Cidade com índice zero de emissão de carbono será construída no deserto (12.05.2008)

Os Emirados Árabes Unidos, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, vão gastar US$22 bilhões para erguer a primeira cidade do mundo que terá um índice zero de emissão de gases causadores do efeito estufa.

Cidade ecologicamente correta

Além de ser totalmente “verde”, a nova cidade de Masdar abrigará também um instituto de pesquisas voltado para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Isso em um país que é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e que possui 10% de todas as reservas mundiais conhecidas.

Masdar será construída nos arredores da capital, Abu Dhabi, em uma área de sete quilômetros quadrados. A cidade ecologicamente correta terá uma capacidade para abrigar 50.000 habitantes, e será erguida a um custo de US$22 bilhões.

Eletricidade de fontes alternativas

A energia solar será responsável pelo abastecimento de 82% das necessidades de eletricidade de Masdar, por meio de painéis fotovoltaicos, concentradores solares e tubos de coleta de calor do sol – a chamada energia solar-termal.

Outros 17% da energia virão da queima do lixo orgânico, empregando uma tecnologia altamente eficiente que, segundo os projetistas, emite 10 vezes menos gases causadores do efeito estufa do que se o lixo fosse deixado para se decompor em um aterro sanitário.

O restante 1% da eletricidade será gerado por turbinas eólicas.

Carros serão banidos

Para minimizar o consumo de energia, as casas foram projetadas de forma a ter menor demanda por eletricidade, principalmente para os sistemas de ar-condicionado e iluminação. Isso foi conseguido projetando-se ruas mais estreitas no sentido sudoeste-noroeste, o que ampliará as áreas sombreadas. Adicionalmente, os prédios terão torres de resfriamento que utilizarão o vento natural.

Como seria de se esperar, os carros com motores a combustão estão simplesmente banidos em Masdar. Serão permitidos apenas miniveículos elétricos e que somente poderão ter suas baterias recarregadas a partir da energia solar. O transporte coletivo será feito em veículos leves sobre trilhos, também elétricos.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=cidade-com-indice-zero-de-emissao-de-carbono-sera-construida-no-deserto&id=010125080512

Governo britânico regulará homeopatia e outros tratamentos alternativos (05.01.2008)

Londres, 5 jan (EFE) – O Governo britânico pretende regular pela primeira vez a aromaterapia, a reflexologia, a homeopatia e outros tratamentos alternativos, cada vez mais populares no Reino Unido, indica o jornal “The Times”.

O novo Conselho para a Saúde Natural, que tem apoio do príncipe Charles de Gales, poderá desta forma proibir o exercício desse tipo de práticas a eventuais charlatões e a profissionais incompetentes ou descuidados.

O órgão ficará encarregado de criar padrões mínimos capazes de garantir que aqueles que praticam estas medicinas alternativas estão devidamente qualificados para isso.

Os pacientes poderão, por sua vez, fazer possíveis queixas à entidade, inspirada no já existente Conselho de Clínicos Gerais.

Embora o sistema seja inicialmente voluntário, as autoridades acreditam em que todos os praticantes aceitem-no, pois será uma garantia de qualidade que o público levará em conta.

O organismo em questão só aceitará o registro dos profissionais que tenham completado um curso reconhecido oficialmente, estejam devidamente assegurados e assinem um código de conduta.

Atualmente, os britânicos investem o equivalente a mais de 188 milhões de euros em todo tipo de tratamentos alternativos e se prevê que esse número aumente até 290 milhões de euros nos próximos quatro anos.

Segundo algumas pesquisas, 68% dos cidadãos do Reino Unido acham que os tratamentos alternativos são tão válidos quanto os convencionais.

No entanto, há muito tempo as autoridades estão preocupadas com o fato de que atualmente qualquer pessoa pode se dedicar à acupuntura, ao herbalismo e a outras práticas do tipo.

De acordo com uma pesquisa do “Times”, três em cada quatro pessoas acham que aqueles praticam esses tratamentos alternativos estão devidamente formados e autorizados para fazê-lo.

Entre as práticas que as autoridades de saúde regularão estão ainda as massagens, a osteopatia craniana, o shiatsu, o reiki e as chamadas técnicas de Alexander e de Bowen.

O Conselho para a Saúde Natural, promovido por Charles, será formado por uma série de pessoas nomeadas graças a um processo independente e haverá uma clara divisão entre o organismo e os entes profissionais representativos dos distintos tratamentos regulados.

A saúde pública britânica gasta anualmente o equivalente a 73 milhões de euros no tipo de tratamentos alternativos que o novo conselho regulará.

Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/efe/2008/01/05/ult4429u1431.jhtm