Teste de glicose desnecessário para maioria dos pacientes com diabetes

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Exames demais?

Em um estudo histórico, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte (EUA) demonstraram que o teste de glicose em amostras de sangue não oferece uma vantagem significativa no controle de açúcar no sangue e nem melhora a qualidade de vida dos pacientes com diabetes tipo 2 que não são tratados com insulina.

Embora seja uma técnica largamente disseminada, a equipe afirma que o ensaio clínico aleatório chamado “The MONITOR Trial” é o primeiro grande estudo prático a examinar os efeitos do monitoramento da glicose entre os diversos níveis de diabetes.

Para os pacientes com diabetes tipo 2 tratados com insulina, verificar o nível de açúcar no sangue com uma picada no dedo é uma prática mundialmente aceita para monitorar os efeitos da terapia com insulina.

No entanto, a maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 não são tratados com insulina. Esses pacientes frequentemente também recebem a recomendação de fazer o monitoramento da glicose, apesar de haver um debate em curso na comunidade médica sobre a eficácia dessa medida no controle do diabetes ou na melhoria no bem-estar dos pacientes.

O ensaio MONITOR demonstrou que não há eficácia ou benefícios no monitoramento desses pacientes.

“Os resultados do nosso estudo têm o potencial de transformar a prática clínica atual para os pacientes e seus cuidadores, colocando o foco na eterna questão: Fazer ou não fazer um exame?” disse a Dra. Katrina Donahue, membro da equipe que coordena o ensaio MONITOR.

Custos superam benefícios

Durante o ensaio, que durou um ano, 450 pacientes foram designados para um de três grupos: sem monitoramento do açúcar no sangue, monitoramento da glicose uma vez por dia ou monitoramento da glicose uma vez por dia com uma mensagem personalizada de encorajamento ou instrução enviada por email.

Ao final, os resultados mostraram que:

– Não houve diferenças significativas no controle da glicose no sangue nos três grupos.
– Não houve diferenças significativas na qualidade de vida relacionada à saúde nos três grupos.
– Não houve diferenças notáveis na hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), hospitalizações ou idas ao pronto-socorro.
– Não houve diferença no número de indivíduos que tiveram que começar a usar o tratamento com insulina para controlar melhor os níveis de açúcar no sangue.

“É claro que pacientes e cuidadores devem considerar cada situação única conforme determinam se o monitoramento doméstico da glicemia é apropriado,” ressalta Donahue. “Mas os resultados nulos do estudo sugerem que o automonitoramento da glicemia no diabetes tipo 2 não tratado com insulina tem utilidade limitada. Para a maioria, os custos podem superar os benefícios.”

Os resultados do ensaio foram publicados no JAMA Internal Medicine.

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Chega ao Brasil campanha contra excesso de exames e tratamentos

slowmedicine

Excesso de medicina

Quantos mais exames o médico pede, mais você está protegendo sua saúde? Pode não ser bem assim.

Sociedades médicas brasileiras – de Cardiologia e de Medicina de Família – estão trazendo para o Brasil uma campanha internacional que tenta mostrar os riscos do que chamam de “epidemia de diagnósticos”.

Ela seria causada por um excesso de exames, que poderia levar a uma “overdose” de tratamentos desnecessários e, em alguns casos, danosos.

Mas como saber se uma prescrição está correta? A ausência de uma resposta exata gera discussão entre médicos e dúvidas entre pacientes.

“Com exames mais sofisticados, os diagnósticos e tratamentos aumentaram. Mas a mortalidade não caiu para nenhum tipo de câncer, nem para doenças cardiovasculares, segundo pesquisas. Certos procedimentos têm efeitos colaterais piores que algumas formas das doenças”, afirma André Volschan, coordenador do Centro de Estudos do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro.

Escolhendo com Sabedoria

Volschan é entusiasta da campanha Choosing Wisely (Escolhendo com Sabedoria), iniciada nos Estados Unidos em 2012, destacando que procedimentos só se justificam se puderem aumentar a expectativa ou a qualidade de vida do paciente.

“A cada mulher salva da morte por câncer de mama, muitas outras sofrem biópsias, que são procedimentos invasivos. O mesmo ocorre com a próstata. Intervenções devem ser bem avaliadas, pois levam a problemas permanentes, como impotência sexual,” diz ele. De fato, estudos recentes mostram que muitas mulheres sofrem anos após receberem um falso positivo de mamografia.

Para evitar mal-entendidos entre os médicos, a campanha no Brasil, que ganhou o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), adotou a estratégia da campanha norte-americana, impulsionada pelo Conselho Norte-Americano de Medicina Interna.

A ideia não é impor condutas aos médicos, mas estimular as sociedades médicas a criarem suas listas de procedimentos a serem evitados.

Tratamentos sem sintomas

Para o cardiologista Luís Cláudio Correia, do Hospital São Rafael, em Salvador (BA), dar garantias a um paciente de que determinado tratamento vai prevenir problemas graves, como infartos, é “medicina baseada em fantasia”.

“Precisamos ser mais científicos, o que requer a humildade de reconhecer que não temos controle sobre o destino, mas capacidade de reduzir a probabilidade de eventos adversos,” afirma.

Seguindo essa linha, a Sociedade Brasileira de Cardiologia já está recomendando que seja deixada de lado uma intervenção que movimenta um mercado de US$ 10 bilhões por ano: a colocação de “stents” em pacientes assintomáticos – pequenos tubos que abrem vasos entupidos por placas de gordura no coração.

“O procedimento é invasivo, obriga a pessoa a ficar usando remédios e não previne infartos, mesmo em quem tem grande placa. O ‘stent’ só é indicado para melhorar a qualidade de vida de quem tem dor em repouso e outras situações específicas, como no pós-infarto”, explica Correia.

