Terapia magnética ganha status de disciplina científica

As propriedades terapêuticas e curativas dos materiais magnéticos são difundidas desde a Grécia Antiga. Mas, até agora, não havia evidências científicas que dessem embasamento à crescente indústria de braceletes, palmilhas e uma série de outros produtos disponíveis comercialmente no mundo todo para a prática da chamada terapia magnética.

Terapia magnética

A fama e o uso disseminado desses acessórios magnéticos chamou a atenção de uma equipe de médicos norte-americanos, que descobriram que pelo menos algumas das apregoadas vantagens terapêuticas dos magnetos são realmente verdadeiras. A terapia magnética é mesmo eficiente, por exemplo, no aumento do fluxo sangüíneo.

A descoberta poderá permitir que essas técnicas de terapia magnética sejam melhor exploradas e utilizadas por atletas e até por pessoas sujeitas a momentos de grande exigência física e mental, como estudantes durante as provas do vestibular.

Efeitos sobre a circulação

As empresas que comercializam magnetos anunciam que seus produtos servem para o tratamento de diversos males, da artrite à depressão. A equipe do Dr. Thomas Skalak se concentrou na pesquisa dos efeitos dos materiais magnéticos sobre a microcirculação – o fluxo de sangue nos menores vasos sangüíneos do corpo humano.

Skalak e sua orientanda Cassandra Morris se concentraram inicialmente no maior argumento utilizado pelas empresas que vendem produtos para terapia magnética: o argumento de que os ímãs melhoram o fluxo sangüíneo.

Melhoria do fluxo sangüíneo

As pesquisas feitas em animais deram forte suporte a este argumento, representando provavelmente a primeira evidência científica documentada e academicamente aceita de que a terapia magnética possa ter utilidade real para tratamentos que requeiram um aumento no fluxo sangüíneo localizado.

No estudo, ímãs de 70 miliTesla – cerca de 10 vezes mais fortes do que um ímã de geladeira – mostraram um forte efeito, contraindo vasos que haviam sido artificialmente constritos e contraindo vasos que haviam sido artificialmente dilatados. Os resultados mostram que a terapia magnética pode induzir o relaxamento de vasos em tecidos com suprimento de sangue deficiente – ou seja, os ímãs realmente aumentam a circulação sangüínea.

Tratamento de inflamações e inchaços

Em outro teste, os pesquisadores avaliaram o efeito dos magnetos sobre inflamações causadas por traumas. A dilatação dos vasos sangüíneos é uma das principais causas de inchaços no caso de traumas em áreas de tecidos moles, como músculos e ligamentos.

Também nesse caso os ímãs tiveram um efeito fortemente positivo, combatendo o inchaço sem a apresentação de nenhum efeito colateral. Os testes mostraram que os magnetos reduzem significativamente os inchaços, principalmente se forem aplicados logo após o trauma.

Terapia magnética para atletas

Os cientistas agora planejam estender os estudos para pacientes humanos, utilizando atletas de ponta como cobaias. Eles descobriram que a força do magneto – a intensidade do seu campo magnético – é um elemento-chave na redução dos inchaços e que essa característica ainda não é explorada pelos equipamentos de terapia magnética disponíveis comercialmente.

“Nós agora esperamos implementar uma série de passos, incluindo parceiros privados e eventualmente um grande sócio corporativo, para concretizar essa infinidade de aplicações que irão fazer uma diferença positiva para a saúde humana,” diz Skalak.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

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A Medicina Doente

Por Jomar Morais

(Capa da Revista Super Interessante em maio de 2001)

Mortes provocadas por remédios que deveriam curar, exames e cirurgias caros e desnecessários, tratamento desumano de pacientes. Um conjunto de distorções abala a confiança nos médicos e expõe a crise sem precedentes por que passa a medicina.

Flagrante do cotidiano em um consultório médico do terceiro milênio: o executivo Roberto entrega ao doutor um calhamaço de exames e logo fica sabendo que sua saúde não anda bem. O colesterol alcançou a estratosférica taxa de 800 miligramas por decilitro – mesmo no futuro, uma taxa superior a 250 miligramas indica que o sujeito vai mal –, o que faz de Roberto um candidato fortíssimo a ter um infarto fulminante. O caso exige cuidados imediatos. Mas, ao contrário do que ocorre hoje, o médico não saca a caneta para gerar uma prescrição. Limita-se a digitar em um banco de dados online a seqüência de genes das células sangüíneas do executivo e a aguardar, por alguns instantes, o trabalho de uma pequena impressora. É dali que emerge uma receita completa e específica com a indicação, entre quase 200 remédios disponíveis no mercado, daquele que melhor interage com o paciente.

É tudo tão rápido que a tradicional consulta médica dura só alguns minutos. Afinal, são máquinas inteligentes, conectadas a bancos de dados colossais, que se encarregam praticamente sozinhas do diagnóstico, levando em consideração todas as características orgânicas e genéticas do paciente, seu histórico médico, entre outros parâmetros. Transformado em simples intermediário entre o paciente e a tecnologia, ao doutor cabe apenas alimentar o sistema com dados de análises de sangue e tecidos orgânicos realizadas – adivinhe – por outros engenhos eletrônicos. É o máximo em automação e customização do atendimento, num contexto em que a prescrição de uma simples aspirina pode mobilizar e cruzar milhões de informações.

Com certeza você ainda não conhece nenhum médico que trabalhe assim, apesar da parafernália tecnológica já utilizada pela medicina moderna. Mas o quadro descrito acima deverá fazer parte da vida real nos próximos cinco anos, graças a um novo ramo da ciência que une a farmacopéia às descobertas recentes sobre o genoma humano – a farmacogenômica. O curioso é que, em vez de trazer a certeza de que, nessa cena futurista, os serviços médicos atingirão o ápice em qualidade, a promessa de mais automatismo na medicina só atiça uma polêmica emergente em todo o mundo: o modelo biomédico, sobre o qual se apóiam as rotinas atuais de clínicas e hospitais – e também a produção de medicamentos –, atende, de fato, às necessidades do homem no campo da saúde?

Eis aí um paradoxo. Enquanto a intimidade microscópica do organismo é devassada pela ciência e mais e mais recursos high-tech são incorporados aos sistemas de diagnóstico e terapia, cresce também a insatisfação das pessoas com os custos, o atendimento, e, sobretudo, com a promessa fria de eficácia dos procedimentos médicos. “Em todos os setores a sofisticação tecnológica reduziu custos e aumentou a satisfação do cliente, exceto na medicina”, diz Flávio Corrêa Próspero, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. Hoje as pessoas buscam muito mais os médicos do que no passado, gastam pequenas fortunas com exames, estão quase que continuamente tomando algum remédio e, no final, sempre descobrem que não se livraram de antigas complicações ou que contraíram alguma das novas doenças que não param de engordar a lista oficial de moléstias catalogadas – ela já soma 30 000 itens. Além disso, a tecnologia médica parece ter promovido o distanciamento entre o terapeuta e o paciente, desumanizando a prática profissional e abalando uma relação milenar associada ao processo de cura. A julgar pelo novo horizonte trazido pela farmacogenômica, esse fosso deverá ampliar-se ainda mais quando as máquinas de prescrição invadirem os consultórios.

A noção de que há algo errado com a medicina como a conhecemos é consensual. Falam disso usuários e críticos dos serviços de saúde. E também os próprios médicos, tradicionalmente uma das categorias profissionais mais marcadas pelo corporativismo. O que varia são as leituras da situação, que apontam causas e soluções distintas para o problema. Outro sinalizador da crise que, aos poucos, se instala na área da saúde é a corrida de usuários da medicina convencional para as chamadas terapias alternativas, métodos de cura baseados em paradigmas que se opõem ao modelo médico hegemônico, geralmente originárias do Oriente. Na França, estima-se que 82% dos pacientes superpõem a seus tratamentos na medicina oficial as terapias alternativas. Nos Estados Unidos, 35% da população já freqüenta consultórios de homeopatas, acupunturistas e outros terapeutas que não fazem uso de drogas químicas, os chamados remédios alopatas. Inflando a onda de contestações, há uma série de falhas que contribuem para minar a confiança de pacientes nos ritos médicos tradicionais.

Medicamentos matam mais de 100.000 norte-americanos por ano

Tomem-se, por exemplo, alguns números dos Estados Unidos, o centro médico mais avançado do mundo. Ali, segundo estimativa da própria Associação Médica Americana, a cada ano 2,2 milhões de pessoas contraem doenças e outras 106 000 morrem devido a efeitos colaterais de medicamentos, a quarta causa de óbitos no país. Um espanto quando se considera o rigor da FDA, a agência federal de controle de drogas. O órgão costuma autorizar a comercialização de um novo remédio somente após uma seqüência de estudos que envolvem milhares de pacientes ao longo de cinco ou mais anos. (No Brasil, quinto país do mundo em consumo de medicamentos, a Fundação Oswaldo Cruz estima em 24 000 as mortes anuais por intoxicação medicamentosa.) Nos hospitais, 98 000 americanos teriam morrido, no ano passado, vitimados por erros médicos grosseiros. Mas Janet Corrigan, diretora de Serviços de Saúde do Instituto de Medicina (IoM), um órgão do governo, acha que o número foi subestimado. “O erro médico tem sido ocultado”, diz Janet. O número seria maior se computados os casos ocorridos em casas de repouso, prontos-socorros e consultórios. Incluam-se nesse rol de problemas as queixas contra efeitos colaterais das vacinas – foram 108 000, no ano passado, apenas através do site do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos – e se perceberá que o raio-x da medicina oficial está marcado por nódulos e obstruções.

Seria loucura negar, sob o pretexto dessas distorções, a contribuição dos serviços médicos à melhoria da qualidade de vida e à longevidade no mundo atual. Quem, vivendo em algum lugar minimamente civilizado, não conhece pelo menos um caso de alguém salvo da morte ou libertado da doença graças à pronta intervenção médica? O que os problemas em debate revelam é que essa contribuição pode estar aquém do que se imagina, numa relação custo-benefício bastante desfavorável para quem paga a conta – o paciente. Um estudo da Universidade Stanford, dos Estados Unidos, com o objetivo de aferir os fatores que levam uma pessoa a viver mais de 65 anos, mostrou que a assistência médica é o que menos pesa: apenas 10% num conjunto em que o estilo de vida participa com 53%, as condições ambientais com 20% e a herança genética com 17%. É muito pouco quando se compara esse percentual aos preços salgados e aos lucros gordos que envolvem a assistência médica.

