Prática de exercícios respiratórios tem impacto positivo na saúde

Estudos de importantes centros de pesquisa em todo o mundo começam a medir o que já se sabia empiricamente: a prática cotidiana de exercícios respiratórios tem impacto positivo na saúde e no bem-estar, além de auxiliar no tratamento de diversas doenças

Silvia Rogar

O cardiologista italiano Luciano Bernardi coordenou, há oito anos, um curioso estudo na Universidade de Pavia. O tema: a influência da ave-maria sobre o sistema cardiovascular. Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a oração em latim, lida em voz alta, tinha efeito calmante sobre os fiéis. O que Bernardi e seus pares constataram foi que isso não tinha relação com a fé, e sim com o ritmo da respiração exigido pela métrica da oração. Para dizer cada frase inteira e respeitar os intervalos, é preciso baixar o número de inspirações e expirações para seis por minuto, um terço do ritmo normal. Esse ritmo respiratório mais lento reduz a frequência cardíaca e baixa a pressão arterial. Daí a sensação de calma. Data também do início dos anos 2000 uma série de outros estudos que procuram explicar e medir o efeito do controle da respiração sobre a saúde. Essa relação é conhecida empiricamente há milênios pela medicina oriental, mas só recentemente começou a ganhar status de assunto sério nos principais centros de pesquisa do mundo. Os resultados são animadores. A respiração controlada, em diversas modalidades, revela-se coadjuvante eficiente no tratamento de transtornos de ansiedade, de hipertensão e até de dores crônicas, em alguns casos permitindo reduzir expressivamente as doses de remédio.

O grande mérito dos estudos recentes sobre respiração é dimensionar seu poder de interferir no funcionamento do sistema nervoso autônomo. Esse sistema é dividido em dois: o simpático e o parassimpático. O primeiro prepara o corpo para enfrentar situações de perigo. Ao receberem um sinal de alerta, motivado por situação real ou imaginária, diversas áreas do cérebro entram em ação, desencadeando reações destinadas a enfrentar essa ameaça. Substâncias que contraem os vasos sanguíneos (como a adrenalina) são liberadas, provocando aceleração dos batimentos cardíacos e elevação da pressão arterial. Quando a ameaça sai de cena, o sistema parassimpático conduz o corpo de volta a seu estado normal. A respiração pode interferir nesse processo porque é a única das funções regidas pelo sistema nervoso autônomo que se pode controlar. Não é possível baixar ou elevar voluntariamente a temperatura corporal ou alterar a velocidade da circulação do sangue. Mas é perfeitamente possível alterar o ritmo da respiração. O que os médicos constataram é que, quando se respira lenta e profundamente, se envia ao cérebro uma mensagem tranquilizadora que ajuda a desarmar os sistemas de defesa. A respiração mais eficaz para isso é a diafragmática, semelhante à respiração dos bebês, que expandem o abdômen ao inspirar. Estudos do Laboratório de Pânico e Respiração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostram que 70% dos pacientes que sofrem de distúrbios de ansiedade conseguem diminuir em até 60% a dose de antidepressivos e ansiolíticos depois de seis meses. “Para quem sofre de pânico, o treinamento da respiração diafragmática é o primeiro passo para a resolução do problema sem medicamentos”, diz o psiquiatra Geraldo Possendoro, professor de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Na esteira dessas constatações, nasceram e se multiplicaram os cursos de respiração. Eles atraem principalmente a turma que sempre aderiu alegremente a qualquer novidade na área do bem-estar. Mas têm incorporado também gente que nunca levou muita fé em nada que cheirasse a terapia alternativa. Foi por pura curiosidade que o empresário Robson Gouvêa, de 51 anos, procurou a Fundação Arte de Viver, uma das primeiras a oferecer esse tipo de curso. Isso foi em 2007. Gouvêa, que comanda a rede de magazines Leader, do Rio de Janeiro, gostou do resultado. Diz que sua grande conquista foi aprender a respirar fundo antes de tomar decisões importantes. Ele trabalha cerca de dez horas por dia. Para administrar o stress, joga tênis e pratica corrida. “A respiração passou a fazer parte da minha rotina de bem-estar”, diz. A atriz Juliana Paes aderiu no ano passado, quando estava se preparando para viver a Maya de Caminho das Índias. “Eu estava muito ansiosa. Ia começar a novela e sabia que a pressão seria enorme. Aprender a respirar foi fundamental para enfrentar a empreitada com mais tranquilidade”, diz Juliana, que, assim como a atriz Priscila Fantin, vê na qualidade do sono o maior benefício obtido com a prática. Em geral, quem faz regularmente exercícios respiratórios relata ter conquistado um precioso aliado para enfrentar o stress e a correria do dia a dia. A medicina confirma. “Vejo o controle respiratório como parte de uma estratégia de vida saudável, ao lado da alimentação balanceada e da atividade física regular”, diz Bernardi.

