Brasil H2 lançará bicicleta Mobius FLS a hidrogênio

Horas e mais horas presos no caótico trânsito das grandes cidades, bem como a má qualidade do transporte público, principalmente nos horários de pico, tem levado muitas pessoas a procurar por soluções de transporte para o trabalho, tal como o uso das bicicletas. Se adicionarmos a oportunidade para economizar dinheiro e queimar algumas calorias, o uso das bicicletas já seria uma justificativa bem interessante. Porém, muitas pessoas ainda sofrem para dar uma boa pedalada, principalmente nas subidas. Mas uma empresa de Curitiba promete revolucionar o transporte individual por meio do uso de bicicletas elétricas, ou mais carinhosamente, as “magrelas elétricas”.

A Brasil H2, empresa de Curitiba que desenvolve projetos com a energia do hidrogênio, está desenvolvendo duas soluções de bicicletas assistidas eletricamente, Em ambas, o ciclista pode pedalar enquanto o motor elétrico funciona, principalmente naquelas subidas mais temidas e desgastantes, cujo suor pode ser evitado.

De acordo com o Engenheiro Emilio Hoffmann Gomes Neto, o objetivo da bicicleta elétrica não é substituir a tradicional bicicleta e muito menos o exercício físico, mas adicionar uma opção de propulsão elétrica quando necessário. Emilio explica que alguns estudos científicos comprovam que as bicicletas assistidas eletricamente contribuem para um melhor rendimento na pedalada em relevo plano, após utilizar a ajuda do motor elétrico na subida. “Normalmente após uma subida, o ciclista de uma bicicleta convencional não rende muito bem no relevo plano. Com uma bicicleta assistida eletricamente na subida, o ciclista, além de pedalar levemente neste trecho, rende melhor no relevo plano”, explica o engenheiro.

Emilio conta que a empresa lançará em Outubro dois kits de conversão para bicicletas elétricas. Uma utilizará baterias de níquel metal-hidreto, que são mais ecológicas que as baterias de chumbo-ácido, além de mais leves, e um kit híbrido com bateria e células a combustível de hidrogênio. “Apresentaremos em Outubro a primeira bicicleta elétrica a hidrogênio do país, desenvolvido no Brasil”, revela Emilio.

O kit, que já tem nome, Mobius FLS, foi inspirado no conceito de mobilidade urbana sustentável, cada vez mais presente nos planos diretores das grandes e médias cidades em todo o mundo. “Criamos o conceito de Mobilidade Urbana Sustentável para o Futuro Limpo e Saudável, de onde surgiu o nome Mobius FLS, que também tem ligação com a forma geométrica de Mobius e que inspirou o símbolo de reciclagem, do ciclo de sustentabilidade”, explica o engenheiro.

O diretor de tecnologia da Brasil H2, o engenheiro William Záccaro Gomes, conta que há no Brasil uma movimentação por parte de algumas cidades e do Ministério das Cidades, para se ampliar a infra-estrutura de ciclovias e ciclo-faixas, justamente para motivar o uso da bicicleta como meio de transporte para o trabalho, dentro da linha de mobilidade urbana sustentável. “Cidades como Curitiba, Florianópolis, Blumenau e Pomerode estão ampliando e padronizando, em conjunto com o Ministério das Cidades, as sinalizações das ciclovias e ciclo-faixas”.

Uma preocupação nova e que não havia sido abordada pelos órgãos que estão padronizando a sinalização das ciclovias, e que foi alertado pelos engenheiros da Brasil H2, é o limite de velocidade nas ciclovias e ciclo-faixas. “Já existem no Brasil alguns fabricantes e fornecedores cujas bicicletas elétricas atingem velocidades entre 40 e 60 quilômetros por hora, o que é um perigo para os ciclistas e pedestres”, conta William.

De fato, em algumas cidades as bicicletas elétricas com velocidades próximas aos dos ciclomotores, bem como design semelhante às das scooters movidas por gasolina, já tem causado polêmica com os órgãos de trânsito, os quais têm exigido carteira de habilitação para conduzir as bicicletas elétricas.

William revela que a Brasil H2 oferecerá kits que limitam a ajuda do motor até a velocidade de 25 km/h, que é a média da velocidade permitida na Europa, EUA e Ásia. Se o ciclista desejar pedalar acima desta velocidade, será pela própria força da pedalada, algo muito difícil para as bicicletas elétricas parecidas com scooters, pois estas são pesadas. No caso dos kits oferecidos pela empresa de Curitiba, o motor elétrico será o mais leve e compacto do mercado, oferecendo pouca resistência à pedalada do ciclista que ainda deseja queimar algumas gordurinhas.

