Ônibus movido a hidrogênio é lançado no Rio, 26.05.2010

O primeiro veículo do Brasil movido a hidrogênio, com 100% de tecnologia nacional, foi lançado hoje (26) no Rio de Janeiro. O ônibus é igual aos convencionais, mas não causa danos ao meio ambiente.

O veículo foi desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O ônibus tem três fontes de eletricidade – bateria carregada a rede elétrica, pilha a combustível alimentada com hidrogênio e pela regeneração da energia cinética produzida a bordo (acelerar). “No veículo, o hidrogênio se transforma em energia elétrica armazenada em ultracapacitores”, explicou o coordenador do projeto, Paulo Emilio Valadão Miranda.

Em uma época em que há uma grande preocupação com o aquecimento global, a nova tecnologia traz benefícios ao meio ambiente. “Substituir os veículos convencionais por um que emite vapor da água, traz um beneficio muito grande para o meio ambiente”, afirmou Miranda. Além da contribuição ambiental, ele aponta outras vantagens. “O veículo é silencioso, o que aumenta o conforto de moradores das imediações de vias congestionadas.”

O preço do ônibus a hidrogênio é cinco vezes maior que o dos movidos a diesel. “Toda tecnologia nova é mais cara. Se a tecnologia nova é produzida em uma única unidade é mais cara ainda, mas a tendência é que com a produção em maior escala isso desapareça. Além disso, existem vantagens operacionais além da ambiental. O ônibus tem um gasto menor de manutenção e, por causa do arranjo tecnológico, tem um consumo menor de combustível. Ao longo dos anos ele se torna mais vantajoso que os veículos convencionais”, disse Miranda.

O ônibus foi projetado para uso urbano e tem autonomia para rodar até 300 quilômetros. O veículo começará a circular em julho na Cidade Universitária, no Fundão, e no segundo semestre de 2010 fará uma linha regular pela zona sul da cidade. “A empresa que fará esse circuito é a Viação Real. Durante um ano iremos acompanhar e avaliar todos os benefícios dessa nova tecnologia”, disse o diretor de Mobilidade Urbana da Federação das Empresas de Transporte do Rio de Janeiro (Fetranspor), Artur Cezar Soares.

O veículo movido a hidrogênio também poderá ser uma das opções de transporte sustentável para o Rio de Janeiro na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas em 2016. “O nosso compromisso com o Comitê Olímpico Internacional inclui responsabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável também ligado ao transporte. O acordo é que uma porcentagem elevada de toda a frota que transporte as delegações, os atletas e o público em geral fosse com biodiesel. Mas o Rio poderá apresentar muito mais do que está acordado, com esse ônibus a hidrogênio”, disse a secretária do Ambiente do Rio, Marilene Ramos.

O projeto contou com o financiamento da Petrobrás e da Finep. Agora a Coppe negocia investimentos com a Fetranspor, prefeitura do Rio e governo estadual para criação de pequenas frotas.

http://www.jornalbrasil.com.br/interna.php?autonum=9417

O primeiro carro nacional movido a célula de combustível

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Adriana Melo

Uso do hidrogênio como fonte de energia diminui poluição e dependência de petróleo

Até o fim do ano deve estar pronto o primeiro carro elétrico nacional com células a combustível, que adota o hidrogênio como fonte de energia. A tecnologia não emite poluentes – o único subproduto obtido com o uso de hidrogênio é vapor d’água – e permite reduzir a dependência por combustíveis fósseis vindos de fontes não-renováveis, como o petróleo. Desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o protótipo, batizado de Vega II, deve ser exposto em agosto no Salão de Inovação Tecnológica, em São Paulo.

A célula a combustível é um sistema de conversão que transforma a energia química do hidrogênio em eletricidade. Com aproximadamente o mesmo tamanho dos motores usados nos veículos de passeio atuais, sua principal função é combinar o hidrogênio com o oxigênio, que pode ser retirado da atmosfera. O hidrogênio pode ser obtido a partir da água, de combustíveis fósseis (como gasolina e gás natural) ou do álcool. A ligação do hidrogênio com o oxigênio produz energia elétrica e água.

“Quando o combustível colocado no carro não é o hidrogênio gasoso ou líquido, deve-se acrescentar um sistema intermediário para retirar o hidrogênio desse combustível. Esses sistemas são chamados de reformadores”, explica o físico Paulo Ferreira, envolvido no projeto. O Vega II, em uma segunda fase, contará com um reformador de etanol, álcool extraído da cana-de-açúcar (a versão atual usa hidrogênio gasoso extraído da água). Também há reformadores de outros combustíveis, como gasolina e gás natural.