Executiva de recursos humanos, a carioca Cristiane Edelman, hoje com 45 anos, não tem dúvida dos ganhos que obteve desde que incorporou o condicionamento respiratório ao seu cotidiano. Submetida à puxada rotina das consultorias internacionais, ela vivia entre voos e reuniões Brasil afora. Passou a sofrer os reflexos do stress e da ansiedade no corpo. Por duas vezes, chegou a parar no pronto-socorro. “Tinha formigamentos no rosto, achava que estava infartando, vivia com insônia, azia, e tinha rinite alérgica”, conta. Cristiane só conseguiu dar um basta nesse mal-estar quando procurou uma terapeuta, cinco anos atrás, que lhe ensinou técnicas de respiração. “Minha qualidade de vida teve uma sensível melhora”, diz.

Outra vertente em que as pesquisas constatam bons resultados do condicionamento respiratório é o controle da pressão arterial. Em 2002, o Food and Drug Administration (FDA), a agência norte-americana que regula a venda de medicamentos, liberou um dispositivo chamado Resperate, uma espécie de walkman criado por médicos israelenses com o propósito de ditar o ritmo das inspirações e expirações. A prática de quinze minutos diários mostrou efeito significativo em estudos que abrangeram 507 hipertensos, todos sob orientação médica (veja o quadro). Após oito semanas, a redução média de pressão foi de 15 por 9 para 14 por 8. Em 10% dos casos a hipertensão desapareceu. Mesmo sem o aparelhinho, a física paulistana Elisa Wolynec, 68 anos, conseguiu idêntico resultado. Ela sempre levou uma vida saudável. Há cinco anos, descobriu que sua pressão estava alta. Começou a tomar medicação, mas teve uma série de efeitos colaterais desagradáveis e, em outubro de 2008, sob orientação médica, decidiu apostar na prática de exercícios de respiração lenta e profunda. Desde então, dedica quinze minutos todos os dias a eles, com muita disciplina. Aos poucos, o médico reduziu a dose de medicação e, desde janeiro, Elisa não toma comprimidos. Sua pressão chegava a 17 por 9 e estabilizou-se em 12 por 7. “Depois de dois ou três meses de prática, observa-se em alguns casos redução semelhante à que se consegue com remédios”, diz Décio Mion, chefe da unidade de hipertensão do Hospital das Clínicas da USP, que no ano passado conduziu um estudo sobre o assunto com 27 hipertensos em grau leve.

Na Universidade Stanford, os exercícios respiratórios são vistos como uma ferramenta para enfrentar a dor crônica com menor grau de desconforto. “Eles permitem encarar crises com menos medicação. A dor crônica tem um fator emocional, que ativa o sistema simpático e, consequentemente, aumenta a tensão muscular. O controle da respiração permite que o corpo fique mais relaxado”, explica o anestesista Ravi Prasad, diretor assistente da divisão de gerenciamento da dor em Stanford. Essa é uma área em que ainda não há estatísticas que confirmem a relação entre os exercícios e a melhora do quadro dos doentes. Mas as evidências são muito fortes, e há muitos estudos em andamento que permitirão medir adequadamente esse efeito. Não deverá levar muito tempo. Essa é uma fronteira promissora para a medicina nos próximos anos. Diz o cientista norte-americano David Anderson, dos National Health Institutes, o órgão responsável por pesquisas e políticas públicas de saúde nos Estados Unidos, que coordena o maior estudo já feito no país sobre a relação entre respiração e saúde: “Estou convencido de que os padrões de respiração têm grande impacto até sobre o sistema imunológico“.

VEJA TAMBÉM
Quadro: Os benefícios dos exercícios respiratórios

http://veja.abril.com.br

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Nosso mundo químico

VIVER MELHOR COM ALIMENTAÇÃO ORGÂNICA
Walter J. Crinnion(1)

Quinze anos atrás, fiz uma palestra sobre “Educação do Paciente” na Bastyr University. Após a palestra, uma senhora perguntou: “Os resíduos químicos de nossa comida podem nos deixar doentes?” Ela tinha acabado de ler o livro “Circle of Poison” (Círculo de Veneno), de David Weir e Mark Schapiro, e estava tentando separar a verdade do sensacionalismo. Embora seja embaraçoso admitir, minha resposta na época foi “não”.

Depois dessa palestra, tratei de muitas pessoas que ficaram doentes por causa de resíduos de pesticidas. Quanto mais trabalho com doentes crônicos, maior fica minha horta orgânica caseira. A maioria das pessoas que tratei tinha passado pelo sistema médico sem melhorar, mas com a conta bancária seriamente afetada.

Steve era uma dessas pessoas. Chegou até mim depois de ter passado por vários médicos, que foram incapazes de diagnosticar seu problema. Steve tinha certeza que estava morrendo. Os exames de sangue não apontavam a causa dos problemas, embora indicassem algumas irregularidades. A descoberta interessante se deu quando examinamos o sangue para detectar pesticidas (um teste desconhecido para a maioria dos médicos).

Testamos o sangue para 18 dos pesticidas mais comuns e descobrimos que Steve tinha 9 deles correndo por seu corpo. Como há muito mais que 18 substâncias químicas no meio ambiente, não fiquei muito esperançoso. Se Steve apresentava 50% dos produtos químicos testados, quantos mais ele teria que não havíamos testado? Infelizmente, das 70 mil substâncias químicas usadas na vida diária, apenas 250 podem ser testadas em seres humanos. Fica muito difícil encontrar a causa de um problema de saúde entre as 69.750 restantes.