De acordo com os engenheiros, as bicicletas assistidas eletricamente têm, em média, autonomia entre 30 e 45 km, suficiente para pessoas que realizam trajetos diários dentro desta faixa de quilometragem. “Com a célula a combustível de hidrogênio, a autonomia será maior”, revela William.

A empresa curitibana fornecerá kits de conversão da linha Mobius FLS para os ciclistas que desejam converter a própria bicicleta em uma assistida eletricamente. “Os kits poderão ser usados em bicicletas com aro de 26 polegadas. O ciclista trocará a roda original pela roda com motor elétrico, basicamente, além de instalar a bateria, o controlador e o acelerador. A instalação é fácil e terá um manual multimídia explicando como instalar”, observa Emilio.

Quantos aos possíveis usuários das “magrelas elétricas”, os engenheiros destacam desde estudantes universitários e advogados ecologicamente corretos e que não desejam chegar à aula ou trabalho pingando suor, até empresas como Correios e concessionárias de energia. “As bicicletas podem ser usadas por carteiros e funcionários de concessionárias de energia que fazem a leitura do consumo de energia das residências”, diz William.

Com relação ao custo, a Brasil H2 afirma que o preço da recarga da bateria, feita em uma tomada, fica em torno de R$ 45 centavos. Isto significa um custo de 1 centavo por quilômetro rodado, muito menor que o gasto com passagens de ônibus ou com automóveis, que fica acima de 20 centavos por quilômetro.

Com relação à bicicleta elétrica com células a combustível de hidrogênio, o Engenheiro William revela que serão comercializadas apenas algumas unidades, principalmente para empresas do setor de energia. Segundo o engenheiro, as bicicletas elétricas a hidrogênio fazem parte da linha de pesquisa da Brasil H2 e deverão ser efetivamente comercializadas com preços competitivos dentro de 2 a 3 anos. Entretanto, se houver interessados, a empresa venderá a bicicleta do futuro.

Desde a sua fundação, William explica que a Brasil H2 tem fundamentado as suas atividades no incentivo ao uso e desenvolvimento de tecnologias eficientes de geração de energia, como as células a combustível, bem como o uso de fontes de energias renováveis. Porém, a pesar dos carros a hidrogênio contribuírem, no futuro, para a redução da emissão de poluentes nos grandes centros urbanos, os congestionamentos nas grandes cidades continuarão. Desta forma, surge o conceito de mobilidade urbana sustentável que busca aumentar a acessibilidade das pessoas, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera e gastos com transporte, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Mais informações:
Brasil H2 Fuel Cell Energy
Av. Candido de Abreu, 526, conj. 206B – Curitiba-PR
CEP: 80530-905
Telefone: 55-41-3352-4032
info @ brasilh2.com.br
www.brasilh2.com.br

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Ecomóvel B-5, carro elétrico de Curitiba-PR

O engenheiro curitibano Aureci Gasparini inventou um automóvel que pode rodar 10 mil quilômetros sem reabastecimento, com capacidade para três pessoas, velocidade máxima de 105km/h, câmbio de 4 ou 5 marchas, carroceria de fibra de vidro e um motor elétrico que permite autonomia de 400km.

Gasparini é PhD em mecânica e eletrônica e iniciou suas pesquisas sobre o Ecomóvel em 1967. “Pesquisei na época, formas de depuração dos gases, especialmente o monóxido de carbono, através de catalisadores para diminuir a poluição atmosférica provocada por automóveis”.

Gasparini acabou descobrindo em suas experiências uma forma diferente de energia, uma corrente eletrônica transportadora de partículas. “Foi a partir disso que comecei a pensar no reaproveitamento de energia dos motores elétricos e chegamos na tese da reciclagem de elétrons”, afirmou. Segundo ele, os estudos se prolongaram até que surgiu a idéia de se fazer um carregador automático de energia, que também aproveitaria as várias energias perdidas no meio ambiente.

“Os motores elétricos também produzem resíduos. A forma mais perceptível é através do calor. o trabalho de pesquisa tentou resolver uma forma de reaproveitar essa energia”. E A previsão é a de comercialização em 1998 por um valor perto de R$9 mil, próximo dos carros populares convencionais e com garantia total de dois anos.

O Ecomóvel-B5 é um carro que funciona com um sistema revolucionário a partir de quatro tipos de energia: solar, do meio ambiente, baterias e energia reciclável. “É um carro que vai mudar todos os conceitos conhecidos até hoje a respeito de carros elétricos. Uma revolução na vida urbana, pois por ser pequeno vai melhorar o trânsito e também diminuir a poluição do ar” afirma.

Gasparini explicou que o Ecomóvel B-5 funiona utilizando um sistema batizado de MERC (Misturador de Energias Recicladas Combinadas) desenvolvido a partir de pesquisas feitas em 1985. “Trata-se de um aparelho carregador automático de baterias que capta e mistura as energias em uma câmera e que resulta em uma nova corrente elétrica distribuída novamente para manter o motor funcionando e recarregar as baterias”.