A equipe brasileira afirma que o próximo passo do Escolhendo com Sabedoria será envolver sociedades de médicos de outras especialidades, para que façam suas listas de procedimentos que não trazem benefícios claros aos pacientes.

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Efeitos dos Transgênicos na Saúde Humana


TRANSGÊNICOS SÃO PERIGOSOS E DEVEM SER BANIDOS [1]

Diretor executivo do Instituto pela Tecnologia Responsável, e autor dos livros “Sementes da Decepção” e “Roleta Genética”, Jeffrey Smith dedica boa parte do seu tempo viajando o mundo para dar palestras e alertar governos sobre os riscos da biotecnologia aplicada aos alimentos. Smith veio ao Brasil participar do seminário Alimentos Transgênicos e seus Impactos na Saúde. Em seguida, concedeu esta entrevista à revista do Greenpeace.

01. Qual é a sua principal preocupação em relação aos transgênicos hoje em dia: contaminação genética, riscos à saúde humana ou a ameaça econômica dessa tecnologia?

Resp. Eu me especializei nos perigos à saúde dos organismos geneticamente modificados (OGMs), que hoje estão ligados a milhares de doenças, casos de esterilidade e morte, milhares de reações tóxicas e alérgicas em humanos, e danos a virtualmente todo órgão e sistema estudados em animais de laboratórios. Esses perigos, no entanto, ganham ainda mais força pelo fato dos OGMs contaminarem as plantações não-transgênicas e as espécies selvagens, permanecendo no meio ambiente por muito tempo.

02. O governo francês anunciou recentemente que vai congelar o cultivo de transgênicos no país até que seja possível provar que esses organismos não oferecem risco aos humanos e ao meio ambiente. Outros países europeus fizeram o mesmo. Por outro lado, países como Brasil, China e Índia estão ampliando suas plantações de transgênicos. Como você explica isso?

Resp. Está claro para mim que o assunto ganhou força no Brasil graças a uma combinação de desinformação e forte influência da Monsanto e outras corporações multinacionais, além dos Estados Unidos. Isso é também verdade para outros países que estão apostando nos transgênicos, mas sua adoção é um passo ruim em termos econômicos para os agricultores e para a economia do país em geral.

O impacto dos transgênicos nos Estados Unidos e no Canadá foi um desastre econômico. As exportações de milho e canola para a Europa se perderam, as vendas de soja estão baixas e o governo americano gasta de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões por ano para assegurar os preços das colheitas de transgênicos que ninguém quer. A expansão dos transgênicos no Brasil prejudica a oportunidade do país de se aproveitar do crescente mercado para produtos não-transgênicos?

03. Muitos países têm regras sobre a rotulagem de produtos que são fabricados com matéria-prima transgênica, mas quase ninguém as respeita. No Brasil, acontece o mesmo. Como o direito do consumidor de escolher entre transgênicos e não-transgênicos pode ser respeitado?

Resp. A rotulagem funciona bem na União Européia, mas é praticamente ignorada no Brasil. Isso é uma vergonha terrível e deixa os consumidores sem escolha de obter produtos não-transgênicos mais saudáveis. Não conheço os recursos legais ou legislativos que os brasileiros podem ter para forçar as empresas a seguir a lei. Nos Estados Unidos não temos regras de rotulagem para transgênicos. Como uma alternativa, estamos promovendo um rótulo que diz “ não-transgênico”. Já os vi em alguns produtos no Brasil. Sem essa afirmação (ou um rótulo de produto orgânico), consumidores teriam de evitar todos os produtos brasileiros contendo derivados de soja ou óleo de semente de algodão – que são plantados no país. Para produtos americanos, os consumidores também teriam que evitar derivados de milho e canola, que são, em sua maioria, transgênicos.

04. Em sua apresentação no seminário sobre transgênicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, você observou que, quanto mais os consumidores sabem sobre os transgênicos, mais eles o rejeitam. Que tipo de informação ainda não chegou ao público e que deveria chegar imediatamente, devido a sua importância?

Resp. Variedades de milho e algodão são geneticamente modificados para produzir uma proteína pesticida chamada toxina Bt (do Bacillus thuringiensis). Ela é usada por agricultores na forma de spray e por isso foi considerada inofensiva para o ser humano. Mas isso é claramente equivocado. As pessoas expostas ao spray com a toxina Bt tiveram todos os tipos de sintomas alérgicos, e ratos que ingeriram o Bt tiveram alterados seus sistemas imunológicos e apresentaram crescimento anormal e excessivo de células. O Bt encontrado em alguns transgênicos é mais tóxico, e milhares de vezes mais concentrado do que o spray, e vem sendo acusado por inúmeros casos de doenças em humanos e outros seres vivos.

Outro problema é que os genes inseridos nesses organismos geneticamente modificados podem ser transferidos da comida para a bactéria que temos em nosso aparelho digestivo ou outros órgãos internos. Essa possibilidade foi descartada antes baseada na suposição de que genes ingeridos são destruídos rapidamente pelo sistema digestivo. Não é bem assim.Estudos em animais demonstraram que o DNA ingerido pode viajar pelo corpo, incluindo até o feto por meio da placenta. Os transgenes de plantações geneticamente modificadas ingeridos por animais foram encontrados no sangue, fígado e rins. O único teste publicado sobre alimentação humana com comida transgênica verificou que o material genético inserido na soja transgênica foi transferido para o DNA das bactérias do intestino.

Agora, junte os dois riscos acima a um terceiro. Se o gene do milho que cria a toxina Bt for transferido para as bactérias de nosso sistema digestivo (como partes do gene da soja vem fazendo), nossa flora intestinal pode ser transformada numa fábrica viva de pesticida.