Uma das toxinas encontradas foi a dichlor-diphenyl-trichloroethane (DDT). Este pesticida foi banido nos anos setenta. Após seis meses no corpo de uma pessoa, o DDT se transforma em dichlordiphenylethylene (DDE). Como encontramos tanto DDT como DDE em Steve, isso significava que ele tinha estado exposto ao DDT durante o ano anterior. Mas como?

Embora o uso do DDT seja proibido nos Estados Unidos, ainda é produzido aqui, e depois exportado para outros países, onde é usado na agricultura e no controle de mosquitos. O DDT volta para cá através dos alimentos e da carne produzidos nesses países. Também voltam com o vento. Podemos encontrar e comer alimentos diretamente contaminados ou carne de animais alimentados com ração contaminada.

Nosso mundo químico

Steve não está sozinho. Nasceu após a II Grande Guerra, que nos introduziu na era química. O “slogan” dessa revolução química era “Vida melhor através da Química”. As substâncias produzidas, como o DDT, são, na grande maioria, solúveis em gordura. Isso significa que elas são armazenadas em tecido gorduroso do corpo e permanecem conosco eternamente se não nos livrarmos delas. Vão se acumulando à medida que os anos passam. Frequentemente descrevemos o corpo humano como um barril de água. As toxinas entram no corpo e, lentamente, vão se avolumando. De modo geral, é só quando o barril vaza que os problemas aparecem.

A EPA, Agência de Proteção ao Meio Ambiente, vem controlando a quantidade de toxinas existentes em nosso tecido gorduroso desde 1976. Estão encontrando 13 componentes altamente tóxicos em 100% de todas as amostras examinadas. Das 46 substâncias químicas testadas, a maioria aparece em 50% das amostras. A EPA faz esses testes anualmente. Ao mesmo tempo, a FDA — Órgão de Controle dos Alimentos e Medicamentos — prepara seu relatório anual sobre resíduos de pesticidas nos alimentos. David Steinmam mostra esse relatório no livro “Diet for a Poisoned Planet” (Dieta para um Planeta Envenenado) e conta quais são os alimentos que contêm maior número de pesticidas (passas e amendoim, inclusive). A questão não é “se” estamos intoxicados mas “quão” intoxicados e como essa toxicidade está nos afetando.

Substâncias químicas como pesticidas e metais pesados, presentes no nosso organismo, afetam o sistema imunológico e o sistema nervoso. Na verdade, alguns pesticidas, como os organofosfatos, foram originalmente desenvolvidos como gases asfixiantes durante a II Grande Guerra e depois começaram a ser usados na vida doméstica. Já foi provado que essas substâncias provocam doenças autoimunes como lúpus, alergias, câncer da mama e outros tipos de câncer, assim como doenças neurológicas (mal de Parkinson).

Os melhores estudos sobre resíduos de agrotóxicos e saúde são aqueles relacionados com câncer da mama. Nos últimos anos, os cientistas têm analisado o nível de DDT, DDE e PCB em mulheres. Seus estudos mostram que resíduos químicos no sangue e nas células de gordura da mulher aumentam o risco de câncer da mama. Como o câncer da mama é importante fator de morte, podemos afirmar que evitar resíduos de pesticidas nos alimentos pode salvar muitas vidas e reduzir o custo do sistema de saúde.

Após 50 anos de “Vida melhor através da Química”, finalmente provamos que as pessoas nascidas depois de 1940 têm maior índice de câncer não relacionado com o fumo — inclusive câncer da mama — que outras gerações. Pesquisadores afirmam que a causa desse aumento nos índices de câncer é a poluição química ambiental em nosso mundo. Não vou esperar por mais provas para mudar meus hábitos alimentares. Como médico, que vê inúmeras pessoas com problemas de saúde provocados pela poluição ambiental, estou convencido de que existe uma associação direta entre substâncias químicas e saúde. A maior fonte de contaminação está no local de trabalho das pessoas, depois nas suas casas, no ar, na comida e na água. De tudo isso, o mais fácil de controlar é a nossa casa e a nossa alimentação.

Comer alimentos orgânicos, beber água pura e evitar exposição a substâncias químicas ambientais pode ter um efeito profundo na saúde. Meu amigo Steve, que se submeteu a um longo tratamento para eliminar os pesticidas do corpo e recuperou a saúde, me dá toda razão. Quando ele somou o custo da doença em termos de ausência do trabalho e gastos com cuidados médicos, concluiu que comer alimentos orgânicos é muito mais barato que comer produtos não orgânicos. Ele agora está se alimentando melhor e minha horta orgânica continua a crescer.

(1) Dr. Walter J. Crinnion, nutrólogo, vive em Bellevue, no estado de Washington, EUA. Dirige um programa de desintoxicação para toxinas ambientais e é membro do corpo docente da Universidade de Ciências da Saúde Natural Bastyr de Seattle. Essa Universidade oferece um programa de medicina natural, o grau de bacharelado em ciências de saúde natural e programas de mestrado em nutrição e acupuntura.

Do livro “Saúde para você” de Ernst Günter.