Cerca de 85% dos exames solicitados têm resultados negativos

Na última década, os serviços médico-hospitalares cresceram em torno de 12% ao ano nos Estados Unidos. Estima-se que eles responderão por 15% do PIB americano este ano, algo em torno de 1,3 trilhão de dólares. (Isso dá mais de duas vezes o PIB brasileiro.) Em média, cada cidadão americano gasta 4 800 dólares por ano com consultas médicas, exames e internações. No Brasil, onde a assistência médica compõe 4% do PIB (algo como 24 bilhões de dólares), a Fundação Getúlio Vargas estima que na cidade de São Paulo, o maior centro médico do país, a indústria da saúde cresce em torno de 15% ao ano.

Os números de Stanford apontam para problemas que, até há pouco, se mantinham encobertos pela suposição de que a simples sofisticação tecnológica e a variedade de drogas produzidas pela indústria farmacêutica bastavam para derrotar tanto as velhas doenças quanto as novas moléstias. Sabe-se agora que é enorme o desperdício na utilização da tecnologia – um dos principais fatores dos altos custos médicos –, bem como o abuso na prescrição de remédios e indicação de cirurgias. “A escola americana de medicina, modelo seguido no Brasil, é muito intervencionista”, afirma a doutora Regina Parizi, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. “Nesse modelo apela-se demais à cirurgia e aos procedimentos agressivos.” Compare: enquanto no Japão apenas um em cada 100 000 habitantes é submetido a algum tipo de cirurgia coronária por ano, nos Estados Unidos essa proporção sobe para 61 por 100 000. Não há também justificativa lógica para o fato de 51% dos partos no Estado de São Paulo acontecerem mediante operações cesarianas.

Na verdade, diz o psiquiatra paulistano e doutor em psicossomática Wilhelm Kenzler, cerca de 85% dos exames solicitados pelos médicos – o número varia de seis a 28 na consulta inicial – apresentam resultados negativos. E mais de 90% dos diagnósticos se resumem nas siglas NDN (nada digno de nota) ou DNV (distúrbio neurovegetativo, ou seja, uma crise nervosa). Mesmo assim a maioria dos pacientes volta para casa com uma receita de medicamento, cujo uso – dispensável na maioria dos casos, como se pode perceber – pode ser o ponto de partida de “doenças iatrogênicas”, aquelas que são causadas por tratamentos médicos inadequados.

Eis aqui outro paradoxo. Enquanto se queixam do relacionamento frio e impessoal com a medicina, os pacientes cada vez mais transferem para os médicos e seu arsenal químico e tecnológico a responsabilidade pela própria saúde e a de seus familiares. Não raro, são eles próprios que acionam o circuito do desperdício e da dependência, pressionando pela prescrição de exames e de drogas. Se isso não acontece, costumam entrar em pânico ou duvidar do profissional, como afirma o pediatra americano Wells Shoemaker. Ao atender em seu consultório, no interior da Califórnia, um menino acometido de resfriado comum, o médico recomendou apenas repouso e boa alimentação. Para sua surpresa, a mãe da criança, inconformada, exclamou que não voltaria para casa sem uma receita. “Meu filho precisa de antibióticos”, disse a mulher. “É assim que ele cura seus resfriados.” O pediatra ainda tentou explicar que antibióticos combatem bactérias e não vírus, os causadores de resfriados, além de serem substâncias perigosas, com muitos efeitos adversos no organismo. Em vão. Aos berros, a mãe do menino encerrou a consulta: “Vou procurar um doutor que saiba cuidar de crianças”.

Mas, afinal, o que está mesmo acontecendo com a medicina? Por que tantos exageros e descontentamentos numa época em que o conhecimento das ciências médicas, segundo o doutor em neurofisiologia Renato Sabbatini, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, em Campinas, dobra a cada três anos e em que não existe limite para a tecnologia que desbrava o corpo humano? “Isso ocorre devido a três pontos críticos”, diz Wilhelm. “À despersonalização, à tecnificação e à mercantilização da medicina.” Na raiz desses males estaria o próprio conjunto de conceitos e hipóteses que fundamentam a moderna prática médica – o modelo biomédico moldado há três séculos.

Para entendê-lo é necessário recuar no tempo para encontrar dois marcos na história do conhecimento: o físico inglês Isaac Newton e o filósofo francês René Descartes. No século XVII, Newton concebeu o universo como um imenso mecanismo de relógio, possível de ser compreendido a partir do estudo de suas partes. Na mesma época, Descartes estabeleceu a visão dualista do homem, separando mente e corpo como entidades independentes. Nos séculos seguintes, tais idéias constituíram o cerne do que hoje é conhecido como o paradigma cartesiano-newtoniano, base de todos os sistemas conceituais nos diversos ramos da ciência. Na medicina, a aplicação do paradigma mecanicista deu ênfase ao estudo isolado de órgãos e tecidos, o que foi reforçado ainda mais pelos grandes avanços da microbiologia no século XIX.

O modelo biomédico consiste basicamente em três premissas: o corpo é uma máquina, a doença é conseqüência de uma avaria em alguma de suas peças e a tarefa do médico é consertá-la. A partir daí é que se determinou a prática médica atual, a organização da assistência à saúde e a formação dos recursos humanos nessa área, caracterizando-se a ruptura com a tradição inspirada no grego Hipócrates (século V a.C.) e seus valores humanísticos. “As raízes da medicina hipocrática se assentavam na filosofia da natureza e seu sistema teórico partia de uma visão holística que entendia o homem como um ser dotado de corpo e espírito”, afirma Dante Gallian, pesquisador do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde da Universidade Federal de São Paulo. O médico clássico era um filósofo. Conhecia a alma humana e a cultura local, andava muito próximo de seus pacientes e atuava como conselheiro em assuntos como o despertar da sexualidade nos adolescentes, os problemas de relacionamento do casal e outras questões da vida familiar. Diante das limitações terapêuticas, permanecia ao lado do enfermo e seus familiares, ajudando-os no sofrimento e na preparação para a morte. A figura romântica desse clínico geral foi sepultada pela explosão das especializações no século XX, quando o reducionismo impôs-se de vez à prática médica ocidental. O médico, então, tornou-se um técnico, um especialista com grande conhecimento específico e quase sempre sem noção do todo.

A indústria farmacêutica quer faturar 400 bilhões de dólares em 2002

Note: a implantação do modelo biomédico não emergiu do nada, mas de uma convergência de fatores históricos e culturais que validaram, na época, os axiomas básicos da medicina ocidental como a conhecemos. O trabalho do químico francês Louis Pasteur, pioneiro no estudo dos microorganismos, é talvez o pilar mais importante desse modelo. Pasteur demonstrou a correlação entre bactérias e doenças e atribuiu a micróbios específicos a causação de doenças específicas. Opôs-se assim a Claude Bernard, cuja teoria, muito difundida no século XIX, apresentava a doença como resultado de uma perda de equilíbrio do organismo provocada por fatores externos e internos. Bernard afirmava que os micróbios são inócuos e que o corpo do homem é hábitat natural de bactérias, úteis à eliminação de toxinas. Em apenas 1 mililitro de saliva humana, por exemplo, existem 150 milhões de bactérias. Essa coexistência pacífica dos microorganismos com o nosso corpo só seria rompida, segundo Bernard, quando este, agredido por fatores ambientais e hábitos não saudáveis, se desregulasse e se transformasse em um “terreno” propício ao surgimento de doenças. Em vez de ser a causa primária das doenças, as bactérias seriam manifestações sintomáticas de um distúrbio fisiológico oculto. Os danos a tecidos e órgãos, na tese de Bernard, decorreriam da reação excessiva do organismo provocada por descontrole dos mecanismos de defesa.

Pasteur, que, além de pesquisador meticuloso era um polemista hábil, acabou infundindo sua teoria, favorecido pela eclosão, na Europa, de epidemias que lhe permitiram demonstrar o conceito de causação específica. Desde então, o combate aos microorganismos geradores de doenças passou a ser o foco da medicina ocidental em sua pretensão de tornar-se uma ciência exata. No século XX, o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra enfermidades infecciosas, especialmente os antibióticos, os antidepressivos e a descoberta do hormônio cortisona e seu poder antiinflamatório, selaram o triunfo do modelo biomédico no controle de males devastadores. Também a eficácia da medicina de emergência em casos de acidentes, infecções agudas e outros imprevistos contribuiu para esse êxito. Os novos recursos da medicina e da farmacologia passaram a ser vistos como os grandes responsáveis pela melhoria das condições de saúde e o aumento da expectativa de vida nos últimos 100 anos. (Em 1900 um brasileiro vivia, em média, 37 anos; hoje vive 68, quase o dobro.)

O brilho de tanto sucesso ofuscou por várias décadas questões como o perigo dos efeitos colaterais dos medicamentos, a influência dos fatores sociais, econômicos e culturais no aumento da expectativa de vida e a contribuição poderosa dos processos psíquicos e dos hábitos para a saúde do organismo. Mas, nos últimos tempos, pesquisas como a da Universidade Harvard, atestando a supremacia do estilo de vida entre os fatores de saúde e longevidade, trouxeram para o centro do debate antigos argumentos. Um deles, apresentado pelo inglês Thomas Mckown, em seu livro The Role of Medicine: Mirage or Nemesis (O papel da medicina: ilusão ou castigo), ainda inédito no Brasil, é o que atribui o enorme declínio da mortalidade, a partir do século XVIII, ao aumento da produção de alimentos, com reflexos na nutrição das pessoas, à melhoria das condições de higiene e saneamento e à redução da pobreza. Segundo Thomas, as principais doenças infecciosas já tinham atingido o seu pico e estavam em declínio bem antes da chegada dos antibióticos ou das campanhas de imunização, fato que demonstraria a responsabilidade modesta que a intervenção médica teve naqueles casos. Quando a vacina contra sarampo foi adotada nos Estados Unidos, em 1964, por exemplo, o índice de mortes provocadas pela doença já havia declinado 95% desde 1915.