Além desse problema, animais de laboratório alimentados com comida transgênica tiveram problemas de crescimento, no sistema imunológico, sangramento estomacal, crescimento anormal e potencialmente cancerígeno de células no intestino, desenvolvimento anormal de células sanguíneas, problemas nas estruturas celulares do fígado, pâncreas e testículos, alteração da expressão genética e do metabolismo celular, lesões no fígado e rins, fígados parcialmente atrofiados, rins inflamados, cérebros e testículos menos desenvolvidos, fígados, pâncreas e intestinos inchados, redução das enzimas digestivas, alta no açúcar no sangue, inflamação no tecido pulmonar, e aumento nas taxas de mortalidade. Dezenas de agricultores relataram que variedades transgênicas de milho causaram esterilidade em seus porcos e vacas, pastores afirmam que 25% de suas ovelhas morreram ao comer plantas de algodão Bt (cerca de 10 mil ovelhas mortas), e outros afirmam que vacas, búfalos, galinhas e cavalos também morreram após comer plantações transgênicas. Agricultores filipinos, em pelo menos cinco vilarejos, ficaram doentes quando o milho Bt de plantações vizinhas estava polinizando, e centenas de trabalhadores na Índia relataram reações alérgicas ao manusear algodão Bt.

05. Pessoas que comem produtos transgênicos por longos períodos podem ter problemas de saúde? Há casos ou evidências disso?

Resp. Uma das afirmações mais anti-científica e perigosa já feita pela indústria de biotecnologia é que milhões de pessoas nos Estados Unidos comeram alimentos transgênicos durante uma década e ninguém ficou doente. Pelo contrário, os transgênicos podem estar contribuindo para sérios problemas de saúde, mas, como ninguém estava monitorando isso, pode levar várias décadas até que seja possível identificar esses problemas.

Nos anos 80, cerca de 100 americanos morreram e entre cinco mil e dez mil ficaram doentes devido a um suplemento alimentar transgênico, chamado L-tryptophan. Apesar de ter havido um esforço concentrado para desviar a culpa para outras causas, é quase certo que a epidemia aconteceu devido ao processo de engenharia genética. A epidemia quase foi ignorada. A razão pela qual foi descoberta foi que os sintomas eram únicos, agudos e apareceram rapidamente.

Na Inglaterra, alergias à soja dispararam em 50% depois que a soja transgênica foi introduzida no mercado. Mas sem pesquisas e testes clínicos em seres humanos, não podemos saber se a soja transgênica é realmente a culpada. Os alimentos transgênicos podem estar contribuindo para vários tipos de problemas de saúde nas pessoas, mas a essa ligação pode não ser descoberta em anos, se é que vai.

Mais Enfermidades Ligadas ao Milho Transgênico Bt. [2]

Evidências posteriores emergem em conexão entre proteínas transgênicas comuns e sérias reações alérgicas enquanto as autoridades fazem ouvidos moucos e continuam aprovando mais plantios. Dr. Mae-Wan Ho

As mesmas proteínas implicadas em dois tipos diferentes de culturas transgênicas

Recentemente relatamos enfermidades e mortes entre os moradores de pequenas comunidades no sul de Mindanao nas Filipinas que há suspeitas de estarem conectadas ao cultivo do milho geneticamente modificado ‘Bt’ com a proteína inseticida da bactéria de solo Bacillus thuringiensis [1] (“GM ban long overdue, five deaths and dozens ill in the Philippines”, SiS29).

Desde então, enfermidades similares estão sendo relatadas no estado da Índia central, Madhya Pradesh, como resultado de exposições ao algodão ‘Bt’ geneticamente modificado com a mesma proteína (s) inseticida, ou similar.

A Índia começou o plantio comercial do algodão Bt em 2002/03 com 38.038 ha (0,78 por cento da área de híbridos), aumentando para 6,4 por cento e 11,65 por cento respectivamente em 2003/4 e 2004/5. Atualmente, cerca de 9 milhões de ha de algodão estão crescendo na Índia, 2,8 milhões são de algodão híbrido.

Madhya Pradesh é o quinto estado que mais planta algodão na Índia, sendo Malwa e Nimad as regiões algodoeiras mais importantes. As variedades de algodão BT plantadas foram desenvolvidas pela Monsanto, e levam a proteína inseticida Cry1Ac (Bollgard) ou ambas, a Cry1Ac e a Cry1Ab (Bollgard II), de acordo com artigo do website da indústria [2].

Os agricultores da região de Nimad no oeste de Madhya Pradesh começaram a se queixar dos perigos sobre a saúde depois que começaram a plantar o algodão Bt. Isto instigou a três membros que representavam um grupo de trabalho de uma coalização de organizações não governamentais a realizarem estudos preliminares em seis comunidades na região de Nimad entre outubro e dezembro de 2005.

Sintomas similares

A equipe entrevistou 23 trabalhadores rurais e de manufaturas que se sentiram doentes depois de terem manuseado o algodão Bt. Todos tiveram comichões na pele, vinte com erupções no corpo e treze com inchaço no rosto. Em alguns casos, a comichão estava tão intensa que tiveram que interromper o trabalho várias vezes, tomando medicamentos antialérgicos para que pudessem voltar às atividades.

A pesquisa resultou num relatório que conclui [3]: “Toda a evidência reunida durante a investigação mostra que o Bt vem causando alergia de pele, do trato respiratório superior e nos olhos entre pessoas expostas ao algodão…. A alergia não está restrita aos trabalhadores rurais envolvidos na colheita, mas também naqueles que carregam e descarregam o produto dos vilarejos para o mercado bem como os que manuseiam ao pesá-lo e descaroçá-lo além dos que armazenam em suas casas e lidam com ele de outras formas.”