A grande vantagem do sistema é que ele não precisa recarrear as baterias e tem grande autonomia, diferentemente dos carros elétricos atuais que tem baterias caríssimas mas mesmo assim precisam ser recarregados e têm pouca autonomia, em média 240 km. “O MERC foi testado nos anos 1992 e 1993 num automóvel adaptado com motor elétrico, câmbio e as demais peças de um carro normal. Rodamos 15.243 km por ruas e estradas sem que o carro apresentasse uma falha qualquer”. Segundo o inventor “como podemos movimentar um motor também podemos produzir eletricidade e acho que até poderemos evoluir com o princípio ao ponto de no futuro desenvolvermos viagens espaciais em altísssima velocidade”.

O depósito de patente PI9104877 trata de PROCESSO DE RECICLAGEM E AUTO CARREGAMENTO CONTÍNUO DE ENERGIA ELETRICA, consiste em um processo que permite a captura e reciclagem de elétrons perdidos e dispersos resultantes do funcionamento de motor elétrico (1) através de chupetas de coletagem (2). PROCESSO DE RECICLAGEM E AUTO CARREGAMENTO CONTÍNUO DE ENERGIA ELÉTRICA consiste em um processo de auto carregamento contínuo de baterias (9) de carga elétrica comuns e alimentação de motor elétrico (1) para geração de força motriz aplicável em qualquer dispositivo que resulte em força mecânica, tais como veículos de qualquer natureza e equipamentos de geração de energia, através da captação de elétrons perdidos na movimentação do próprio motor elétrico (1) bem como da coleta de elétrons dispersos na atmosfera através de captador eletrônico (6) magnético, correntes estas que se juntam com as provenientes das baterias (9) e dos geradores de corrente variável (5) instalados junto ao motor elétrico, (1) juntando-se todas estas correntes numa caixa misturadora de energia (4) que as envia de forma ordenada para uma caixa distribuidora (7) que fornecerá energia de acordo com a requisição de carga do sistema de retroalimentação das baterias (9) e do consumo de energia do motor elétrico (1) comutados eletronicamente através de microprocessador contido numa caixa alternadora (8) mantendo portanto, todo o conjunto funcionando indefinidamente, de acordo com a capacidade de vida útil das baterias (9).

O Ecomóvel B-5 tem motor elétrico fornecido pela indústria Weg, um Câmbio de 4 ou 5 marchas da indústria ZI ou Clarck, chassi de alumínio e carroceria de fibra de vidro em plastic steel de fabicação própria, como também os principais componentes eletrônicos. Ele mede 2,70m de compriumento, 1,64m de largura e 1,68m de altura, incluindo a altura do painel solar de 40 cm e peso de 685kg.

“Nós vamos produzir 70 carros, que serão testados em Curitiba e depois começaremos a produzi-lo em escala industrial, sendo que a primeira fábrica terá capacidade de produzir dois por dia em Curitiba”. Depois serão inauguradas outras três: uma no Paraguai, outra em Curitiba e a terceira na Colômbia. “Temos um produto para ganhar o mercado automobilístico do Mercosul”, anunciou.

O Ecomóvel B-5 terá uma produção em 1998 de 610 unidades que serão usadas para comprovar a eficiência na nova tecnologia. Segundo Gasprini, o protótipo anterior rodou 15 mil km sem ser recaregado. “Aos poucos vamos aperfeiçoando o sistema para podermos colocar carros cada vez com maior autonomia, a tecnologia para isto já dispomos”.

É um sonho do engenheiro ver fábricas espalhadas por toda a América Latina. “Podemos criar milhares de empregos, não só no Brasil, mas em outros países e nós temos motivação para isso”.

Repercussão

Foi uma reportagem da Gazeta do Povo, publicada em setembro de 1996, que anunciou o invento revolucionário do engenheiro Aureci Gasparini. Na época, ele estava desenvolvendo um protótipo chamado de Electron e fazia os contatos para viabilizar o projeto de construir as fábricas para produzi-lo.

E contou que a matéria teve uma enorme repercussão. “Sei que teve gente da Argentina, de Manaus (AM) e de outros lugares que souberam pelo jornal. Tive até que fazer palestra para os estudantes de engenharia na universidade”, lembrou. “Não podia deixar de prestigiar depois que estamos começando a produzir industrialmente”.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo, Curitiba-PR, 1 de maio de 1998, pag. 3, seção Local.
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http://www.inova.unicamp.br/inventabrasil/ecomovel.htm

Veja mais detalhes sobre a tecnologia utilizada no carro elétrico desenvolvido pelo Dr. Aureci Gasparini: 45746-carro-eletrico

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