Metade dos médicos brasileiros atua no eixo Rio-São Paulo

Seja como for, os medicamentos passaram a ser vistos como a chave para a cura de todos os problemas de saúde. E, como conseqüência, a produção de remédios tornou-se um dos negócios mais lucrativos do planeta, detalhe que veio a influenciar profundamente o ensino e a prática da medicina. A aliança das ciências médicas com a indústria farmacêutica, ainda hoje um dos muitos temas tabus entre os médicos, foi notada pela primeira vez no início do século XX, quando a Associação Médica Americana promoveu uma pesquisa sobre as escolas de medicina. O objetivo do estudo era proporcionar uma base científica à formação do médico. Mas havia um objetivo paralelo: selecionar escolas que receberiam verbas vultosas de fundações como a Rockefeller e a Carnegie, desde que atendessem a critérios preestabelecidos. A pesquisa deu origem ao chamado Relatório Flexner, documento que influenciou a reforma do ensino médico nos Estados Unidos.

“O interesse do big business não é curar, mas manter as doenças sob controle de remédios”, diz Wilhelm. Segundo o psiquiatra, que também é professor de medicina psicossomática na Faculdade de Medicina Santo Amaro, em São Paulo, a grande indústria farmacêutica mobiliza bilhões de dólares para financiar escolas e centros de pesquisa médica, além de cortejar médicos e pesquisadores com mordomias que incluem viagens a congressos e estágios no exterior. “O pesquisador passa a ser praticamente um colaborador do laboratório farmacêutico e o médico, um de seus propagandistas”, afirma Wilhelm. A finalidade desses estudos seria quase sempre validar novos produtos prestes a entrar num mercado novo.

Há 20 anos, o mercado global de medicamentos movimentava apenas 12 bilhões de dólares. Agora a indústria farmacêutica quer chegar a 2002 faturando 400 bilhões de dólares. É como se dois terços de toda a riqueza produzida no Brasil no ano passado fosse empregada apenas na compra de remédios alopáticos. Mas o que move a parceria da indústria farmacêutica com a pesquisa e o ensino médico não é o mero desejo de lucro, diz Serafim Branco Neto, secretário Executivo da Abifarma, a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica. “Perde-se muito dinheiro em pesquisas que não chegam a nada ou desaconselham o uso de algum novo produto.” Segundo Serafim, o valor médio investido na pesquisa de uma única nova droga é de 400 milhões de dólares.

“Não há nada errado no modelo biomédico. O paradigma da patologia celular continua válido e é suficiente para explicar as doenças e buscar a sua cura”, diz Renato Sabbatini. “A boa medicina é científica, apóia-se em evidências.” Para Renato, muitas das limitações da medicina convencional, entre elas os efeitos adversos dos remédios, devem ser superadas nos próximos anos graças aos progressos da biologia molecular. Medicamentos feitos sob medida, a partir do conhecimento do código genético do paciente, serão mais precisos. E as intervenções no DNA poderão tornar o organismo humano mais resistente às condições ambientais ou dotado de habilidades próprias de outras espécies como, por exemplo, enxergar no escuro.

O problema da medicina, diz Renato, está circunscrito à exploração econômica da atividade, que transformou o médico num assalariado mal pago e afetou a qualidade do ensino da medicina com a proliferação desordenada de cursos – outro grande filão na área da saúde. O Brasil possui 104 faculdades de medicina. Apenas em Ribeirão Preto, cidade média do interior de São Paulo, existem quatro. Entre as 81 faculdades submetidas, no ano passado, ao exame de avaliação do MEC, o provão, mais de um terço recebeu conceito ruim ou péssimo.

Lançados em ritmo de linha de montagem no mercado urbano (há três anos metade dos 216 000 médicos atuantes no Brasil trabalhava em São Paulo e no Rio de Janeiro), muitos desses profissionais acabam incorrendo em transgressões éticas que vão além da indiferença no trato com o paciente. “O que esperar de um médico que ganha 3 reais por consulta no Sistema Único de Saúde, o SUS, se ele pode ganhar 400 solicitando uma tomografia ou 40 000 numa cirurgia paga pelo cliente?”, pergunta Renato. Uma expressiva parcela dos médicos tornou-se, enfim, vítima de situações estressantes, nem sempre levadas em conta quando eles cuidam da própria saúde e da de seus pacientes.

Chega a ser irônico que a expectativa de vida dos profissionais da área médica, mesmo em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, seja cerca de dez anos menor que a média das outras pessoas. Também causa espanto que o alcoolismo, o abuso de drogas e o suicídio apresente elevados índices entre os médicos. Um estudo da Universidade da Califórnia, realizado no ano passado entre 9 600 médicos americanos, mostrou que 20% deles usaram drogas derivadas de ópio, prática facilitada pelo acesso rotineiro à morfina e substâncias similares utilizadas em hospitais. O alcoolismo é um vício tão espraiado entre médicos que foi criada uma versão especial dos grupos de auto-ajuda Alcoólicos Anônimos só para atendê-los – o International Doctors in Alcoholics Anonymous, IDAA. O mais grave em tudo isso é que, com raras exceções, os médicos dependentes de drogas continuam na ativa, às vezes atendendo em UTIs e realizando cirurgias.

Como entram os pacientes nessa história? Para começo de conversa, é preciso frisar que muitos dos males apontados na medicina ocidental têm relação causal com a postura passiva de indivíduos como eu e você. De modo geral, os pacientes delegam aos médicos a responsabilidade integral pelo diagnóstico da doença e pela decisão sobre que terapia adotar. Essa tradição paternalista agrada à maioria dos pacientes, que não está nem um pouco interessada numa participação que lhes exija algum tipo de esforço. Afinal, por que operar sofridas mudanças de comportamento e de hábitos alimentares, por exemplo, se é tão mais fácil engolir uma pílula mágica? Essa atitude, no entanto, começou a mudar. E, com isso, alguns pilares da rotina médica ocidental passaram a se mover.

“A voz dos pacientes precisa ser ouvida”, diz Patrick Terry, líder de um grupo de pacientes de Sharon, Massachusetts, nos Estados Unidos, acometidos de PXE, doença que resulta da acumulação de cálcio nos tecidos e pode cegar suas vítimas. A voz dos usuários começa a ser ouvida em diferentes estágios da cadeia médica. Grupos similares ao de Patrick, como o Genetic Interest Group, da Inglaterra, e outros na Holanda, na Bélgica e nos Estados Unidos não se mobilizam apenas por mais humanismo na medicina. Eles querem influenciar o desenvolvimento de drogas contra doenças incuráveis, inclusive propondo-se a adquirir patentes de novos remédios com a intenção de barateá-los.

Iniciativas como essa já produzem resultados lá fora. E no Brasil também. Nos últimos anos, por exemplo, centenas de escolas de medicina dos países desenvolvidos anunciaram ajustes em sua grade de conteúdos, com a inclusão de disciplinas que abrangem relações humanas, dinâmica familiar, violência doméstica e até fé e compaixão. “No Brasil também estamos discutindo a reformulação do ensino médico”, diz Regina. “O objetivo é formar profissionais mais generalistas e capazes de lidar com pessoas, seguindo os passos das principais faculdades de medicina do mundo.” Uma pesquisa patrocinada pelo governo americano revelou que, para 85% dos pacientes, o valor de um médico se deve mais à sua capacidade de ouvir e explicar do que ao peso do seu currículo.

Estudo indica que 20% dos médicos norte-americanos são dependentes do ópio

É pouco provável que o modelo de medicina hegemônico no Ocidente venha a ser alterado em sua base nos próximos anos. Mesmo com as limitações e distorções agora em debate, a medicina convencional ainda é o recurso mais próximo e mais rápido para o enfrentamento de situações extremas no campo da saúde. Mas é bom prestar atenção ao que se passa na vizinhança do establishment médico. Neste momento, cerca de 200 hospitais americanos já utilizam terapias não-alopáticas para complementar o tratamento de seus pacientes. Escolas de medicina do primeiro time, como as das universidades Harvard, Stanford e Columbia, mantêm departamentos voltados exclusivamente para a pesquisa de terapias alternativas e de práticas holísticas baseadas no conhecimento oriental. Grupos de médicos brasileiros ligados a grandes hospitais, como o Hospital do Servidor Municipal de São Paulo, e à Universidade de São Paulo, discutem uma abertura da medicina convencional na direção de outros sistemas de cura. Como em qualquer crise, a da medicina moderna pode ser um sinal de renovação.

Ai!
A dor ainda é um dos maiores desafios à medicina e aos médicos, que não sabem lidar com ela

A dor é o sintoma patológico que mais leva pessoas aos médicos. Só no Brasil 80% das consultas são relacionadas a esse fenômeno biológico, o mais explícito dos sinais do organismo. Recentemente, a dor foi considerada o quinto sinal vital. Apesar disso, a incapacidade dos médicos de lidar com a dor de seus pacientes continua a ser um dos pontos críticos da medicina moderna. Como a dor não pode ser medida objetivamente, a exemplo da pressão do sangue e dos níveis de colesterol, é difícil para a maioria dos profissionais avaliar sua extensão e efeitos sobre o doente. O tema tem sido enfocado em congressos internacionais e, neste mês, será debatido em São Paulo durante o Simpósio Brasileiro e Internacional sobre Dor, organizado pelo especialista Cláudio Fernandes Correa.

Há alguns avanços nesse campo. O dolorímetro, aparelho que capta ondas infravermelhas produzidas pelo calor do corpo, já permite ao médico obter uma medida aproximada da intensidade da dor física. Outra técnica menos sofisticada, mas eficaz principalmente em crianças, é a escala de dor – uma faixa contendo cores, números ou figuras com expressões que vão do sorriso à careta. O paciente, então, é solicitado a dizer qual ícone ou número expressa com mais exatidão a sua dor. Mesmo diante de um número concreto, o médico deve ponderar que a percepção da dor varia de paciente para paciente. Problemas psicológicos podem aumentar em até 20% a sensação dolorosa de uma pessoa. Por outro lado, dores crônicas costumam gerar depressão e problemas de relacionamento.