Vivendo de comida viva

Tradução e adaptação de Luís Guerreiro

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INTRODUÇÃO

Na natureza todos os animais comem alimentos vivos. Só o ser humano cozinha os seus alimentos e só o ser humano sofre de imensas doenças e males. Os humanos que comem mais alimentos vivos estão mais alerta, pensam claro, concisamente e mais logicamente e tornam-se mais ativos. Melhor, comedores de comida viva tornam-se virtualmente livres de doença.

O nosso organismo evoluiu durante cerca de quatro milhões de anos. Cerca de 3,950,000 dos quais comemos alimentos crus, alimentos vivos. É só recentemente que começamos a comer alimentos cozinhados. Quando olhamos para os outros mamíferos na natureza, não vemos qualquer incidência das doenças que se difundiram pelos seres humanos. Nem cancro, doenças do coração, ataques ou diabetes, etc.

Cozinhar é um processo de destruição dos alimentos a partir do momento em que calor é aplicado á comida. Os nutrientes são praticamente todos destruídos se a cozedura for longa.

Cozinhar transforma a comida num tóxico! A toxicidade dos alimentos cozinhados é confirmada pela duplicação e triplicação das células brancas no sangue depois de comer uma refeição cozinhada. As células brancas do sangue são a primeira linha de defesa do organismo e são, coletivamente, popularmente chamadas de “sistema imunitário”.

A primeira coisa que se perde quando se cozinham os alimentos é a água que os constitui.

Como confirmado por centenas de pesquisas citadas na prestigiosa National Academy of Sciences National Research Councils book, “Diet, Nutrition and Cancer,” qualquer forma de cozedura, etc., rapidamente gera mutagens e agentes cancerígenos nos alimentos.

Cozinhar destroi 50% das proteínas. Entre 50 e 80% de minerais são destruídos. Os pesticidas dividem-se em partículas ainda mais tóxicas, que são mais facilmente assimilados pelo organismo. O oxigénio é perdido e radicais livres são produzidos.

As proteínas começam a coagular a temperaturas normalmente utilizadas, e perdem o seu valor nutritivo.

As vitaminas são geralmente rapidamente destruídas pelo aquecimento.

Os minerais rapidamente perdem o seu contexto orgânico e voltam ao estado nativo em que se encontram no solo, mar água e rochas, metais etc. Nesse estado eles não são usados pelo organismo e são postos á parte combinados com gorduras saturadas e colesterol no sistema circulatório, dessa forma bloqueando-o com uma massa tipo cimento. Mais de 90% dos norte-americanos tem placa nas suas artérias! Pior ainda, os minerais inorgânicos são altamente tóxicos. Como exemplo conhecemos o iodo como um nutriente essencial. Apesar de tudo no seu estado inorgânico causa hepatite.

A comida cozinhada não só leva mais tempo a ser digerida como por vezes é completamente indigesta e indiscutivelmente no caso das proteínas aquecidas. A comida cozinhada rapidamente fermenta e entra em putrefação no trato intestinal enquanto a comida viva é praticamente toda absorvida antes de oxidar o suficiente para criar uma fermentação bacterial e putrefação.

Isto evidencia o fato de que o comedor convencional comum tem cerca de duas libras (907.194g) de bactérias intestinais enquanto que um comedor de comida viva tem só algumas onças (1 onça=28.3498 gramas). Cerca de 20% das fezes de comedores convencionais são bactérias mortas enquanto que um comedor de comida viva são somente uma fração.

Se cozer uma batata e a puser ao lado de uma crua, a crua irá durar semanas e talvez germinar enquanto que a cozida fermentará num ou dois dias. Isto dá-lhe uma ideia do que acontece com qualquer comida cozinhada no tracto intestinal onde a fermentação e a putrefacção que levam um dia ou dois cá fora acontecem numa hora ou duas nos intestinos. Por conseguinte, a indigestão é uma indicação de que a fermentação e/ou a putrefacção estão a ocorrer.

Se já vomitou tem ai uma resposta.

Não precisa acreditar nas minhas palavras! Arranje algumas cobaias, ratos brancos por exemplo. O que os humanos levam anos para evidenciar, eles demonstram em semanas. Alimente um grupo controlado com uma dieta de comida crua. Alimente outro grupo com a mesma comida cozinhada.

Mas não sejamos tão cruéis com os pobres animais. Melhor ainda pode ver os resultados maravilhosos aqui enumerados por si só! Claro que terá de suportar algum desconforto quando o corpo, com melhor comida, começar a purificar.

Gorduras aquecidas são devastadoras porque são alteradas, formam radicais livres mutagens e elementos cancerígenos como confirmado pela “Diet, Nutrition and Cancer.”

Por isso pode ver que comida cozinhada cria pessoas fracas, doentes e em breve gente morta.

Pesquisas recentes revelaram que a qualidade dos nutrientes que pomos no nosso corpo determina a nossa qualidade de vida. Sabemos bem que os motores trabalham bem ou mal, dependendo da qualidade do combustível que usarem. Poucos de nós fazemos ideia de que a qualidade da alimentação determina as nossas habilidades e performance físicas e mentais.