O uso do etanol permite romper com a dependência de combustíveis fósseis. O Brasil tem um enorme potencial agrícola para a produção de cana-de-açúcar e, no futuro, poderá até exportar esse tipo de energia. Além disso, como a cana absorve CO2 da atmosfera na fotossíntese durante seu crescimento, o uso do etanol minimiza as conseqüências da emissão de gás carbônico (CO2) que ocorre quando o hidrogênio é obtido a partir de outros combustíveis.

Já existem carros elétricos no mercado, movidos a baterias eletroquímicas. Os maiores problemas desses veículos são a baixa autonomia, que obriga o usuário a recarregar as baterias a cada 200 km em média, e o tempo de recarga, que chega a dez horas. O carro da Unicamp é um híbrido, e adota simultaneamente células a combustível e baterias. A vantagem desse sistema é que as baterias são recarregadas pela célula a combustível. “As baterias só são utilizadas quando o motor exige respostas rápidas e alta potência, como nas acelerações”, explica Ferreira. “Quando o carro está em velocidade constante, a célula alimenta o motor e recarrega as baterias. O sistema completo possui eficiência duas vezes maior que a de um carro com motor a combustão interna.”

A célula usada no Vega II é capaz de fazer funcionar, em conjunto com as baterias, um carro de 30 kW. Essa potência corresponde a um motor de 500 cilindradas. Por ora, os pesquisadores não estão preocupados com a potência e sim em testar veículos elétricos com células a combustível.

http://cienciahoje.uol.com.br

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Brasil H2 lançará bicicleta Mobius FLS a hidrogênio

Horas e mais horas presos no caótico trânsito das grandes cidades, bem como a má qualidade do transporte público, principalmente nos horários de pico, tem levado muitas pessoas a procurar por soluções de transporte para o trabalho, tal como o uso das bicicletas. Se adicionarmos a oportunidade para economizar dinheiro e queimar algumas calorias, o uso das bicicletas já seria uma justificativa bem interessante. Porém, muitas pessoas ainda sofrem para dar uma boa pedalada, principalmente nas subidas. Mas uma empresa de Curitiba promete revolucionar o transporte individual por meio do uso de bicicletas elétricas, ou mais carinhosamente, as “magrelas elétricas”.

A Brasil H2, empresa de Curitiba que desenvolve projetos com a energia do hidrogênio, está desenvolvendo duas soluções de bicicletas assistidas eletricamente, Em ambas, o ciclista pode pedalar enquanto o motor elétrico funciona, principalmente naquelas subidas mais temidas e desgastantes, cujo suor pode ser evitado.

De acordo com o Engenheiro Emilio Hoffmann Gomes Neto, o objetivo da bicicleta elétrica não é substituir a tradicional bicicleta e muito menos o exercício físico, mas adicionar uma opção de propulsão elétrica quando necessário. Emilio explica que alguns estudos científicos comprovam que as bicicletas assistidas eletricamente contribuem para um melhor rendimento na pedalada em relevo plano, após utilizar a ajuda do motor elétrico na subida. “Normalmente após uma subida, o ciclista de uma bicicleta convencional não rende muito bem no relevo plano. Com uma bicicleta assistida eletricamente na subida, o ciclista, além de pedalar levemente neste trecho, rende melhor no relevo plano”, explica o engenheiro.

Emilio conta que a empresa lançará em Outubro dois kits de conversão para bicicletas elétricas. Uma utilizará baterias de níquel metal-hidreto, que são mais ecológicas que as baterias de chumbo-ácido, além de mais leves, e um kit híbrido com bateria e células a combustível de hidrogênio. “Apresentaremos em Outubro a primeira bicicleta elétrica a hidrogênio do país, desenvolvido no Brasil”, revela Emilio.

O kit, que já tem nome, Mobius FLS, foi inspirado no conceito de mobilidade urbana sustentável, cada vez mais presente nos planos diretores das grandes e médias cidades em todo o mundo. “Criamos o conceito de Mobilidade Urbana Sustentável para o Futuro Limpo e Saudável, de onde surgiu o nome Mobius FLS, que também tem ligação com a forma geométrica de Mobius e que inspirou o símbolo de reciclagem, do ciclo de sustentabilidade”, explica o engenheiro.