Em clínicas especializadas, como a do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, a cura da dor é tentada com a utilização de eletrodos para bloquear as vias nervosas que transportam a sensação desagradável ao cérebro. Os terapeutas holísticos acham isso um erro. “A dor é a luz vermelha que nos adverte. Suprimi-la com remédios ou outros recursos é como tapar a boca de quem está se afogando”, diz o psiquiatra e terapeuta holístico Wilhelm Kenzler.

Um outro jeito de curar

Mais suaves e nada invasivas, as terapias alternativas roubam clientes da medicina oficial.  Mas ainda têm muito a explicar

A medicina convencional, baseada na alopatia, no combate aos sintomas e em intervenções de modo geral agressivas ao organismo do paciente, está aos poucos perdendo a sua posição hegemônica nos países ocidentais. Surpreendida pela revolução comportamental que varreu o Ocidente nas últimas décadas do século XX, questionando vários dos princípios iluministas que regem a cultura européia – e seus herdeiros nas Américas -, a medicina convencional passou a dividir espaço com a homeopatia, a acupuntura, o yoga, a meditação e dezenas de outras práticas terapêuticas não-invasivas, quase todas de origem oriental, antes confinadas entre nós ao terreno do curandeirismo.

Chame-se isso de medicina alternativa ou complementar, integrativa ou holística, a verdade é que algo está mudando numa área vital para as pessoas: a manutenção da sua saúde. E a tendência de mudança não reflete apenas o interesse dos indivíduos por tratamentos mais suaves e com menos riscos de efeitos adversos. Há aí também indícios de uma abertura em direção a um novo paradigma científico, cujo impacto na maneira de o homem lidar com a medicina, com as doenças e com sua própria vida promete ser avassalador.

A velocidade com que as coisas estão acontecendo espanta. Atualmente, 75% das escolas de medicina dos Estados Unidos já oferecem cursos de especialização em terapias alternativas ou desenvolvem estudos sobre o tema. Calcula-se que metade dos 270 milhões de americanos costuma recorrer a algum tipo de tratamento não-convencional, o que representa um enorme fator de pressão sobre os prestadores de serviços de saúde. Sem falar nos lucros de um mercado que se constrói à margem da medicina convencional e que já movimenta 30 bilhões de dólares por ano nos Estados Unidos. É o próprio governo americano, através do Instituto Nacional de Saúde (NIH), um órgão equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil, que comanda um mutirão de pesquisas para medir a eficácia dessas terapias. Na Inglaterra já há hospitais formados apenas por homeopatas e o Canadá acaba de tornar-se o primeiro país das Américas a reconhecer a medicina tradicional chinesa como especialidade médica e a autorizar a formação regular de profissionais nessa área.

O fenômeno se repete no Brasil, ainda que em menor escala. O país possui cerca de 14 000 médicos homeopatas, 48 vezes mais do que há duas décadas, quando a homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pela Associação Médica Brasileira. Mais de 5 000 médicos se dedicam à acupuntura no país, outra terapia alternativa só há pouco elevada à condição de especialidade médica. Da mesma forma, sob o pretexto de debater a humanização da medicina, cresce o número de médicos alopatas, formados à luz da medicina oficial, que promovem reuniões discretas e encontros públicos nos quais as terapias alternativas são apresentadas como métodos substitutivos de tratamentos baseados em drogas e cirurgias. “Está na hora de admitirmos que existem outras formas de curar doenças”, diz a cardiologista Diana Ribeiro Dantas, que coordenará o próximo encontro a ser realizado em Natal, em junho.

O adjetivo holístico é, com certeza, o que melhor expressa a natureza desses novos tipos de cura. O holismo é uma teoria que vê o homem como um todo indivisível, impossível de ser explicado como se seus componentes físico, psicológico e espiritual pudessem existir separadamente. A medicina holística é, assim, a antítese do modelo biomédico, mecanicista, que se concentra no estudo isolado das partes da “máquina” humana e dos processos químicos específicos que a fazem funcionar. Diante de um doente qualquer, um terapeuta holístico subestimará a classificação da doença, voltando a atenção para o estilo de vida do doente, suas relações sociais, seu estado emocional, sua alimentação. Esse processo de interação com o paciente faria toda a diferença. As entrevistas demoradas, um traço marcante da medicina alternativa, transformam consultas simples em verdadeiras sessões de terapia psicológica nas quais laços de confiança e afeto unem o doente ao terapeuta.

As principais terapias holísticas compõem o repertório de recursos da medicina tradicional chinesa e da medicina ayurvédica, da Índia, com seus sistemas inspirados no taoísmo e no hinduísmo. A grande exceção é a homeopatia, criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann no século XVIII. A rápida expansão de todas elas, no entanto, só foi possível depois que algumas descobertas da ciência no século XX proporcionaram outro tipo de sustentação às idéias holísticas.

“As teorias da física quântica, dos sistemas auto-organizadores e da psicologia transpessoal demonstraram com as próprias ferramentas da ciência cartesiana-newtoniana que somos parte de algo mais vasto que os nossos organismos”, afirma o neurocirurgião fluminense Francisco di Biase. Ele é um dos autores do livro “Science and the primacy of consciousness” (A ciência e a primazia da consciência), em parceria com especialistas americanos em física quântica e psicologia transpessoal, ainda inédito no Brasil. O grande aval foi dado pela teoria quântica, ao demonstrar que as unidades subatômicas da matéria são abstratas e podem se apresentar ora como partículas, ora como ondas. Tais padrões dinâmicos, segundo a teoria, formam as estruturas estáveis que constituem a matéria e lhe conferem o aspecto sólido no nível macroscópico, que percebemos a olho nu. Ou seja: tudo o que enxergamos, inclusive nossos corpos, seria resultado da condensação de energias, padrões dinâmicos imateriais. Uma explicação muito semelhante à cosmovisão de antigas doutrinas místicas.

“É bobagem”, rebate o neurofisiologista Renato Sabbatini, da Unicamp. “Os princípios da mecânica quântica só se aplicam ao mundo subatômico e não existe nada que comprove efeitos quânticos na consciência e nas estruturas macromoleculares”. Verdade? “Sim, mas só em parte”, treplica o indiano Harbas Lal Arora, doutor em física pela Universidade de Waterloo, no Canadá, e terapeuta holístico com atuação em hospitais de Fortaleza. O próprio Einstein, autor da equação que demonstra que a matéria é energia condensada, no último ano de sua vida, segundo Harbas, admitiu a existência de formas de energias sutis que ainda não podem ser medidas diretamente mas que são muito poderosas. Tais energias, deduz Harbas, manifestariam-se, entre outras formas, como emoções, sentimentos, vontades e intuições. E seus efeitos no corpo poderiam ser mensurados por meio de mudanças nas ondas cerebrais, ritmos respiratório e cardíaco e secreções glandulares. “São energias que atuam no nível subatômico. Seus campos transcendem às limitações do espaço, do tempo e das energias físicas. E elas têm extrema relevância nos estados de doença, saúde e bem-estar”, diz Harbas.

Ao espetar agulhas em pontos estratégicos do corpo, um acupunturista chinês se propõe a desbloquear as trilhas, conhecidas como meridianos, por onde fluiria a energia vital, o chi. Um médico convencional dirá que ele apenas estimula pontos especiais do sistema nervoso capazes de provocar a liberação pelo cérebro de endorfinas, neurotransmissores de ação sedativa cujas moléculas se assemelham às da heroína. Já a homeopatia, aos olhos da medicina convencional, não conta com explicações plausíveis. A tese homeopata parte do princípio de que qualquer mal pode ser curado por uma substância vegetal ou mineral que produza em um homem são o mesmo sintoma da doença (exatamente o oposto do que faz a alopatia), mas nesse caso utiliza-se apenas a quintessência do princípio ativo, ou seja, a sua energia.

“Medicina alternativa é apenas o nome politicamente correto para o que normalmente chamamos de fraude”, diz Leon Jaroff, ex-editor da revista americana Discover, especializada em ciência. O rápido crescimento da medicina alternativa e a livre prática de suas modalidades, de fato, trazem embutido o risco do surgimento de picaretagens ou, no mínimo, esquisitices como a urinoterapia, que consiste em o paciente beber a própria urina, um excremento rico em toxinas. Só que, de um lado, há doutrinas orientais com milhares de anos de eficácia. E, de outro, até defensores ferrenhos da medicina alopática admitem que as terapias holísticas produzem, sim, um benefício, mesmo que não exatamente por causa de suas propriedades intrínsecas.

“O que funciona é o efeito placebo”, afirma Renato, numa referência aos resultados obtidos com grupos de controle em pesquisas de medicamentos alopáticos. Tais indivíduos, tratados com substâncias sem ação específica sobre os sintomas da doença, como pílulas de farinha e açúcar, acabam apresentando sinais de melhoria simplesmente por suporem estar recebendo o remédio real. “A crença do paciente no tratamento é fundamental e, sabe-se hoje, que ela responde por 50% da eficácia de qualquer medicamento, inclusive antidepressivos”, diz Renato. O assunto ganhou tamanha importância no meio científico que o NIH promoveu em novembro passado um painel com cientistas das principais universidades americanas com o único propósito de debater a adoção de placebos na rotina médica. Seria um meio de evitar o uso excessivo ou desnecessário de drogas. “O efeito placebo é uma conseqüência da participação do estado psíquico na cura do paciente, o que nos leva a inferir que a saúde física resulta do bem-estar psicossomático. Infelizmente essa inter-relação entre corpo e mente é praticamente desprezada na medicina convencional”, afirma Harbas.