Os benefícios do regime de comida crua ou viva são:

– Os crudiveros sentem-se geralmente melhor e estão normalmente num estado de euforia.

– Os crudiveros tem mais energia e vigor.

Porquê?

Quem vive da alimentação viva precisa de menos descanso e de menos tempo para dormir.

Quem vive da alimentação viva especialmente com exercício físico, perde bastante peso. Isto é bom para quem quer perder peso.

Quem começa uma dieta de alimentação viva faz uma desintoxicação do organismo que, às vezes pode ser muito intensa. A desintoxicação do corpo pode ter alguns sintomas desagradáveis.

Quem subsiste nesta alimentação torna-se mais ativo e preciso nas suas ações e pensamentos. Daqui se conclui que trabalhe melhor e com maior competência.

Comedores de alimentos crus tem menos stress e tensões nervosas do que os comedores convencionais. Além disso se um regime de exercício de 15 a 30 minutos diários for seguido, eles estarão menos sujeitos ao stress.

Melhor, quem vive da alimentação viva fica virtualmente livre de doenças.

Claro que um grande ceticismo existe e é exprimido, apesar de tudo precisamos de licença e justificação para deixarem as pizzas, pão, batatas etc.

Há quem diga que tudo isto parece uma anedota e que quem se alimenta assim vive numa espécie de ilusão.

Eu diria: “Porque não experimentam vós mesmos os resultados excelentes. Depois poderão contar as vossas experiências anedoticamente tal como expressam anedoticamente o vosso ceticismo.”

Só os seres humanos regularmente e concistentemente sofrem de morte prematura. A morte natural nos seres humanos é tão rara que nem sequer aparece nos nossos almanaques ou estatísticas.

Há quem pergunte regularmente: “O que há de tão terrível na comida cozinhada? Todos a comem.”

A resposta: “Quase toda a gente tem cáries, falta de vista e precisa de óculos, constipa-se facilmente e apanha toda uma série de doenças, não é verdade?”

As proteínas depois da cozedura ficam rapidamente putrefatas pela ação das bactérias no trato digestivo o que leva á criação de potentes venenos tais como amoníaco, ácido sulfídrico, putrescina, cadaverina e mais. Estes são absorvidos pelo organismo e causam inumeráveis doenças.

Penso que de forma agradável ficam sumariadas as razões mais salientes para evitar a comida cozinhada – porque deveria, se ama a sua saúde e alegria, comer comida viva!

Fonte:- Is cooked food good for us? – Should We Eat Living Foods or Dead Foods? – T.C Fry – http://living-foods.com/articles – WHY SWITCH TO A LIVING FOODS DIET – Roxanne’s Raw Restaurant, Larkspur, California!

http://alimentacaoviva.blogspot.com

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Prevenindo a gripe A(H1N1) fortalecendo o sistema imunológico

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O médico Marcio Bontempo (CRM-DF 15458), especialista em Saúde Pública e naturopata, alerta como as pessoas adquirem a gripe suína (Influenza A -H1N1) e mostra como preveni-la através da alimentação, de produtos naturais e biológicos e dá outras dicas, além dos procedimentos de praxe.

Além das recomendações das autoridades sanitárias, como lavar as mãos com frequência, etc., existem providências que devem ser lembradas, ou conhecidas que, infelizmente, não fazem parte dos cuidados necessários, sendo que, muitos deles, são mais importantes do que as orientações oficiais.

Primeiramente, tanto profissionais de saúde quanto pessoas comuns, devem saber que é necessário atuar no sentido de se possuir um sistema imunológico bem forte. Percebo que absolutamente nada está se fazendo nessa direção, de uma forma que se espalha o terror de uma nova doença, mas não se tomam as providências necessárias para reforçar o mecanismo de defesa do organismo da população, permitindo assim que todos estejam expostos à virose em questão.

Por que as pessoas adquirem mesmo a gripe comum e o que fazer para fortalecer as defesas?

Para começar, é necessário saber O QUE ENFRAQUECE o nosso sistema imunológico, e isso não é divulgado (ou sabido?) pelas autoridades sanitárias.

Sabe-se, cientificamente, que todos os vírus se beneficiam e se desenvolvem mais facilmente em ambientes orgânicos mais ácidos e, obviamente, quando o sistema imunológico está enfraquecido. E o que faz com que nosso ambiente sanguíneo fique mais ácido e o que diminui a força das nossas defesas?

São os alimentos industrializados que tendem a criar e a manter um ambiente sanguíneo mais ácido.

O que enfraquece o nosso sistema imunológico

Açúcar branco – produz ácido carbônico em quantidade proporcional à quantidade ingerida, seja ele puro ou presente em doces, refrigerantes, bolos, tortas, guloseimas, etc. O uso regular de grandes quantidades de açúcar branco produz perda de cálcio e magnésio (e muitos microminerais) , o que afeta sobremaneira de modo crônico e constante o nosso sistema imunológico. Deve ser substituido pelo açúcar mascavo orgânico, mel, etc.

Carnes vermelhas e embutidos – produz diversos ácidos e reações ácidas, como ácido oxálico, ácido úrico, além de toxinas redutoras da imunidade como cadaverina, putrescina, indol, escatol, fenol, etc. Como fonte de proteínas, dar preferência a peixes e proteínas vegetais, frutas oleaginosas, leguminosas, subprodutos da soja, etc.