O grupo de trabalho consistia do Dr. Ashish Gupta do Jan Swasthya Abhiyan (Movimento de Saúde Popular, Índia); Ashish Mandloi, um emérito graduado pela Faculdade de Barwani e que trabalho com o Narmada Bachao Anolan (Movimento Salve o Rio Narmada) e associado aos Movimentos Nacionais de Aliança dos Povos; e também Amulya Nidhi, ativista da saúde pública que trabalha tanto em Maharastra como em Madhya Pradesh e especializado em Desenvolvimento de Comunidades Urbanas e Rurais além de associado com Shilpi Trust e Jan Swasthya Abhiyan. (nt.: ver a página da Internet: http://www.gmwatch.org/archive2.asp?arcid=6265).

A pesquisa cobriu seis vilarejos nos distritos de Barwani e Dhar da região de Nimad em Madhya Pradesh, entrevistando vários grupos de pessoas envolvidas no manuseio do algodão – mulheres que fazem a colheita, trabalhadores que carregam e descarregam e operários das fábricas que descaroçam o algodão – além do médico local e um cientista agrícola.

Sintomas de alergia nos trabalhadores agrícolas e outros operários que manuseiam o algodão GM Bt.

O grupo detectou sintomas alérgicos em pessoas que têm contato direto com o algodão Bt com suas mãos, pés, rostos, olhos e narizes com aspectos de “doença muito severa.”

A pelo era o local de alergia mais comum: comichões, vermelhidão, erupções e inchaço. De maneira constante, depois de 4-5 horas de exposição a maioria das pessoas reclamava de comichão no rosto e nas mãos. Logo a comichão aumentava e no final da jornada de trabalho, apresentavam vermelhidão nas mãos e na face além de inchaços no rosto. Depois de uma exposição continuada de um a dois dias, pequenas erupções poderiam aparecer na maioria das vezes no rosto. Os sintomas começavam a declinar depois de períodos que variavam de quatro a cinco dias até cinco a seis meses, quando descolorações negras poderiam aparecer sobre a pele.

A população afetada não tinha história pregressa de alergias mesmo que estivessem envolvidos em colheita anterior de algodão.

Aqueles que apresentaram sintomas mais severos na pelo tendiam também a terem alergias associadas aos olhos e trato respiratório. Irritação nos olhos, inchaço, comichões e olhos lacrimejantes afetou 11 de 23 indivíduos; 9 tiveram sintomas no sistema superior respiratório com coriza nasal e excesso de espirros. Três tiveram sintomas brandos enquanto 10 tiveram cada um sintomas que variou de severo a moderado respectivamente.

Uma mulher teve que ser removida das áreas do plantio e levada para o Hospital Distrital de Barwani onde permaneceu por 9 dias.

A fibra vegetal do algodão pareceu ser a causa da alergia. (No caso do milho Bt nas Filipinas, o pólen ficou como sendo o suspeito de ser o culpado principal). O dono da fábrica de descaroçamento Mr. Sunil Patidar disse que sintomas tipo comichão, vermelhidão e umidade dos olhos além de tosse foram detectados em trabalhadores em sua fábrica. A maioria dos trabalhadores tiveram problemas e no ano anterior já foi mais prevalente. Disse que era porque os trabalhadores não terminaram o descarregamento do caminhão que transportava de Maharastra.

Os trabalhadores que trabalham em diferentes fábricas de descaroçamento dizem que a comichão em todo corpo era muito comum e somente quando eles ingeriam Tab.Avil (um medicamento anti-alérgico comum) diariamente tornava-os habilitados para o trabalho.

Kalibai de Kothra disse que ela trabalhou por 20 anos colhendo algodão e nunca apresentou nenhum sintoma até 2004 quando ela sofreu uma forte alergia ao colher o algodão Bt.

O dr.Ramesh de Saigaon, médico ayurvédico, atuava em Aawli, Tal Thikri no distrito Barwani. Disse que ele já recebeu em torno de 150 casos de alergia de dois vilarejos de Aawli e Saigaon em 2005. Em 2004 ele teve mais ou menos 100 casos. Prescreveu a injeção de Dexona e Levocentrigen para a pele e um anti-alérgico em gotas para os olhos.

O dr. Debashish Baner, um cientista agrícola, pensa que o algodão Bt produz a toxina Bt em todos os seus tecidos inclusive as fibras. O grupo de trabalho demanda uma investigação, mas isto significa abandonar os ouvidos moucos.

A bactéria Bt e seus esporos foram conectados anteriormente às reações alérgicas.

As toxinas vêm da bactéria de solo Bacilllus thuringiensis (Bt), cepa comum da qual produz uma grande família de proteínas inseticídicas Cry cada um dirigindo-se a diferentes variações de insetos pestes. Cepas de Bt têm sido empregadas para ser aspergidas para controlar insetos pragas nos EUA por muitos anos antes dos cultivos transgênicos serem criados.

Um estudo publicado em 1999 financiado pela US Environment Protection Agency/EPA (nt.: Agência Norte-americana de Proteção Ambiental) detectou que a exposição das pulverizações do Bt “podem desencadear sensibilização alérgica da pele e indução aos antibióticos IgE e IgG ou a ambos”.

Trabalhadores agrícolas que colheram hortaliças que exigiram pulverização de Bt foram avaliados antes e depois da exposição à pulverização de Bt e um e quatro meses depois. Dois grupos de trabalhadores com baixa e média exposição não expostos diretamente à pulverização de Bt, mas trabalhando em diferentes distancias dos campos pulverizados foram também avaliados. Investigações incluíram questionários, lavagens nasais e bucais, avaliações de funções respiratórias e testes de pele. Para autenticar a exposição para o organismo presente na preparação comercial, bactérias foram isoladas de espécimes lavadas e testadas para os genes Bt pela hibridação DNA-DNA. Imunoglobulinas do sangue G e IgE que responderam aos extratos de esporos e vegetativos Bt foram experimentados.

