Acupuntura e reiki agora têm explicação científica

Pesquisadores avaliam efeitos e mecanismo de terapias alternativas em animais de laboratório
por Bruna Bernacchio

Pesquisas recentes comprovam efeitos benéficos e até encontram explicações científicas para acupuntura e reiki. Estudos sobre o assunto, antes restritos às universidades orientais, ganharam espaço entre pesquisadores norte-americanos, europeus e até brasileiros. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma denominação especial para esses métodos: são as terapias integrativas.

Um artigo exmecanismo da acupuntura contra a dor foi publicado por pesquisadores da Universidade de Rochester na revista Nature Neuroscience em 30 de maio. Criada há quatro mil anos, a prática consiste na aplicação de agulhas em pontos do corpo. Pela explicação tradicional, ela ativa determinadas correntes energéticas para equilibrar a energia do organismo.

Cientificamente, as agulhas teriam efeitos no sistema nervoso central (cérebro e espinha dorsal). As células cerebrais são ativadas e liberam endorfina, um neurotransmissor responsável pela sensação de relaxamento e bem-estar. O estudo dos nova-iorquinos descobriu uma novidade: a terapia, que atinge tecidos mais profundos da pele, teria efeitos no sistema nervoso periférico. As agulhas estimulam também a liberação de outro neurotransmissor, a adenosina, com poder antiinflamatório e analgésico.

No experimento com camundongos com dores nas patas, cientistas aplicavam as agulhas no joelho do animal. Eles constataram que o nível de adenosina na pele da região era 24 vezes maior do que o normal e que houve uma redução do desconforto em dois terços.

Maiken Nedergaard

A equipe tentou potencializar a eficácia da terapia, colocou um medicamento usado para tratar câncer nas agulhas. A droga aprimorou o tratamento: o nível de adenosina  e a duração dos efeitos no organismo dos animais praticamente triplicou e o tempo de duração dos efeitos no organismo dos ratos também triplicou. Mas este método não poderia ser feito em humanos porque o medicamento ainda não é usado clinicamente. “O próximo passo é testar a droga em pessoas, para aperfeiçoá-la ou para encontrar outras drogas com o mesmo efeito”, diz Maiken Nedergaard, coordenadora do estudo.

Reiki

Imposição de mãos nos grupos “Controle-Luva” e “Impostação”, respectivamente.

Seus praticantes acreditam nos efeitos benéficos da energia das mãos do terapeuta colocadas sobre o corpo do paciente contra doenças. Para entender as alterações biológicas do reiki, o psicobiólogo Ricardo Monezi testou o tratamento em camundongos com câncer. “O animal não tem elaboração psicológica, fé, crenças e a empatia pelo tratador. A partir da experimentação com eles, procuramos isolar o efeito placebo”, diz. Para a sua pesquisa na USP, Monezi escolheu o reiki entre todas as práticas de imposição de mãos por tratar-se da única sem conotação religiosa.

Ricardo Monezi

No experimento, a equipe de pesquisadores dividiu 60 camundongos com tumores em três grupos. O grupo controle não recebeu nenhum tipo de tratamento; o grupo “controle-luva” recebeu imposição com um par de luvas preso a cabos de madeira; e o grupo “impostação” teve o tratamento tradicional sempre pelas mãos da mesma pessoa.

Depois de sacrificados, os animais foram avaliados quanto a sua resposta imunológica, ou seja, a capacidade do organismo de destruir tumores. Os resultados mostraram que, nos animais do grupo “impostação”, os glóbulos brancos e células imunológicas tinham dobrado sua capacidade de reconhecer e destruir as células cancerígenas.

“Não sabemos ainda distinguir se a energia que o reiki trabalha é magnética, elétrica ou eletromagnética. Os artigos descrevem-na como ‘energia sutil’, de natureza não esclarecida pela física atual”, diz Monezi. Segundo ele, essa energia produz ondas físicas, que liberam alguns hormônios capazes de ativar as células de defesa do corpo. A conclusão do estudo foi que, como não houveram diferenças significativas nos grupos que não receberam o reiki, as alterações fisiológicas do grupo que passou pelo tratamento não são decorrentes de efeito placebo.

A equipe de Monezi começou agora a analisar os efeitos do reiki em seres humanos. O estudo ainda não está completo, mas o psicobiólogo adianta que o primeiro grupo de 16 pessoas, apresenta resultados positivos. “Os resultados sugerem uma melhoria, por exemplo, na qualidade de vida e diminuição de sintomas de ansiedade e depressão”. O trabalho faz parte de sua tese de doutorado pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp).

