustração: Alpino

1 “Global Free Flow of Information on the Internet” [Livre fluxo global de informação na internet], Departamento de Comércio, Registro Federal, 75 (188), Washington, 29 set. 2010.
2 Relatório da TechAmerica à comissão de inquérito “Global Free Flow of Information on the Internet”, Departamento de Comércio, 6 dez. 2010.
3 Relatório da Microsoft à comissão de inquérito “Global Free Flow of Information on the Internet”, op.cit.
4 Glenn Greenwald, Ewan MacAskill, Laura Poitras, Spencer Ackerman e Dominic Rushe, “How Microsoft handed the NSA access to encrypted messages” [Como a Microsoft entregou à NSA o acesso a mensagens criptografadas], The Guardian, Londres, 11 jul. 2013.
5 Relatório do Google à comissão de inquérito “Global Free Flow of Information on the Internet”, op.cit.
6 Charles Arthur, “Google is not ‘in cahoots with NSA’, says chief legal officer” [Google não faz “conluios com a NSA”, diz diretor jurídico], The Guardian, 20 jun. 2013.
7 Relatório da Computer & Communications Industry Association à comissão de inquérito “Global Free Flow of Information on the Internet”, op.cit.
8 Idem.

http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1507

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