Leite e derivados – Principalmente o leite de vaca, rico em caseína (indigesto), produz incremento do ácido lático e gera mucosidades em excesso, enfraquecimento das defesas orgânicas, expondo os seus consumidores, não só à gripe, mas a muitos outros problemas.

Substituir por leite de soja pronto ou caseiro (evitar o leite de soja instantâneo, em pó). Como fonte de cálcio, preferir as verduras e os feijões.

Farinhas brancas – o pão branco e as farinhas de trigo brancas, não integrais, são fermentativas e produzem mucosidades, além de serem pobres em proteínas, vitaminas e minerais essenciais. Seu uso constante enfraquece o organismo.

Frituras, comidas em saquinhos (chips), guloseimas, fast food – hoje consumidos em grande quantidade por crianças e adolescentes, responsáveis por grandes desequilíbrios orgânicos e muitas doenças, como diabetes, obesidade, pressão alta, etc. O seu consumo regular, associado ao açúcar branco, determina um constante estado de acidificação do sangue e depósito de compostos prejudiciais.

Álcool – em pequenas quantidades (vinho, etc.) pode até ajudar, mas em excesso produz reações ácidas.

Recomenda-se, portanto, evitar estes alimentos substituindo- os, sendo que esta abstenção já significa um grande passo para a prevenção de qualquer gripe e de muitas doenças.

Ah1n1.piramidal.net

Alimentos recomendados para aumentar as defesas orgânicas

Há alimentos particularmente úteis para reforçar a nossa imunidade, tais como o arroz integral, os subprodutos da soja (tofu, leite de soja líquido, misso), a aveia (rica em beta-glucana, um grande estimulador do mecanismo de defesa), o inhame, as verduras em geral, frutas frescas, a semente de linhaça, o gengibre, o alho, a cebola e outros.

Outros fatores que reduzem a imunidade

Estresse – um dos piores inimigos, pois reduz a ação das células de defesa, principalmente os linfócitos que combatem os vírus, elevando os níveis de adrenalina e cortisol, um imunodepressor. O estresse é provocado pela vida agitada, os problemas diários, as preocupações excessivas, o excesso de trabalho ou estudos, etc.

Vida sedentária – com ela os radicais ácidos se acumulam nos músculos e nos demais tecidos, reduzindo o pH do corpo e favorecendo as doenças virais e bacterianas.

Ar condicionado – deve ser evitado a todo custo, pois desidrata o ar, ressecando as mucosas e produzindo desequilíbrio térmico no organismo. Faz muito mal.

Hábitos perniciosos – tabagismo, alcoolismo, drogas, excesso de remédios farmacológicos, etc., são, decididamente, fatores que reduzem a capacidade de defesa do organismo.

Certamente que muitas mudanças propostas são sacrificantes, mas tudo é uma questão de ajuste e adaptação, sendo que, os resultados são altamente benéficos, não só em relação à gripe suina, mas à saúde em geral.

Dicas da medicina natural, ortomolecular e homeopatia para a prevenção (e tratamento) da gripe

Além das medidas anteriores, cientificamente sugere-se o seguinte:

Alho

O alho é rico em alicina, uma substância ativa que possui ação antiviral reconhecida, além de mais de uma dezena de outros componentes imunoentimulantes. Basta ingerir diariamente 3 a 5 dentes de alho cru picado, com os alimentos ou engolidos com água ou suco. Há o inconveniente do hálito, mas é passageiro, e mais vale a boa saúde do que o comentário alheio. Existem também suplementos à base de alho que não exalam odor, mas são caros. O óleo de alho em cápsula ou o alho em comprimidos não produzem o mesmo efeito do alho cru. O alho também é útil para evitar ou tratar uma grande quantidade de doenças. O problema do alho para crianças é a dificuldade para ingerir, mas com habilidade tudo é possível.

Própolis

A própolis é reconhecida cientificamente como um antibiótico natural, incluindo uma forte ação antiviral, tanto em situações de infecção quanto como para prevenção. Foram reconhecidos mais de 100 princípios medicinais ativos da própolis. Deve-se usar o extrato alcoólico de própolis a 30%, na quantidade de 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia, em meio copo de água. Para crianças pequenas, metade da dose (lactentes e bebês, seguir orientação do pediatra). Pode-se colocar um pouco de mel para adoçar e reduzir o sabor e efeito da própolis na boca.

Chá de gengibre

O gengibre é um alimento funcional reconhecido hoje cientificamente por seus poderosos princípios ativos. Foram isolados cerca de 25 substâncias, entre elas as famosas gengiberáceas, de grande ação estimulante do sistema de defesa do organismo e ação antiviral. Basta beber chá de gengibre fresco, forte, uma xícara 3 vezes ao dia, morno ou quente e sem adoçar.