E esses não são os únicos trabalhos desenvolvidos com as terapias complementares no Brasil. A psicobióloga Elisa Harumi, avalia o efeito do reiki em pacientes que passaram por quimioterapia; a doutora em acupuntura Flávia Freire constatou melhora de até 60% em pacientes com apnéia do sono tratados com as agulhas, ambas pela Unifesp. A quantidade de pesquisas recentes sobre o assunto mostra que a ciência está cada vez mais interessada no mecanismo e efeitos das terapias alternativas.

http://revistagalileu.globo.com

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Terapias do Biocampo: Mais verdades do que mitos, concluem cientistas

Energia sutil do corpo

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, decidiram fazer uma revisão geral dos inúmeros estudos científicos que estudaram a eficácia das chamadas terapias do biocampo, incluindo Reiki, terapia do toque, toque terapêutico, biomassagem e outras.

As terapias do biocampo geralmente oferecem resultados muito além dos prometidos pelos tratamentos convencionais, baseados em psicoterapia e em medicamentos. Essas modalidades de terapia complementar afirmam utilizar a energia sutil do corpo – o biocampo – para ativar os processos de cura do próprio organismo.

As terapias do biocampo se oferecem como tratamentos complementares, entre outros, para redução da dor em vários tipos de doenças, redução da ansiedade em pacientes hospitalizados e redução de comportamentos agitados em quadros de demência.

Pesquisas científicas sobre biocampo

Os doutores Shamini Jain, especialista em prevenção de câncer, e Paul Mills, psiquiatra, decidiram então fazer uma análise detalhada e isenta das várias pesquisas publicadas por outros cientistas sobre as diversas formas de terapias do biocampo.

Os resultados acabam de ser publicados no periódico médico Journal of Behavioral Medicine.

Terapias do biocampo

Um número cada vez maior de pessoas utiliza as terapias do biocampo em tratamentos e como medidas preventivas, apesar do pequeno número de pesquisas científicas envolvendo o tema e, principalmente, de evidências mais concretas de que elas funcionam de fato.

Essas técnicas vêm sendo utilizados por milênios em várias culturas, para curar problemas físicos e mentais. Somente muito recentemente elas passaram a ser analisadas com os métodos científicos da medicina ocidental.

Em uma revisão detalhada de 66 estudos clínicos que estudaram as terapias do biocampo em diferentes populações de pacientes, sofrendo de uma grande variedade de condições médicas, os dois cientistas decidiram examinar a integridade dos argumentos e das evidências científicas colhidas para mostrar a eficácia dessas terapias complementares.

Evidências fortes e moderadas

Os dois cientistas concluíram que, no geral, os trabalhos científicos publicados nesta área têm uma qualidade média em termos científicos, destacando-se igualmente estudos de excelente qualidade e estudos cujas metodologias apresentam algum tipo de falha.

Quanto aos resultados dos estudos, os dois cientistas encontraram fortes evidências de que as terapias do biocampo reduzem a intensidade da dor em populações não-hospitalizadas.

Para os pacientes hospitalizados e para os pacientes com câncer, as evidências de que as terapias do biocampo reduzem a intensidade da dor foram catalogadas como moderadas.

Os cientistas também encontraram evidências moderadas de que essas terapias acalmam comportamentos agitados em pacientes com vários tipos de demência. Os resultados são similares quando o tratamento complementar é voltado para reduzir a ansiedade em pacientes hospitalizados.

Novas pesquisas científicas

As evidências coletadas pelos diversos estudos não são conclusivas quanto ao uso das terapias do biocampo para o tratamento de sintomas de fadiga e para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com câncer, assim como para a redução da dor e da ansiedade em pacientes especificamente com problemas cardiovasculares.

Os autores concluem que há uma grande necessidade de mais estudos de alta qualidade sobre o tema e sugerem áreas específicas para a realização de novas pesquisas científicas.

Médicos devem conhecer as terapias do biocampo

A principal conclusão dos dois cientistas, contudo, é no sentido de que os médicos passem a conhecer as terapias do biocampo.

“A fim de informar melhor os pacientes dos benefícios potenciais, ou dos não-benefícios, dessas intervenções baseadas no biocampo, os médicos e os cientistas na área da medicina comportamental devem se familiarizar com a teoria e com a prática dessas terapias, assim como das pesquisas feitas na área,” concluem os especialistas.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br

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