Testes positivos em puncturas na pele para vários extratos de esporos foram vistos principalmente em trabalhadores. Em particular, houve um aumento significativo no número de testes positivos de pele para extratos de esporos entre um e quatro meses depois da pulverização de Bt. O número de respostas aos testes de pele positivo em grupos de trabalhadores foram também significativamente grandes tanto em altas como em baixas e medias exposições. A maioria das culturas de lavagens nasais de trabalhadores expostos foi positiva dos organismos comerciais de Bt como demonstrado por provas de moléculas específicas genéticas. Antibióticos IgE específicos estavam presentes na maior parte dos trabalhadores de grupos de altas exposições do que de grupos de baixa e média exposição. Antibióticos IgG específicos também ocorrem mais freqüentemente em grupo de alta do que de baixa exposição.

Numa pesquisa de saúde pública anterior com um grande número de pessoas expostas a um programa de pulverização mássica de agrotóxico Bt, alguns dos sintomas relatados incluía brotoeja e inchaço profundo. Um trabalhador desenvolve inflamação na pele, comichões e pele ruborizada com vermelhidão dos olhos. O Bt foi cultivado dos olhos vermelhos.

Em 1992, o Bt foi utilizado num programa de controle da mariposa asiática e foi detectado estar associado com sintomas de renite clássica alérgica (inflamação da mucosa nasal), exacerbação de asma e reações cutâneas entre os indivíduos expostos que reportaram possíveis efeitos de saúde após as operações de pulverização. Descobertas similares ocorreram durante outra aspersão de Bt na primavera de 1994.

Alergias desencadearam 75% dos casos de asma.

Alergenicidade é uma preocupação particular em razão de aproximadamente 75% dos casos de asma serem desencadeados por alergênicos e doenças e mortes foram disparadas em anos recentes. Mortes por asma triplicaram nos EUA de 1.674 em 1977 para 5.438 em 1998. Os custos da asma dobraram de 6,2 bilhões de libras esterlinas em 1990 para 12,7 bilhões em 2000.
Os cultivos Bt foram pela primeira vez introduzidos nos EUA, em 1996, e teve uma rápida expansão em área desde então, com pequeno ou nenhuma pesquisa anterior quanto à toxicidade ou alergenicidade das proteínas Cry liberadas em maiores e maiores quantidades no ambiente. Estudos limitados executados por grupos de pesquisa em Cuba demonstraram que a Cry1Ac é um poderoso antígeno e quando dado como alimento a camundongos, induz a respostas antibióticas similares aqueles obtidos com a toxina da cólera. Além disso, a Cry1ac conecta-se ativamente à superfície interna do intestino delgado do camundongo, especialmente às membranas do bordo em escova nas células que cobrem o intestino delgado [11].

Isto também demonstrou que todas as proteínas Cry nos cultivos Bt têm seqüência de aminoácidos com similaridades ao conhecidos alergênicos [12-14], e que são portanto alergênicos potenciais.

Regulamentadores têm culpa por sua grande negligência.

Por enquanto, a indústria biotecnológica tem agido agressivamente na promoção dos cultivos GM em todo o mundo, especialmente aqueles com os bio-agrotóxicos Bt e em países em desenvolvimento como Índia e as Filipinas. A última pesquisa executada pelo grupo ISAA financiada pela indústria clama que a área dada para os cultivos GM cresceu de 81 milhões de há em 2004 para 90 milhões em 2005 [15]. Os cultivos Bt agora compreendem 29% do total (18% de Bt e 11% misturam Bt e tolerante a herbicida).

Os regulamentadores públicos continuam a aprovar cultivos de Bt apesar do fato de que sucessivas pesquisas realizadas tanto por cientistas como por organizações não governamentais demonstrarem que estes cultivos falharam ao compararem seu desempenho com as variedades locais e os fazendeiros que se deixaram envolver pela agressiva propaganda que findou em débito e pior, em suicídio, até o ponto que uma “crise agrária” fosse declarada em Maharastra.

As últimas evidências dos impactos sérios de saúde conectando o cultivo Bt que chegam, corroboram as descobertas anteriores retornando aos anos oitenta quando poderia ter sido estancado então o desenvolvimento e a aprovação dos cultivos Bt.

Por agora, isto é simplesmente uma grande negligência não ser imposto o banimento de posteriores liberações dos cultivos Bt até que eles tenham sido constatados ser seguros através de pesquisas completamente independentes.

[1] Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná (AEN) / Greenpeace

[http://www.terraverdi.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=91&Itemid=26]

[2] Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha.

[http://www.nossofuturoroubado.com.br/arquivos/maio_09/mais_efermidades_ligadas_ao_milho.html]

http://drpaulomaciel.com.br

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Como funciona a indústria da doença

Como funciona a indústria da doença 2

Artigo escrito pelo médico alemão Matthias Rath

Há toda uma indústria com um interesse econômico inato de obstruir, suprimir e desacreditar qualquer informação sobre a erradicação de doenças por meios naturais. A indústria farmacêutica faz mais de um trilhão de dólares com a venda de drogas para as doenças atuais. Estes medicamentos podem aliviar os sintomas, mas não trazem a cura. Precisamos perceber que a missão desta indústria é ganhar dinheiro com as doenças em curso. A cura ou de erradicação de uma doença vai levar ao colapso de um mercado de trilhões de dólares. Eu os encorajo a ler os seguintes pontos-chave sobre a natureza da indústria farmacêutica e pensar sobre cada um deles.

Agora você vai entender por que somos bombardeados com campanhas publicitárias de empresas farmacêuticas que querem que acreditemos que eles estão “à procura de curas”, “esforçando-se na erradicação de doenças”, “aumentando a expectativa de vida” e outras falsas promessas. Com estas declarações enganosas, a indústria farmacêutica tem sido há décadas capaz de disfarçar a verdadeira natureza do seu negócio – o lucro máximo oriundo das doenças em curso.