Equilíbrio nervoso neurovegetativo

O organismo e as células de defesa são regidos pela ação do sistema nervoso autônomo, representado pelos sistemas simpático e parassimpático; o primeiro é responsável pela produção de granulócitos (de pouca ação viral e mais bactericida) e o segundo de linfócitos (de ação antiviral direta). Devido à agitação da vida moderna e ao estresse, as pessoas apresentam um excesso de atividade do sistema simpático (que produz adrenalina, cortisol, etc., todos imunodepressores) , com maior quantidade de granulócitos do que linfócitos, o que abre o caminho para viroses. É devido a isso que muitas pessoas adquirem uma gripe depois de um impacto emocional, notícia ruim, desavenças, tristezas, etc. É necessário proceder à redução da atividade simpática (redução do estresse, etc. ) e promover maior estímulo parassimpático. Isso se consegue com mais repouso, menos agitação e preocupações, atividade física moderada, respiração profunda, alimentação natural integral, massagens terapêuticas, saunas, banhos quentes (tipo ofurô, banheiras, etc). Importante é evitar a friagem e manter o corpo aquecido, principalmente as extremidades.

Saquinho com cânfora – uma grande dica

Durante a gripe espanhola no começo do século passado, milhões de pessoas morreram, mas aqueles que lidavam com os doentes raramente contraíam o vírus. É que havia uma orientação para que o pessoal de serviço, médicos, enfermeiros, etc. usasse um saquinho de gaze com pedras de cânfora pendurados no pescoço. As emanações voláteis da cânfora esterilizam o ar em sua volte e protegem as mucosas. Então, aconselha-se a fazer o mesmo. Basta adquirir a cânfora na farmácia comum (algumas pedrinhas bastam), confeccionar uma bolsinha de gaze e pendurar no pescoço, podendo inclusive manter por dentro do vestiário, sem necessidade de deixar à mostra (se bem que o ideal é manter do lado de fora). Deve ser usado constantemente durante o contato com as pessoas. É uma boa dica para quem lida com pessoas ou trabalha em ambiente de aglomeração, etc.

Fórmula homeopática

A homeopatia, diferentemente da medicina farmacológica, atua estimulando a capacidade orgânica. Há uma fórmula homeopática para a preveção, tando da Influenza A (H1N1), quanto de qualquer outro tipo de gripe. É a seguinte:

Para a prevenção, tanto para adultos quanto para crianças:

Aviarium 200 CH………. ……. …….30 ml
Influenzinum 200 CH……………….. 30 ml
Álcool a 20%

Tomar 10 gotas, de preferência diretamente na boca, uma vez por semana, cada semana um, alternados. Para crianças muito pequenas, dar apenas 5 gotas em um pouco de água numa colher.

Para tratamento em caso de gripe (qualquer que seja):

Aconitum napellus 3 CH
Antimonium tartaricum 3CH
Allium cepa 3 CH
Bryonia alba 3 CH
Belladonna 5 CH
Gelsemium 5 CH

Fazer 30 ml, em partes iguais (pedir : ãã)

Álcool a 20%.

Tomar 10 gotas (direto na boca ou em água para crianças) a cada meia hora em caso de sintomas de qualquer gripe, até melhorar bem.

Estes remédios podem ser adquiridos nas boas farmácias homeopáticas, e não fazem mal algum ou produzem efeitos colaterais. Se necessário, procurar um médico homeopata para a confecção de uma receita.

Atividade física, sol e ar livre

Sempre importante em qualquer aspecto para uma saúde melhor.

Suplementos

A medicina ortomolecular e a fototerapia preconizam o uso de dois suplementos:

Vitamina C – recomenda-se o uso de 500 mg de vitamina C (ácido l-ascórbico) orgânica de uma a duas vezes ao dia, para reforçar as defesas. Crianças pequenas, metade da dose ou sob orientação pediátrica.

Cogumelo do Sol – eleva a imunidade por ser rico em substâncias imunomoduladoras, como a beta-glucana. Adultos devem tomar 2 cápsulas de 500 mg 2 a 3 vezes ao dia, tanto como preventivo quanto para tratamento. Crianças pequenas, tomar metade da dose. No caso de dificuldade de encontrar o cogumelo do sol, procurar comer cogumelos, tipo champignon, shitake, shimeji, funghi, etc.

Minerais e microminerais – com a acidificação constante do sangue devido à alimentação industrializada moderna, aliada ao estresse, perdem-se muitos minerais e microminerais que não são repostos pela dieta, haja vista o fato de que os alimentos modernos estão empobrecidos em termos de minerais (solo naturalmente pobre, uso de adubos, agrotóxicos, manipulação industrial, congelamento, microondas, etc.). Certamente que essa condição afeta a imunidade. É necessário atualmente repor estes nutrientes de modo a manter as defesas orgânicas, mas não é qualquer suplemento que serve. Recomenda-se utilizar os concentrados biominerais marinhos, principalmente aqueles extraídos da poderosa alga Lithothâmnium, que possui acima de 50 minerais e microminerais orgânicos, de alta assimilação pelas células.

Frutas em geral – as frutas, principalmente as cítricas, ajudam a alcalinizar o sangue e são ricas em minerais e vitaminas, favorecendo a saúde e protegendo o organismo. Pessoas que consomem poucas frutas estão muito mais sujeitas, não só às viroses, quanto a qualquer outra enfermidade.