Holistas como o psicólogo Giulio Vicini, membro da equipe que implanta, no Senac de São Paulo, um curso de graduação em medicina tradicional chinesa, e a especialista em alimentação e educação Hildegard Richter prevêem que a medicina do futuro será totalmente “vibracional”, baseada nas energias sutis e nos processos psíquicos. Mas a médio prazo o que se espera é uma composição entre sistemas médicos divergentes. “A medicina acadêmica e a medicina alternativa não são antagônicas, mas complementares”, lembra o homeopata paulistano Antonio César Ribeiro Deveza da Silva. O único receio de boa parte dos terapeutas holísticos é que a medicina oficial acabe assimilando as terapias alternativas, adaptando-as ao modelo biomédico e restringindo seu exercício aos médicos. “Isso desfiguraria por completo aspectos terapêuticos que são parte de um sistema coerente,” afirma Eduardo Alexsander Amaral de Souza, terapeuta oriental e reichiano no Rio de Janeiro.

Para saber mais

Na livraria:
– Reclaiming Our Health, John Robbins, HJKramer, Estados Unidos, 1996.
– O Ponto de Mutação, Fritjof Capra, Cultrix, 1999.
– The Placebo Effect, Anne Harrigton, Harvard University Press, Estados Unidos, 1999.
– O Homem Holistico, Francisco di Biase, Vozes, 2001.

Na internet:
http://nccam.nih.gov <http://nccam.nih.gov/&gt;
http://www.nib.unicamp.br/publ.htm
http://www.taps.org.br/biblio.htm

Fonte: http://super.abril.com.br

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A energia piramidal e sua presença na medicina cubana

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Os efeitos biológicos que têm lugar debaixo das pirâmides foram descritas nos últimos tempos pelos cientista francês A. Bovis, que depois de visitar a Grande Pirâmide de Keops, pode observar que na Câmara do Rei, e apesar da umidade reinante no lugar, os cadáveres dos animais não se decompunham e se mantinham mumificados.

Bovis utilizou um pêndulo para realizar estudos da energia existente no interior da pirâmide, estudou as proporções que existiam entre os lados desta estrutura, e descobriu que os egípcios tinham um grande conhecimento dos fenômenos que sucediam ali.

Quando regressou à França, Bovis construiu uma réplica da Pirâmide de Keops de uns 75 cm de altura, a direcionou com um lado em direção ao norte, e a uma altura de um terço da altura da pirâmide desde a terra, colocou o cadáver de um gato pendurado a partir do vértice da pirâmide e notou que este também se mumificou. Repetiu o mesmo experimento com outras matérias de fácil decomposição e estas se desidrataram.

A estas experiências seguiram as de Karel Drbal em 1970, quando realizou estudos da energia que se gera no interior da pirâmide. Segundo Drbal existe dois fatores que entram em jogo no interior da pirâmide: 1) uma desidratação rápida, e 2) uma ação sobre a estrutura microscópica da matéria, que elimina o efeito de desgaste do metal. Realizou este experimento colocando uma gilete debaixo da pirâmide.

Como resultado de seus experimentos, Drbal expõem que toda matéria viva, incluindo o homem, está submetida a uma energia biocósmica e a pirâmide serve para enfocar essa energia.

Ao final de 1978 começaram a aparecer em Cuba documentos relacionados com a Energia Piramidal aplicada à medicina; um destes documentos foi o livro “El Poder Mágico das Pirâmides”, Vol. 2, dos autores Emílio Salas e Ramón Cano. Na década de 80 o país começou a receber cada vez maior quantidade de artigos e livros sobre o tema e seus usos na medicina, na psicologia e na farmacologia.

Já na década de 90 as experiências médicas com a aplicação da Energia Piramidal atinge o auge em Cuba, e um dos pioneiros em sua aplicação foi o doutor Ulises Sosa Salinas, professor, master e investigador do Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey.

É um iminente ortopédico, autor de vários livros e artigos relacionados com a Energia Piramidal e foi ele quem logrou maiores êxitos na aplicação desta técnica na medicina, com mais de 4.000 pacientes atendidos com resultados satisfatórios.

Atualmente um amplo grupo de médicos em importantes centros assistenciais das Ciências Médicas em Cuba, aplicam a técnica píramidal com maior profundidade e rigor; como, por exemplo, na Clínica de medicina Natural e Tradicional do Instituto Superior de Ciências Médicas de Camagüey “Carlos J. Finlay”, fundamentalmente nas afecções do sitema osteomioarticular (Soma). Afecções como o dedo resorte, a síndrome do túnel carpiano, a enfermidade de Querrian e outras que requeriam intervenção cirúrgicas, foram resolvidas aplicando a Energia Piramidal.

A Energia Piramidal é aplicada com êxito em outras doenças como a asma, a hipertensão e todo tipo de afecções do SOMA. Ainda tem ação analgésica, bacteriostática, sedantivas, antinflamatórias e outras mais para combater males como a depressão, a ansiedade, a escabiose, os herpes simples, as úlceras duodênicas pépticas varicosas, o esgotamento, o cansaço, as enxaquecas, as cervicites (cerviz – esta palavra quer dizer nuca), a gastrite, a artrose e outras.

Os doutores Meneleo Montenegro Díaz, Lázara Perdomo e Ismar Hernández, desenvolveram um produto denominado creme piramidal que aplicaram a pacientes com alopecia arcata e obtiveram bons resultados.

Em 1996 a Energia Piramidal foi implantada em quatro clínicas estomatológicas de Matanzas, e também foi utilizada a água piramidal como antiséptico e antiinflamatório. A doutora María A. Ruiz da cidade de Cárdenas, utilizou a água piramidal contra a gengivite, exposição pulpar (referente a polpa dental) e hiperestesia.

Na Cidade de La Habana a doutora María Isabel Mestre aplicou a Energia Piramidal na recuperação de brocas de reator que haviam perdido o fio. Se pode citar também o doutor Dionisio Brook e o técnico Arnoldo Cobo da Policlínica “Antonio Guiteras”, de Habana Vieja, que ao final dos anos 90 obtiveram excelentes resultados na cura de pacientes mediante a aplicação desta técnica.

Nos últimos anos a aplicação terapêutica desta energia atingiu um extraordinário sucesso, e muitos especialistas a aplicam em diferentes tratamentos e em ampla gama de procedimentos físicos, químicos, bioquímicos e farmacológicos. Se demonstrou isso na V Oficina sobre Estudos Piramidais organizadopela União Nacional de Arquitetos e Engenheiros da Construção de Cuba, sessão de base do Centro Nacional de Termalismo do MINSAP e do grupo gestor de Energia Piramidal de Cárdenas. O evento se desenvolveu no Centro de Convenções Plaza América, de Varadero, Matanzas.

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Os mistérios da água

Novas pesquisas revelam propriedades surpreendentes e podem até ajudar a explicar a homeopatia

Pablo Nogueira

Os estudos sobre a água têm gerado algumas das mais insólitas descobertas científicas dos últimos anos. Químicos e físicos estão esbarrando em fenômenos estranhos, como sementes que crescem mais alto e em ritmo mais rápido, desde que regadas com uma água tratada por um campo magnético. Ou a constatação de que pequenas mudanças na estrutura do líquido podem fazê-lo absorver mais ou menos radiação. Há até histórias de pequenos problemas de saúde curados só pela ação da água. Relatos assim são suficientes para que algumas pessoas busquem nos novos estudos indícios para confirmar idéias defendidas pela homeopatia há centenas de anos. Mas essa visão é polêmica e se restringe a alguns pesquisadores.

O essencial é que essas novidades estranhas podem ser a porta de entrada para avanços importantes. Durante uma visita ao Brasil no início deste ano, o inglês Peter Atkins, autoridade mundial em físico-química e professor da Universidade Oxford, foi interrogado por estudantes sobre quais campos de pesquisa mais promissores para a novas descobertas. “Nanotecnologia e estudos sobre a água”, respondeu. Bem, talvez a nanotecnologia ainda esteja engatinhando em nosso país, mas felizmente já há brasileiros tentando desvendar os mistérios da molécula de H2O.

Em junho passado o suíço Louis Rey publicou na revista européia “Physica A” os resultados do experimento que fez comparando água pura com duas soluções de cloreto de sódio e cloreto de lítio dissolvidos em água. Na experiência, as etapas de dissolução foram repetidas tantas vezes que o número de moléculas de cloreto de sódio e de cloreto de lítio na solução chegou quase a zero. Ou seja, na prática, as duas amostras também podiam ser consideradas como contendo apenas água. E após cada diluição, Rey sacudia os frascos vigorosamente.

No fim do processo, o suíço congelou as amostras e submeteu-as a uma técnica conhecida como termoluminescência, que usa a radiação para estudar a estrutura dos sólidos. Os resultados mostraram importantes diferenças estruturais, o que sugere que, embora os cloretos não estivessem mais lá, haviam deixado uma espécie de marca de sua passagem impressa na disposição das moléculas da própria água. “Conseguimos mostrar que os remédios homeopáticos são diferentes da água pura, uma polêmica que se arrastava há séculos”, disse Rey a GALILEU. “Mas é só um primeiro passo.

O artigo ganhou destaque até na prestigiosa revista britânica “New Scientist” e foi saudado em todo o mundo pelos homeopatas, pois seus resultados sugerem que pode haver uma explicação natural para o que o criador da homeopatia, o alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), chamava de “memória”: a suposta capacidade da água de absorver traços das substâncias que dissolvesse. Mas recebeu críticas igualmente importantes. As mais fortes vieram do inglês Martin Chaplin, químico da Universidade Southampton de Londres. “Para analisar as amostras, ele teve que congelá-las, o que por si só já alteraria a estrutura das moléculas de água”, diz Chaplin. “E talvez alguma contaminação explique as diferenças de estrutura detectadas pela termoluminescência.” “Os argumentos de Chaplin mostram que ele não entende de ligações de hidrogênio no gelo”, rebate Rey.

Diluir faz crescer

Mas Chaplin não renega totalmente a homeopatia, e recorre a outra experiência esquisita para especular sobre o mecanismo que explica sua ação. Em 2000, dois químicos trabalhando na Coréia fizeram diluições sucessivas tentando quebrar um composto conhecido como fulereno, uma molécula gigante em formato de bola de futebol com mais de 60 átomos de carbono. Só que a ação da água, ao invés de quebrar as tais moléculas gigantes, fez com que formassem agregados cada vez maiores. A experiência foi repetida com outras moléculas e gerou resultados semelhantes.