Como é que milhões de pessoas ainda estão dispostos a pagar bilhões de dólares em medicamentos que não curam e que com frequência fazem até mal?

Ao longo do século passado, o cartel farmacêutico e seu exército de lobistas se infiltraram em todos os setores da nossa sociedade. Eles construíram estrategicamente um intrincado labirinto de manipulação, engano e controle. Os elementos mais importantes deste sistema estão resumidos na figura que mostramos abaixo.

Como funciona a indústria da doença 1

– Manipulação: Pesquisas para que as drogas sintéticas em vez das terapias naturais sejam vistas como “remédio”.

– Endossamento: Aprovação do “negócio farmacêutico da doença” por médicos e outros profissionais de saúde, recomendando drogas ineficazes. Muitos deles são as próprias “vítimas”, pois são privados da formação adequada sobre medicina nutricional durante a sua formação médica.

– Criação da Ilusão: Campanhas de publicidade multimilionárias na televisão e em outros meios de comunicação que enganam o público sobre a eficácia e os riscos de drogas farmacêuticas.

– Regulação: Influência na regulamentação e na legislação que são criadas por meio de agências reguladoras e políticos, sob a pressão de um exército de lobistas farmacêuticos.

No futuro, nenhuma nação será capaz de se dar ao luxo de pagar essa sobrecarga em sua economia que é proveniente de uma indústria farmacêutica que cresce como um câncer às custas de pessoas, empresas e do setor público. Todos estes grupos estão sendo sufocados à medida em que os custos dos sistemas de saúde pública estão explodindo com medicamentos que não curam.

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Até agora, a indústria farmacêutica tem se apresentado como uma benfeitora da humanidade da qual nenhuma sociedade moderna poderia existir sem. No entanto, uma análise simples da natureza da indústria farmacêutica revela uma imagem realística que pode ser resumida como se segue:

1. A indústria farmacêutica não é uma indústria de saúde que cresceu naturalmente, mas um negócio de investimento criado artificialmente com base na promessa enganosa de entregar saúde.

2. O mercado da indústria farmacêutica é o seu corpo – mas apenas enquanto ele estiver doente.

3. Prevenção, tratamento da causa raiz e acima de tudo, erradicação de doenças diminuem a fatia ou destroem os mercados farmacêuticos, portanto, não fazem parte do interesse desta indústria.

4. A grande maioria dos medicamentos não tem eficácia comprovada e é meramente orientada a combater sintomas.

5. A base do enorme lucro desta indústria não é efetivamente combate às doenças, mas os royalties de patentes de moléculas sintetizadas desconhecidas ao corpo humano.

6. Uma vez que a maioria das drogas farmacêuticas são moléculas sintéticas, elas são tóxicas para o corpo humano e causam com frequência graves efeitos secundários, novas doenças ou até mesmo a morte.

7. Para ocultar este esquema de enganação global, a indústria farmacêutica gasta mais dinheiro disfarçando seu modelo de negócio enganador do que em pesquisa. Este dinheiro é utilizado em publicidade, lobby e outras contra medidas.

8. Vitaminas e outras terapias naturais de saúde estão ameaçando o pilar da atividade farmacêutica, por duas razões: primeiro, elas previnem ou tratam a causa raiz das doenças mais comuns da atualidade; e em segundo lugar, elas geralmente não são patenteáveis e, portanto, têm baixas margens de lucro.

9. As terapias naturais de saúde e a “indústria da doença” são incompatíveis e não podem coexistir.

10. Uma pré-condição para a prosperidade da indústria farmacêutica a longo prazo é a eliminação de terapias naturais.

O médico Matthias Rath, grande defensor de pesquisas e tratamentos alternativos

Médico Matthias Rath, grande defensor de pesquisas e tratamentos alternativos.

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Estudantes da UFSC desenvolvem carro elétrico

O grupo conseguiu desenvolver o veículo elétrico por meio de financiamento coletivo. A previsão é que esteja rodando e à disposição do mercado em 12 meses.

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Mídias sociais estão isolando usuários em bolhas de informação

sociamedia.piramidal.net

Gueto virtual

Pessoas que concentram sua busca por notícias e informações nas mídias sociais têm um grande risco de ficarem presas em uma “bolha social coletiva”, vivendo em uma espécie de “gueto virtual”, onde só veem o mundo com os olhos do seu grupo.

“Estes resultados fornecem a primeira comparação empírica em larga escala entre a diversidade de fontes de informação alcançadas através de diferentes tipos de atividade on-line,” explica o professor Dimitar Nikolov, da Universidade de Indiana (EUA).

Ele analisou mais de 100 milhões de cliques na web e 1,3 bilhão de mensagens públicas postadas nas mídias sociais e comparou com o acesso às notícias pelos mecanismos de busca.

“Nossa análise mostra que as pessoas acessam informações coletivamente de uma gama significativamente mais limitada de fontes nas mídias sociais em comparação com os motores de busca,” relata.

Mídias sociais estão isolando usuários em bolhas de informação

Bolha social coletiva

No geral, a análise constatou que as pessoas que acessam notícias vindas das mídias sociais são expostas a uma diversidade significativamente menor de fontes de informação do que os usuários que acessaram informações utilizando os motores de busca.

Isso está gerando o que a equipe chama de uma “bolha social coletiva”, com as notícias sendo compartilhadas dentro de comunidades de indivíduos que pensam de forma parecida.

Esse isolamento diminui a probabilidade de que essas pessoas sejam expostas a pontos de vista diferentes, alternativos ou críticos, que poderiam ampliar seus horizontes e aumentar sua própria capacidade de análise das situações.

pessoas continentes

Sobrecarga de informações

Nikolov acredita que as pessoas podem estar adotando esse comportamento como um mecanismo de enfrentamento da “sobrecarga de informações”, sem se dar conta de que filtrar o acesso a informações usando plataformas de mídia social, como o Facebook, limita seus horizontes àqueles que eles compartilham com seus amigos atuais.