Estas orientações servem tanto para a prevenção quanto para serem utilizadas em casos de pessoas que contraíram qualquer tipo de gripe. Além do mais, estes procedimentos nos deixam seguros e tranquilos em relação ao grande terror de se contrair, tanto a Influenza A quanto quaisquer outras doenças virais.

Sobre o autor

Dr.MarcioBontempo.piramidal.net

Dr. Marcio Bontempo é médico clínico geral, homeopata, especialista em saúde pública, membro da Associação Brasileira de Nutrologia, palestrante, consultor científico e autor até o momento de 51 obras de sucesso que somadas chegam a mais de 1,2 milhão de exemplares vendidos. Presidente da Federação Brasileira de Medicina Tradicional, diretor do Núcleo de Saúde da União Planetária e diretor da ONG TerraBrazil!. Profissional da saúde há mais de 28 anos, realizou mais de 1.200 palestras e cursos sobre saúde pública e a medicina natural científica, proferido para empresas nacionais e multinacionais, universidades, associações e instituições, no Brasil e no Exterior.

http://www.drmarciobontempo.com.br

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Empatia do médico cura gripe melhor do que medicamento, 17-07-2009

Empatia supera remédio

Alguns medicamentos podem fazer com que você sofra um dia a menos com os sintomas da gripe, mas frequentemente à custa de efeitos colaterais não menos desagradáveis do que a própria gripe.

Agora, uma nova pesquisa mostra, pela primeira vez, que a empatia do médico pode ser uma forma muito melhor para acelerar a recuperação do paciente.

As pessoas se recuperam da gripe comum mais rapidamente se eles acreditarem que seu médico está demonstrando compaixão em relação à sua situação com a doença, segundo um estudo publicado no exemplar de Julho do jornal médico Family Medicine, conduzido por cientistas da Universidade Wisconsin (EUA).

Qualidade da consulta médica

O estudo, feito em clínicas durante o primeiro atendimento aos pacientes, incluiu 350 participantes que tiveram um dentre três tipos de encontro com os médicos: nenhuma interação, uma consulta padrão com discussões sobre o histórico médico e a doença atual, ou uma interação avançada onde o médico fez mais perguntas e demonstrou uma maior preocupação com o paciente.

A seguir os pacientes deram notas aos médicos por meio de um questionário que perguntava se os médicos os haviam feito sentirem-se melhor, se haviam permitido que eles contassem sua história, ouvido o que eles tinham a dizer, entendido suas preocupações, agido positivamente, explicado as coisas claramente, ajudado-os a tomarem controle da situação e se os ajudaram a traçar um plano de ação para a recuperação.

Médico empático e cura da gripe

Os 84 pacientes que deram nota máxima aos médicos que os atenderam conseguiram livrar-se da gripe um dia inteiro mais cedo do que os pacientes que deram notas mais baixas aos médicos. Um resultado superior ao dos medicamentos mais eficientes, sem os efeitos colaterais.

Medindo as células imunológicas nas secreções nasais, os pesquisadores também descobriram que os pacientes que deram notas máximas aos médicos adquiriram imunidade à sua gripe dentro de 48 horas depois da consulta.

“Isto mostra que, se você percebe o médico como empático, isto pode influenciar seu sistema imunológico e ajudar você a se recuperar mais rapidamente da gripe,” diz David Rakel, coordenador da pesquisa. “De tudo o que foi estudado – zinco, vitamina C, medicamentos antivirais – nada funcionou tão bem em acabar com a gripe quanto [o médico] se importar com os pacientes.”

Menor dependência dos remédios

“A chave aqui é o paciente perceber o médico como alguém que se coloca em seu lugar,” diz o pesquisador. “Alguém pode ser percebido como tendo compaixão por uma pessoa mas não por outra. As necessidades individuais para encontrar um médico que o paciente acha que acredita nele pode estabelecer um relacionamento terapêutico construtivo. Isso também ressalta a importância do relacionamento no primeiro atendimento, onde cada indivíduo estabelece uma colaboração e um relacionamento com um médico no qual eles confiarão ao longo do tempo.”

Rakel afirma que interações mais positivas com os médicos podem encorajar os pacientes a depender menos de remédios para a gripe, que têm contraindicações e efeitos colaterais.

“Medicamentos contra a gripe podem reduzir a duração de uma gripe comum, mas eles têm sérios efeitos colaterais, como náuseas e constipação gastrointestinal,” diz o médico. “Importar-se com as pessoas não tem efeitos colaterais e pode de fato melhorar outros aspectos da vida. O paciente pode ir para casa e tratar seu parceiro melhor por causa de um encontro construtivo com o médico.”

Mecanismo de cura do próprio corpo

Rakel disse que a ideia de usar aconselhamentos positivos ao lidar com os pacientes já faz parte da formação de novos médicos na Universidade de Wisconsin.

“Nós estamos tentando criar um entendimento em nossos estudantes de medicina que eles podem ter um efeito positivo com qualquer coisa que eles prescrevam com base na forma como eles se relacionam com os outros seres humanos. Não se trata de um truque. Trata-se de ativar os mecanismos de cura do próprio corpo,” conclui o médico.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=empatia-medico-cura-gripe-melhor-medicamento&id=4306&nl=sit