A formação desses superagregados ainda não foi explicada. Uma hipótese é que resultariam de uma interação com a própria estrutura da água. “Uma dessas supermoléculas, criadas por meio do processo de diluições sucessivas em água, poderia gerar algum efeito no organismo”, sugere Chaplin. “Mas isso aconteceria apenas numa pequena porcentagem dos casos. Acho que a eficácia dos remédios homeopáticos se deve na maior parte das vezes ao efeito placebo”, avalia.

Já o brasileiro José Fernando Faigle, do Instituto de Química da Unicamp, sentiu-se atraído pelos fenômenos causados pela água tratada com campos magnéticos. Em meados dos anos 1990, Faigle observou que os animais cobaias tratados com esse tipo de água apresentavam sinais positivos, como menor teor de gordura e menos doenças. O passo seguinte foi tentar entender por que isso acontecia. Junto com sua aluna Maria Eugênia Porto, começaram a vasculhar a literatura atrás de pistas. “Basicamente existem duas grandes visões sobre a estrutura da água”, explica Faigle. “A mais usada considera apenas as moléculas de H2O, mas existe um outro modelo que leva em conta também os agregados que as moléculas formam, chamadas de clusters.” Graças às novas pesquisas, o modelo dos clusters está bastante em voga. Ele prevê que a a água tenha uma estrutura ao mesmo tempo dinâmica e com algum grau de estabilidade.

Um colírio feito de água

A seguir, o time de Campinas passou a realizar experimentos e encontrar resultados estranhos. Um deles visava medir a capacidade de um composto de água e cloreto de magnésio em absorver radiação ultravioleta (UV), enquanto passava por diluições sucessivas. A princípio, a diluição causou a redução no número de moléculas de cloreto de magnésio, o que resultava numa menor absorção de UV. Depois de certo ponto crítico, quando praticamente só havia água no composto, a absorção caiu a zero.

Mas depois de mais diluições a própria água passou a absorver a radiação. A melhor hipótese para explicar o fenômeno tem a ver com mudanças na estrutura de clusters. “É só uma hipótese, porque não temos certeza se clusters existem mesmo”, reconhece Maria Eugênia.

O estudo da ação de campos magnéticos também encontrou fenômenos curiosos. De cara, a intensidade dos campos usados em muitos experimentos era tão baixa que deveria ser inócua. Porém, os estudiosos observaram que sementes regadas com água tratada em campo magnético cresciam em maior proporção e em menos tempo. Outros experimentos usando a água como cicatrizante para pele e colírio revelaram eficácia inesperada. Por conta disso, Maria Eugênia desenvolve agora um hidratante feito com água magnetizada para uma empresa de cosméticos.

Ela é cética quanto ao uso medicinal indiscriminado da “água magnetizada”, muito popular nos meios não-científicos. “Vi casos onde a água tratada com campo magnético foi inócua ou até danosa. Até que se faça um estudo formal, as pessoas deveriam se resguardar”, avalia. Faigle, ao falar sobre os estudos com diluições, ressalta que “embora os homeopatas nos convidem para congressos, não estamos tentando corroborar a homeopatia. Nosso foco é a água”.

Tais ressalvas não impediram que surgisse na Unicamp forte oposição ao trabalho de Faigle, que chegou a ser avaliado pela comissão encarregada de zelar pela produtividade da universidade. O episódio foi superado, mas o químico o relembra com visão crítica “A cobrança de produtividade inibe bastante as pesquisas realmente inéditas. E lá fora há preconceito em publicar artigos assim feitos por brasileiros.”

O mais famoso caso de pesquisador a entrar em apuros por seus estudos sobre água foi o do francês Jacques Benveniste. Em 1988 ele publicou um artigo na revista “Nature” dizendo ter detectado evidências da tal memória da água. Pouco depois, a revista publicou outro artigo acusando o francês de pseudo-ciência. Porém um estudo publicado em 2001 na revista “Inflammation Research” trouxe novos elementos, favoráveis ao francês. “Não se pode descartar inteiramente o trabalho de Benveniste”, avalia Chaplin. “Mas hoje em dia as pessoas têm mais medo de publicar qualquer coisa sobre esse assunto, quer seja contra ou a favor.”

Esse é um medo que o pesquisador Vicente Casali, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, não tem. Desde 1995 ele já orientou oito teses que avaliam os impactos da utilização de homeopatia no cultivo de plantas medicinais como xambá, capim-cidreira e mentrasto. “Nosso objetivo era descobrir se a homeopatia poderia substituir os agrotóxicos”, conta ele. As teses mostraram que os preparados homeopáticos influíram bastante no metabolismo secundário das plantas. No xambá, o teor de uma substância conhecida como cumarina cresceu 77%, e no capim-cidreira a quantidade de óleo chegou a aumentar 150%. “As plantas ficaram mais saudáveis, mais capazes de se defender de doenças e insetos”, explica Casali.

Entusiasmado com os resultados, já ensinou mais de uma centena de agricultores a usar homeopatia no plantio. Ele cita o caso do biólogo Gregor Mendell (1822-1884) como exemplo de situação em que a ciência conseguiu determinar um fenômeno (no caso a herança genética), mas teve que esperar bastante até conseguir entender os mecanismos que o tornavam possível. “Talvez tenha que haver uma mudanca de paradigma, mas mais cedo ou mais tarde, a ciência explicará as bases naturais dos efeitos que estamos estudando”, aposta. A julgar pelo ritmo das pesquisas, talvez não tenha que esperar muito.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com

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Causas da felicidade estão dentro da mente

Por Emilce Shrividya

Por que meditar? Porque todos nós buscamos a felicidade e a meditação é a arte de ser feliz. É a arte do equilíbrio.

Tudo o que fazemos é em busca da felicidade. Estudamos, trabalhamos, nos apaixonamos, casamos, temos filhos, compramos muitos objetos, adquirimos posses, buscamos alimentos saborosos, viajamos para outras cidades e países, para férias ao sol ou nas montanhas. Enfim, toda a nossa busca é uma tentativa de encontrar a felicidade, a satisfação e evitar o sofrimento.

Não há nada de errado em buscarmos a felicidade material nas posses, nos relacionamentos, no trabalho. É importante que possamos nos realizar em todos os setores de nossa vida. Mas é essencial compreender que as coisas externas não perduram, se modificam a todo instante e não podem ser a causa de nossa felicidade.

As causas da felicidade estão dentro da mente e não podemos ser felizes com uma mente inquieta, negativa, ansiosa, triste e deprimida.

A mente muda de momento para momento. É instável, inquieta e nos arrasta de um pensamento a outro, nos levando ora para o passado, ora para o futuro, gerando tristeza, preocupações, ansiedades. E neste vai e vem da mente, nesta inquietude de ondas mentais, perdemos a paz. Não vivemos o único momento que existe, o momento presente, que é um presente precioso.

O objetivo da meditação é a felicidade e a paz interior. A meditação estabiliza a mente e nos liberta da inquietude e sofrimento.

Você só pode sentir o que pensa. Se você pensa algo positivo, logo se sente bem e alegre, mas se tem pensamentos negativos logo se sente infeliz.

Contemple isto agora, como um exercício. Pense em alguma coisa bem agradável e mantenha este pensamento por alguns instantes.

Perceba como você começa a se sentir muito bem internamente. Você pode experimentar isto a qualquer momento e perceber os resultados. E o oposto também acontece. Ao alimentar pensamentos tristes, de culpa, de raiva, você imediatamente perde a alegria e o entusiasmo e se sente deprimido, angustiado. Seus sentimentos dependem do que você pensa.

Os pensamentos de preocupação e medo envenenam a vida, destroem a harmonia, a vitalidade, a eficiência. Enquanto que os pensamentos opostos de coragem, bom humor, de alegria acalmam em vez de irritar, curam e produzem mais criatividade.

Existe uma felicidade estável, duradoura que está em nosso interior. A meditação é como uma chave que nos abre este mundo interno. Ao aquietar as ondas mentais, deslizamos para dentro de um espaço tranqüilo e encontramos nossos tesouros interiores como paz, coragem, contentamento, serenidade, bondade, força interior.

Com a prática regular da meditação, começamos uma verdadeira transformação. Você aciona o poder da cura interior. Você faz seu próprio milagre.

É uma verdadeira terapia para o corpo, para a mente e para a alma porque a meditação purifica os padrões mentais e condicionamentos antigos, nos libertando de traumas e conflitos da infância, do passado, de mágoas, frustrações e ressentimentos. Ficamos livres de vícios e hábitos nocivos.

É a arte de ser feliz, pois nos liberta da raiva, da ansiedade, dos medos, da culpa, da depressão, da insônia.

O grande sábio Patanjali, codificador do Yoga, diz em seus Yoga-Sutras:

“Yoga é o controle das ondas de pensamentos, é aquietar as modificações da mente”. [1.2]

Com a meditação, você compreende que é possível acalmar a turbulência da mente. Mas é importante não lutar com a mente, mas começar a observá-la, a entendê-la. Desta maneira, as ondas cerebrais e mentais vão se acalmando e você vai sentindo a tranqüilidade que já existe na mente mais profunda, na mente neutra.

Conseguir o controle sobre seus pensamentos, emoções e sentimentos é um processo lento e gradual. É um desenvolvimento, um treinamento, mas com esforço contínuo, persistência e determinação você vai se transformando para melhor.

Tudo se torna fácil com a prática. Se você persistir em seus esforços para meditar, para permanecer positivo e alegre, você desenvolverá muita força interior. Sua recompensa será sua própria felicidade.

Não pense que é difícil ou que levará um longo tempo para mudar seus hábitos mentais e conquistar a paz da mente. É apenas uma questão de ser persistente.

A Bhagavad Gita, uma das escrituras do Yoga diz:

“Que a separação da união com a dor seja conhecida como yoga.
Yoga deve ser praticada com determinação e com uma mente livre de desânimo.”[6:23]

Esta definição de yoga é muita elevada e nos transmite uma grande esperança: podemos ficar livres da dor, podemos romper a união com a dor.