Essa conclusão está de acordo com outra pesquisa recentemente publicada na revista Science, que mostrou que o Facebook cria bolhas de realidade para seus usuários.

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O encantador de búfalos

encantador de bufalos piramidal.net

Antonio Trierweiler é veterinário especializado em bubalinos. Mas o que o torna diferente é o fato de amansar e atrair os animais por meio do som de música gospel tocada no violino

Ana Flávia Hantt

No interior do município de General Câmara, depois de andar por estradinhas de chão serpenteantes e um tanto quanto esburacadas, chega-se a uma fazenda onde se cria búfalos para reprodução, trabalho no campo e corte. Nada anormal para uma região que possui inclusive uma festa para homenagear o animal. No entanto, na morada de tijolos à vista do veterinário Antonio Trierweiler, os búfalos se tornam muito mais do que simples animalões de cerca de uma tonelada cada.

A música os transforma. Mas não é qualquer melodia. Os bubalinos reagem a uma música em especial: a música gospel Amazing Grace. Quando tocada por Trierweiler, os animais começam um trote silencioso pelas pastagens. Os búfalos são atraídos pelo som, mesmo estando a 200, 300 metros de distância.

Mais do que ter um gosto refinado por música clássica, os búfalos do veterinário se tornam carentes ao ouvi-la. Querem carinho, atenção. Querem ser alisados e mimados. Animais que possuem força para serem comparados a tratores e uma cara preta nem sempre amistosa tornam-se dóceis animaizinhos de estimação. E tudo, garante Trierweiler, devido à música.

Esta reação foi notada pelo veterinário de 46 anos em 2003. Integrante das orquestras de Lajeado e da Universidade de Santa Cruz do Sul, ensaiava no alpendre de sua casa, quando dois animais que estavam sendo preparados para a Expointer reagiram à melodia. “Toquei várias músicas e nesse ínterim eles apenas olhavam na minha direção e continuavam a pastar. Foi então que comecei a tocar Amazing Grace e para minha surpresa eles vieram ao meu encontro.” Como profissional especializado em bubalinos, resolveu fazer experiências: tocou em épocas e horários diferentes. Os animais? Sempre reagiam à canção.

encantador de bufalos 2 piramidal.net

ENCANTADOR DE BÚFALOS

No mesmo ano, Antonio Trierweiler ganhou a denominação de encantador de búfalos na Expointer. Munido com seu violino, saiu tocando a música pelo parque de exposições na cidade de Esteio, tendo em seu encalço os dois búfalos que participavam da competição. Assim, acabou amansando os animais.

Trierweiler iniciou a criação de búfalos em 1980, sendo que o gosto pela espécie deve-se às suas qualidades intrínsecas, como longevidade, rusticidade e fertilidade. A docilidade é outro fator que atraiu o veterinário. Atualmente, dos 77 animais que possui, alguns são tão amorosos que passaram a praticamente integrar a família do veterinário.

O búfalo Índio, um touro de 990 quilos e seis anos de idade, é, literalmente, o cachorrinho da família. Animal de estimação de Carlinhos, de cinco anos, filho do veterinário, é tri-grande campeão da sua raça e nunca foi vendido por ser o preferido do menino. Desde um ano de idade, Carlinhos monta em seu lombo e passeia pelo quintal da casa.

Esse é também o caso de Marajó, um macho de seis anos amansado para montaria, tração e para o arado. No seu rebanho de cria, uma fêmea conhecida como 47, ao ver o criador se aproximar, fica quieta, apenas esperando receber carinho. “Quem conhece búfalos sabe que eles andam todo o tempo juntos. Ela chega a se separar do resto para me esperar”, mostra, ao mesmo tempo em que afaga o animal.

A docilidade de alguns, inclusive, os salvou do abate. O búfalo 16, que integra o rebanho de engorda, não será vendido para corte por já ter conquistado a afeição de Antonio. Quando toca sua canção, o animal se aproxima do músico e não se afasta até ter satisfeito completamente a sua necessidade de atenção.

O SEGREDO

Apesar de ser técnico de registro genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos e músico desde criança, Antonio Trierweiler não sabe por que a música Amazing Grace em particular surte efeito nos bubalinos. O músico suspeita que seja a vibração das notas, que, de alguma maneira, soa familiar aos animais. Com memória de fazer inveja a qualquer humano, os búfalos, uma vez amansados ou adestrados, não esquecem o aprendizado, assim como também não esquecem os maus tratos.

Da mesma forma, quem assiste Antonio Trierweiler atraindo dezenas de búfalos pelas pastagens de sua fazenda apenas com o som do violino não esquece. E mesmo não sabendo como isso acontece, o veterinário sabe o suficiente para manter uma relação de amizade com os seus animais. “Não devemos ter raiva nem medo, pois a adrenalina provocada por estes sentimentos é percebida pelo faro, provocando neles uma reação de hostilidade por representarmos perigo a eles.” O segredo, então, é entrar nas pastagens com o coração aberto? “De coração aberto e violino em punho.”

fontes:
Revista Exceção, Ano 4, num.4, 2009.

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Felicidade é contagiosa, depressão não

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Contágio das emoções

Vários experimentos já demonstraram que a felicidade é contagiosa e até que algumas emoções “pegam” até mesmo pela internet.

Mas também se demonstrou que a solidão pode ser tão contagiosa quanto um resfriado.

Por isso, e devido à sua disseminação em termos mundiais e em quase todas as faixas etárias, o professor Frances Griffiths, da Universidade de Warwick (Reino Unido) queria saber se a depressão também poderia ser contagiosa.

Mas parece que ter amigos ou familiares com depressão não afeta a saúde mental e emocional das pessoas.