O diretor de tecnologia da Brasil H2, o engenheiro William Záccaro Gomes, conta que há no Brasil uma movimentação por parte de algumas cidades e do Ministério das Cidades, para se ampliar a infra-estrutura de ciclovias e ciclo-faixas, justamente para motivar o uso da bicicleta como meio de transporte para o trabalho, dentro da linha de mobilidade urbana sustentável. “Cidades como Curitiba, Florianópolis, Blumenau e Pomerode estão ampliando e padronizando, em conjunto com o Ministério das Cidades, as sinalizações das ciclovias e ciclo-faixas”.

Uma preocupação nova e que não havia sido abordada pelos órgãos que estão padronizando a sinalização das ciclovias, e que foi alertado pelos engenheiros da Brasil H2, é o limite de velocidade nas ciclovias e ciclo-faixas. “Já existem no Brasil alguns fabricantes e fornecedores cujas bicicletas elétricas atingem velocidades entre 40 e 60 quilômetros por hora, o que é um perigo para os ciclistas e pedestres”, conta William.

De fato, em algumas cidades as bicicletas elétricas com velocidades próximas aos dos ciclomotores, bem como design semelhante às das scooters movidas por gasolina, já tem causado polêmica com os órgãos de trânsito, os quais têm exigido carteira de habilitação para conduzir as bicicletas elétricas.

William revela que a Brasil H2 oferecerá kits que limitam a ajuda do motor até a velocidade de 25 km/h, que é a média da velocidade permitida na Europa, EUA e Ásia. Se o ciclista desejar pedalar acima desta velocidade, será pela própria força da pedalada, algo muito difícil para as bicicletas elétricas parecidas com scooters, pois estas são pesadas. No caso dos kits oferecidos pela empresa de Curitiba, o motor elétrico será o mais leve e compacto do mercado, oferecendo pouca resistência à pedalada do ciclista que ainda deseja queimar algumas gordurinhas.

De acordo com os engenheiros, as bicicletas assistidas eletricamente têm, em média, autonomia entre 30 e 45 km, suficiente para pessoas que realizam trajetos diários dentro desta faixa de quilometragem. “Com a célula a combustível de hidrogênio, a autonomia será maior”, revela William.

A empresa curitibana fornecerá kits de conversão da linha Mobius FLS para os ciclistas que desejam converter a própria bicicleta em uma assistida eletricamente. “Os kits poderão ser usados em bicicletas com aro de 26 polegadas. O ciclista trocará a roda original pela roda com motor elétrico, basicamente, além de instalar a bateria, o controlador e o acelerador. A instalação é fácil e terá um manual multimídia explicando como instalar”, observa Emilio.

Quantos aos possíveis usuários das “magrelas elétricas”, os engenheiros destacam desde estudantes universitários e advogados ecologicamente corretos e que não desejam chegar à aula ou trabalho pingando suor, até empresas como Correios e concessionárias de energia. “As bicicletas podem ser usadas por carteiros e funcionários de concessionárias de energia que fazem a leitura do consumo de energia das residências”, diz William.

Com relação ao custo, a Brasil H2 afirma que o preço da recarga da bateria, feita em uma tomada, fica em torno de R$ 45 centavos. Isto significa um custo de 1 centavo por quilômetro rodado, muito menor que o gasto com passagens de ônibus ou com automóveis, que fica acima de 20 centavos por quilômetro.

Com relação à bicicleta elétrica com células a combustível de hidrogênio, o Engenheiro William revela que serão comercializadas apenas algumas unidades, principalmente para empresas do setor de energia. Segundo o engenheiro, as bicicletas elétricas a hidrogênio fazem parte da linha de pesquisa da Brasil H2 e deverão ser efetivamente comercializadas com preços competitivos dentro de 2 a 3 anos. Entretanto, se houver interessados, a empresa venderá a bicicleta do futuro.

Desde a sua fundação, William explica que a Brasil H2 tem fundamentado as suas atividades no incentivo ao uso e desenvolvimento de tecnologias eficientes de geração de energia, como as células a combustível, bem como o uso de fontes de energias renováveis. Porém, a pesar dos carros a hidrogênio contribuírem, no futuro, para a redução da emissão de poluentes nos grandes centros urbanos, os congestionamentos nas grandes cidades continuarão. Desta forma, surge o conceito de mobilidade urbana sustentável que busca aumentar a acessibilidade das pessoas, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera e gastos com transporte, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Mais informações:
Brasil H2 Fuel Cell Energy
Av. Candido de Abreu, 526, conj. 206B – Curitiba-PR
CEP: 80530-905
Telefone: 55-41-3352-4032
info @ brasilh2.com.br
www.brasilh2.com.br

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