A causa de nosso contínuo sofrimento é a mente que não pára de divagar e a meditação acalma a mente, estabelece a felicidade que é independente de fatores externos.

Nada pode se comparar ao contentamento de uma pessoa que tem a mente sob controle.

A meditação desperta o amor dentro de nós. Passamos a nos amar, a nos respeitar e aceitar, desenvolvendo uma auto-estima elevada. E começamos a amar mais as outras pessoas, com paciência, tolerância, compaixão.

Referências bibliográficas:

How to know God – the Yoga Aphorisms of Patanjali- Vedanta Press.
Bhagavad Gita – Ed. Pensamento.
Aonde você vai? – Muktananda, Swami-Ed. Siddha Yoga Dham Brasil.
Meu Senhor ama um coração puro – Chidvilasananda, Swami- Ed. Siddha Yoga Dham Brasil.

Fonte: http://www.uol.com.br

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Por que meditação tem efeito oposto ao do estresse

Por Emilce Shrividya

Ao sentar para a meditação todos os dias, você melhora a oxigenação do sangue, permite que o ritmo respiratório e os batimentos cardíacos se equilibrem, levando você a um estado de tranqüilidade e relaxamento.

A meditação funciona. Tem o efeito oposto ao do estresse no organismo. Desacelera o metabolismo, diminui a pressão arterial, a tensão muscular e o ritmo respiratório. Auxilia no tratamento da enxaqueca, gastrite, tensão pré-menstrual, arritmias cardíacas, problemas circulatórios, de hipertensão e em várias doenças psicossomáticas.

Cada sessão de meditação é um passo para a saúde e a paz mental. E isto não é mágica. A melhora da saúde é uma conseqüência natural porque ao relaxar, ao se acalmar, o corpo libera seratonina, uma substância que atua no cérebro e causa sensação de bem-estar. Rejuvenesce e retarda o envelhecimento porque estimula o DHEA, hormônio associado à juventude.

O stress e a ansiedade diminuem porque descobrimos a maneira adequada de lidar com as situações, dando a elas a importância e o peso devido. Vamos ficando mais focados e concentrados no momento presente, sem esforço e sem tensões.

A própria ciência já demonstrou que uma mente apaziguada ajuda a prevenir doenças, acelera a recuperação física e até a cura. E o contrário também é verdadeiro. Pensamentos e sentimentos negativos contribuem para o surgimento de doenças, debilitam o sistema imunológico, deixando o corpo vulnerável e atrapalham o restabelecimento da pessoa.

Ficou comprovada, através das pesquisas científicas, que a meditação feita com regularidade contribui no tratamento da depressão, pânico, ansiedade, insônia.

A meditação fortalece o corpo que fica livre de doenças. Você dorme melhor. Experimenta a experiência do equilíbrio. Cria seu próprio milagre.

A meditação aquieta a mente, voltando-a para o interior, onde descobrimos o Ser interior, fonte de toda a vida, criatividade, paciência, compaixão, bondade, compreensão, coragem, sabedoria, entusiasmo e amor.

A meditação nos faz fortes, eficientes, competentes, corajosos, independentes e livres. Tais qualidades conduzem ao sucesso em todas as áreas da vida tanto material como espiritual. A meditação nos treina para comandar a própria vida. Desperta o amor dentro de nós.

Através da meditação, acontece a união perfeita da mente e do coração. Ela nos equilibra, unindo corpo, mente e espírito.

Durante a meditação, mudamos a freqüência das ondas cerebrais e mentais que se acalmam. Você sente o que é paz de espírito e serenidade interior e isto é contagiante. É um grande trabalho social e humanitário porque meditando, você pode ajudar o ambiente e as pessoas, transmitindo tranqüilidade.

Meditação não é uma ação egoísta, muito pelo contrário é um ato de compaixão. Você melhora, se harmoniza, desenvolve virtudes através da meditação e você leva essa transformação aonde você vai, aonde você vive e trabalha. Você contribui para a paz, com um coração mais pacífico, espalhando harmonia e compreensão.

Incorpore esta prática em sua vida diária, se tornando uma pessoa menos irritável, menos estressada, mais livre e pacífica. Fique em paz!

Fonte: http://www1.uol.com.br/vyaestelar/equilibre_se_meditacao01.htm

Meditação já é usada no tratamento de ansiedade e doenças cardiovasculares

Nos estudos sobre a mente humana, a investigação de práticas meditativas vem complementando dados objetivos obtidos por exames como eletroencefalograma e neuroimagem. “É uma forma de acessar o universo interno”, especifica a bióloga Elisa Harumi Kozasa, do departamento de psicobiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Ela acaba de voltar de uma conferência do Mind and Life Research Institute (Instituto de Pesquisas Mente e Corpo), um encontro internacional de neurocientistas, físicos quânticos e budistas. Envolvido no projeto desde o início, em 1987, o 14º Dalai Lama sediou, em sua casa, o último evento, no mês passado. Kozasa, que desenvolve estudos sobre como a meditação pode auxiliar no tratamento de ansiedade, foi a única latina a participar do encontro.

A meditação já é usada no mundo ocidental para tratar a hipertensão e problemas cardiovasculares. Mas, na visão da bióloga, se aplicada apenas para melhorar a saúde física das pessoas, essa prática é limitada. “Para atingir níveis mais profundos, [a meditação] é um caminho que serve como alimento para o espírito e oferece uma fonte bastante nutritiva para aprendermos mais sobre nós mesmos, independentemente da presença de religiosidade.”

Fonte: Folha de São Paulo, Caderno Equilíbrio, 03 de maio de 2007.

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Pesquisadores avaliam efeitos da espiritualidade sobre o organismo

Pesquisadores avaliam efeitos da espiritualidade sobre o organismo; segundo novo estudo, mais da metade dos médicos acreditam que fé influencia na saúde.

MARIANA BERGEL
colaboração para a Folha

Não importa qual é a crença nem se ela envolve um deus. O fato é que práticas como oração e meditação vêm se tornando, cada vez mais, alvo de estudo de pesquisadores da área da saúde, que investigam, em vários países, os efeitos da fé sobre o organismo humano.

“Antigamente, os médicos se lembravam da religião só quando o paciente parava de tomar um medicamento por causa dela. Hoje é comum perguntar sobre aspectos espirituais e religiosos para usá-los positivamente em um tratamento”, analisa o psiquiatra Alexander Moreira Almeida, coordenador do Nupes (Núcleo de Espiritualidade e Saúde), da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), em Minas Gerais.

Segundo uma pesquisa recente realizada nos Estados Unidos, já são muitos os médicos que enxergam uma ligação entre fé e saúde. Mais da metade (56%) dos profissionais entrevistados disseram acreditar que a religião e a espiritualidade têm uma influência significativa na saúde dos pacientes. Publicado no último mês no “Jama” (“Journal of the American Medical Association”), o levantamento foi feito com 2.000 médicos de diferentes especialidades.

“O estudo sugere que grande parte dos médicos não encontra barreiras entre ciência e fé. A maioria dos profissionais norte-americanos acredita que Deus intervém na saúde dos pacientes e, no entanto, continua a aplicar as últimas descobertas da ciência na sua prática”, disse à Folha o autor do estudo, Farr Curlin, professor de medicina da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Outro estudo recente, publicado neste ano na revista científica oficial da Academia Americana de Neurologia, sugere que níveis mais elevados de espiritualidade e de práticas religiosas individuais estão associados a uma progressão mais lenta da doença de Alzheimer.

Para Tim Daaleman, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e autor de vários estudos sobre a relação entre espiritualidade e saúde, a consciência dos efeitos da fé nos procedimentos médicos tem aumentado nos Estados Unidos.

“Alguns prognósticos vêm projetando uma visão da saúde que será mais inclusiva do que nossa compreensão atual, uma perspectiva global que coloca fatores espirituais ao lado das causas físicas, psicológicas e sociais”, afirma.

Variantes

Há várias hipóteses para explicar de que maneira a fé influencia na saúde. “Uma delas defende que esses indivíduos possuem uma rede de apoio social mais forte, enquanto outros estudiosos indicam que, com a fé, as pessoas encontram um sentido na vida, o que as ajuda a viver melhor, com mais esperança e com uma atitude mais positiva”, explica o psiquiatra Paulo Dalgalarrondo, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Com previsão de lançar um livro intitulado “Religião, Psicopatologia e Saúde Mental” ainda em 2007, Dalgalarrondo estuda o assunto há cerca de 20 anos.

O psiquiatra Alexander Almeida acrescenta outro fator que pode explicar os benefícios à saúde: comumente, uma pessoa religiosa tende a evitar comportamentos de risco. “Um religioso inicia sua vida sexual mais tarde, por exemplo, o que diminui as chances de uma gravidez na adolescência ou da contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.”

Para Dalgalarrondo, é preciso levar em conta que a religiosidade também pode surtir efeitos negativos, especialmente para minorias sociais. “Há homossexuais que são bastante religiosos, e, em alguns casos, é gerado um conflito entre a fé do indivíduo e o que as denominações religiosas pregam”, diz.

Também há receio de que pessoas religiosas aceitem a vida de forma passiva, acreditando que uma força maior possa resolver todos os problemas e ignorando qualquer tratamento médico.

Equilíbrio celular

Enquanto a maioria dos estudos busca mostrar como a espiritualidade de um determinado paciente atua no seu organismo, uma pesquisa brasileira demonstrou a ação de orações feitas por religiosos sobre as células humanas.

Coordenada por Carlos Eduardo Tosta, pesquisador do Laboratório de Imunologia da UnB (Universidade de Brasília), a pesquisa foi realizada com 52 voluntários, estudantes de medicina da universidade. O resultado revelou que um dos principais mecanismos de defesa do organismo – a fagocitose – pode ser estabilizado com preces feitas à distância.

A cada semana, uma dupla fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse. Um desses voluntários tinha sua foto encaminhada a dez religiosos de diferentes credos, que, semanalmente, faziam preces para aquela pessoa.