Amizades saudáveis

“A depressão é um grande problema de saúde pública mundial. Mas a boa notícia é que descobrimos que um clima saudável entre amigos está relacionado com um risco significativamente reduzido de desenvolver depressão, e uma maior chance de recuperação da depressão,” disse Griffiths.

Mais especificamente, os dados mostram que a depressão não se espalha pela rede de amigos: Ter amigos saudáveis diminui pela metade a probabilidade de desenvolvimento da depressão e dobra a chance de recuperação no período de seis a doze meses.

“Nossos resultados têm implicações para melhorar o humor dos adolescentes. Em particular, eles sugerem a hipótese de que incentivar redes de amizade entre os adolescentes pode reduzir a incidência e a prevalência da depressão nessa faixa etária,” disse Griffiths.

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Papel da serotonina varia em diferentes tipos de ansiedade

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Pesquisadores da USP descobriram que o papel desempenhado pela serotonina varia nos diversos tipos de transtornos de ansiedade. A expectativa é que essa descoberta leve a um aprimoramento do diagnóstico e do tratamento desses transtornos. Em pessoas com transtornos de ansiedade, existem pelo menos dois grupos que apresentam respostas diferentes a variações abruptas nos níveis de serotonina, conforme o tipo de transtorno.

Ansiedades diferentes

Em um dos grupos, o transtorno está mais relacionado a ameaças potenciais de risco imediato.

“Isso ocorre em casos de transtorno de estresse pós-traumático, fobia social e transtorno do pânico. Nessas situações, mais associadas ao medo, a redução muito rápida da serotonina tende a aumentar a sensibilidade aos estímulos temidos pelo portador do transtorno,” relata Felipe Corchs, que realizou o estudo em conjunto com seu colega Marcio Bernik.

Quando o transtorno envolve ameaças potenciais distantes, como ansiedade generalizada e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), a queda abrupta da serotonina não provoca o aumento da sensibilidade aos estímulos causadores de sintomas.

“Embora os dois grupos de pacientes sejam tratados com o mesmo tipo de medicação, o controle dos distúrbios se dá a longo prazo”, aponta o pesquisador. “A análise demonstra que a redução de serotonina influência os pacientes de modos diferentes, conforme o tipo de transtorno de ansiedade”.

Classificação dos transtornos de ansiedade

De acordo com o pesquisador, novos estudos precisam ser desenvolvidos com metodologia específica para identificar as características clínicas exatas dos pacientes que têm esses dois perfis farmacológicos de forma independente dos atuais critérios diagnósticos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).

“Isto poderá contribuir para o delineamento de critérios diagnósticos baseados em etiologia, ou seja, do ponto de vista não dos sintomas, mas dos efeitos no cérebro”, concluiu.

Triptofano

A evidência é baseada no estudo dos efeitos da redução abrupta dos níveis do triptofano, aminoácido precursor da serotonina, que faz a comunicação entre neurônios.

O triptofano não é produzido pelo organismo, sendo incorporado ao corpo humano por meio da alimentação (ingestão de proteínas).

Por ser o único único precursor da serotonina, sua redução abrupta culmina em queda abrupta também dos níveis de serotonina, que funciona como neurotransmissor nas células do sistema nervoso entre outras funções. Dessa forma, divergências nos efeitos dessa diminuição sobre os sintomas dos transtornos estudados permitiram avaliar supostas diferenças no papel da serotonina em subgrupos de transtornos agrupados sob o termo “transtornos de ansiedade”.

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Centenas de estudos sobre diabetes podem ter falhas

diabetic

Anos de pesquisa sobre diabetes, realizadas em camundongos cujo DNA é alterado com um gene do hormônio do crescimento humano, agora precisarão passar por uma reinterpretação dos seus resultados. Camundongos geneticamente modificados vêm sendo utilizados nas pesquisas científicas e médicas há mais de trinta anos.

Para acelerar a manipulação genética necessária para fazer os animais servirem como modelo para a doença humana, juntamente com as modificações adequadas no DNA, os cientistas inserem também um gene do hormônio de crescimento humano, assumindo que o DNA desse hormônio permanecerá firmemente encapsulado no DNA modificado do camundongo.

Mas parece que não é isso o que acontece, e agora descobriu-se que os camundongos começam a produzir seu próprio hormônio do crescimento, alterando sua produção de insulina, o que afeta os resultados das pesquisas.

Produção de insulina

Frans Schuit e John Creemers, da Universidade Católica de Leuven (Bélgica), constataram que as camundongos fêmeas geneticamente modificadas para pesquisas sobre diabetes apresentam sintomas de gravidez, apesar de não estarem grávidas

Indo mais a fundo, eles descobriram que este estado similar à gravidez é causado pelo hormônio do crescimento humano.

“Nos camundongos, o hormônio do crescimento humano tem o mesmo efeito que os hormônios produzidos pela placenta das fêmeas grávidas. Exatamente como na gravidez, as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina se alteram. Elas aumentam em número e começam a produzir mais insulina. E acontece que é exatamente isso o que nós estudamos nas pesquisas sobre diabetes,” explica o professor Schuit.

Ciência inválida

A dupla identificou cerca de 250 estudos científicos publicados sobre diabetes feitos com esses camundongos “contaminados”.

“Em muitos deles, os pesquisadores estavam olhando para ver se um determinado gene desempenhava um papel na produção de insulina. Os camundongos geneticamente modificados distorcem os resultados por causa do hormônio de crescimento humano, de modo que, em muitos casos, o efeito desse gene foi sobrevalorizado ou subvalorizado. Esses resultados devem agora ser reinterpretados,” disse o professor Creemers.

Recentemente vários estudos genéticos sobre a longevidade foram invalidados por problemas na manipulação dos animais usados naquelas pesquisas.

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