Pesquisa mostra eficácia no tratamento da intoxicação por organofosforados.
Pesquisa feita pela docente da disciplina de fisiologia da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), Haydée Maria Moreira, mostrou a eficácia de medicamentos homeopáticos no tratamento de pacientes intoxicados por compostos organofosforados, tipos de agrotóxico muito empregados no controle de pragas no campo.
A pesquisa, feita em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), comparou a ação do medicamento alopático sulfato de atropina, considerado uma droga de primeira escolha (a mais eficiente), com a combinação de sete medicamentos homeopáticos dados em freqüência e em ordem específicas, denominada FAO (Fatores de Auto-Organização).
A pesquisa tomou como universo ratos intoxicados por Chlorpiriphos e Methamidophos, tipos de praguicidas organofosforados.
Essas substâncias foram aplicadas por gavage (introdução do veneno no estômago do rato através de uma cânula). O sulfato de atropina foi introduzido por via intraperitonial e os medicamentos homeopáticos, por via oral.
A pesquisadora explicou que foi utilizada uma dose de organofosforados de 163 mg/kg para o Chlorpiriphos e 30 mg/kg para o Methamidophos. Essa quantidade de substância tóxica tem a capacidade de levar a óbito metade do grupo de animais intoxicados.
A pesquisa tomou como universo 140 ratos machos adultos Wistar pesando cerca de 300 gramas cada. Os animais foram distribuídos em sete grupos compostos por 20 ratos cada um.
Entre o grupo de animais intoxicados por Methamidophos que não foram tratados houve 12 óbitos e oito permaneceram vivos; no grupo tratado com sulfato de atropina, 18 ficaram vivos e houve dois óbitos no décimo dia de observação. Já no grupo tratado com medicamento homeopático (FAO), os 20 animais permaneceram vivos.
Entre o grupo de animais intoxicados por Chlorpiriphos que não foram tratados houve nove óbitos e onze permaneceram vivos; nos grupos tratados com medicamento homeopático (FAO) e com sulfato de atropina não houve óbito algum.
“O medicamento homeopático teve melhor atuação em relação ao grupo do Methamidophos. No grupo do Chlorpiriphos, o medicamento homeopático e o alopático tiveram a mesma eficiência”, explicou a pesquisadora.
Haydée informou que a utilização do FAO seria mais indicada porque não há na literatura relatos de efeitos colaterais após o uso dessa substância. Isto foi demonstrado no grupo em que 20 ratos foram tratados somente com medicamento homeopático: não houve óbito e os animais não tiveram efeitos colaterais.
“Já o sulfato de atropina pode causar efeitos colaterais como agitação, irritabilidade, alucinação, delírio, taquicardia, entre outros”, concluiu.
Fonte: http://www.diariodemarilia.com.br
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