A metodologia adotada impedia que Tosta e os estudantes soubessem quem recebia as orações, para evitar a auto-sugestão. A análise dos exames de sangue feita após a semana de preces apontou maior estabilidade dos fagócitos – células de defesa do organismo – dos alunos que receberam as orações em relação aos seus exames anteriores. O experimento foi feito posteriormente com o grupo de alunos que não havia recebido as preces num primeiro momento e o fenômeno foi novamente observado.

Apesar dos resultados da pesquisa, a explicação para o fenômeno está longe de ser alcançada. “Quando testamos medicamentos novos, é possível quantificar os dados, mas a qualidade da prece é imensurável”, afirma Tosta.

Movimento

A partir da segunda metade do século 19 e ao longo do século 20, houve uma tendência a ver a religião como algo primitivo. À medida que o ser humano fosse evoluindo, dizia-se, os homens a abandonariam.

Personalidades como Sigmund Freud, que afirmava que a religião seria uma neurose obsessiva universal e um mecanismo de defesa imaturo, contribuíram para que ela ganhasse contornos negativos durante esse período, principalmente entre os intelectuais.

Estudos para avaliar a ligação entre religiosidade e saúde ganharam força no final do século 20. Muitos apresentaram resultados opostos às idéias de pensadores como Freud.

Nessa época, surgiu a neuroteologia, campo que estuda o processamento das emoções relacionadas à religião e à espiritualidade no cérebro.

Interessado no tema, o neurocirurgião Raul Marino Jr., da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), lançou, em 2005, o livro “A Religião do Cérebro”, onde explica o processamento desses fenômenos no órgão humano.

Ele defende que, se o cérebro é incumbido de processar emoções, aprendizados, noções de moralidade e afetividade, entre outras funções, é também responsável por validar a espiritualidade.

“Até agora se pensava que as manifestações espirituais se processavam no vácuo, mas hoje se sabe que o cérebro é o nosso computador”, afirma.

Contrário à linha de Marino, Paulo Dalgalarrondo diz que “a ciência não dá conta de todos os fenômenos, como o religioso”. “A idéia de que a ciência um dia vai explicar tudo é caricatural”, opina.

Fonte: Folha de São Paulo, Caderno Equilíbrio – 03 de maio de 2007.

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Reiki – Pesquisas científicas

Por William Lee Rand

Pesquisas científicas na área de imposição de mãos estão sendo conduzidas há algum tempo. Há agora algumas experiências que validam a utilidade do Reiki como técnica de cura. Alguns dos resultados mais interessantes destas experiências demonstram que os resultados positivos são mais do que efeito placebo.

Wendy Wetzel, uma enfermeira descreve uma experiência de Reiki que ela conduziu: “Cura por Reiki – Uma Perspectiva Fisiológica”. Em seu estudo, quarenta e oito pessoas compuseram o grupo experimental enquanto dez, o de controle. Os grupos tiveram amostras de sangue retiradas no princípio e término da experiência. O grupo experimental recebeu treinamento em Reiki I. O grupo de controle não foi envolvido no treinamento de Reiki.

Das amostras de sangue foram analisados a hemoglobina e o hematócrito. Hemoglobina é a célula vermelha do sangue que leva oxigênio. Hematócrito é a relação das células vermelhas do sangue com o volume total de sangue. As pessoas do grupo experimental tiveram mudança significativa nestes valores com vinte e oito por cento sofrendo um aumento e o resto uma diminuição. As pessoas do grupo de controle não tiveram mudança significante. As alterações, aumento ou diminuição, são consistentes com o propósito de Reiki que é trazer equilíbrio em uma base individual.

Uma paciente teve 20% de aumento nestes valores. Ela continuou tratando-se diariamente com Reiki e depois de três meses, o aumento foi mantido. A paciente vinha de um quadro de anemia por deficiência de ferro.

Outra experiência demonstrou aumento nos valores de hemo-globina; conduzida pela médica, Otelia Bengssten, em um grupo de setenta e nove pacientes com diagnósticos de pancreatite, tumor cerebral, enfisema, desordens endócrinas múltiplas, artrite reumática, e parada cardíaca. O tratamento de Reiki foi feito em quarenta e seis pacientes, sendo trinta e três controles. Os pacientes mostraram aumentos significantes nos valores de hemoglobina. A maioria dos pacientes informou melhoras ou desaparecimento completo dos sintomas. Esta experiência e a anterior demonstrou que as aplicações de Reiki produzem melhoras biológicas.

No centro médico St. Vincent em Nova Iorque a experiência foi efetuada por Janet Quinn, diretor assistente de enfermagem na Universidade da Carolina do Sul. A meta desta experiência era eliminar o efeito placebo. Trinta pacientes de coração receberam vinte perguntas de um teste psicológico para determinar o nível de ansiedade. Eles foram tratados por um grupo treinado em Reiki. Um grupo de controle de pacientes também foi tratado por pessoas, não treinadas em Reiki, que imitaram as mesmas posições de imposição de mãos. No primeiro grupo dezessete por cento tiveram o nível de ansiedade diminuído depois de cinco minutos de tratamento; o outro grupo não apresentou nenhuma modificação.

Daniel Wirth da Ciências Internacional de Cura em Orinda, Califórnia conduziu um experimento controlado usando Reiki. Quarenta e quatro estudantes de faculdade, do sexo masculino, receberam feridas idênticas infligidas por um doutor no ombro direito ou esquerdo. Vinte e três receberam Reiki e os outros vinte não. Os tratamentos eram ministrados de tal modo que a possibilidade de um efeito placebo estava eliminada. Todos os quarenta e quatro estudantes estendem os braços através de um buraco na parede. No outro quarto, estava o reikiano administrando Reiki sem os tocar. Nem todos receberam Reiki. Foi-lhes informado que o experimento era sobre a condutividade elétrica do corpo. Ninguém sabia que a experiência era sobre cura. No oitavo e décimo sexto dia foram feitas avaliações dos ferimentos. Depois de oito dias, as feridas do grupo tratado tinham melhorado 93,5 por cento comparados com 67,3 por cento dos não tratados. Depois de dezesseis dias, o quadro era de 99,3 e 90,9.

Dr. John Zimmerman da Universidade de Colorado usando um SQUID (Dispositivo Supercondutor de Interferência Quântica) descobriu que campos magnéticos são criados ao redor das mãos de aplicadores de Reiki. As freqüências dos campos magnéticos que cercam as mãos dos reikianos eram de ondas do tipo alfa e gama semelhante para as observadas no cérebro de meditadores.

Dr. Barnard Grad de Universidade de McGill em Montreal, usa sementes de cevada para testar o efeito de energias curativas psíquicas em plantas. As sementes foram plantadas e regadas com uma solução salina que retarda o crescimento. Uma parte das sementes, lacradas em um recipiente foi regada com a solução energizada por um reikiano durante quinze minutos e outra não foi. A pessoa que molhava as plantas não sabia qual grupo estava sendo aguado com a solução energizada e qual não estava. As plantas regadas com a solução salina cresceram mais rapidamente e mais saudáveis, com 25% mais peso e um teor de clorofila mais alto.

Estas experiências envolvendo plantas, além de confirmar a natureza de não placebo da cura psíquica, confirmam a antiga compreensão metafísica de que energias curativas podem ser armazenadas em água para uso futuro.

Em outra experiência envolvendo a curadora psíquica Olga Worrall, o Dr. Robert Miller usou um transdutor eletromecânico para medir a taxa de crescimento microscópica de grama de centeio. O dispositivo usado tem uma precisão de milésimos de polegada por hora. O Dr. Miller fez a experiência em seu laboratório, fechando em seguida a porta para eliminar qualquer perturbação. Foi pedido a Olga, que se encontrava a mais de 600 milhas, para rezar para a planta da experiência exatamente às 21 horas. Quando o Dr. Miller voltou ao laboratório no dia seguinte, o equipamento de teste tinha registrado crescimento contínuo normal de 6,25 milésimos de polegada por hora até às 21 horas. Naquele momento, o registro começou a divergir para cima e tinha subido a 52,5 milésimos de polegada por hora que correspondia a um aumento de 840 por cento! Esta taxa de crescimento permaneceu até de manhã quando diminuiu, mas nunca para seu nível original.

O grupo de Spindrift fez extensas pesquisas envolvendo oração e plantas. Os resultados indicaram que as plantas para as quais as rezas foram dirigidas crescem mais rapidamente e são mais saudáveis em comparação com as que não receberam a reza, embora as condições sejam iguais para ambos os grupos de plantas.

Mais experiências estão sendo feitas e teorias científicas desenvolvidas para descrever o Reiki como técnica de cura. O desenvolvimento de equipamentos mais sensíveis permitirá a ciência entender, validar, e aceitar a realidade do Reiki. Com isto veremos um uso crescente do Reiki individualmente, na família, em hospitais e consultórios. Um conhecimento mais profundo da natureza da saúde e a unidade de toda a vida, redescobrirá a velha sabedoria que diminuirá o sofrimento, tornando a vida na terra mais agradável e promovendo a cura do planeta.

Fonte: Reiki News Magazine

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Sucesso entre médicos cubanos

Energia das pirâmides: aceitação surpreendente entre médicos de Cuba.

A imprensa de Cuba noticiou, recentemente, que médicos daquele país vêm utilizando com sucesso a terapia das pirâmides, bastante familiar aos adeptos das técnicas alternativas de saúde. A prática tem sido adotada, sobretudo, para o tratamento de pessoas que sofrem de hipertensão, asma, dores e inflamações nos tecidos ósseos e nos músculos.

Apesar de simples (a pessoa é colocada no centro de uma pirâmide tubular de alumínio para que absorva a energia ali concentrada), o método tem se mostrado tão eficiente que já começa a minar a costumeira incredulidade corrente no meio científico em relação a esse tipo de terapia. Sinal disso é a adoção da técnica pelo famoso traumatólogo de Havana Rodrigo Alvarez Coimbra, médico dos atletas olímpicos Iván Pedroso, ganhador da medalha de ouro no salto em distância na Olimpíada de Sydney, e Javier Sotomayor, que conseguiu a prata no salto em altura.

Fonte: http://www.terra.com.br/planetanaweb/342/jornal_342_01.htm

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